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Damn Reincarnation – Capítulo 151

Visitas à beira do leito (3)

Quando ela viu o buquê nos braços de Genia, Ciel silenciosamente voltou de costas antes de girar rapidamente e invadir o quarto próximo de Cyan.

— Mas que– 

Cyan, que acabou de voltar para seu quarto, gritou de surpresa ao se virar para encarar o súbito intruso.

Ignorando o alarme de seu irmão, Ciel apenas olhou ao redor de seu quarto com os olhos estreitados.

“Aí está”, Ciel pensou consigo mesma com prazer enquanto estendia a mão em direção ao vaso de flores que repousava sobre uma mesa.

Seu irmão mais velho tinha um lado feminino que realmente não combinava com seu caráter, então até mesmo seu quarto na propriedade principal estava sempre decorado com flores.

— O que você está fazendo? — Cyan perguntou, seu queixo caindo quando viu Ciel tirar as flores de seu vaso.

No entanto, Ciel não se incomodou em responder. Depois de sacudir a água dos caules das flores, ela arrancou grosseiramente as raízes e voltou a olhar ao redor da sala.

Cyan tentou chamar a atenção dela. 

— Espere–

Mas Ciel apenas corajosamente abriu seu armário. Vendo isso, os olhos de Cyan se encheram de ansiedade e tremeram de pânico. Desde tenra idade, Cyan escondia as coisas que não podia permitir que os outros vissem, como certos livros impertinentes cheios de suas peculiaridades específicas, debaixo de sua cama ou dentro de seu armário…

Com a voz vacilante, Cyan gritou: 

— Caramba… Ciel, o que diabos você está…

— Irmão. — Ciel o interrompeu quando suas mãos, que estavam vasculhando seu armário, cavaram em suas profundezas para recuperar algo. — Empreste-me isso.

O item que Ciel recuperou foi um cachecol de seda antiquado que fazia parte de um traje formal. Foi um presente de parabéns para Cyan de um dos melhores estilistas do continente, por se tornar um adulto. Infelizmente, depois que Cyan se tornou oficialmente um adulto, ele ainda não havia tido a chance de deixar o Castelo dos Leões Negros, então não tinha usado aquele conjunto de terno e cachecol.

— Não… Isso é um pouco… — Cyan hesitou.

— Eu não quero as roupas. Só quero o cachecol. — Ciel negociou.

Cyan tentou explicar.

— Isso é, hum, a roupa e o cachecol juntos formam um conjunto…

— Se continuar discutindo assim, vou pegar os livros que você escondeu no fundo do armário e ler. — Ameaçou Ciel. — Depois disso, também contarei à nossa mãe sobre o conteúdo deles e espalharei boatos pelo Castelo dos Leões Negros.

— Você… Não sabe quantos anos eu tenho? Eu também sou um adulto! Até a mãe não pode mais me repreender sobre esses assuntos!

— Sim, eu sei disso. Ela provavelmente não vai repreendê-lo. Em vez disso, ela vai apenas olhar para você com um olhar muito, muito complexo em seus olhos, irmão. E eu também.

Como se para demonstrar o dito olhar, Ciel virou a cabeça e olhou para Cyan. Ele se arrastou para trás diante do olhar de sua irmã, que estava cheio de algo sutil, mas complexo, e era uma mistura giratória de muitas emoções diferentes. Se ele a recusasse ali, estava claro que essa odiosa irmãzinha dele olharia para ele com esse tipo de olhos pelos próximos dez anos, no mínimo.

— P-Pega. — Cyan cedeu.

— Obrigada. — Ciel disse com um largo sorriso enquanto ela assentia.

Riiip!

Então, bem na frente dos olhos de Cyan, Ciel rasgou o cachecol em dois. A mandíbula de Cyan caiu aberta com as ações impiedosas de sua irmã mais nova. Ciel rasgou o cachecol mais algumas vezes e juntou os caules das flores. Com uma das tiras mais longas de tecido de seda, ela amarrou as flores em um buquê, então usou o resto das tiras para cobrir o buquê com fitas.

Quando tudo isso foi feito, as mãos de Ciel agora seguravam um elegante buquê feito com todo o lenço de seda de alta classe. Enquanto admirava sua destreza e senso estético, Ciel esquadrinhou a criação de todos os ângulos.

— Você rasgou o presente que ganhei na minha maioridade… Só para fazer um buquê…? — Cyan confirmou em descrença.

— E também vou levar isso. — Ciel o informou enquanto pegava um grande broche de joias de sua caixa de acessórios. — Esse broche não combina com você, irmão.

Cyan protestou. 

— Mas eu nunca usei–!

— Seu senso de estética é bizarro desde que você era jovem. — Ciel criticou. — Onde exatamente você iria enquanto usava um broche tão grande com joias?

Incapaz de responder, Cyan só podia ficar ali em silêncio, com os ombros tremendo. Ciel colocou o broche no centro das fitas do buquê como decoração e acenou com a cabeça com um olhar de satisfação. Embora fosse muito menor do que o buquê que Genia estava segurando, o dela não se comparava em termos de sinceridade e valor que Ciel havia colocado nele.

“Especialmente porque eu fiz isso pessoalmente.”

Com um sorriso feliz no rosto, Ciel saiu do quarto de Cyan.

Enquanto isso, Genia ainda hesitava em frente à porta do quarto de Eugene.

Sua memória do que tinha acontecido era vaga. No momento em que ela foi levada para as profundezas da floresta pelo poder demoníaco… Uma onda de escuridão surgiu em sua direção por trás. Tinha sido um súbito ataque surpresa. Ela pensou que havia reagido bem àquilo, mas não conseguia se lembrar do que havia acontecido depois de certo ponto.

Depois de recobrar a consciência, ela permaneceu na cama por dois dias inteiros. Durante esse tempo, ouviu toda a história. Algo sobre como Eward Lionheart, o filho mais velho da família principal, se envolveu com um espírito das trevas possuído por remanescentes dos Reis Demônios…

Como Genia não estava interessada em magia, ela não conseguia entender claramente o que realmente havia acontecido.

Como tal, ela decidiu apenas pensar nisso em termos simples. O filho mais velho da família principal enlouqueceu. Dominic, o capitão da Primeira Divisão dos Cavaleiros Leão Negro, também enlouqueceu.

E Hector também.

— Haah… — Genia soltou um suspiro pesado enquanto olhava para o buquê em suas mãos. Embora fosse difícil para ela acreditar, ela não tinha escolha a não ser acreditar no que havia acontecido. Depois de enlouquecer, os três responsáveis por este incidente foram mortos. O que era ainda mais difícil para ela acreditar era que aquele que matou esses três e salvou os reféns não era outro senão Eugene Lionheart.

“Não… Foi ele mesmo?” Genia pensou em dúvida.

No entanto, que razão os Cavaleiros Leão Negro poderiam ter para mentir sobre tal coisa, mesmo admitindo suas próprias falhas?

Genia lamentavelmente pensou consigo mesma: “Aquele que me salvou realmente não foi meu pai?”

Mas ele disse claramente que não.

Genos sentiu profunda gratidão por seu estimado grande mestre Hamel ter reencarnado como Eugene e ter salvado sua única filha daquela crise. Além disso, ele queria que sua filha sentisse a mesma gratidão e reverência por seu Grande Mestre Hamel que ele sentia.

No entanto, Genos não pôde revelar a verdadeira identidade de Eugene para sua filha. Ele não tinha recebido permissão para informá-la. O fato de Eugene ser Hamel era um segredo que Genos precisava manter pelo resto de sua vida. Mas… Genos realmente queria contar a ela. Seus lábios coçaram com o desejo de dizer isso. Genia também compartilhava seu respeito por Hamel, então ele queria que eles mostrassem seus respeitos a seu mestre com um coração sincero juntos; uma vez que sua filha soubesse toda a verdade…

Era por isso que Genia estava ali. O buquê foi colocado em suas mãos por Genos. Ele a empurrou pelas costas e disse a ela para ir e agradecer seu salvador.

Mas Genia não sabia dos pensamentos de seu pai. Seu humor estava atualmente abafado devido a uma mistura de vários fatores diferentes. Hector, seu amigo íntimo e rival desde a infância… Traiu o clã Lionheart. E então tinha acabado de morrer.

Dessa forma, pode-se dizer que Eugene se vingou de Hector por ela? Embora ela não achasse que as coisas realmente iam tão longe… Genia ainda tinha dificuldade em aceitar Eugene. Não era como se não pudesse reconhecer sua habilidade, mas sentiu ciúmes de quanto apreço seu pai parecia mostrar a Eugene.

Uma voz de repente a chamou: 

— Tudo bem se eu for primeiro?

Se aproximando, Ciel agora estava ao lado de Genia. Genia estava absorta em se preocupar com que tipo de expressão deveria mostrar a Eugene e como deveria expressar sua gratidão. A chegada repentina de Ciel a assustou e ela se virou para olhar para o intruso inesperado.

— A menos que você planeje entrar agora, quero dizer. — Ciel disse com um sorriso enquanto jogava o cabelo para trás em um gesto elegante.

Ao fazer isso, Ciel examinou cuidadosamente a aparência de Genia e do buquê.

“Então foi um mal-entendido”, percebeu Ciel.

Tendo vindo ali sozinha, com um buquê de flores, Ciel sentiu a necessidade de verificar se Genia poderia estar abrigando certas intenções indecentes. Mas vendo a flagrante relutância em todo o rosto de Genia, parecia claro que Genos a havia forçado a fazer aquilo.

— Parece que você se sente desconfortável indo sozinha? — Ciel observou enquanto colocava a mão na maçaneta com um sorriso suave. — Se for esse o caso, vamos juntas. Eu também estava me sentindo um pouco envergonhada de entrar sozinha.

— Ah… É mesmo? — Genia disse, sua expressão relaxando ao sentir gratidão sincera pela proposta de Ciel.

Ciel fez vários cálculos antes de fazer esta oferta. Genia tinha vinte e sete anos, enquanto Ciel tinha vinte. Embora Genia não fosse tão velha, uma diferença de idade de sete anos ainda era muito grande.

“Quanto à aparência, bem… Ainda estou melhor”, pensou Ciel presunçosamente.

A aparência de Ciel foi elogiada desde a infância. Ciel sabia muito bem que ela era vista como doce, fofa e bonita.

“Ela está usando uma roupa tão monótona. E quanto a mim? Parece que tomei uma boa decisão de me trocar antes de vir para cá. Quando entrarmos juntas, haverá uma diferença óbvia entre nós duas.”

Ela até borrifou um pouco de perfume e colocou um colar. Ciel girou a maçaneta com um largo sorriso.

— Eu venci!

No momento em que a porta se abriu, Mer, que estava sentada no sofá, deu um pulo de alegria. Com uma expressão triunfante, se aproximou de Eugene, que ainda estava deitado na cama e estendeu as mãos para ele.

— Você já estava lá fora por um bom tempo. Se ia entrar, não poderia ter esperado pelo menos mais um minuto? — Eugene reclamou, seu rosto se contorcendo em uma carranca feroz, e ele olhou para Ciel e Genia. — Perdi a aposta, porque você entrou muito cedo!

— Eu não disse? — Mer se gabou. — Eu disse que ela estava se preparando lentamente para entrar, mas Sir Eugene, você insistiu que ela entraria um pouco mais tarde. Então isso significa que eu ganhei. Em outras palavras, Sir Eugene, você perdeu. Você sabe o que isso significa, certo?

— Apenas faça isso rapidamente. — Disse Eugene, resignado.

— Por favor, admita sua derrota.

— Tudo bem, eu perdi. Agora é só fazer rapidinho!

Ao ouvir essa réplica, Mer riu. Então ela puxou um dos pulsos flácidos de Eugene debaixo do cobertor e enrolou sua manga.

— Não vou pegar leve com você. — Alertou Mer.

Eugene bufou. 

— Quem te pediu isso?

— Eu sei que seu corpo está doendo, mas aposta é aposta. — Insistiu Mer.

Fuu, fuuuuh.

Depois que Mer juntou o dedo indicador e o médio, ela soprou sobre eles para aquecê-los, então impiedosamente deu um tapa no pulso de Eugene.

Snap!

O tapa caiu com um ruído agudo. Normalmente, o ataque nem o teria picado, mas no estado atual de Eugene, esse golpe penetrou profundamente em seus ossos e até abalou sua alma.

— Kaaaargh…! — Eugene cerrou os dentes enquanto sufocava um grito.

No entanto, essa reação violenta apenas assustou Mer mais. Seus ombros tremeram enquanto ela examinava a expressão de Eugene.

— V-Você está bem? — Mer perguntou timidamente.

— N-Não foi nada…!

— Você… Está falando a verdade, certo? Você não vai ficar com raiva de mim por isso mais tarde?

— Eu disse que não foi nada!

— Vamos prometer. — Mer insistiu.

Tendo forçado Eugene a fazer tal promessa, Mer voltou ao seu lugar com um sorriso. Suportando a dor em seu pulso que ainda não havia desaparecido, Eugene levantou a cabeça.

O que diabos eles estavam fazendo?

Ciel imaginou ter uma conversa com Eugene várias vezes, mas não esperava se deparar com uma situação tão cômica assim que entrassem em seu quarto.

— Ahem. — Genia tossiu ao apresentar o buquê que segurava em seus braços para Eugene. — Vim aqui agradecer.

— Foi o que pensei. — Disse Eugene com um aceno de cabeça.

— Este buquê carrega não apenas minha gratidão, mas também a de meu pai. — Acrescentou Genia.

Quando Eugene se lembrou da visão de Genos com lágrimas escorrendo de seus olhos, se sentiu um pouco envergonhado.

— Aceitarei com gratidão. — Disse ele educadamente.

Ciel se intrometeu na conversa. 

— Pegue o meu também.

Então, como se estivesse esperando por isso, Ciel empurrou seu buquê para ele. Ela o apresentou em um ângulo onde as fitas e o broche de joias podiam ser vistos claramente de frente.

— Bonito, não é? Eu mesma fiz este buquê. — Ciel se gabou.

— O que há com esta joia? — Eugene perguntou.

— É um broche. É para decorar o seu peito. Você gostaria de experimentar?

— Talvez mais tarde. — Quando Eugene respondeu, ele olhou para o traje de Ciel.

— E o que há com suas roupas? — Eugene perguntou.

— Hum? — Ciel questionou sem palavras.

— E o que há com esse colar? Desde quando você anda por aí usando colares? — Exigiu Eugene.

Ciel estava preparada para tal pergunta.

— Não é bonito? — Ciel perguntou com uma leve inclinação de cabeça.

Ao fazer isso, Ciel enfatizou a curva do pescoço aos ombros, mesmo quando os cantos da boca se curvaram em um sorriso travesso.

— Não. — Eugene disse com um aceno de cabeça.

— O quê? — Veio a resposta indignada de Ciel após um pequeno atraso.

— Realmente não combina com você. — Declarou Eugene.

Como ele poderia dizer uma coisa tão rude na cara de uma pessoa?

— Em vez de um colar tão brilhante, acho que um colar diferente ficaria melhor em você. — Eugene elaborou.

A surpresa coloriu a reação de Ciel. 

— Ah… Hã? Sério?

— Suas roupas certamente são bonitas. — Elogiou Eugene. — Parece a primeira vez que vejo você se vestir assim.

— É verdade? — Ciel disse timidamente.

Seu coração foi abalado por essa virada inesperada na conversa. Ciel sorriu suavemente e jogou o cabelo para trás em um gesto elegante.

— Você se lembra do que disse? Você me disse para guardar meus agradecimentos para mais tarde, quando eu estivesse melhor, e você estava esperando agradecimentos sinceros de mim? — Ciel o lembrou.

Então, para que ele pudesse dar uma boa olhada nela, Ciel girou no local. O perfume sutil que borrifou em seu corpo foi disperso no ar por seu giro e levado para Eugene.

— Então, obrigada por me salvar. — Ciel disse com gratidão enquanto levantava levemente a bainha da saia e dobrava a cintura e os joelhos.

Sem abaixar a cabeça completamente, Ciel olhou para Eugene com um olhar brincalhão em seus olhos.

— Então, esse favor por ter salvado minha vida, o que exatamente devo fazer para retribuir? — Ciel perguntou sugestivamente.

Em vez de responder sua pergunta, Eugene comentou com uma careta. 

— Mas está parecendo que seus agradecimentos não são tão sinceros?

Ciel ficou sem palavras.

— Seus joelhos devem estar um pouco mais dobrados… E sua cabeça deve estar totalmente abaixada. Não seria um agradecimento mais sincero?

— Como eu sempre disse, para um irmão mais novo, você realmente é atrevido com sua irmã mais velha.

A expressão de Ciel se contorceu em uma carranca enquanto ela se levantava. Então saltou e se sentou ao lado de Eugene.

— Então que tal isso? Enquanto seu corpo está se recuperando, irei cuidar de você diariamente. — Ciel ofereceu.

— Eu posso cuidar dele. — Mer levantou a cabeça e interveio, apenas para Ciel bufar e acenar com o dedo para ela em repreensão.

— Como pode ser enfermeira se não consegue descascar nem uma fruta direito? — Ciel respondeu.

— Ser capaz de descascar uma fruta não é importante quando se trata de enfermagem. — Protestou Mer.

Ciel fungou. 

— Então o que você acha importante?

— Você precisa trocar as ataduras de Sir Eugene, enxugar o suor de seu corpo, trocar de roupa, trocar de cueca, massagear seus músculos para que não endureçam e ajudá-lo com seu cocô e xixi. — Mer listou diligentemente.

Os lábios de Ciel se separaram ligeiramente em choque. Ela se virou para olhar para Eugene sem acreditar, mesmo quando Eugene se virou para olhar para Mer com a mesma expressão.

— Você está louca? — Eugene a repreendeu.

— Mas não é isso que faz uma enfermeira? — Mer argumentou de volta.

— Quando foi que eu pedi para você me ajudar com meu cocô e xixi?

— Estou preparada para ajudar a qualquer momento.

— Eu não preciso disso! — Eugene rugiu.

— Agora que penso nisso, é bem estranho. Você passou os últimos dois dias convalescendo na cama, mas por que não foi ao banheiro nem uma vez? Você também não suou. — Mer apontou enquanto piscava e inclinava a cabeça para o lado.

— Seu cocô e xixi… — Genia, que ouvia em silêncio, de repente murmurou. Ela olhou para Eugene com uma expressão desconfortável e admitiu. — Eu nunca pensei que tais palavras iriam enfeitar os lábios das pessoas da família principal.

— Já não resolvi esse mal-entendido? — Eugene suspirou exasperado. — Nunca pedi a ninguém para me ajudar a fazer cocô e xixi, e também nunca pedi para me ajudar a trocar de roupa.

— Então, você poderia estar usando uma fralda? — Genia disse com desgosto enquanto dava um passo para trás, inconscientemente olhando para a parte inferior do corpo de Eugene.

Claro, sua parte inferior do corpo estava coberta por um cobertor, então nada podia ser visto.

Exasperado, Eugene confessou.

— Então… Estou lidando com tudo isso usando magia. Também estou usando magia para me limpar, por isso não preciso trocar de roupa. Você está satisfeita agora?

— Mesmo que seja esse o caso, ainda estou pronta quando quiser. — Mer entrou na conversa.

— Fica quieta um pouco. — Eugene zombou enquanto revirava os olhos para Mer por aquele comentário desnecessário. Então se virou para olhar para Ciel e Genia, que ainda estavam olhando para ele, para avisá-las. — Não tenham nenhuma ideia estranha.

— Não estou pensando em nada estranho. — Disse Ciel enquanto se recostava e balançava a cabeça. — É só que, bem… Estou bem em trocar seus curativos, mas… Qualquer coisa além disso é um pouco demais.

— Isso vale para mim também. — Genia concordou.

— Quando foi que pedi isso? Parem de incomodar um paciente doente e apenas vão embora. — Eugene respondeu com uma carranca enquanto gesticulava para a porta com o queixo.

Com esse gesto, o vento respondeu à vontade de Eugene e abriu a porta fechada.

— Não faz tanto tempo que chegamos e você já está pedindo para a gente ir embora? — Ciel reclamou.

— O conforto do paciente é fundamental. — Afirmou Eugene. 

— Você está dizendo que ficar comigo não é confortável?

— Por que perguntar algo tão óbvio?

— Por que não? É uma razão psicológica? O fato de eu estar no mesmo quarto que você vestida assim o estimula psicologicamente? — Ciel perguntou com entusiasmo.

— Não são as tuas roupas que são estimulantes; é o absurdo que você continua jorrando. E você sabe que tipo de estimulação estou sentindo? É raiva. Então, se não gosta, saia daqui! — Eugene soltou um rugido.

Com essa explosão, Ciel apenas mostrou a língua para ele e deu um passo para trás ligeiramente. No entanto, Genia não se permitiu recuar. Depois de hesitar por mais alguns momentos, ela enfiou a mão no bolso e tirou um colar com um apito pendurado nele.

— Se precisar de ajuda, por favor, apite. — Disse Genia enquanto pendurava o colar no pescoço de Eugene.

Como ele não conseguia mover seu corpo adequadamente, era impossível para ele resistir. Eugene olhou para o apito pendurado em seu pescoço, então convocou uma brisa para levar o apito à boca.

Fiuuuuuuuu!

Ao ver Eugene apitar bem na frente dela, Genia piscou confusa.

Cuspindo o apito, Eugene continuou falando. 

— Pegue Ciel e saia deste quarto imediatamente.

— Você não acha que está sendo um pouco rude demais? — Ciel repreendeu.

— Foi você que veio aqui fazer uma visita à beira do leito só para fazer minha pressão explodir! — Eugene rugiu mais uma vez.

— Vendo o quão alto sua voz está, parece que não precisamos nos preocupar com você. — Ciel disse com um sorriso largo enquanto agarrava Genia pela manga e a puxava. — Bem, então vamos sair agora e parar de incomodá-lo, irmãzona.

— Irmãzona? — Genia repetiu surpresa.

— Afinal, você é sete anos mais velha que eu. Posso estar deixando você desconfortável ao chamá-la de irmãzona? — Ciel perguntou timidamente.

O que ela deveria dizer…? Não parecia haver nenhum significado oculto por trás das palavras de Ciel, e não era incomum ser chamada assim considerando a situação familiar, mas… Genia ainda sentia um sutil descontentamento. Claro, ela não descontaria seu aborrecimento nessa jovem da família principal apenas por causa de um ressentimento.

— De jeito nenhum. — Genia acabou admitindo.

Voltando-se para Eugene, Ciel instruiu: 

— Descanse bem. Me chame se estiver entediado ou precisar de ajuda. Além disso, sobre ir ao banheiro, se possível, você não deve segurá-lo e apenas ir ao banheiro, mesmo que precise de ajuda.

A única resposta de Eugene foi: 

— Desapareça!

Ciel saiu da sala depois de mostrar-lhe um último sorriso atrevido. Enquanto Eugene ainda ofegava de raiva, Mer pegou os buquês que Eugene havia recebido e colocou as flores em um vaso.

— Mesmo assim, parece que todos estão preocupados com você, Sir Eugene, e também agradecidos. — Mer comentou alegremente.

— Eu salvei todos eles, então é natural que se sintam assim. — Disse Eugene complacentemente.

— Isso não faz você se sentir orgulhoso ou recompensado?

— Assim como é natural que eles se sintam assim, eu só fiz o que deveria ter feito, então por que deveria me sentir orgulhoso ou recompensado?

Eugene respondeu à sua pergunta sem pensar muito, mas Mer ainda sorriu largamente com esta resposta.

— Você é uma boa pessoa. — Afirmou Mer com confiança.

— Você achou que eu era uma pessoa má? — Eugene apenas perguntou sarcasticamente.

— O que quero dizer é que você é uma pessoa muito melhor do que eu imaginava ao ler o conto de fadas. — Explicou Mer.

Eugene apenas se virou para olhar pela janela sem dizer uma palavra em resposta a isso. Mer sentou ao lado de Eugene e voltou a descascar as maçãs enquanto cantarolava uma música.

— Essas maçãs com certeza estão lamentáveis. — Eugene finalmente murmurou.

— Hã? — Mer grunhiu em confusão.

— Eu não disse nada. — Eugene negou.

As cascas de maçã estavam caindo em pedaços irregulares.

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Deus Maligno
Membro
Deus Maligno
3 meses atrás

Porque o protagonista tem que ser tão bocó e retardado perto de mulheres? Não é nem questão de ignorar, ele sempre grita com as mulheres que dão em cima dele. Até eu fico irritado com isso.

Última edição 3 meses atrás por Deus Maligno
Giovanne
Membro
Giovanne
3 meses atrás

Um cap mais suave e cômico 5 estrelas tem que aliviar um pouco a emoção tbm

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