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Circle of Inevitability – Capítulo 547

Fonte de Familiaridade

— Isso tem relação com o Mestre Celestial? — O interesse de Franca aumentou.

A confusão a envolveu.

— Na Trier da Quarta Época, o que você viu ou ouviu que nós não vimos?

Todos estavam juntos, a menos que fosse antes de se encontrarem, mas Jenna deveria saber!

Sem esperar pela resposta de Lumian, Franca refletiu por um momento e sugeriu: — Será que são os efeitos colaterais do uso do Olho da Verdade?

Ela se lembrou do comportamento anormal de Lumian naquela época.

— Sim, isso mesmo. — Lumian assentiu, puxou uma cadeira e se acomodou. Ele descreveu a colisão de duas terras, faíscas voando e o incêndio resultante que engoliu folhas secas e galhos murchos, em meio a vozes ecoando cantando “Mestre Celestial”.

Quanto mais Franca ouvia, mais seu foco se intensificava. Estranhamente, ela se absteve de interromper.

Enquanto ela ouvia, seu olhar mudou gradualmente, aparentemente perdido em reminiscências e pensamentos distantes.

Quando Lumian terminou de contar, Franca permaneceu imóvel pelo que pareceu uma eternidade, congelada como uma boneca mecânica parada no meio de uma ação.

Depois de vários segundos, ela se endireitou abruptamente, apertou o nariz e forçou um sorriso.

— Como previsto, o Mestre Celestial faz parte do nosso mundo.

— Os fragmentos de civilização que você recebeu têm uma semelhança impressionante com alguns aspectos da história do meu país, mas há diferenças… Poderia ser a verdadeira história escondida sob a superfície?

— O Mestre Celestial está tentando interferir e invadir este mundo, exercendo influência significativa sobre os caminhos do Espreitador de Mistérios e do Sábio, da mesma forma que o Digno Celestial afeta Videntes, Aprendizes e Saqueadores?

— A depravação entre alguns monges no Claustro do Vale Profundo e o estado peculiar do Sábio Oculto poderiam estar ligados ao Mestre Celestial?

Os pensamentos de Franca se cristalizaram enquanto ela falava, seus olhos brilhando como um lago sereno.

— Esse também é o meu palpite — Lumian concordou com Franca.

Franca se levantou e andou de um lado para o outro, aparentemente sozinha, pensando em como seguir essa trilha e desvendar a verdade por trás da transmigração da Sociedade de Pesquisa de Babuínos de Cabelos Encaracolados.

Depois de alguns minutos, ela murmurou para si mesma: — A conexão entre os dois mundos é mais forte do que eu esperava. Não é só através do Rio Styx…

— Ainda devemos ser capazes de encontrar muitos vestígios da interação entre os dois mundos…

Franca parou de andar e fixou o olhar em Lumian.

— Quando ficarmos mais fortes e acumularmos ouro suficiente, quero que você invoque Chen Tu novamente, a Sombra de Armadura. Ele deve possuir alguma percepção do Mestre Celestial.

— Tudo bem — Lumian concordou.

Franca caiu em silêncio mais uma vez, sua mente relembrando uma memória desconhecida.

Poucos momentos depois, ela pegou quatro objetos de latão e os entregou a Lumian.

— Os amuletos de Compreensão de Linguagem que você queria. Aquele com os padrões mais intrincados permite que você entenda as línguas do Continente Sul. Os outros são para a antiga família de línguas Feysac. O encantamento de ativação é a palavra ‘conhecimento’ em Hermes antigo.

Ela e o Urso completaram a entrega através do mensageiro de Madame Hela. A outra parte se mostrou bastante eficiente.

Depois que Lumian entregou o dinheiro a Franca, ele se “teletransportou” para fora de Trier e voltou para Porto Santa.

Logo depois, Jenna abriu a porta do quarto com cautela e colocou a cabeça para fora.

— Lumian foi embora?

— Sim — respondeu Franca, com as emoções contidas.

Jenna olhou para ela, mas não insistiu por mais informações. Em vez disso, ela redirecionou a conversa para a pilha de informações relacionadas à tumba subterrânea.

Tarde da noite.

Franca voltou para seu quarto.

Olhando para o pequeno analisador, a máquina de escrever que o acompanhava e o rádio transceptor, ela não se sentou para conversar como de costume. Em vez disso, subiu na cama.

Sentada no meio da cama, encostada no travesseiro, abraçando as pernas e se encolhendo, o olhar de Franca estava desfocado na lua carmesim e nas estrelas do lado de fora da janela.

As palavras de Lumian hoje a mergulharam na nostalgia, mas quanto mais suas emoções flutuavam, menos ela queria revelar vulnerabilidade. Ela suportou, fingindo ter se recuperado.

Somente quando a solidão a envolveu, enquanto a noite caía em silêncio e as estrelas aparentemente eternas adornavam o céu, ela se livrou de sua espessa “armadura” e mergulhou fundo em suas emoções.

Depois de um tempo indeterminado, Franca abaixou a cabeça, enterrando o rosto entre os joelhos.

Naquela noite, ela mergulhou em uma multidão de sonhos. Ombros largos a carregavam como uma criança, um toque de cabelo branco nas têmporas, pratos não particularmente deliciosos, mas sempre adequados ao seu gosto. Emoções puras de sua juventude, memórias de ser a “máquina de animar a atmosfera” e seu eu “de mente aberta”, tudo dançava em sequências fragmentadas…

Enquanto suas duas décadas se desenrolavam em seus sonhos, ela abriu os olhos sem saber, sentindo a frieza em seu rosto. Relutante em se mover, ela permaneceu assim.

De repente, uma lembrança lhe ocorreu.

De volta ao quarto nível das catacumbas, ela e Jenna encontraram um homem que parecia estranhamente familiar.

Inicialmente, ela acreditou que o dono original de seu corpo o havia encontrado. Agora, a razão de sua familiaridade ficou clara.

O homem tinha uma semelhança incrível com alguém de seu país natal antes da transmigração!

Apesar de alterar sua aparência para impedir o reconhecimento imediato, Franca agora tinha certeza de que suas características faciais diferiam daquelas que ela havia encontrado neste mundo. Mais suave, menos esculpido!

Com uma mistura de medo e excitação, Franca sentou-se e ponderou: “Será que, além de nós, almas transmigradores, há outros que transmigraram fisicamente? Ou alguém dominou a habilidade de atravessar livremente entre os dois mundos?”

Depois do café da manhã, Lumian foi até o banheiro do quarto principal e pegou um amuleto de compreensão de linguagem de baixo nível em sua Bolsa do Viajante.

Conhecimento — ele sussurrou no antigo Hermes.

O amuleto de latão acendeu com chamas verde-azuladas e desapareceu rapidamente.

Instantaneamente, Lumian sentiu uma clareza anormal em sua mente, como se uma avalanche de conhecimento adicional tivesse inundado, revelando as origens estruturais e as conexões de inúmeras palavras.

Agenda de hoje: uma visita à vila de pescadores mais antiga, talvez conhecer o Governador do Mar. Dominar escocês em segredo parecia imperativo para evitar perder pistas cruciais!

Os efeitos do feitiço durariam sete dias.

Saindo do quarto, Lumian levou Ludwig e Lugano até a Rua da Santa Lana, n° 21, em uma carruagem alugada, onde conheceram Martha, a matriarca da família Paco.

Martha não parecia ter sessenta anos, com apenas leves rugas nos cantos dos olhos, parecendo mais ter cinquenta e poucos anos com base nos olhos, nariz, boca e sobrancelhas. Suas feições mantinham um charme único.

Naquele momento, a velha senhora de cabelos pretos acinzentados e olhos azuis claros usava um vestido preto, tipo viúva, e um gorro escuro, de estilo antigo. De rosto pálido, ela era apoiada por duas jovens criadas enquanto embarcavam em uma carruagem de quatro assentos.

— Monsieur Berry, vou contar com você — Rubió Paco acenou para Lumian ao lado da carruagem.

Ele deveria acompanhar sua mãe até a Vila Milo para encontrar o Governador do Mar.

Lumian encaminhou Ludwig para Giorgia.

— Por favor, fique de olho nele até eu retornar da Vila Milo.

Rubió traduziu dessa vez.

Giorgia sorriu e respondeu: — Não se preocupe, vou garantir que haja bastante comida.

Ela já havia percebido que aquele menino tinha o apetite de dois ou três adultos, mas como afilhado de um grande aventureiro, era compreensível que ele fosse especial.

Lumian não estava preocupado com o tratamento de Ludwig na casa dos Paco. Ele fingiu não entender escocês e esperou pela tradução de Lugano antes de dizer: — Uma refeição a cada duas horas.

Com isso, ele sentou-se no lado direito do cocheiro e não entrou na carruagem. Vendo isso, Lugano não teve escolha a não ser escolher o assento à esquerda do cocheiro.

Antes de fazer isso, ele traduziu diligentemente as instruções finais de Lumian.

Embora não soubesse o que aconteceria se Ludwig morresse de fome, ele sentiu que não seria bom, então enfatizou isso duas vezes.

Quando a carruagem partiu, Giorgia processou a tradução.

— Uma refeição a cada duas horas? Duas horas?

A carruagem da família Paco rolou pela rua pavimentada com pedras branco-acinzentadas. Lumian se apoiou na parede da carruagem, retraiu a perna direita e pisou na borda do assento do condutor da carruagem.

Lugano olhou para ele, sentindo-se um pouco desconfortável.

Um caçador de recompensas experiente, Lugano percebeu que algo estava errado nessa missão aparentemente comum, o que levou Rubió a ajudar seu empregador a se esconder na Vila Milo.

Seu coração disparou ao observar pedestres armados na rua, temendo um ataque iminente da multidão.

Sob o sol de outubro ainda brilhando em Porto Santa, as ruas, úmidas da chuva pesada da noite anterior, não tinham secado completamente. Lugano ansiava por chegar rapidamente a Vila Milo.

Olhando para Lumian, ele notou que Lumian tinha estreitado os olhos. Abaixando seu chapéu de palha, Lumian parecia estar cochilando pacificamente, sem mostrar sinais de nervosismo.

“Ufa… Com um cara poderoso como ele por perto, não deve haver problema…” Lugano silenciosamente se tranquilizou.

A carruagem seguiu para o norte, saindo de Porto Santa e chegando a uma vila aninhada na cordilheira de Dariège, com vista para o mar azul.

Os barcos de pesca partiram, acompanhados pelo canto ressonante e pelo chilrear das aves marinhas.

Os prédios da Vila Milo exalavam uma sensação histórica. Paredes externas de tijolos de pedra marrom, amarelo e bege, escurecidas na metade inferior, davam-lhes personalidade. Embora os componentes de madeira tivessem sido substituídos, as ervas daninhas ainda estavam presentes.

Uma pequena catedral pertencente à Mãe Terra ficava perto da montanha, e de frente para o cais da vila de pescadores ficava a residência do Governador do Mar.

O prédio de quatro andares, com fundo branco e tijolos cinza, parecia mais uma catedral e um local de sacrifício do que uma residência humana.

Ao chegarem em segurança ao seu destino, Lugano suspirou aliviado e pulou da carruagem. Duas criadas apoiaram Madame Martha enquanto se dirigiam ao prédio do Governador do Mar, acompanhadas por Rubió Paco.

De repente, Lugano ouviu a voz de seu empregador.

— Dê uma olhada no que há de errado com aquela velha senhora.

Uh… Lugano olhou para Lumian, que tinha aparecido ao lado dele, usando um chapéu de palha dourado. Ele levantou a mão e gentilmente bateu na testa, ativando sua Visão Espiritual.

Observando as costas de Madame Martha por alguns segundos depois que ela entrou na residência do Governador do Mar, ele franziu a testa e disse: — O mais notável é a perda excessiva de sangue e a vitalidade fraca…

Lugano hesitou antes de concluir: — Não parece doença. Parece mais uma lesão.

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