Switch Mode
Participe do nosso grupo no Telegram https://t.me/+hWBjSu3JuOE2NDQx

Damn Reincarnation – Capítulo 245

O Corajoso Moron (5)

— Se você está perguntando se é bom, hmmm… — Moron piscou algumas vezes enquanto ponderava sua resposta.

Ele estava sentindo uma mistura de emoções específicas, mas não tinha certeza de como expressá-las em palavras.

Enquanto Moron estava perdido em tais preocupações, Anise arregalou os olhos entreabertos e olhou para Eugene.

— Que visão patética, sem vergonha e feia…!

Mer originalmente queria ficar do lado de Eugene, mas ela não pôde deixar de simpatizar apaixonadamente com as palavras de Anise.

Quem foi aquele que invadiu aqui por conta própria?

Foi Eugene.

Quem foi que implorou por uma briga com Moron, mesmo quando Moron disse que não queria lutar?

Foi Eugene.

Quem foi que ficou todo agitado e resolveu recomeçar uma briga que já tinha acabado?

Foi Eugene.

Tudo isso aconteceu por causa de Eugene. Ele chegou ao ponto de usar Ignição, apenas para perder. Tendo perdido tão completamente, Eugene não deveria pelo menos manter a boca fechada por vergonha ou constrangimento? Então, por que diabos Eugene estava gritando como se tivesse algo para se orgulhar? Como tal, Mer apenas acenou com a cabeça em concordância com Anise.

Até Kristina concordou ligeiramente com eles. Tendo se apaixonado por Eugene desde o incidente da Fonte de Luz, Kristina tendia a ver tudo o que Eugene fazia como significativo, nobre, glamoroso e legal. Mas, neste momento, ela honestamente sentiu que o atual Eugene, que estava ajoelhado no chão com um sangramento nasal jorrando, gritando se era bom vencer, parecia um pouco desagradável.

— Hm… — Moron continuou a hesitar, incapaz de responder de imediato.

Ele estava lentamente começando a entender a verdadeira natureza de seus sentimentos.

Foi bom? Claro que sim. Mesmo que ele fosse diferente de sua vida anterior, o oponente não era outro senão Hamel. Foi divertido lutar com Hamel assim, e também foi divertido poder derrotá-lo com uma diferença esmagadora em suas forças, mesmo com Hamel usando Ignição.

No entanto, Moron não podia simplesmente dizer: “Foi muito divertido.” Agora que a loucura havia sido expulsa de sua cabeça e Moron era capaz de pensar com clareza, ele percebeu que, se respondesse positivamente, o afligido pela loucura desta vez seria Hamel.

No momento em que Moron hesitava, incapaz de dar uma resposta imediata, a Proeminência, que ainda não havia desaparecido, explodiu em chamas. Brasas de mana acenderam no ar ao redor de Eugene. Ele não era capaz de mover seus membros como desejava, mas se usasse sua mana no lugar de seus músculos e nervos, ainda era possível se mover assim.

Com toda a velocidade que ele poderia reunir, o corpo de Eugene se transformou em um relâmpago. Ele levantou o braço quebrado e preparou uma ogiva de chamas em seu punho. Assim, Eugene mirou no queixo de Moron, mas…

Baaam!

Seus dois punhos se cruzaram. Se ambos os comprimentos dos braços fossem semelhantes, a luta poderia ter terminado em um belo contra-ataque cruzado, mas na verdade havia uma diferença extrema nos comprimentos dos braços de Eugene e Moron.

Isso significava que apenas Eugene foi atingido pelo punho de Moron. Felizmente, Moron não pretendia golpear Eugene com o punho, apenas tentando bloquear o movimento para frente de Eugene. Em contraste, Eugene balançou o punho com toda a força enquanto mirava no queixo de Moron, mas devido à inevitável diferença no comprimento dos braços, ele não conseguia nem tocar no gigante.

— Argh. — Eugene sufocou um gemido.

O punho de Moron era tão grande quanto o crânio inteiro de Eugene. Como tal, em vez de parecer que ele havia sido bloqueado pelo punho, parecia mais que Eugene havia batido em uma enorme pedra de cara.

— Oh, meu Deus… — Mer engasgou.

Um ataque surpresa no momento em que Moron pensava em uma resposta. E nem conseguiu dar certo. A velocidade de Eugene apenas o fez bater com o rosto ainda mais forte no punho. Talvez porque Eugene estivesse tão exausto, ele estava cansado demais para se esquivar.

Eugene caiu para trás, seu nariz sangrando jorrando sangue como uma fonte.

Vendo sua aparência miserável, Mer inconscientemente soltou um suspiro profundo.

— Que feio…!

Felizmente, Eugene não foi capaz de ouvir o suspiro arrependido de Mer. Isso porque no momento em que sua cabeça caiu para trás, as luzes se apagaram na cabeça de Eugene e ele caiu inconsciente.

Por quanto tempo ele ficou apagado?

Eugene finalmente caiu em si, mas não conseguiu abrir os olhos imediatamente. Isso porque as coisas que aconteceram logo antes dele desmaiar estavam se desenrolando desordenadamente dentro de sua cabeça…

O sangue subiu à sua cabeça e ele perdeu o controle. Agora que sua agitação havia diminuído, Eugene percebeu claramente o quão feio seu comportamento tinha sido.

Eugene silenciosamente se contorceu de vergonha.

Ele estava com medo de que tipo de provocação e olhares o esperavam quando abriu os olhos. Mas essa não era a única razão pela qual ele não conseguia abrir os olhos. Suas pálpebras estavam simplesmente muito pesadas. Seu corpo não tinha força… E doía muito! Ele literalmente não conseguia levantar um único dedo.

— Eu sei que você recuperou a consciência. Então, por que ainda está fingindo estar dormindo?

Um sussurro do diabo fez cócegas em seus ouvidos. Eugene tentou não reagir a isso. No entanto, o diabo não permitiria que Eugene simplesmente a ignorasse.

Tictic.

O dedo do diabo pressionou suavemente os músculos peitorais de Eugene.

Eugene gemeu.

— Gaaaagh…!

Eugene geralmente era bastante habilidoso em superar a dor. No entanto, agora, ele não estava em uma situação em que precisasse suportar a dor, e as pontas dos dedos dela foram capazes de identificar com precisão os lugares onde seus músculos se romperam e cutucaram as camadas internas sensíveis e foram muito impiedosos.

— Abra os olhos. — Instruiu Anise, seus olhos geralmente semicerrados arregalados enquanto ela encarava Eugene.

Vendo Eugene assim, com a testa franzida até o limite, enquanto soltava um gemido por entre os dentes cerrados, Anise sentiu uma espécie de êxtase estimulante.

Eugene soltou um grunhido.

— Você…

— De jeito nenhum, Hamel. Você realmente esperava que eu tivesse tratado completamente seu corpo enquanto você estava confortavelmente desmaiado? — Anise zombou sarcasticamente.

Isso era o que Eugene esperava. No entanto, atualmente, se ele respondesse afirmativamente, Anise certamente o repreenderia.

Como tal, Eugene só poderia cuspir a coisa certa a dizer neste tipo de situação:

— Sinto muito.

Normalmente, a raiva de Anise não poderia ser resolvida com apenas um único pedido de desculpas. No entanto, a atual Anise não estava tão zangada. O corpo de Hamel já havia pago o preço total por ter se enfurecido sozinho. Além disso, a ação de Hamel foi por causa de Moron.

Anise cedeu.

— Onde você gostaria que eu tratasse você primeiro?

Anise se apaixonou pela bondade de Hamel. Ela pode ter sentido um arrepio de excitação ao vê-lo sofrendo, mas, além disso, ela também sentiu um pouco de dor no coração. Com um sorriso brilhante, Anise inclinou a cabeça para mais perto de Eugene.

— Diga-me diretamente com seus próprios lábios, Hamel. Onde é a área mais dolorida do seu corpo? Com que tipo de dor você quer que eu o ajude primeiro? — Anise perguntou animadamente.

— Você poderia começar guardando o dedo cutucando meu peito…? — Eugene resmungou.

Ah, ela tinha esquecido completamente. Anise rapidamente removeu o dedo e enxugou sua expressão envergonhada.

Ela perguntou a ele onde doía mais, mas essa era uma pergunta difícil de responder para o atual Eugene. Parecia que ele tinha mais ossos quebrados do que inteiros. Todos os seus músculos foram dilacerados e até mesmo seus órgãos internos foram danificados. Não seria estranho se ele tivesse morrido, mas o fato dele não ter morrido… Foi tudo porque Anise não permitiria que Eugene morresse.

“Se ela ia prolongar meu sofrimento, deveria pelo menos ter me tratado. Como sempre pensei, ela tem uma personalidade terrível…” Eugene reclamou silenciosamente antes de pedir:

— Faça algo sobre minhas entranhas primeiro.

— Suas… Entranhas? — Anise questionou.

— Estou falando dos meus órgãos internos. — Esclareceu Eugene. — Quer sejam no peito ou no estômago….

Anise parecia envergonhada.

— Com essas palavras, Hamel, você está me pedindo para dar uma boa olhada bem no fundo de você?

Eugene ficou boquiaberto, confuso.

— Uh

Anise o repreendeu.

— Que pessoa sem vergonha e vulgar…!

Sobre o que diabos Anise estava falando? Eugene absolutamente não conseguia entender o que estava acontecendo dentro da cabeça de Anise. Enquanto as bochechas de Anise coravam, ela acariciou cuidadosamente o corpo de Eugene.

A que estava assumindo a liderança para examinar o corpo de Eugene não era Anise, mas Kristina. Anise não havia esquecido a promessa que havia feito a Kristina antes.

Com a Luz infundida na ponta dos dedos, Kristina passou cuidadosamente os dedos pelos músculos peitorais de Eugene. As fibras musculares retalhadas e rasgadas começaram a cicatrizar.

Kristina tossiu.

— Ahem… Onde… Você gostaria de ser tratado a seguir?

— Por que Anise trocou de lugar com você? — Eugene perguntou.

— Hã? — Kristina ofegou de surpresa.

Havia realmente tanta diferença na maneira como eles falavam? Kristina se virou para olhar para Eugene com uma expressão assustada.

Eugene respondeu à sua pergunta não formulada:

— Há uma diferença no seu toque.

— Sério…? — Kristina perguntou duvidosamente.

— É difícil explicar exatamente, mas… É semelhante à aura de alguém. — Eugene tentou explicar. — Seu toque e o de Anise são diferentes. Seu corpo pode ser o mesmo, mas há algo na maneira como você move seus dedos…

A verdade era que Eugene não havia recebido muito tratamento de Kristina, não o suficiente para se lembrar de cada detalhe de seu toque. No entanto, ele definitivamente se lembrava de como era o toque de Anise.

Mesmo que elas compartilhassem o mesmo corpo enquanto apenas suas consciências trocavam, Eugene poderia dizer imediatamente a diferença entre Kristina e Anise sempre que o fizessem. Eugene disse tudo isso com uma expressão casual, como se não fosse nada demais, mas essas palavras indiferentes dele fizeram o coração da inocente Kristina bater mais forte. Isso porque parecia que Eugene estava validando quem ela era como Kristina Rogeris.

Eugene voltou ao assunto principal.

— Então por que vocês duas trocaram de lugar? Não era Anise quem estava me curando?

Kristina vacilou.

— Ahhh… Hum… Isso é…

Eugene de repente percebeu algo.

— Ah… Isso é algum tipo de teste de sua magia divina? Como eu sempre disse, Anise também tem uma personalidade bastante desagradável. Por que ela tem que me tratar como uma cobaia em um momento como este…?

— Ahem. Nem sempre podemos deixar seu tratamento para a Senhorita Anise, Sir Eugene. Assim como ela, eu também sou uma santa. Como tal, preciso me familiarizar com o cuidado de suas feridas. — Quando ela terminou de dar uma explicação que ela mesma sabia ser um absurdo completo, Kristina começou a tratar as feridas de Eugene.

Seu manto, que estava caído no chão, começou a rastejar até Eugene. Uma vez que estava preso ao seu lado, Mer enfiou a cabeça para fora dela.

Eugene não conseguia entender por que o brilho que Mer tinha em seus olhos quando olhou para ele parecia tão frio. Mesmo assim, como se fosse natural, Mer descansou o queixo no estômago de Eugene para que ele pudesse acariciar o cabelo dela com os dedos trêmulos.

— Por favor, fique quieto. O tratamento para suas mãos ainda não terminou. — Instruiu Anise, que trocou com Kristina.

Quando a mão de Anise foi envolta em Luz, os ossos quebrados de Eugene se uniram e seus músculos e nervos dilacerados foram reconectados. Eugene torceu o cabelo de Mer em espirais com sua mão agora muito mais confortável.

— Para onde foi Moron? — Eugene perguntou tardiamente.

Embora não soubesse há quanto tempo estava inconsciente, Eugene sentiu que não havia passado muito tempo. Eles ainda nem haviam saído desse espaço; eles ainda estavam do outro lado de Lehainjar.

— Ele partiu para pegar o Nur. — Respondeu Anise.

Eugene se surpreendeu.

— O quê?

Anise explicou:

— Antes de você acordar, um Nur aparentemente reapareceu do lado de fora.

— É mesmo? — Eugene respondeu em voz baixa.

Anise piscou com esta resposta muda.

Ela então deu um sorriso mal-humorado enquanto inclinava a cabeça sobre Eugene,

— Você não está preocupado com Moron? Aquele idiota pode ter enlouquecido novamente depois de pegar o Nur, então ele pode estar por aí em algum lugar, causando danos a si mesmo.

Eugene zombou.

— Se fosse antes, eu ficaria preocupado. Eu também teria dito algo a você, perguntando por que você permitiu que Moron fosse sozinho e por que você não foi com ele. No entanto, não há mais necessidade disso agora.

Não havia uma única partícula de dúvida ou preocupação nas palavras que Eugene acabara de pronunciar. Ele disse tudo secamente, como se estivesse apenas afirmando o óbvio. Embora a briga deles não tenha durado muito, ao cruzar os punhos com a força barbaramente ilimitada de Moron, Eugene sentiu Moron.

Boom!

O chão começou a balançar para cima e para baixo. Moron havia caído do céu, segurando a carcaça de um enorme javali sobre sua cabeça. Embora o monstro já estivesse morto, Eugene podia sentir instintivamente que não era apenas uma besta enorme, monstro ou besta demoníaca.

— Eeek— Os ombros de Mer tremeram de medo, e ela fugiu de volta para o manto. Eugene envolveu o corpo com ele e, embora mal conseguisse levantar a cabeça do chão, olhou para Moron. O gigante, que segurava um Nur do tamanho de uma casa inteira com apenas uma mão, mostrou sua fileira de dentes brilhantes em um sorriso ao encontrar o olhar de Eugene.

— Hamel! — Moron cumprimentou-o. — Você acordou!

Não havia nada da loucura que Moron havia demonstrado quando decapitou o Nur no Grande Cânion do Martelo ou quando o viram bater a cabeça contra o chão.

Moron continuou falando.

— Anise disse que você ficaria bem, mas eu estava realmente preocupado. Afinal, as feridas que você teve quando desmaiou eram terríveis.

— Isso foi tudo culpa sua. — Reclamou Eugene.

— Minha culpa? Você está errado, Hamel. Foi você quem me atacou, embora eu não quisesse lutar. — Moron o corrigiu.

Embora esta fosse a verdade inegável… Eugene ainda queria refutá-lo de alguma forma. Enquanto mordia o lábio inferior, Eugene pensou no que poderia dizer em resposta. No entanto, não importava o quanto ele pensasse sobre isso, não conseguia pensar em nada além de recorrer a ataques pessoais.

Quando Eugene estava prestes a considerar seriamente a escolha de seus palavrões, Moron sorriu e gritou para ele:

— Hamel, vou me livrar desse cadáver lá em cima. Você gostaria de ir comigo?

Eugene resmungou.

— Hã?

Ele não esperava que Moron fosse dizer uma coisa dessas primeiro. Como tal, Eugene honestamente soltou um ruído de surpresa. Depois de olhar para Moron por alguns momentos, Eugene sorriu e acenou com a cabeça.

— Claro, eu quero ir com você, mas agora meu corpo não está se movendo do jeito que eu quero. — Disse Eugene.

Embora ela já tivesse curado todos os ferimentos dele, nem mesmo a magia divina de Anise poderia cuidar dos efeitos colaterais da Ignição. Como tal, Eugene atualmente não era capaz de mover seu corpo como queria.

Naturalmente, Moron também estava ciente disso.

— Nesse caso, terei apenas que dar uma mãozinha como fiz no passado. — Propôs Moron enquanto jogava o gigantesco Nur até o pico da montanha.

Observando o cadáver do Nur voar para longe, Eugene ficou boquiaberto por alguns momentos antes de finalmente perguntar:

— Se você pode jogá-los assim, por que insiste em carregar o cadáver até o pico?

— Nenhuma razão real. Normalmente, eu não estou em meu juízo perfeito, então eu simplesmente os jogo fora em qualquer lugar. Sempre que começo a pensar que são muitos, simplesmente desmorono a montanha em cima disso. Se eu fizer isso, tudo ficará limpo e arrumado em pouco tempo. — Explicou Moron com uma risada enquanto gesticulava para os arredores em explicação.

Devido à luta entre Eugene e Moron, toda a montanha aparentemente desmoronou, mas agora não havia vestígios de sua batalha. Ainda não havia neve, mas o cenário bizarro que os lembrou de seu tempo no Domínio Demoníaco aquelas centenas de anos atrás também mudou para um cenário de aparência bastante comum de uma montanha normal.

Isso ocorreu, porque a montanha que havia sido erodida pelo miasma desmoronou e foi reconstruída.

— Pois bem, vamos juntos! — Moron declarou com uma expressão alegre.

Parecia que não havia vestígios de sua insanidade anterior deixados em seu coração. No entanto, eles não sabiam se ou quando o coração de Moron poderia ser corrompido pela loucura mais uma vez. Algo que já desmoronou uma vez, um dia poderia desmoronar novamente.

Mas por enquanto, pelo menos, não parecia que iria desmoronar. Moron puxou Eugene e o apoiou. Então ele também estendeu um braço para Anise. Anise sorriu e agarrou-se ao braço de Moron.

Os pés de Moron saíram do chão. Em um único salto, eles voaram alto no céu. Eugene e Anise olharam para baixo enquanto se agarravam aos braços do gigante.

O que eles viram foi o cenário fechado de uma montanha. Este era o outro lado do Lehainjar. A montanha onde Eugene estava havia desabado e havia sido restaurada, então parecia uma montanha comum, mas o resto do cenário não havia passado pelo mesmo processo. Seus ambientes ainda eram semelhantes ao Domínio Demoníaco. Os cadáveres dos Nur podiam ser vistos aqui e ali. Traços de automutilação de Moron também podiam ser vistos.

— Aí está. — Sussurrou Moron.

Eugene e Anise levantaram a cabeça.

Eles já haviam subido mais alto que o pico da montanha. No norte, eles podiam ver Raguyaran, o Fim do Mundo. A paisagem que eles poderiam ver dali deveria ser diferente do que eles veriam do lado de fora. No entanto, Eugene podia compreender por que o Raguyaran que ele podia ver dali era chamado de Terra que Não Deve Ser Atravessada e o Fim do Mundo.

Realmente não havia nada lá. Tudo o que havia era terra cinzenta, céu cinzento e ar cinzento. Tudo estava cinza e vazio. No entanto, não estava realmente vazio ali. Na base da montanha, nos arredores conectados ao Raguyaran, incontáveis cadáveres de Nur foram empilhados.

— No passado, eu sempre jogava os cadáveres dos Nur ali. — Explicou Moron.

Boom.

Os pés de Moron pousaram no chão. Ele colocou Anise e Eugene no chão por um momento, então pegou o Nur javali que havia jogado ali antes.

— Não sei de onde vêm os Nur. Nem sei o que são os Nur. No entanto, Vermouth disse que os Nur vêm do Fim. Por causa disso, pensei que os falecidos Nur também deveriam ser jogados de volta para o Fim. — Moron elaborou ainda mais.

O cadáver do Nur voou para o céu. O enorme cadáver voou sobre vários picos de montanhas e caiu no Raguyaran.

Moron disse distraidamente:

— Em algum momento, simplesmente parei de fazer isso.

Anise estava apoiando Eugene. Sem olhar para trás, Moron apenas olhou para o Raguyaran.

— Hamel. Anise. Eu odiava chegar ao pico neste momento. Em algum momento, fiquei com medo de escalar esse pico. Eu não queria ver o Raguyaran. O Raguyaran que pode ser visto daqui é diferente do Raguyaran que pode ser visto do lado de fora. Mas em alguns lugares é a mesma coisa. Eu não queria ver o Raguyaran. Eu não queria ver o Fim. — Confessou Moron.

— Moron. — Chamou Eugene.

Moron continuou falando:

— Posso ser forte, mas estava sozinho. Os anos enfraqueceram meu espírito de guerreiro. No entanto, Hamel, está tudo bem agora. Você não me contou suas razões para isso em detalhes, mas pelo seu punho, eu senti que era para o meu bem—

— Essa briga não conta. — Cuspiu Eugene de repente, cortando as palavras de Moron. — Pense em trezentos anos atrás, Moron. Você tinha um físico excepcional, então também era habilidoso em luta com as mãos nuas, mas eu honestamente não era tão habilidoso com meus punhos nus. Então, mesmo quando nós dois estávamos no auge, se tivéssemos lutado apenas com os punhos, eu ainda não seria capaz de vencer você.

Ele precisava reconhecer o que não podia ser negado. Como tal, Eugene continuou falando rapidamente. Ele não tinha intenção de dar a Moron qualquer espaço para refutação.

— Porém, o que você acha que aconteceria se eu tivesse uma arma de verdade em minhas mãos? Desde minha vida anterior, sempre fui um especialista em todos os tipos de armas. Não há comparação entre eu lutar com uma arma e eu lutar com minhas próprias mãos. Então, qual você acha que é o meu verdadeiro eu? É só quando estou segurando uma arma que estou realmente lutando seriamente. Especialmente porque atualmente tenho a Espada Sagrada, a Espada do Luar, a Lança Demoníaca e o Martelo da Aniquilação. Também tenho a Espada da Tempestade do Vermouth, a Espada Devoradora, O Raio Pernoa e a Lança Dracônica. É somente quando eu posso usar todos eles que você pode ver minhas habilidades reais. Embora possa mostrar suas habilidades com apenas um único machado bruto, não posso mostrar minhas habilidades reais sem a arma certa.

Não era mentira.

— Se eu tivesse apenas uma faca grosseiramente feita na mão, o resultado não seria tão óbvio. Afinal, enfrentar seus punhos bárbaros apenas com meu corpo nu e detê-los com uma espada colocaria fardos completamente diferentes sobre mim. Com minhas técnicas refinadas, eu seria capaz de desviar todos os seus ataques sem danificar o fio da minha lâmina e, no final, seria capaz de cortar seu corpo. Você entende o que estou tentando dizer, certo? Nossa luta agora não foi justa. Eu realmente não perdi para você. Então essa luta não val—

— Isso não é verdade, Hamel. — Respondeu Moron com uma expressão séria raramente vista.

Considere fazer uma Doação e contribua para que o site permaneça ativo, acesse a Página de Doação.

Comentários

5 4 votos
Avalie!
Se Inscrever
Notificar de
guest
3 Comentários
Mais recente
Mais Antigo Mais votado
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários
Outsider
Visitante
Outsider
15 dias atrás

Hamel como sempre nos dando o exemplo inverso de como aceitar derrotas

Saefel
Membro
Saefel
21 dias atrás

Hamel não é um mau perdedor, é um péssimo perdedor kskskskskksk

Nicolas
Visitante
Nicolas
1 mês atrás

Muito bom ksksksksks

Opções

Não funciona com o modo escuro
Resetar