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Circle of Inevitability – Capítulo 741

“Avaliação”

— O que?

Lumian, vendo Ludwig fazer uma pausa como se estivesse preocupado, pressionou por uma resposta.

Ludwig olhou para o pedaço de cordão umbilical na frente de Lumian e hesitou antes de responder: — A outra poderia alterar um pouco sua aura e linhagem, fazendo com que certas criaturas sem a sabedoria necessária o percebessem como um filho divino da ‘Grande Mãe’.

A expressão de Lumian ficou mais solene.

— Então, você está dizendo que isso poderia realmente integrar a linhagem do Filho de Deus à minha, mesmo que seja quase insignificante?

“E isso enganaria criaturas de baixa inteligência ou aquelas que agem puramente por instinto?”

— Sim. — Ludwig assentiu seriamente. – Esse pedaço de linhagem não mudará nada para você, e somente criaturas criadas diretamente pela ‘Grande Mãe’ ou aquelas que receberam suas bençãos poderiam senti-lo.

“Isso não parece muito útil, mas em circunstâncias especiais, pode ser extremamente crucial. Comparado à cura da infertilidade ou à melhora da autocura, há mais espaço para a imaginação…”

Lumian ponderou suas palavras e perguntou: — Quais são os efeitos colaterais?

“Poderia mudar meu gênero? Afinal, o Filho de Deus da Grande Mãe, Omebella, parece ter sido mulher.”

O olhar ganancioso de Ludwig mudou do cordão umbilical de volta para Lumian, e ele disse com pesar: — Para outra pessoa, isso pode fazer com que o Filho de Deus da ‘Grande Mãe’ comece a se desenvolver dentro dela, mas não para você. Você só precisa se preocupar com a ‘Grande Mãe’ colocando seus olhos em você, realmente observando você.

Lumian ficou em silêncio por uns bons vinte segundos antes de guardar lentamente os restos do cordão umbilical de Omebella de volta em sua Bolsa de Viajante.

Ele não tinha pressa em fazer com que Ludwig usasse os restos para criar comida com efeitos especiais, planejando consultar a opinião da Madame Mágica antes de decidir.

Ele estava disposto a correr riscos, mas não era imprudente.

— Posso ficar com ela agora? — Ludwig olhou ansiosamente para a Bala de Privação fosca.

— Uma última pergunta. — Lumian sorriu novamente, tirando outro item de sua Bolsa de Viajante.

Era um pequeno frasco de vidro contendo pó de manchas de sangue antigo.

Isso veio do Bruxo Demoníaco Burman, que foi guiado por um visitante da Ilha da Ressurreição chamado Harrison. Ele invocou um espírito chamado Arden das profundezas da morte e o matou facilmente, coletando seu sangue para um ritual futuro. Lumian pegou um pouco desse pó de mancha de sangue de seu quarto.

Anteriormente, Lumian fez Franca conduzir uma investigação usando Adivinhação por Espelho Mágico, confirmando que ele realmente veio das profundezas do mundo espiritual, mas não rendeu mais informações. Agora, ele queria que o Gourmet o experimentasse, para ver se ele poderia obter informações mais importantes.

Ele se lembrava claramente: as pessoas da Ilha da Ressurreição afirmavam que podia morrer e reviver repetidamente, sem nunca envelhecer, e o segredo estava em seu controle sobre as marcas das profundezas da morte.

Esta pode realmente ser uma maneira de reviver os mortos.

— É comestível? — Lumian manteve o sorriso enquanto empurrava o frasco de vidro com o pó de mancha de sangue antigo em direção a Ludwig.

Ludwig examinou cuidadosamente o pó por um tempo e então abriu a tampa do frasco, tocando-o algumas vezes com os dedos.

— Sim — ele respondeu, não muito ansiosamente.

— Então coma metade. — Lumian observou com expectativa enquanto Ludwig espalhava uma pequena quantidade do pó de mancha de sangue antigo em sua boca, deixando apenas um pouco para trás.

Ludwig mastigou e provou por um tempo antes de começar sua “análise gourmet”: — Tem um rico aroma de morte e descanso eterno, originário das profundezas do mundo espiritual. Vem de um homem na faixa dos trinta anos, com traços tanto do caminho do Espreitador de Mistérios quanto do caminho da Morte, em péssimo estado mental, altamente propenso à instabilidade emocional…

Ao ouvir isso, Lumian levantou uma sobrancelha.

“Parece que isso descreve o próprio Bruxo Demoníaco Burman! Mas esse pó manchado de sangue é do espírito maligno que Arden matou por Burman, certo?”

— Da Província Winter de Intis? — Lumian confirmou seu palpite.

— Sim. — Ludwig estalou os lábios.

Ele compartilhou outras informações extraídas do pó manchado de sangue, cada uma alinhada com a situação do Bruxo Demoníaco.

“Isso não poderia significar que Burman se invocou, se matou e então coletou seu próprio sangue, poderia?” Lumian sentiu uma emoção assustadora.

O antigo pó manchado de sangue certamente não foi deixado por Burman devido a outros problemas, já que Franca e Ludwig confirmaram que o sangue estava intimamente ligado à morte e ao mundo espiritual. Lumian lutou contra o Bruxo Demoníaco duas vezes, acreditando que ele ainda estava vivo naquelas ocasiões.

“Usando o método ensinado por Harrison, da Ilha da Ressurreição, Burman invocou um espírito maligno das profundezas da morte que era ele mesmo, ou melhor, sua própria marca?”

“Ele matou sua própria marca nas profundezas da morte e a achou muito fraca?”

“Isso é difícil de acreditar…”

“O que exatamente Harrison da Ilha da Ressurreição quer e que verdades ocultas estão por trás das ressurreições dos moradores da ilha?”

Os pensamentos de Lumian dispararam, sentindo que os mistérios da Ilha da Ressurreição não eram menos profundos do que os eventos de alto nível que ele havia vivenciado antes.

— Você pode me dar agora? — Ludwig olhou novamente para a Bala da Privação, muito ansioso.

Ele devolveu o pequeno frasco de vidro com o restante do pó manchado de sangue antigo para Lumian.

— Sim. — Lumian jogou a Bala de Privação para Ludwig.

Ludwig pegou a bala e enfiou-a na boca.

— Comendo diretamente? — Lumian perguntou com uma risada, — Você não vai cozinhá-la primeiro? Talvez preparar um coquetel?

Ludwig respondeu com a voz abafada: — Não precisa disso, posso absorver diretamente.

Enquanto falava, ele chupou a Bala de Privação como se fosse um picolé, puxando-a da boca novamente.

Comparado a antes, o invólucro de metal fosco da bala estava visivelmente mais fino, e os símbolos intrincados gravados em sua superfície agora estavam marcados com marcas de dentes.

Ludwig chupou três vezes e, finalmente, quando a pólvora interna ficou vagamente visível, ele colocou a bala na boca, mastigou-a com um som crepitante e engoliu.

Lumian observou com uma careta, ganhando uma compreensão mais profunda das várias mudanças que a fome poderia trazer.

Depois de comer a Bala de Privação, Ludwig fechou os olhos, saboreando o gosto e desejando mais.

Lumian sentiu uma pontada de arrependimento pela bala extraordinária que havia obtido de Jebus.

A Bala Enfraquecedora, a Bala de Privação e a Bala de Implosão não serviram aos seus propósitos pretendidos, enquanto a Bala Venenosa, a Bala Pútrida e a Bala Engravidadora foram dadas a Franca.

— Então? — Lumian perguntou.

— Deliciosa, um sabor familiar – Ludwig respondeu, fechando os olhos.

Depois de refletir por um momento, ele abriu os olhos de repente, com o olhar afiado e alerta.

— P-Padrinho, você pode descobrir rapidamente quem fez essa bala?

“Seu pequeno patife, esse é o culto que segue sua divindade… Mas não posso culpá-lo, você está sem cérebro agora… E para um deus maligno, sacrificar qualquer número de abençoados vale a pena se isso libertar um anjo de suas amarras, retornar à barriga de um anjo é como retornar ao céu da divindade…”

Lumian murmurou silenciosamente para si mesmo, assentiu em concordância e levantou-se lentamente, voltando para seu quarto.

Deitado na cama, ele olhou para o teto escuro adornado com um lustre, sem sentir nenhum sinal de sono, apesar do cheiro persistente de absinto.

Depois de encará-lo em silêncio por sabe-se lá quanto tempo, Lumian riu autodepreciativamente, tentando usar a Cogitação para ajudar a si mesmo a adormecer.

Ele lentamente visualizou uma esfera riscada que fez crescer um olho em sua mente.

Seu estado se acalmou e a sonolência começou a surgir. Nesse momento, Lumian ficou surpreso. Cogitação foi ensinado por sua irmã, e o padrão da Cogitação também foi desenhado casualmente por ela…

Lumian riu baixinho para si mesmo, sua risada tremendo.

Minutos depois, ele se dedicou a relembrar sua vida em Cordu, incluindo as interações do sonho. Mesmo aqueles, agora olhando para trás, carregavam um certo calor indescritível. Enquanto seus pensamentos vagavam, Lumian se lembrou da criatura contratada por sua irmã, Papel Branco.

“Gostaria de saber em que estado está o Papel Branco… A rigor, Aurore não está completamente morta, então seu contrato com Papel Branco ainda deve existir… Que pena, criaturas contratadas não são mensageiras, somente o contratado pode invocá-las, caso contrário, eu invocaria o Papel Branco para ver sua condição…”

“Usando as palavras de Aurore, ver algo deixado para trás faz você pensar naquela pessoa? Ou gostar tanto de alguém que você até gosta de seus animais de estimação? Eh, não é que eu não possa invocar, já que o Termiboros está selado dentro de mim, o fragmento de alma de Aurore também deve estar, minha invocação é como se Aurore estivesse fazendo isso…” Pensando nisso, Lumian sentou-se abruptamente.

Na escuridão, ele ergueu um altar e entoou o feitiço na língua apropriada: — Eu!

— Eu invoco em meu nome: “O espírito que vagueia pelo infundado, uma criatura amigável que pode ser subordinada, o papel fraco que pode se conectar telepaticamente comigo…”

Enquanto o encantamento ecoava, a luz da vela tremeluzia suavemente, mas nada acontecia.

Com a Visão Espiritual ativa, Lumian não viu o Papel Branco que apareceu em seus sonhos.

Fuuuu… Ele deitou-se novamente, desapontado.

Com o passar do tempo, Lumian de repente ficou alerta, não sentindo o menor cansaço.

Eram seis da manhã.

Lumian se levantou silenciosamente e começou a limpar o altar.

Nesse momento, uma “boneca” mensageira em um vestido dourado claro emergiu do vazio, deixando cair uma bolsa escura de moedas e uma carta quadrada dobrada sobre a mesa.

“Essa é a recompensa da Srta. Mágica? Uma delas é uma Bolsa do Viajante?” Lumian se animou, pegando a bolsa escura de moedas.

A mensageira “boneca” olhou para ele, apertou o nariz e disse: — Bêbado! Suas roupas fedem!

Hum… Lumian, que não havia tomado banho nem trocado de roupa na noite anterior, pigarreou sem jeito, envergonhado, e agradeceu.

Depois que a mensageira “boneca” foi embora, ele continuou a verificar as recompensas.

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