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Circle of Inevitability – Capítulo 526

Resolução

Aquele era o próximo alvo do Bruxo Demoníaco Burman!

Sem esperar pela resposta de Lumian, o aventureiro murmurou para si mesmo, perplexo: — Você é um Abençoado da sorte?

“Não, um Abençoado da calamidade…” Lumian respondeu interiormente.

Enquanto os pensamentos corriam, Batna de repente formulou uma nova hipótese.

“Poderia ser o próprio Bruxo Demoníaco Burman?”

Ele investigou a cena da explosão, retornou para exibir sua destreza na cena do crime e vendou os olhos para escolher aleatoriamente a próxima vítima!

Tal explicação parecia muito mais plausível do que ser abençoado com sorte!

Lumian olhou para a expressão tensa de Batna e sorriu.

— Não me diga que você acha que eu sou Burman? Há quanto tempo estou em Porto Farim?

“É exatamente isso. Algo aconteceu na noite em que você chegou pela primeira vez em Porto Farim…” Batna não ousou vocalizar.

— Quando o Quartier des Black Pearls explodiu, eu ainda estava rezando na catedral — disse Lumian com diversão, fornecendo um álibi.

Batna refletiu por um momento e relaxou, mas a confusão ainda permanecia em seu rosto.

Lumian suspirou e perguntou: — Ontem, eu não esperava encontrar nada relacionado ao Bruxo Demoníaco enquanto andava vendado. Eu simplesmente achei divertido.

Ele falou a verdade.

No entanto, ele não conseguia afastar a suspeita de que a corrupção causada pelo 0-01 poderia ser mais grave do que ele imaginava.

Claro, ele não podia descartar a possibilidade de que em Trier, em um selo da Quarta Época, tivesse efetivamente suprimido os problemas preexistentes dentro dele.

A desculpa de achar “divertido” mal convenceu Batna. Ele sentiu que Louis Berry era, sem dúvida, uma dessas pessoas.

No entanto, a outra parte esporadicamente armaria armadilhas só por diversão. Qualquer um que o tratasse como um idiota acabaria se tornando um!

— Talvez eu tenha sido realmente abençoado pela sorte ontem — concluiu Lumian.

O raciocínio de Lumian convenceu Batna de que a evasão contínua do Bruxo Demoníaco Burman e seu acesso aos recursos decorriam de sua estreita relação simbiótica com Fidel, um comerciante proeminente. A tragédia subsequente provavelmente resultou da pressão exercida pela investigação oficial dos Beyonders, levando a conflitos internos.

— Que pena… — Batna suspirou. — Se eu tivesse vendido as pistas sobre a conexão próxima do Bruxo Demoníaco com Fidel para as autoridades antes, eu poderia ter conseguido uma recompensa pesada.

Teria sido pelo menos 5.000 verl d’or!

Batna balançou a cabeça.

— Não, sem evidências, as autoridades não vão acreditar. Não posso dizer a eles que tropeçamos em pistas vendados, abençoados pela sorte. Eles simplesmente nos algemariam por sermos fraudadores.

Uma risada escapou dos lábios de Lumian.

— Você não pode inventar alguma evidência para apoiar as pistas?

— Digamos que você viu alguém suspeito na porta dos fundos de Fidel, talvez o Bruxo Demoníaco. Deixe os Beyonders oficiais confirmarem por si mesmos. Eles descobrirão a verdade no devido tempo.

— I-Isso funcionaria? — A boca de Batna ficou ligeiramente aberta.

— Por que não? — Lumian sorriu. — Se você realmente encontrou o Bruxo Demoníaco, diga a eles para não se preocuparem com os detalhes. Apenas pergunte se as pistas são legítimas e se elas ajudaram a capturar o Bruxo Demoníaco. Se eles perderem Burman, é um pequeno golpe, na pior das hipóteses. Poucos dias de trabalho duro para você.

— Beyonders oficiais podem receber dicas de aventureiros sem certeza sólida, certo? Eles perderiam informações genuínas de outra forma.

As palavras de Lumian deixaram Batna em silêncio por um momento antes que ele dissesse abruptamente: — Não me diga que você tem sangue ilhéu?

A decepção parecia ser seu forte.

Lumian respondeu casualmente: — Conheci um ilhéu em Trier, um verdadeiro vigarista com vasta experiência e técnicas.

Com um lampejo de interesse, Lumian levantou a mão esquerda, apertando a órbita do olho esquerdo.

Olhando para Batna, ele perguntou: — Há quanto tempo você se aventura? Por que ainda é tão imaturo?

— Mais de um ano — Batna se defendeu. — É que eu sigo as regras com as autoridades. Sou mais adaptável ao lidar com piratas e outros.

— Aventureiros que dão pistas para autoridades também se envolvem em fraudes, certo? — Lumian sorriu. — Eles enganam quando conveniente.

Ele suspeitava que a adesão estrita de Batna às regras vinha de uma origem bem-educada, uma noção confirmada pelo traje e pela aparência da outra parte.

Observando o silêncio de Batna, Lumian terminou seu café salgado restante e olhou para o animado mercado ao ar livre.

— Tente não ir ao necrotério, cemitério ou outros lugares por enquanto.

Quando Batna estava prestes a perguntar o porquê, ele imediatamente entendeu o verdadeiro significado do conselho.

Sem Fidel para fornecer recursos, o Bruxo Demoníaco pode se sentir compelido a agir!

Não demorou muito para que seu mensageiro, o Penitente Baynfel, emergisse do vazio e lhe entregasse uma carta.

Franca:

“Com base em seu último relato e na minha discussão com 007 ontem à noite, suspeito que o Bruxo Demoníaco Burman foi compelido a trocar de Sequência.”

“Ele era originalmente um Bruxo, mas para reviver sua esposa, ele mudou para o caminho vizinho da Morte. Ele ficou meio louco, se tornando meio humano e meio monstro.”

“Embora isso possa ser explicado como um Bruxo recebendo a bênção de um deus maligno, sua situação não se alinha. Nenhum caso de poderes Beyonder de dois caminhos se fundindo e sofrendo mutação foi documentado. Isso ficou evidente em seu confronto com Burman. O Olho da Ilusão que você mencionou tem o Olho do Espreitador de Mistérios, revelando o lado da realidade, mas também exibe a supressão do Corpo Espiritual do caminho da Morte ou mesmo a escravidão.”

Até onde eu sei, o caminho da Morte ganha uma habilidade Olho da Morte na Sequência 8: Coveiro. Ele se fundiu com o Olho do Espreitador de Mistério, formando aquele distinto Olho da Ilusão?”

Enquanto Lumian lia, de repente se lembrou da aparição do Olho da Ilusão.

Incrustado verticalmente em sua testa, ilusório e borrado, um roxo profundo beirando o preto, com vários padrões branco-claros — inegavelmente uma fusão das habilidades do Olho do Espreitador de Mistérios e do caminho da Morte.

O olhar de Lumian se voltou para baixo enquanto ele continuava lendo.

Pêlo branco como penas, feridas em decomposição, controle sobre várias criaturas mortas-vivas, estados emocionais instáveis ​​e ações extremas — tudo confirmando indiretamente minha hipótese…”

“As origens do sangue antigo são bastante peculiares. Eu conduzi a Adivinhação do Espelho Mágico várias vezes e consultei várias entidades, mas tudo o que consegui foi que ele vem das profundezas do mundo espiritual. Nenhuma informação adicional. Parece que o irreversível meio louco Burman teve algum outro encontro fortuito.”

“Emoções instáveis… Ações extremas… meia-loucura irreversível…” Lumian refletiu sobre as descrições e soltou um suspiro inaudível.

Quão determinado e desesperado Burman deve ter ficado quando decidiu consumir a poção do caminho da Morte?

Os Beyonders clandestinos não sabiam que podiam mudar para caminhos vizinhos em uma Sequência específica. Eles acreditavam que uma vez que um caminho divino fosse escolhido, ele não poderia ser alterado. O consumo forçado de poções de outros caminhos levava à loucura ou à morte.

Além disso, Espreitador de Mistérios e Morte não eram caminhos adjacentes que permitiam a troca.

Burman não teria bebido a poção do caminho da Morte sem uma determinação que beirasse a morte, tudo para reviver sua esposa, mesmo que isso custasse sua sanidade.

Lumian sentiu que poderia ter feito a mesma escolha em tal situação, daí suas emoções conflitantes.

A carta de Franca terminava com garantias: “Não se preocupe com as consequências. O estado mental de Burman logo o fará ressurgir sem o apoio e a contenção de Fidel. Ele pode ter sucesso uma ou duas vezes em reunir materiais para experimentos, mas isso não vai durar. Beyonders oficiais o eliminarão em semanas ou até dias.”

Lumian olhou para Penitente Baynfel, que ainda não tinha partido.

— Ajude-me a entregar minha resposta ao remetente.

Rapidamente, ele escreveu uma frase: “Matarei Burman o mais rápido possível”.

Em pouco tempo, o Penitente Baynfel retornou com a resposta de Franca: “Por quê?”

Lumian escreveu no mesmo pedaço de papel: “Desejo puni-lo por seus crimes…”

Ele parou por um momento antes de continuar: “E acabar com sua dor.”

Dobrando a carta em um quadrado, Lumian a entregou a Baynfel e olhou para o mensageiro.

— Você não acha problemático enviar cartas para lá e para cá?

Não era preocupação, mas perplexidade.

Após entregar a carta, Penitent Baynfel não saiu imediatamente. Em vez disso, ele esperou por uma potencial resposta.

Desta vez, Baynfel não ficou em silêncio. Ele respondeu com uma voz profunda: — Estar ocupado me faz sentir melhor. É melhor ter algo para fazer do que sempre assistir à escuridão.

Lumian ouviu em silêncio, sem responder, observando o Penitente Baynfel se virar e caminhar em direção ao vazio.

Ele sentiu empatia por essas palavras.

Franca não impediu Lumian. Sua resposta foi concisa e contundente: “Tenha cuidado!”

Fuuu… Lumian exalou e caminhou até a janela da sala de estar, lançando seu olhar para Porto Farim banhado pela luz do sol escaldante e o distante vulcão Andatna.

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