Eugene ia lutar contra Moron.
Ele iria lutar, e iria vencer.
“Embora isso não seja possível”, Eugene admitiu para si mesmo.
Desde o início, Eugene realmente não achava que tinha qualquer possibilidade de vencer. Mesmo que colocasse tudo o que tinha nessa luta, suas chances de vitória seriam mínimas, então seria muito arrogante da parte de Eugene acreditar que ele poderia obter a vitória lutando contra Moron sem nenhuma arma.
“Quanto à Ignição… Eu realmente não quero usá-la. Mas, dependendo das circunstâncias, tudo bem.”
Vencer essa luta não era tão importante.
Moron podia discordar dele, mas pelo menos era o que Eugene pensava.
Na verdade, se tivesse a oportunidade, Eugene realmente queria lutar contra Moron e vencer. Não era como se ele não tivesse tido tais pensamentos em sua vida anterior, quando ainda era Hamel. Assim como Moron queria lutar contra Hamel, Hamel também queria lutar contra Moron.
No entanto, muitas coisas mudaram desde então. Hamel tornou-se Eugene e Moron permaneceu vivo durante os últimos trezentos anos. Todo esse tempo esgotou o espírito de Moron, mas sua força barbaramente ilimitada devia ter atingido novos patamares.
Quanto a Eugene? Ele atualmente tinha um potencial ilimitado. No entanto, esse potencial ainda não havia florescido totalmente. De acordo com a própria estimativa de Eugene, se ele desse tudo de si, sentiria que não seria mais fraco do que em sua vida anterior. Se alguém apenas olhasse para todas as opções que ele tinha em combate, tinha muito mais em seu repertório do que em sua vida anterior. No entanto, Eugene realmente não conseguia se avaliar como indiscutivelmente mais forte do que em sua vida passada.
Naquela época, em seu auge, Hamel podia não ter uma variedade de habilidades, mas quando se tratava de matar seus inimigos, Hamel era tão eficiente quanto um ceifador.
Além disso, mesmo que o Hamel em seu auge estivesse presente hoje, não seria capaz de derrotar o atual Moron.
— Hamel. — Disse Moron.
Ele olhou para Eugene com olhos que traíam sua confusão. Ele não sabia por que Eugene estava insistindo em uma luta de repente. O que mudaria se eles lutassem?
Nada mudaria.
Talvez Hamel pensasse que depois de derrotar Moron em uma luta, ele seria capaz de fazer Moron ouvi-lo.
“Já que ganhei, obedeça a minhas ordens.”
Quando se tratava de Hamel, tais palavras e ações realmente combinavam com ele. No entanto, isso não funcionaria apenas se Hamel realmente vencesse? Ele estava tão animado que não conseguia entender a diferença entre suas forças?
— Não faz sentido fazer isso. — Moron tentou persuadi-lo. — Você e eu—
Eugene se recusou a continuar ouvindo até que Moron terminasse de falar. Em vez disso, tirou Akasha de seu manto. Então, como havia decidido não usar uma arma, tirou também o manto e atirou-o para trás.
— S-Sir Eugene! — Uma voz gritou.
Mer, que finalmente se acostumou com o miasma deste lado, tardiamente enfiou a cabeça para fora do manto. Semelhante a Moron, Mer também estava tendo problemas para entender por que isso estava acontecendo. Ela contorceu o corpo para fora, apenas para hesitar, não tendo superado completamente seus medos.
Ela só foi capaz de se adaptar na medida em que não perdeu a consciência, e mesmo isso só foi possível, porque mais da metade de seu corpo ainda estava escondida no subespaço do Manto das Trevas. Ela temia que, se saísse assim, sua existência como familiar seria corrompida por aquela aura sinistra.
— Apenas deixe esses idiotas em paz. — Disse Anise enquanto pegava o manto.
Depois de olhar para Mer, que estava colocando a cabeça para fora de uma abertura no manto, Anise o jogou sobre os próprios ombros.
Fwoosh!
O poder divino de Anise se transformou em luz e envolveu todo o seu corpo. Foi só então que Mer se sentiu segura.
Mer gaguejou.
— O-Obrigada…
— Não há necessidade disso. Mer, você e eu estamos passando por um momento difícil por causa desses idiotas. — Disse Anise com simpatia.
— Não vai deter Sir Eugene, Senhorita Anise?
— Não é só você. Kristina continua me perguntando a mesma coisa. Por que ainda não os estou impedindo? Mas aqueles idiotas não vão me ouvir, mesmo que eu diga para eles pararem. Como não vão ouvir minhas palavras, eu teria que me colocar entre eles se quisesse fazê-los parar. Mas por que eu deveria fazer uma coisa tão exaustiva? — Anise perguntou enquanto seu rosto se contorcia em uma carranca. — Deixa esses dois idiotas em paz. Eles não ouvem as pessoas quando elas falam. Porque idiotas como eles têm suas próprias maneiras idiotas de resolver as coisas.
Mer hesitou.
— Mas e se…
— Eu sei com o que você está preocupada. — Anise assentiu. — No entanto, Mer, quem você pensa que eu sou? Mesmo que esses dois entrem em uma briga imprudente, posso curá-los, desde que não morram. Aquele idiota do Hamel deveria levar isso em consideração ao escolher uma briga como essa. É por isso que estou tão irritada. Porque no final, eles ainda não estão contando comigo para fazer um milagre para os idiotas que eles são?
[Irmã, se você odeia tanto pensar nisso, não seria melhor para você dar um passo à frente agora e mediar entre os dois?] Kristina instigou.
Anise pensou: “Kristina boba! Como eu pensei, você tem apenas uma compreensão superficial desta situação. Se deixá-los em paz, Hamel vai acabar meio aleijado e precisando de um milagre meu. Você não quer ser capaz de olhar para um Hamel que é tão fraco quanto ele pode ser? Você não quer vê-lo sendo curado pelo milagre que você invocou?”
Esses pensamentos eram tão obscuros que era difícil acreditar que uma Santa tivesse sequer pensado neles. Como tal, Kristina ficou chocada, mas simplesmente não conseguiu responder não às perguntas que Anise enviou voando para ela.
[Irmã. Quando chegar a hora, por favor, troque de lugar comigo.] Kristina finalmente pediu.
“Não se preocupe com isso. Kristina, você deve ter certeza de se lembrar. Não são apenas momentos como esses. Nós duas temos que ter certeza de compartilhar qualquer situação agradável que surja de maneira justa entre nós”, respondeu Anise a ela.
O vínculo entre Kristina e Anise tornou-se ainda mais profundo.
Enquanto essa conversa acontecia nos bastidores, Eugene se preparava para ativar a fórmula para sua Assinatura que havia construído dentro de Akasha. Esta era uma assinatura que havia sido criada com a ajuda de vários arquimagos de Aroth. Ainda estava incompleta, mas isso não significava que havia muito atraso quando se tratava de conjurá-la.
Em um confronto entre magos, a velocidade era mais importante do que a escala, o poder ou a sofisticação de sua magia. A Assinatura que era conhecida por ser a mais rápida de todas era o Panteão do Mestre da Torre Vermelha Lovellian, o homem que por acaso era o mestre de magia de Eugene.
Como aluno de Lovellian, era garantido que a velocidade da Assinatura de Eugene não seria baixa.
A imensa fórmula mágica da Assinatura de Eugene, que era característica de todos os grandes feitiços, não estava apenas sendo construída dentro de Akasha.
O propósito da Fórmula do Anel de Chamas de Eugene não era apenas acelerar explosivamente sua produção de mana. Sua fundação original foi baseada no Eternal Hole de Sienna, e Eugene simplesmente substituiu os Círculos da Fórmula dos Círculos Mágicos pelas Estrelas da Fórmula da Chama Branca. A Fórmula do Anel de Chamas que foi criada dessa maneira ainda mantinha a capacidade de gravar fórmulas de feitiços como o Eternal Hole, e isso possibilitava que ele conjurasse a maioria dos feitiços sem nenhum encantamento.
Depois que alcançou a Sexta Estrela da Fórmula da Chama Branca, as Estrelas de Eugene não paravam de girar. A Fórmula da Chama Branca foi completamente integrada à Fórmula do Anel de Chamas e evoluiu.
As estrelas em seu coração começaram a brilhar. A luz das estrelas ressoou com Akasha. A fórmula de sua Assinatura foi compartilhada entre Akasha e sua Fórmula do Anel de Chamas, porque era necessário vincular o próprio feitiço em Eugene.
Graças a isso, este feitiço não exigia nenhum encantamento. Apenas fazendo Akasha ressoar com a Fórmula do Anel de Chamas, Eugene poderia conjurar o feitiço imediatamente.
Fwoosh!
Uma chama roxa subiu do ombro esquerdo de Eugene. A trilha bruxuleante de chamas parecia criar uma asa de fogo. A única asa de chamas roxas subiu cada vez mais alto antes de se espalhar.
— Hamel, o que diabos é isso? — Moron perguntou surpreso, sem nem mesmo recuar ao ver essa única asa de chamas se espalhando por trás de Eugene.
Ele viveu por centenas de anos, mas ainda era virtualmente um estranho para a magia. No entanto, ele ainda podia dizer que o feitiço que Eugene estava lançando no momento era incomum. À primeira vista, aquela asa parecia ser feita de chamas, mas o calor que sentia não era tão alto quanto o calor vindo de uma chama real.
Em vez disso, Moron sentiu uma massa de mana indescritivelmente vasta e complexa. Não, não sentiu… Ele viu. Mesmo com os olhos brilhantes de Moron, era impossível para ele ler a verdadeira forma desse feitiço, mas ainda podia ver que as chamas que compunham a asa de Eugene continham uma enorme quantidade de mana disposta em um padrão sofisticado.
— Proeminência. — Gritou Eugene.
Embora ele não tivesse a intenção de dizer isso, quando Moron fez essa pergunta, Eugene ainda respondeu com uma expressão curta.
Com essa resposta, Moron piscou os olhos e soltou uma gargalhada:
— Que nome maravilhoso.
Dessa chama, Moron sentiu algo semelhante ao que sentira com Vermouth trezentos anos atrás. Naquela época, a Fórmula da Chama Branca nem tinha nome, mas as chamas brancas puras invocadas por Vermouth eram tão grandes e brilhantes quanto as de Eugene. Embora Moron também tivesse uma grande quantidade de mana, ainda não se comparava à quantidade contida nas chamas de Vermouth.
Além dele, Moron também sentiu algo semelhante ao Hamel de trezentos anos atrás. A mana de Hamel não era tão grande ou intensa quanto as chamas de Vermouth. No entanto, a mana dele era tão complexa que não havia aberturas para Moron enxergar, então não conseguia nem começar a imitá-la.
No momento em que ele teve esse pensamento, a nebulosidade dentro da cabeça de Moron clareou um pouco. Moron tirou a pele que lhe cobria os ombros. Então jogou para trás, assim como Eugene tinha feito.
— Hamel, eu realmente não quero lutar contra você. — Moron repetiu enquanto seus músculos começavam a se contorcer.
Badum, badum, badum.
Seus músculos incharam como se tivessem sido enchidos de ar, e a estrutura já maciça do corpo de Moron lentamente começou a crescer ainda mais.
Moron continuou falando.
— No entanto, você deve ter um motivo para querer lutar contra mim. Não sei o que pode ser, mas sei de uma coisa.
Este era o Corajoso Moron.
Com o cabelo balançando descontroladamente ao vento, ele olhou para Eugene. Seus olhos não pareciam tão opacos e cansados quanto antes.
Eugene viu uma luz brilhante brilhando nas pupilas de Moron.
— Hamel, você não pode me vencer. — Declarou Moron.
— Vamos ter que ver isso. — Eugene respondeu com um sorriso.
Brasas começaram a se espalhar das chamas em suas costas. A cada batida da asa, penas voavam para o céu.
— Se você tiver confiança para me vencer… — Eugene começou a dizer enquanto desabotoava as mangas.
Na verdade, não adiantava desabotoar nem um único botão de suas roupas. Havia uma boa chance de que, em pouco tempo, todas as suas roupas fossem transformadas em trapos.
— Então não se esquive ou bloqueie esse meu golpe e deixe que ele te atinja. — Eugene finalizou seu desafio.
Obviamente, foi uma declaração vergonhosa. Mas a reação de Moron foi inesperada.
— Tudo bem. — Concordou Moron prontamente.
Bem… Moron era exatamente esse tipo de cara. Ele abriu os braços e deixou o peito aberto em um desafio próprio. Enquanto olhava para o rosto de Moron, Eugene cerrou o punho. Chamas roxas envolveram o corpo dele.
Agora que as coisas finalmente chegaram a esse ponto, Eugene não aproveitaria essa oportunidade levianamente. Moron concordou que não bloquearia ou desviaria do primeiro golpe. Nesse caso, esse golpe provavelmente seria a maior e última chance de Eugene.
Mesmo que Eugene conseguisse derrotar Moron e derrubá-lo, ele sabia que isso não resolveria o problema. No entanto, ainda queria derrotar Moron, se possível.
Era porque ele queria provar que Hamel era mais forte que Moron? Não, esse não era o problema.
Era só…
Ele só não gostou das desculpas dadas por seu amigo, que havia se desgastado e cansado depois de viver por centenas de anos. Por mais que alguém tentasse não mudar, as pessoas ainda mudavam aos poucos. Se tivessem vivido centenas de anos, certamente teriam mudado ainda mais.
No entanto, Moron não aceitou esse fato. Como o Corajoso Moron, ele não queria mostrar aos companheiros com quem havia se reunido como estava depois de quebrar nas últimas centenas de anos.
Eugene realmente não gostou disso. Na verdade, ele odiou. Era por isso que ele queria bater em Moron. Porque Moron tinha, por sua própria vontade, aceitado o pedido que o Vermouth filho da puta lhe dera e fez disso sua missão na vida, então passou a lutar contra aqueles monstros misteriosos neste lugar infernal até que finalmente desmoronou e colapsou.
O pé de Eugene saiu do chão. Ele acelerou com toda a sua força, e seu punho estava tão cheio de força que faíscas de mana transbordavam dele. Esta era uma força muito forte para usar contra um ser humano que havia prometido não se esquivar ou bloquear o golpe.
No entanto, Eugene não hesitou. Seu oponente não era fraco o suficiente para ser chamado de humano. Era Moron Ruhr. Não havia como Eugene não saber o quão durão e forte aquele idiota era.
“Mesmo assim”, Eugene pensou consigo mesmo cautelosamente.
Por precaução, ele considerou exatamente onde acertar para que pudesse terminar a luta com um único golpe.
O coração? Eugene não tinha confiança de que seria capaz de penetrar naqueles músculos grossos do peito.
Então tinha que ser a cabeça. Ou deveria mirar na canela? Ou então, Eugene deveria honestamente tentar plantar seu punho no centro do rosto de Moron.
Não.
Eugene decidiu apenas acertar Moron onde ele queria acertá-lo. Enquanto balançava o punho no ar com toda a força, ele deu um soco na bochecha de Moron.
Mas não parecia nem remotamente como se ele tivesse acabado de bater em uma pessoa. Eugene empurrou o punho para a frente com toda a força, mas a cabeça de Moron não se virou nem um pouco. Naturalmente, não houve nem o som de suas maçãs do rosto sendo esmagadas.
Fizzzz!
O som seguiu tardiamente. As chamas em torno de seu punho que não conseguiram quebrar o corpo de Moron se espalharam no ar.
“Seu monstro absoluto de merda”, Eugene pensou silenciosamente enquanto imediatamente explodia sua mana.
Uma série de explosões envolveu o corpo de Moron. Usando o recuo da explosão, Eugene se jogou para trás.
— Você não disse que seria apenas um golpe, Hamel? — Moron perguntou, de pé no centro das chamas.
Seu cabelo preto esvoaçava ao vento e uma luz brilhava em seus olhos arregalados.
Whoosh!
Com um único aceno de cabeça, Moron foi capaz de espalhar completamente todas as chamas que cobriam seu corpo.
Boom!
Ele começou a andar para a frente.
Seus músculos ainda se contorcendo, seu braço direito ergueu-se ao lado do corpo. Seus dedos grossos se curvaram para formar um punho.
Isso foi tudo o que ele fez, mas aos olhos de Eugene, Moron se tornou o centro de todo o seu mundo. Além de Moron, ele não conseguia ver mais nada. Era assim que a presença atual de Moron era imensa.
— Você pode se esquivar se quiser. — Disse Moron.
Se este fosse o habitual Eugene, uma vez que tivesse ouvido tais palavras, escolheria não se esquivar. Porque seu orgulho não lhe permitia obedecer.
No entanto, atualmente, Eugene não conseguia nem imaginar ter tanto orgulho. Se tentasse bloqueá-lo, seria esmagado junto com suas defesas. Então não teve escolha a não ser tentar se esquivar. Mas como, para onde e em que momento?
Todos os pensamentos de Eugene estavam ocupados com essas preocupações.
Moron lançou o punho para a frente.
Como a intuição de Eugene havia dito a ele, a força por trás daquele punho era incomparável. Eugene estremeceu ao sentir a imensa força abrindo caminho em sua direção.
Booooooom!
A força do golpe varreu o chão. Não acabou por aí. Sem enfraquecer nem um pouco, a onda de choque perfurou o ar e aniquilou completamente o pico da montanha que caiu em seu caminho.
[S-Se ele for atingido por isso, vai morrer…!] Kristina gritou.
No entanto, Anise apenas bufou e resmungou:
— Ainda assim, parece que Moron não perdeu completamente a cabeça.
Mer gaguejou.
— O-O-O que você quer dizer com isso? Sir Moron acabou de tentar matar Sir Eugene!
— Se ele quisesse matar Eugene, então teria dado um soco ainda mais forte do que isso. — Anise a corrigiu. — Se ele não conseguisse nem desviar de um punho que estava sendo retido, então Hamel seria apenas um idiota.
O pico de uma montanha foi apagado com apenas um soco, mas isso era apenas Moron se segurando? Incapaz de compreender, Mer apenas olhou para onde o pico da montanha havia desaparecido.
Para sua surpresa, depois de piscar algumas vezes, ela descobriu que o pico da montanha que tinha desaparecido inconfundivelmente momentos antes, reapareceu repentinamente, parecendo perfeitamente intacto. Isso não era realidade, mas sim um espaço separado criado pela magia de Vermouth.
Moron ainda não havia abaixado o punho estendido. Ele inclinou a cabeça para o lado como se estivesse confuso. Eugene não foi varrido pela força de seu punho. Ele conseguiu se esquivar com sucesso.
No entanto, Moron não sabia dizer como Eugene conseguiu se esquivar. Ele tinha movido seu corpo? Mas se fosse esse o caso, não havia como Moron ter deixado passar.
Foi magia…? Eugene havia dito que iria usá-la. Moron também sabia que tipo de feitiço era o Teleporte. Então, logo antes de Eugene ser levado pelo soco, ele conseguiu escapar usando o Teleporte?
“É estranho”, pensou Moron enquanto retraía o punho estendido.
Moron não conseguia ver nada à sua frente. No entanto, poderia detectar algo. A presença de Hamel estava continuamente em movimento dentro deste amplo espaço. No entanto, sua velocidade era tão rápida e seu movimento tão complexo que Moron era completamente incapaz de compreender sua posição.
Cada uma das penas geradas pela Proeminência podia ser usada como uma coordenada espacial para reposicionar Eugene.
Graças a isso, os requisitos do Teleporte para visão e coordenadas espaciais não eram mais necessários. Mesmo a distorção espacial, que podia ser vista no momento da magia, era escondida pelas chamas de mana que irromperam das penas.
Quanto maior o espaço, mais os pontos de partida da Proeminência aumentariam em número, um aumento exponencial, para teleportar. E isso não era tudo. As penas esvoaçantes continuariam à deriva, então os oponentes de Eugene não podiam prever os pontos de partida usados.
A Proeminência criava um caminho infinitamente complexo para atacar os oponentes de Eugene.
Mas os olhos de Eugene estavam tensos e sua cabeça latejava. Isso não tinha como evitar. Atualmente, a mente de Eugene estava ligada a cada uma das inúmeras penas.
Graças a isso, Eugene era capaz de espionar Moron de qualquer direção. Mesmo por trás das costas de Moron, ele podia ver a frente de Moron. Ao contrário de ver algo com os próprios olhos, a informação era gravada diretamente na cabeça de Eugene. Não era simplesmente ver como o corpo de Moron estava se movendo; ele podia ver como a própria mana se movia e o alcançava.
A força bárbara e imensa de Moron de repente entrou em movimento. Ele havia desistido de perseguir ou prever Eugene. Em primeiro lugar, essa não era a especialidade de Moron, nem sua preferência. Ele não sabia onde Eugene poderia reaparecer? Não sabia quando o ataque poderia estar vindo?
E daí se ele não sabia? Moron poderia simplesmente varrer tudo.
Moron ergueu os dois punhos no ar. Percebendo o que estava prestes a fazer, a expressão de Anise se transformou em uma careta e franziu os lábios. Então, uma barreira de luz deslumbrante foi convocada para protege-la.
Os punhos erguidos de Moron caíram no chão. Naquele momento, Eugene estava no céu a uma curta distância. As penas que voaram para lá estavam servindo de trampolim para Eugene.
Quando os punhos de Moron bateram no chão, a força absoluta criou uma explosão. As ondas de choque varreram o chão e subiram no ar. Ao fazer isso, Moron pôde cobrir uma área enorme, o que quer que estivesse ao alcance de sua força.
No meio dessa gigantesca tempestade, as penas da Proeminência flutuavam como se estivessem para ser varridas a qualquer momento. No entanto, nunca realmente desapareceram. Livrar-se de todas as penas era uma estratégia óbvia para lidar com a Proeminência, então Eugene se preparou para isso desde a fase de concepção do design de sua assinatura. No entanto, vendo o quão fortes eram as ondas de choque, seria difícil manter isso por muito tempo.
Seria o suficiente se elas pudessem aguentar um pouco mais. As inúmeras penas se moviam de acordo com a vontade de Eugene. Logo antes que as ondas de choque subindo no céu pudessem atingir Eugene, as penas feitas de brasas começaram a queimar intensamente. Essas chamas roxas então se aglomeraram.
Com isso, nasceu um sol que parecia ter sido tingido de preto.
Este era o Eclipse.
Mais uma vez, Moron não conseguiu entender o que havia acontecido. Ele bateu com os punhos e detonou uma explosão… Até aquele momento, Moron estava no controle, mas a mancha solar que apareceu nessa arena improvisada estava fora de seu controle.
Era pequena. Uma mancha preta muito pequena. Então, com esse tamanho, o que diabos estava acontecendo com seu poder?
Moron estava voando pelo ar, tendo sido pego na explosão provocada pelo Eclipse.
— Ah! — Moron caiu na gargalhada enquanto olhava para o céu sombrio.
Em vez de tentar virar o corpo para cima no ar, ele abriu os braços e continuou rindo como um idiota.
— Ahahahaha!
Dentro das penas de fogo que ficaram flutuando, um raio caiu. A cada salto sucessivo pelo espaço, a aceleração do raio aumentava. Brasas roxas e faíscas iluminaram o céu.
Arrastando tudo isso atrás dele, Eugene apareceu bem na frente de Moron.
Cracracrack!
O corpo de Moron caiu no chão.
Caraca eugene criou um feitiço do balacubaco
Droga, tá chovendo denovo mas… não é tão ruim dessa vez