Switch Mode
Participe do nosso grupo no Telegram https://t.me/+hWBjSu3JuOE2NDQx

Damn Reincarnation – Capítulo 222

Ruhr (2)

Eugene tinha sentimentos complicados sobre a estátua que havia sido erguida por Moron. Honestamente, ele queria vê-la, mas se a visse, sentiria que seria inutilmente dominado por emoções. Se tivesse vindo sozinho para o Reino Ruhr, teria escapado para dar uma olhada, mas não poderia fazer isso agora.

Um cotovelo começou a cutucar o lado de Eugene.

Com um sorriso estranhamente deslocado pairando em seu rosto, Kristina sutilmente inclinou a cabeça para Eugene e sussurrou:

— O que achou?

Apenas por aquela expressão, Eugene poderia dizer quem estava no controle do corpo de Kristina.

Ainda era Kristina, mas parecia que ela havia cedido ao impulso das insistências de Anise dentro de sua cabeça devido ao seu próprio interesse na questão.

Eugene limpou a garganta e ergueu o olhar antes de finalmente dizer:

— Ela é bem feita.

Essa foi a impressão honesta de Eugene.

Ele tinha visto algumas estátuas como esta até agora. Agora, uma estátua de Hamel que Eugene trouxe do deserto de Nahama estava no jardim do clã Lionheart. Havia estátuas de Vermouth na capital de Kiehl e no Castelo dos Leões Negros, bem como uma estátua de Sienna na praça Merdein de Aroth. Então, na Praça do Sol em Yuras, ele viu uma estátua de Anise que flutuava no céu.

Entre todas essas, a melhor de longe era a estátua bem na frente dele. As estátuas que Eugene tinha visto antes agora definitivamente pareciam impressionantes. A estátua de Anise, em particular, foi lindamente decorada com joias preciosas. Mas este…

Eugene declarou:

— É majestosa.

A estátua que estava diante deles era enorme. Dessa forma, definitivamente parecia Moron. A estátua era ainda mais alta que um edifício comum. E todos os músculos protuberantes de Moron foram reproduzidos exatamente como eram.

A estátua mostrava um Moron ferido segurando o falecido Hamel em seus braços. Embora não incluísse seus outros companheiros, o cenário arruinado criado durante uma dura batalha foi recriado com precisão em torno da estátua.

— E um pouco triste. — Acrescentou Eugene.

Eugene não estava derramando nenhuma lágrima. Ele estava suportando o desejo de fazê-lo. Ele já havia derramado muitas lágrimas em uma situação semelhante, e era óbvio que se ele chorasse, Anise iria provocá-lo tanto que o faria querer matar alguém, então Eugene estava suprimindo suas emoções.

— Hic.

Eugene podia estar resistindo, mas Mer optou por não fazê-lo. Com apenas o rosto ainda saindo de uma abertura em seu manto, Mer estava chorando abertamente. Kristina estava desajeitadamente exibindo um sorriso travesso como se quisesse imitar Anise, mas seus olhos estavam cheios de lágrimas.

Cyan quebrou o silêncio.

— Existe mesmo uma cena assim no conto de fadas?

Ciel encolheu os ombros.

— O conto de fadas é apenas um conto de fadas, afinal. Nós nem sabemos quem o escreveu, então talvez tenha sido alterado um pouco?

— Mesmo assim, gostei bastante do romance entre Hamel, o Tolo e a Sábia Sienna. — Murmurou Cyan.

Ciel e Cyan ficaram impressionados com a estátua.

Ciel riu da confissão murmurada de seu irmão e balançou a cabeça.

— O que você sabe, irmão. O que o conto de fadas estava tentando sutilmente tocar seu coração não era o romance entre Hamel, o Tolo e a Sábia Sienna.

— Então o que estava tentando promover? — Perguntou Cyan. — A amizade entre companheiros?

— Esse também é um ótimo motivo, mas gostei da relação entre a Fiel Anise e Hamel, o Tolo. — Declarou Ciel.

Cyan fez uma pausa em descrença.

— Por que aqueles dois? No conto de fadas, quem Hamel gostava era Sienna.

— Embora tenha sido o que ele confessou em seus momentos finais, o clima sutil entre Hamel e Anise revelado ao longo do conto de fadas é muito interessante. Devo descrevê-lo como muito provocador de imaginação? Havia também algumas coisas que aludiam a algo mais. — Ciel explicou entusiasmada.

Cyan franziu a testa.

— Nunca vi nada assim….

— Sienna e Hamel se sentem mais amigos íntimos do que amantes, mas Anise e Hamel têm um respeito mútuo, então… Haaah, qual é o sentido de falar com você sobre isso? — Ciel balançou a cabeça como se zombasse de Cyan.

Eugene, que ouvia aquela conversa em silêncio, sentiu como se suas roupas tivessem sido despidas em público, então manteve sua boca fechada com firmeza.

[Aquela gracinha realmente sabe de alguma coisa…] comentou Anise.

“…Isso realmente está no conto de fadas?” Kristina perguntou em dúvida.

[Não é como se eu pudesse escrever os detalhes sobre meus estigmas no conto de fadas. Aquela Sienna egoísta mostrou sua feiura revelando deliberadamente seus desejos egoístas, mas eu não podia fazer isso. Eu deveria ser inocente e pura, afinal. Então contei a história de Hamel e de mim de uma forma que apenas alguns que têm grande sensibilidade, como aquela gracinha, sentiriam alguma coisa.]

Pouco antes, Anise chamou Ciel de cadela astuta, mas em algum momento mudou o rótulo de Ciel para gracinha.

— Mas no final, Sir Hamel foi aquele que morreu. — Cyan murmurou.

— Sir Hamel não morreu porque era fraco. Ele corajosamente e lindamente sacrificou sua própria vida pelo bem de seus companheiros. — Eugene foi quem respondeu a ele. — Trezentos anos atrás, por causa do sacrifício de Sir Hamel, nosso ancestral e seus companheiros puderam escalar todo o caminho até o castelo do Rei Demônio do Encarceramento. Embora as gerações posteriores ridicularizem Sir Hamel como sendo tolo por causa daquela merd— não, daquele conto de fadas ridículo, como alguém que se sacrificou pelo bem de seus companheiros e pelo bem de um mundo que o deixou sem escolha a não ser fazê-lo, Sir Hamel pode realmente ser chamado de herói.

Ciel e Cyan piscaram surpresos com o longo discurso de Eugene. Mer, que estava olhando para a estátua com uma expressão emocionada, não aguentou mais ouvir, então escondeu a cabeça dentro do manto. Os olhos encobertos de Kristina de repente se arregalaram em choque enquanto olhava para Eugene.

[Ele não tem vergonha de dizer tudo isso?]

Eugene podia ser incapaz de ouvir os murmúrios de Anise, mas podia facilmente imaginar o que Anise estava murmurando para si mesma…

Como tal, Eugene tossiu e balançou a cabeça.

— De qualquer forma, sobre o Sir Hamel… Só estou tentando dizer que ele é um herói muito subestimado pelas gerações posteriores.

— Uh… Oh, certo. — Cyan ficou boquiaberto com uma expressão confusa antes de concordar de repente. — Foi esse o caso mesmo, não foi? Eugene, foi você quem descobriu pessoalmente o túmulo de Sir Hamel, então… Ah… Como você é o sucessor de seu legado, faz sentido que tenha sentimentos diferentes em relação a esta estátua do que nós.

Muito gentilmente, Cyan mostrou um grande senso de compreensão para com este irmão não relacionado por sangue, que parecia ter ficado excessivamente imerso em um conto de fadas.

A neve estava começando a cair.

— Nós nunca dissemos uma palavra sobre Sir Hamel ser fraco. — Ciel fez beicinho enquanto puxava o capuz sobre a cabeça. — Quem não sabe o quão forte Sir Hamel era? Mas, claro, entre os heróis de trezentos anos atrás, o mais forte era nosso ancestral.

— Claro que era. — Cyan também afirmou enquanto olhava para a estátua com uma expressão orgulhosa.

Enquanto olhava para a estátua de Moron, que parecia tão grande quanto uma montanha, Cyan ficou perdido em pensamentos por alguns momentos.

Eventualmente perguntou.

— Quão forte era Sir Moron?

— Hum? — Ciel cantarolou curiosamente.

— Basta olhar para esses músculos. — Apontou Cyan. — Pode ser apenas uma estátua, mas não é como se eles fossem torná-la mais volumosa do que a verdadeira, certo? Sir Hamel parece uma criança quando está nos braços de Sir Moron.

Quem era o mais forte entre os heróis de trezentos anos atrás? Não havia necessidade real de pensar sobre tal questão. A resposta era o mestre da Espada Sagrada e o Herói, o Grande Vermouth. Todos no mundo o consideravam como auge de todos os heróis.

Mas entre os quatro restantes, enquanto a Sábia Sienna e a Fiel Anise estavam fora de disputa, porque não eram guerreiros, Hamel, o Tolo e o Corajoso Moron eram guerreiros. Como tal, a questão de qual dos dois era mais forte era um tópico de debate que era levantado o tempo todo.

Ciel repreendeu.

— Você é um idiota, irmão? Só porque seus músculos são maiores, isso não o torna mais forte. Basta olhar para aquele porco, Gargith. Seus antebraços são mais grossos e seus músculos são mais protuberantes, mas ele não é melhor do que Eugene — não, ele é ainda mais fraco do que eu.

— Isso pode ser verdade. — Admitiu Cyan. — No entanto, ainda acho que Sir Moron pode ter sido mais forte que Sir Hamel.

Ciel considerou isso.

— Hmmm… Talvez. Afinal, trezentos anos atrás, Sir Hamel foi o único que morreu.

Kristina, que estava ouvindo a conversa entre os dois, olhou nervosamente para Eugene. Como ela esperava, as sobrancelhas de Eugene estavam se contraindo de raiva.

— Que besteira é essa. — Eugene praguejou. — Sir Hamel era mais forte que Sir Moron.

— E como você saberia disso? — Cyan desafiou.

— De que outra forma eu saberia! — Eugene gritou, apenas para hesitar. — Eu… Sir Hamel… Olha só pela cara dele dá pra ver que ele é mais forte que Sir Moron. Não está vendo aquela cicatriz ali? Claro, Sir Hamel morreu primeiro, e ele pode ter sido menor que Sir Moron, mas você realmente acha que as lutas são decididas apenas com base no tamanho? Sir Hamel era um lutador melhor do que Sir Moron…

Eugene parou de falar no meio da frase e virou a cabeça. De repente, sentiu um olhar penetrante direcionado a ele. O lugar de onde sentiu aquele olhar estava bem longe desta praça, mas sentiu a presença diminuindo a distância em um instante.

“Do palácio?”

Atrás da estátua, do outro lado da praça, havia um enorme castelo cercado por altos muros. Era o Palácio Real de Ruhr. Foi da alta torre do palácio, através da neve esvoaçante, que Eugene sentiu aquele olhar pela primeira vez.

No entanto, agora estava bem em cima deles. Eugene reflexivamente deu alguns passos para trás, puxando Kristina, Ciel e Cyan com sua magia.

Mas não parecia haver necessidade disso. A presença que se aproximava não mostrava sinais de hostilidade e, embora estivesse caindo ali de uma grande altura, ninguém corria perigo.

Um manto grosso esvoaçava atrás da figura que descia.

Todos olharam para cima com olhos chocados. Aquele que veio voando da torre alta para pousar na frente da estátua agachado era um homem gigante. Endireitando-se de sua posição agachada, o homem afastou rudemente o cabelo que havia caído sobre seus olhos.

— Hum!

O homem parecia ser de meia-idade, com cabelos desgrenhados pelo vento, barba mal barbeada e pele bronzeada. Eugene notou uma coroa no topo da cabeça do homem que estava inclinada para o lado como se pudesse cair a qualquer momento.

— Prazer em vê-los, jovens. — O homem começou a falar. Então, com um sorriso largo que mostrava suas gengivas, o homem abriu bem os braços, expondo o peito. — Nós esperamos que não fique muito ofendido com Nossa intromissão. Eu estava me divertindo ouvindo a conversa fofa entre vocês, jovens, mas como descendente do Rei Ousado, não podia continuar apenas ouvindo em silêncio.

O rei ousado era um termo usado para se referir ao rei fundador de Ruhr, Moron. Mas, na verdade, além de Moron, havia uma outra pessoa em Ruhr que tinha o direito de se referir a si mesma pelo pronome Nós.

Cyan ficou tão assustado que seu cabelo se arrepiou e ele imediatamente se ajoelhou no local.

— O descendente do clã Lionheart, Cyan Lionheart, tem a honra de conhecer Vossa Alteza Real, o Rei de Ruhr.

Ciel e Kristina também se ajoelharam apressadamente e fizeram uma reverência. Por enquanto, Eugene também decidiu ficar de joelhos, já que a reação de seus arredores parecia incomum. Embora esta fosse a aparição repentina do rei de Ruhr, as pessoas na praça apenas olharam para ele, sem mostrar nenhuma reverência particular.

— Ahahaha! Vocês, jovens, estão nos envergonhando. Já que fomos nós quem saltou sobre você em primeiro lugar, não há necessidade de ser tão educado. Seus joelhos não estão se molhando com a neve no chão? Se querem se ajoelhar e nos fazer cortesias, em vez de fazê-lo em um lugar como este, por que não nos visita em nosso castelo. — O rei os convidou.

Este era o atual rei do Reino Ruhr. O Rei Besta Aman Ruhr. Soltando uma risada calorosa, ele endireitou sua coroa inclinada e continuou falando.

— Além disso, não viemos aqui apenas para ouvir as saudações de vocês, jovens. Olhe aqui, jovem Lionheart. — Os olhos sorridentes de Aman se voltaram para Eugene. — Você é o único que disse que o Rei Ousado era mais fraco que Sir Hamel, certo? Não posso aceitar essas palavras. Embora, é claro, o Grande Vermouth deva ter sido o mais forte, ainda assim, entre os heróis daquela época, o mais forte além de Sir Vermouth era o Rei Ousado!

— Uh… Hum… sim. — Eugene finalmente respondeu com uma expressão confusa.

Enquanto todos ainda estavam ajoelhados, Aman se aproximou para agarrá-los pelos braços e levantá-los de suas posições dobradas, um por um.

— Cyan Lionheart! — Aman rugiu alegremente. — Um descendente do Grande Vermouth. Estou bem ciente de que você é o próximo na fila para se tornar Patriarca do clã Lionheart. Embora ainda não tenha sido confirmado, nossa filha pode ficar noiva de você em breve.

Cyan estava igualmente hesitante

— Uh… Sim…?

— Na verdade, não temos nenhum desejo de decidir sobre o casamento de nossa filha por motivos políticos. — Confessou Aman. — O mais importante será se Nossa filha quer casar com você ou não! Ah, claro, Nossa filha ainda não tem idade para essas coisas.

Cyan vasculhou freneticamente sua memória.

— A idade atual da princesa Ayla é… Hum… Eu me lembro que ela tem onze anos, mas…

— Se você deseja se casar com Nossa filha, precisará trabalhar duro a partir de agora para influenciar o coração dela. Tudo bem, já que nos encontramos assim, deixe-nos contar um segredo. Nossa filha, Ayla, prefere armas e armaduras raras a bonecas e buquês. Se você deseja impressionar Ayla, seria melhor presenteá-la com uma pequena adaga. — Aman aconselhou com uma risada e deu um tapinha no ombro de Cyan.

Podem ter sido apenas toques amigáveis, mas cada vez que a grande mão de Aman pousava em seu ombro com um som de bangbang, todo o corpo de Cyan tremia.

Aman virou-se para Ciel.

— Ciel Lionheart! Também ouvimos falar de você. Na verdade, você é tão justa e bonita quanto um floco de neve! Ouvi dizer que Carmen Lionheart, uma heroína que recebeu Nosso reconhecimento por sua força, é sua professora, certo?

— Você me lisonjeia, vossa majestade.

— Ciel respondeu educadamente.

— Lisonjeio? Você está se referindo aos Nossos elogios à sua aparência? Lisonjeio, você diz… Hahaha! Com sua beleza, a humildade é um luxo que você não pode pagar. Não, não é isso. Como descendente dos Lionhearts, será que você está insatisfeita em ser elogiada por sua aparência? Nesse caso, estou curioso para ver o quão afiada é sua espada. — Aman refletiu perspicazmente.

Ciel também não conseguiu escapar da mão enorme de Aman. Mas foi só depois que Aman passou por ela que Ciel permitiu que sua expressão se contorcesse enquanto esfregava o ombro dolorido.

— E você… Ooooh! E pensar que seria a Candidata a Santa de Yuras, Kristina Rogeris. Não adoramos o Deus da Luz, mas ainda admiramos os milagres que podem ser realizados pelos Seguidores da Luz. Entre todos os que vimos, os milagres realizados por seu pai adotivo, o cardeal Sergio Rogeris, foram particularmente impressionantes. — Elogiou Aman.

Kristina cumprimentou-o rigidamente.

— É uma honra conhecê-lo assim.

Aman notou seu desconforto.

— Parece que não deveríamos ter mencionado descuidadamente a infeliz morte de seu pai adotivo. Que a Luz te proteja.

Aman não bateu nos ombros de Kristina. Em vez disso, estendeu sua própria mão grande para apertar a mão dela e, com um aceno de cabeça, Kristina pegou a mão dele com as duas.

— Eugene Lionheart. — Aman finalmente se virou para Eugene. Caminhando com um sorriso caloroso, Aman olhou para Eugene e disse: — O filho adotivo da família principal. A Segunda Vinda do Grande Vermouth. O sucessor da Sábia Sienna… Mas parece que isso não é tudo.

— Você estava escutando nossa conversa de tão longe? — Eugene acusou.

— Por favor, não pense que estávamos espionando intencionalmente. Nossos ouvidos são extremamente aguçados, então podemos ouvir todo tipo de coisa sem nem mesmo querer. No entanto, ainda devemos oferecer nossas desculpas por outra coisa. — Aman ergueu a coroa que usava na cabeça com uma mão enquanto abaixava ligeiramente a cabeça em desculpas. — Desde o momento em que entrou nesta praça, Nós o observamos com grande interesse. Estávamos apenas confirmando a notícia de que a geração mais jovem do clã Lionheart havia chegado em Ruhr pelo portal de dobra.

Eugene balançou a cabeça.

— Não estou ofendido com essa informação. Afinal, Vossa Majestade é o rei deste país, certo?

— Ahaha! Não há nenhuma lei dizendo que não há problema em observar e espionar os outros só porque você é o rei. Pelo menos não existe tal lei neste país. — Aman afirmou com orgulho enquanto sua grande mão acariciava o ombro de Eugene.

Bang, bang.

O som pode ter sido alto, mas o corpo de Eugene não tremeu como o de Cyan e Ciel. Os olhos de Aman ficaram alegres com essa visão.

— Então, Eugene Lionheart, qual é a sua opinião? — Aman perguntou seriamente.

Eugene franziu a testa.

— De que opinião você está falando?

— Você realmente não sabe o que estamos pedindo, ou está apenas fingindo? Você disse que Sir Hamel é mais forte que o Rei Ousado. No entanto, optamos por discordar. — Aman abaixou seu corpo para se aproximar de Eugene.

Ele percebeu por que Aman era chamado de Rei Besta. Ele também viu a prova de que Moron era de fato o ancestral de Aman.

Enquanto olhavam penetrantemente para Eugene, os olhos de Aman eram tão claros quanto os de Moron, e o mesmo desejo intenso de conflito que uma vez havia flutuado nos olhos de Moron também podia ser visto nos dele. No entanto, ao contrário de Moron, Aman não restringia seus desejos alegando que eram companheiros. Aos olhos de Aman, um espírito selvagem e bestial se afastava da dignidade que vinha de ser o rei de um país.

— Se você continuar a insistir na superioridade de Sir Hamel, então Nós, como descendentes do Rei Ousado, devemos nos esforçar para convencê-lo. Você não acha que seria divertido cruzar espadas pelo bem de nossas relações amigáveis? — Aman propôs.

— Como ousaria cruzar espadas com você, Vossa Majestade? — Eugene tentou fugir.

— Ahaha! Parece que existe uma lei em Kiehl que diz que você não deve desembainhar sua espada contra o Imperador, certo? Mas algo assim não tem relevância aqui. Não importa quem seja, se assim o desejarem, trocaremos de bom grado lâminas com eles. — Aman declarou com gargalhadas enquanto endireitava seu corpo abaixado.

Como que para demonstrar, Aman olhou ao redor da praça e, de fato, as pessoas de Ruhr que estavam na praça olhavam nessa direção com olhos cheios de diversão e curiosidade, em vez de raiva e preocupação.

— Receio ter que recusar. — Eugene rejeitou educadamente.

Honestamente, Eugene queria competir com os descendentes de Moron. No entanto, não queria enfrentar Aman no meio de uma praça cheia de olhares atentos no mesmo dia em que entrou em Ruhr.

— É mesmo? Então não tem jeito mesmo. Não é como se hoje fosse a única chance que teríamos para isso. — Aman suspirou.

Agora que Eugene recusou, Aman também não continuou insistindo.

Ele deu um tapinha no ombro de Eugene mais uma vez e disse com um sorriso:

— Tudo bem, mesmo que seja no meio da Marcha dos Cavaleiros, se você quiser competir conosco, venha nos visitar a qualquer momento. Estas palavras não são apenas para você, Eugene. Cyan Lionheart e Ciel Lionheart também. Se vocês dois assim o desejarem, podem vir a Nós a qualquer momento. Teremos o maior prazer em mostrar-lhe as artes marciais que nos foram transmitidas pelo Rei Ousado.

— Tudo bem eu te perguntar uma coisa? — Eugene perguntou depois de limpar a garganta e olhar de volta para Aman. — Sir Moron… Não, o próprio Rei Ousado já disse algo assim diretamente? Que ele era mais forte que Sir Hamel.

— Ahaha! Ele nunca disse nada assim. Também não deixou tais palavras em nenhum dos registros históricos. Claro, ele frequentemente mencionava Sir Hamel nessas ocasiões enquanto o chamava de querido companheiro e amigo. Embora tenha dito que realmente queria competir seriamente com Hamel pelo menos uma vez, eles nunca conseguiram competir, porque nunca tiveram a chance de… — Aman parou com um sorriso. Ele então se inclinou ligeiramente para Eugene e sussurrou: — No entanto, esta informação está escrita nos Anais de Ruhr. Segundo as palavras do Rei Ousado, trezentos anos atrás, a pessoa com mais força física ao lado do Grande Vermouth era o próprio Moron. Se for esse o caso, isso não significa naturalmente que o rei ousado era mais forte que Sir Hamel?

Isso foi uma provocação?

Eugene sorriu rigidamente e assentiu.

— Acho que é verdade.

Aman riu presunçosamente.

— Ahaha! Bem, é natural. Apenas olhando para esta estátua, você pode dizer que o Rei Ousado era mais forte que Sir Hamel. Mas o que todos irão fazer agora? Ouvi relatos de que não está viajando com a força principal do clã Lionheart, mas sim indo para Lehain de forma independente.

— Sim, planejamos ir para Lehain imediatamente. — Revelou Eugene.

— Parece que está com pressa. — Observou Aman. — Se seus preparativos são insuficientes ou você está ansioso com a viagem, que tal nos acompanhar? Você pode descansar bem no palácio e partir para Lehain quando Nós e os Cavaleiros de Ruhr o fizermos.

— Embora eu seja grato por suas palavras… Receio ter que recusar. No entanto, por que ainda não partiu, vossa majestade? — Eugene perguntou.

— É porque ainda não terminamos de tratar dos assuntos de Estado. — Admitiu Aman. — Nós e nossos Cavaleiros de Ruhr provavelmente poderemos partir na próxima semana.

Aman piscou por alguns momentos. Então fez um som de oops e deu um tapa na própria testa.

— Realmente deveríamos ter mais cuidado com nossas palavras. — Aman censurou a si mesmo. — Hector Lionheart, aquele que participou daquela reviravolta no Castelo dos Leões Negros no ano passado… Ele era um cavaleiro honorário dos Presas Bracas, não era?

— Pelo que sei, todas as discussões sobre esse assunto já foram concluídas. Embora Hector fosse um cavaleiro honorário dos Presas Brancas, eles não podem ser responsabilizados pelo que ele fez no Castelo dos Leões Negros. — Eugene o assegurou.

— No entanto, não foi ainda Nosso erro fazer de um homem tão deplorável um cavaleiro honorário? Como tal, sentimos que devemos fazer algo para ajudá-lo em sua jornada. — Insistiu Aman.

Eugene realmente não achava necessário, mas Aman apenas ficou lá distraído, perdido em pensamentos por alguns momentos. Então, de repente, sorriu e olhou para Eugene com um aceno de cabeça.

— Espere aqui por alguns instantes.

— Hã?

Boom!

Aman chutou o chão e saltou no ar. Com apenas um salto, ele voou pelo ar e cruzou a grande distância entre a praça e a torre do palácio de onde havia voado primeiro.

— Mas que diabos? — Cyan questionou perplexo, ainda tendo que cair em si.

Assim como Aman havia dito, não poderia ter passado mais do que alguns momentos antes dele retornar. Assim como quando chegou pela primeira vez, saltou do palácio e caiu na praça, mas ao contrário da última vez, não estava sozinho.

— Permitiremos que nosso cachorro de estimação vá com você. — Aman declarou generosamente.

O cachorro de estimação não era o tipo de cachorrinho fofo que as palavras traziam à mente. Embora Aman fosse um homem gigante, o corpo do lobo que trouxe em seus ombros era ainda maior do que Aman.

— O nome dele é Abel. Ele é um descendente dos Lobos Snowfield, que foram criados pela Tribo Bayar há muito tempo e foram criados no Palácio Real desde a fundação deste reino. Esse cara não vai se perder em uma nevasca ou mesmo nos campos de neve brancos e planos. Se você estiver acompanhado por Abel, poderá chegar a Lehain sem se perder. — Afirmou Aman.

O Lobo Snowfield que Aman abaixou no chão era tão grande quanto um boi, mas não parecia tão estúpido quanto um. Aman sorriu enquanto acariciava o pelo cinza de Abel.

— Abel. — Instruiu Aman. — Guie esses jovens leões para os campos de treinamento em Lehain.

— Au au!

— Isso mesmo, bom menino.

Abel soltou um uivo alto.

Voltando-se para o grupo, Aman explicou:

— Você não precisa se preocupar com a comida de Abel, porque esse cara esperto pode caçar sua própria comida. Se algum de vocês machucar a perna no caminho, tudo bem se precisar montar nas costas dele.

Eugene hesitou.

— Uh, sim…

— Contanto que você siga o caminho que Abel o conduz, deve ter tempo mais do que suficiente para atravessar os campos de neve. Jovens, vocês estão interessados em passear? — Aman perguntou de repente.

— Você disse… Passear? — Eugene repetiu.

Aman assentiu.

— Lehain pode ser perigoso, mas é um lugar fascinante.

Era a montanha mais perigosa de Ruhr, um lugar onde os Patrulheiros da Montanha Nevada e cavaleiros visitavam ocasionalmente para treinamento.

— Se sentir vontade, deve dar uma olhada no Grande Cânion do Martelo. — Aman recomendou.

— E onde fica exatamente? — Eugene perguntou.

— Se quiser ir, Abel pode te levar até lá. Você não precisa falar a língua dos lobos, esse cara esperto… Se disser a ele que quer ir para o Grande Cânion do Martelo, ele vai te guiar até lá imediatamente. — Aman disse com um largo sorriso que exibia suas gengivas. — É lá que as lendas da família real são transmitidas.

— Lendas? — Eugene repetiu curiosamente.

— É também o lugar onde os descendentes da família real renascem como guerreiros. — Aman disse sem maiores explicações enquanto se afastava. — Claro, cabe a você ir ou não.

Com essas últimas palavras, Aman deu o pontapé inicial no chão mais uma vez.

Boom!

Com um rugido alto, Aman voou de volta para o palácio.

— Que rei extremamente… De espírito livre. — Cyan murmurou enquanto observava as costas de Aman desaparecerem em poucos momentos.

Considere fazer uma Doação e contribua para que o site permaneça ativo, acesse a Página de Doação.

Comentários

5 4 votos
Avalie!
Se Inscrever
Notificar de
guest
2 Comentários
Mais recente
Mais Antigo Mais votado
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários
Giovanne
Membro
Giovanne
14 dias atrás

Cara… que mano gente boa por favor não faça ele ser um traidor fdp

Outsider
Visitante
Outsider
17 dias atrás

É muito estranho esse tipo de personagem que fala no coletivo. Nem Kristina que é quase uma bipolar fala no coletivo

Opções

Não funciona com o modo escuro
Resetar