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Circle of Inevitability – Capítulo 525

Taxa de reparo 

Lumian não tinha certeza se deveria atribuir o azar do Bruxo Demoníaco Burman pegar as notas, moedas e ouro do cofre à Sinfonia do Ódio. Afinal, ele não tinha chegado à Rue Coreas n°16 e não tinha utilizado a flauta de osso enegrecida do General Philip. Suas habilidades provavelmente não eram potentes o suficiente para voltar ao passado.

No entanto, Fidel, fazendo jus ao seu título de comerciante proeminente, tinha inúmeras carteiras escondidas em várias roupas. Lumian conduziu uma busca rápida, revelando um total de 30.000 verl d’or.

Isso proporcionou um mínimo de alívio para seu “ferimento psicológico”.

Ao ouvir a chegada de uma carruagem do lado de fora, Lumian saiu do quarto de Fidel e se virou para o quarto adjacente. Ele suspeitou que fossem os policiais de patrulha ali para investigar a explosão recente.

O quarto estava limpo e arrumado, mas ainda havia um cheiro fraco e desconfortável: o fedor de cadáveres em decomposição.

Entrar no quarto era como pisar em uma catacumba, cercado pelas marcas de sua própria espécie e suas mortes, criando uma atmosfera desconfortável.

“Este deveria ser o quarto do Bruxo Demoníaco Burman. A distância permite que ele proteja Fidel no menor tempo possível, heh heh, mas ele acabou matando-o… Esta história nos diz que a condição mais importante para escolher um guarda-costas é a estabilidade mental…” Lumian refletiu enquanto examinava cada canto do quarto.

Naquele momento, os policiais já haviam empurrado a porta da casa, revelando sangue derramado e carne espalhada.

Um deles sacou rapidamente o revólver, enquanto o outro assobiou, produzindo um som agudo.

O olhar de Lumian focou nas marcas enegrecidas no quarto. O sangue, suspeito de ser antigo, emitia uma aura sinistra.

“Burman matou uma criatura especial nesta sala para completar um experimento de ressurreição?” Lumian murmurou para si mesmo.

Ele não presumiu que fosse o sangue do Bruxo Demoníaco Burman porque acreditava que a outra parte não deixaria para trás um item tão crucial tendo tempo suficiente.

Se um Beyonder habilidoso em maldições o obtivesse, Burman estaria em grave perigo, a menos que tivesse uma maneira de cortar a conexão com antecedência.

Em contraste, o sangue e a carne de Burman eram mais prováveis ​​de serem encontrados no quarto principal do Quarto 5 da cabine de primeira classe do Pássaro Voador. O Bruxo Demoníaco sofreu ferimentos graves com a explosão e as chamas.

É claro que a explosão total e a combustão intensa subsequente podem ter tornado os ingredientes para a maldição inativos.

Lumian se agachou e pegou uma garrafa de vidro de sua Bolsa de Viagem. Ele raspou as marcas pretas na parede e as guardou lá dentro.

Após completar sua tarefa, Lumian limpou quaisquer vestígios potenciais — cabelo, pele e outros itens. Ele ativou a marca preta em seu ombro direito e desapareceu da Rue Coreas n° 16 antes que mais policiais e Beyonders oficiais chegassem.

Ao retornar ao Pássaro Voador, ele imediatamente inspecionou o campo de batalha, agora reduzido a ruínas, espalhado com restos carbonizados e despedaçados. Paredes de metal tinham marcas de distorções e pequenas rachaduras, restos do intenso encontro.

Os gases remanescentes do carpete e dos itens em chamas se dissiparam lentamente pela janela aberta.

Depois que Burman acionou a armadilha na saída, a Garrafa de Ficção se dissipou.

Lumian se concentrou em examinar o parapeito da janela, encontrando restos carbonizados.

Ufa… Exalando profundamente, ele saiu do quarto 5 da cabine de primeira classe, descendo para o convés.

Philip, o supervisor de segurança, encostou-se à bordo do navio, observando a vista noturna.

— Onde está sua namorada? — Lumian se aproximou de Philip, apoiando as mãos no bordo do navio.

Philip suspirou e respondeu: — O destino dela é Porto Farim. Aparentemente, ela estava indo para a plantação de um parente para ajudá-lo.

— Algo para comemorar. Isso significa que você terá uma nova namorada — Lumian disse, adotando o tom de um adepto do Dandyismo.

— Por favor, permita-me ficar abatido por mais dois dias — respondeu Philip, sem se opor às palavras de Lumian, mas enfatizando seus sentimentos.

Claro, foi só um pouquinho.

— Você acabou de voltar do porto? Por que não vi você embarcar no navio? — Philip perguntou, seguindo seus instintos profissionais.

— Fiquei no meu quarto o tempo todo. Houve um pequeno acidente na festa agora mesmo que incendiou o quarto principal. Muitas coisas foram queimadas. Peça para alguém consertar imediatamente amanhã — Lumian explicou, buscando a ajuda de Philip para resolver a situação. Apesar da possibilidade de ficar no quarto danificado pelo fogo, Lumian preferiu agir para retificar a situação.

Philip pareceu confuso. — Festa… chamas… O que você fez no quarto? Eu não ouvi nada… —

Lumian sorriu e respondeu: — Um convidado apaixonado fez uma aparição. As ações dele foram um pouco extremas.

— Sério? — Philip perguntou subconscientemente.

— Não, — Lumian admitiu diretamente. — Você quer ouvir o verdadeiro motivo?

Philip ficou em silêncio. Após alguns segundos, ele disse: — Há uma necessidade de compensação por tais danos. Nós cobraremos a taxa de reparo.

— Felizmente, ainda estamos em Porto Farim. Podemos repor vários itens imediatamente. Caso contrário, teria sido bem problemático.

Lumian entregou um maço de notas.

— Essa é a taxa de reparo. Espero que possa ser concluída até amanhã. Se for muito, considere uma gorjeta. Se for muito pouco, peça mais.

Philip pegou o dinheiro, franzindo a testa enquanto pesava o maço de notas.

— O que você fez no quarto?

“Por que ele está dando tanta importância para os reparos?”

“Tá pedindo dinheiro pra ficar calado?”

Lumian sorriu, virou-se e retornou ao quarto 5 da cabine de primeira classe.

Observando-o desaparecer pela entrada da cabine, Philip contou o maço de notas sob o luar carmesim e os postes de gás da rua no porto.

— 2.000 verl d’or? Ele explodiu aquele quarto? — Philip ficou chocado e desconfiado.

Mas eu não ouvi nada…

Naquela noite, Lumian dormiu em uma poltrona reclinável na sala de estar.

Inicialmente planejando invocar o Coelho Chasel de Jenna e escrever uma carta para Franca sobre o Bruxo Demoníaco, buscando sua ajuda com Adivinhação por Espelho Mágico para identificar a fonte do sangue antigo no quarto de Burman. No entanto, ele se lembrou de que Franca ainda poderia estar acordada enquanto Jenna já estava dormindo.

Esperando pacientemente até a manhã, Lumian preparou o ritual usando “Coelho que vagueia pelo infundado, um corredor que busca conhecimento, um mensageiro que pertence somente à Sete de Copas” para invocar a criatura transparente que segura o livro, semelhante a um coelho com pernas poderosas.

O Coelho Chasel de hoje, ao contrário da última vez, usava um par de óculos dourados indistintos.

Entregando a carta e o frasco de vidro contendo o sangue e o pó para o Coelho Chasel, Lumian perguntou curiosamente: — Por que você está usando óculos de repente? Esse é o lado ruim do conhecimento?

Por trás dos óculos de aro dourado, os olhos do Coelho Chasel brilharam intensamente.

— Não, eu aprendi isso em uma novel dada pelo Sete de Copas.

— Que novel ela te deu? — Lumian perguntou, tendo um palpite.

— A última vez que ajudei você a entregar uma carta para ela, ela não tinha nenhum outro livro com ela, então ela só pôde me emprestar um de seus novos livros comprados. — Coelho Chasel ajustou seus óculos de aro dourado na ponta do nariz. — Essa novel se chama ‘O Aventureiro 1: Primeira Demonstração de Força.’”

“Como esperado,” Lumian pensou. “Então, foi por isso que você aprendeu a usar óculos?” Ele não sabia como comentar sobre esse assunto.

Depois que o Coelho Chasel foi embora, Ludwig e Lugano acordaram um após o outro, com o primeiro lançando um olhar para o quarto de Lumian antes de comer seu pré-lanche de café da manhã. Lugano, no entanto, parecia confuso.

— Houve um incêndio ontem à noite?

“Por que eu não percebi?”

Lumian riu.

— Aconteceu enquanto você estava entretido com uma certa moça. Eu rapidamente resolvi.

— É mesmo… — Lugano conteve sua descrença.

Escolhendo explorar as iguarias locais em Porto Farim em vez de aproveitar o café da manhã do navio, Lumian desembarcou.

Pouco depois, Philip, o supervisor de segurança, chegou com um carrinho de restaurante.

Parado na porta do quarto carbonizado, Philip ficou atordoado.

“Você chama isso de um acidente pequeno?”

“Mesmo que tenha sido atingido por canhões, não poderia estar em pior estado, certo?”

“Ele estava planejando destruir o navio inteiro?”

“Uh, tal poder destrutivo na verdade não afetou o exterior da sala. Até mesmo os danos nas paredes estão dentro dos limites reparáveis… Eu também não ouvi nada…”

“O que Louis Berry fez no quarto ontem à noite?”

“Não é de se espantar que ele tenha dado 2.000 verl d’or!”

Naquele instante, o sangue de Philip subiu para seu cérebro.

No mercado ao ar livre na Praça do Sol, em Porto Farim, Lumian saboreou uma tortilha recheada com vários cubos de frutas e tomou um café peculiar com sal enquanto passeava tranquilamente pelas barracas.

De vez em quando, ele se deliciava com uma salsicha assada, saboreando a iguaria oleosa e crepitante.

Ao se aproximar do fim do mercado ao ar livre, ele encontrou Batna Comté.

Os olhos do aventureiro bem vestido brilharam quando ele se aproximou de Lumian e sussurrou: — Algo aconteceu com seu empregador!

Curioso, Lumian perguntou: — O que aconteceu?

Ele queria saber como os Beyonders oficiais haviam divulgado esse assunto.

— É aquele Bruxo Demoníaco. Ele matou a família de Fidel e todos os seus servos! — O alívio de Batna era evidente; ele não estava presente ontem e estava feliz por ter evitado um perigo potencial.

“As evidências parecem apontar para o Bruxo Demoníaco… As autoridades devem ter compartilhado todos os detalhes…” Lumian sorriu para Batna e comentou: — Então, todos na Rue Coreas n°16 foram vítimas do Bruxo Demoníaco?

— Sim — Batna confirmou com um aceno solene.

Lumian olhou para ele e brincou: — Lembra que eu me vendei ontem, esperando que o destino me guiasse para descobrir pistas deixadas pelo Bruxo Demoníaco? Você se lembra onde acabamos?

Batna ficou momentaneamente surpreso antes de murmurar: — Rue Coreas…

De repente, ele olhou para Lumian em choque e medo.

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