Os três encararam Raguyaran do pico da montanha por um bom tempo. Embora estivesse parado ali por tanto tempo, Eugene ainda não conseguia sentir a presença do Fim vindo de Raguyaran. Aos olhos de Eugene, aquele lugar parecia apenas estar coberto por uma névoa opaca e embaçada.
Quanto ao Raguyaran do lado de fora, não o deste lado, também não era um lugar tão especial ou misterioso.
Era apenas um enorme campo de neve com um clima péssimo. Uma terra dura sem nada de valor particular, como recursos subterrâneos enterrados sob sua superfície. Uma terra onde até a própria mana era escassa, dificultando o uso de qualquer magia. Ninguém morava em Raguyaran, porque era um lugar cheio de fatores hostis à vida.
Além desta terra estava o vasto Mar Ártico. Uma vez que todos os mares estavam conectados uns aos outros no final, dizia-se que se você cruzasse o Mar Ártico de Raguyaran, seria capaz de alcançar os distantes mares do sul… Mas que razão havia para fazer algo tão inútil?
De qualquer forma, o Raguyaran que Eugene conhecia não era um lugar tão bizarro e aterrorizante quanto Vermouth os havia alertado.
No entanto, era verdade que os Nur começaram a aparecer ali há cem anos. Moron bloqueou qualquer um dos Nur de sair dali nos últimos cem anos. Moron estava usando seu próprio corpo como uma barreira para que o Fim vindo de Raguyaran não pudesse cruzar o Lehainjar e atacar o resto do mundo.
— Moron. — Eugene finalmente falou.
Mesmo depois de olhar para ele por tanto tempo, nada parecia se aproximar deles do outro lado do Raguyaran. Como com o próprio Lehainjar, deste lado, o sol nunca nasceu neste mundo.
Este era o mundo que Moron vinha cuidando nos últimos cem anos. Não importava o quanto tentasse quebrá-lo, ele sempre se reformaria intacto. E à medida que os cadáveres de Nur se acumulavam, o cenário se tornava grotesco. Essas foram as duas únicas mudanças que já aconteceram ali.
Eugene continuou:
— O que vai fazer de agora em diante?
Essa pergunta precisava ser feita. Na opinião de Eugene, sua luta com Moron não poderia ser chamada de luta. Até ele mesmo considerou isso uma luta embaraçosa e feia de sua parte. Mas foi porque seu oponente era Moron que Eugene lutou tão ferozmente. Se seu oponente não fosse Moron, não haveria razão para ele fazer tal coisa.
— Vai continuar ficando aqui? — Eugene continuou com outra pergunta.
Essas perguntas, toda essa conversa, tudo isso só poderia acontecer por causa da luta inútil de Eugene. Se fosse o Moron anterior, ter uma conversa como essa seria impossível. Embora menos de meio dia tivesse se passado desde então, Eugene tinha certeza de que Moron havia mudado.
— Eu… — Moron começou hesitante, sem virar a cabeça para olhar para Eugene.
Seus olhos fundos ainda estavam fixos em Raguyaran, no nebuloso e distante Fim do Mundo.
— Vou esperar aqui. — Declarou Moron.
Sua resposta não mudou de antes. Mesmo que Eugene tivesse perguntado ao Moron anterior, ele teria dado a mesma resposta que deu agora. Eugene também estava ciente desse fato.
Em primeiro lugar, Eugene não tinha intenção de mudar a resposta do amigo. O que diabos ele poderia fazer para mudar isso? Os cem anos que ele passou ali por causa do pedido de Vermouth, tudo isso era prova da convicção e comprometimento de Moron com esta missão.
Eugene não queria negar a convicção e o compromisso dele.
— Não é só por causa do pedido do Vermouth. — Explicou Moron. — É porque eu mesmo vi os Nur. Porque sei que existência sinistra os Nur são. Sou o fundador de Ruhr e o Corajoso Moron que já salvou o mundo. Como tal, tenho que vigiar este lugar.
Não era apenas Moron. Se Eugene não tivesse morrido e sido colocado na posição de Moron, ele teria agido da mesma forma que Moron. Mesmo Sienna e Anise, todos teriam feito o mesmo.
— Por quanto tempo? — Eugene perguntou enquanto olhava para Moron. — Até agora, você esperou por cem anos. Por quantos anos mais você vai vigiar este lugar?
— Acho que vou continuar fazendo isso até morrer. — Moron respondeu calmamente.
— Que resposta idiota. — Resmungou Eugene, apenas para Moron rir em resposta.
Moron desviou o olhar do Raguyaran e olhou para Eugene.
— Hamel. Parece que você está preocupado comigo.
Eugene bufou.
— Claro que estou preocupado com você.
— É por isso que não quis mostrar minha fraqueza. — Suspirou Moron.
— Moron, ouça com atenção o que estou dizendo. — Eugene rosnou enquanto forçava seus dedos ainda desajeitados a se fecharem em um punho. — Por via das dúvidas, se você ficar um pouco estranho mais uma vez, eu voltarei para lutar com você.
Os olhos de Moron se arregalaram em círculos quando ele olhou para Eugene.
— Eu definitivamente virei aqui para bater em você. — Eugene prometeu sinceramente.
Desta vez, Eugene lutou contra Moron de uma maneira embaraçosa e feia, depois perdeu de forma confusa.
— Virei aqui para lutar com você e derrotá-lo. — Jurou Eugene.
Se ele perdesse da próxima vez também, então Eugene teria que tentar da próxima vez novamente. Não importa quantas vezes ele fosse derrotado, Eugene continuaria desafiando Moron.
Eugene continuou falando com firmeza.
— Sempre que você ficar estranho, sempre que ficar entediado e começar a enlouquecer, eu venho aqui para te bater enquanto te chamo de idiota.
Não havia como saber de onde vinham os Nur ou por que vinham para cá. Vermouth não disse nada sobre quanto tempo Moron teria que continuar fazendo isso. Sem sequer uma promessa de quando poderia descansar, ele fez Moron vigiar este lugar por mais de cem anos.
— Moron, você não estava sozinho e não ficou mais fraco. Você quer saber por quê? Afinal, você me espancou até a morte. Só isso já seria uma prova de sua força. Você ainda é o guerreiro valente e forte que sempre foi. — Eugene o assegurou.
Foi uma tentativa desajeitada de consolo. Até Moron podia sentir isso. O mesmo aconteceu com o próprio Eugene como aquele que disse isso. No entanto, Eugene não sabia como oferecer seu consolo.
Se ele tivesse vencido sua luta com Moron, as falas que Eugene havia usado agora seriam um pouco diferentes.
Você realmente é fraco, idiota. No entanto, eu era apenas um péssimo oponente para você. Mesmo na minha vida anterior, eu já era mais forte que você. Então, só porque você perdeu para mim, isso não significa que você é fraco. Significa apenas que sou forte demais. Não fique com o coração partido. Seu oponente era eu, afinal.
Portanto, você deve vigiar um pouco mais. Como aquele que é mais forte que você…
— Nem você nem eu sabemos quando esse seu dever terminará. — Eugene disse enquanto levantava o punho ainda cerrado do lado do corpo. — É por isso que você estava sozinho e com dor. Porque você não sabe quando essa maldita missão vai acabar. É por isso que sentiu que sua mente estava enfraquecendo lentamente. Como as pessoas que você conhecia morreram uma a uma, mas só você permaneceu.
Moron não conseguia pensar no que dizer sobre isso. Com olhos vazios, ele olhou para o punho de Eugene. Comparado ao de Moron, aquele punho era pequeno. Era um punho leve que não seria capaz de ferir Moron mesmo que o acertasse várias vezes.
— No entanto, estou aqui agora, e Anise também. — Continuou Eugene. — Também tem a Sienna. Como tal, você não precisa ficar sozinho. Vamos nos lembrar do que você está fazendo aqui e o porquê. Se você está aflito porque não sabe quanto tempo ainda tem que ficar aqui, então eu irei perguntar a ele pessoalmente por você.
— A quem você vai perguntar? — Moron questionou depois de uma batida.
Eugene zombou.
— Idiota, por que fazer uma pergunta tão óbvia? Aquele que fez um pedido tão idiota para você foi o Vermouth, certo? Coincidentemente, também tenho um monte de coisas que quero perguntar àquele Vermouth maldito. Então, enquanto estou nisso, também vou perguntar sobre sua missão.
Moron não estava sorrindo, mas Eugene ainda sorria.
— Nesse caso… — Disse Eugene enquanto apontava o punho erguido para Moron. — Nesse caso, só mais um pouco, continue protegendo esse lugar mais um pouco.
No final, Eugene não pôde deixar de dizer algo assim.
Afinal, quem no mundo, além de Moron, seria capaz de guardar este lugar? Além dele, quem diabos teria sido capaz de impedir a invasão daqueles monstros sinistros por mais de cem anos?
— Haha! — Moron caiu na gargalhada. — Você é mesmo cruel, Hamel.
Moron balançou a cabeça enquanto continuava rindo.
— Só o pedido do Vermouth me obrigou a suportar tudo isso nos últimos cento e cinquenta anos. Agora, com o seu pedido, estou sendo forçado a aceitar seus dois pedidos. — Disse Moron, divertido.
— E por que você está me ignorando? — Anise, que estava silenciosamente ao lado deles ouvindo tudo isso, de repente falou. — Você pensou que eu não faria um pedido a você quando até Hamel o fez? Moron, na minha opinião, o único que pode lidar com esse tipo de missão é você. Mesmo que todos nós tivéssemos sobrevivido, se tivéssemos que solicitar a um de nós que assumisse esse dever, todos nós, não apenas Sir Vermouth, teríamos pedido que você o fizesse.
— É mesmo. — Murmurou Moron enquanto levantava a cabeça. — Hamel, Anise. Com a adição de vocês dois, parece que tenho três pessoas contando comigo. Além disso, Anise, você disse que sou o único que poderia ter feito algo assim. Hamel, você disse que ainda sou o mesmo guerreiro valente e forte que costumava ser.
Assim como Eugene, Moron também cerrou o punho. Ele ergueu o punho cerrado para o de Eugene.
— Se for esse o caso, então parece que não tenho escolha a não ser fazê-lo. — Disse Moron com confiança renovada.
Tap.
Seus punhos bateram levemente um contra o outro.
— Hamel. — Disse Moron enquanto olhava diretamente para Eugene.
Seu corpo pode ter mudado, mas por dentro ele ainda era inconfundivelmente Hamel.
“Não é o mesmo para mim também?” Moron pensou com um sorriso.
Por mais castigado pelo tempo que tivesse ficado nos últimos trezentos anos, mesmo com toda a ferrugem, Moron ainda era Moron. Ele ainda era forte. Ainda era corajoso.
— Você disse que mataria os Reis Demônios. — Lembrou Moron.
— Isso mesmo. — Eugene confirmou isso.
Moron continuou hesitante.
— Eu provavelmente… Não poderei ir com você para matar os Reis Demônios restantes. Já que tenho a missão de continuar guardando este lugar.
Talvez, se eles conseguissem matar todos os Reis Demônios, não haveria mais necessidade de se preocupar com o Fim vindo de Raguyaran.
— Se um dia você acabar com tudo e descobrir que não preciso mais ficar preso a esta missão, se você se reunir com o Vermouth desaparecido, então… Nessa hora, venha aqui e me conte sobre isso. — Moron pediu.
Ele ficaria bem.
Moron acrescentou:
— Por precaução, se eu me tornar estranho mais uma vez, então me dê uma surra com suas próprias mãos e me diga que minha missão acabou. Diga-me que estou livre.
Depois de hoje, Moron acreditava que não perderia mais a cabeça. Os punhos que ele trocou com Hamel, junto com a conversa deles — não — as memórias que ele fez com Hamel e Anise, esses camaradas de seu passado, nos últimos dias. Esses poucos dias de lembranças eram mais pesados e claros do que os cem anos que Moron passou guardando aquele lugar.
Moron dissera esse tipo de coisa para mostrar a eles que estava preparado para esperar, mesmo que não soubesse quanto tempo levariam para voltar para cá. Ele estava expressando sua determinação em proteger este lugar sem tirar a própria vida ou permitir que alguém o matasse.
— Tudo bem. — Eugene concordou com um sorriso enquanto abaixava o punho. — Nessa hora, também trarei Vermouth comigo. Talvez até Sienna também.
E pensar que Eugene ficaria envergonhado neste momento. Anise, que estava ouvindo em silêncio, engoliu uma risada dentro da cabeça de Kristina. Hamel não se sentia à vontade com assuntos delicados e não era muito bom em se expressar.
“A brecha é muito boa”, Kristina pensou consigo mesma.
[Hein?] Anise questionou.
“O comportamento usual de Sir Eugene é extremamente rude”, observou Kristina. “Sua língua é tão afiada que é difícil acreditar que ele é um grande herói, e ele também xinga muito.”
[Na verdade, isso é depois que ele melhorou um pouco, Kristina. A princípio, a boca de Hamel era realmente imunda. Então, para limpar sua língua, sempre que Hamel xingava, eu enfiava um pano de verdade em sua boca.]
Quão baixa poderia ter sido a posição de Hamel quando ele se juntou ao grupo, trezentos anos atrás? Kristina considerou esta questão por um momento.
Kristina o defendeu: “Embora Sir Eugene possa ser rude, às vezes, ele inconscientemente mostra sua natureza interior. Como o fato de que ele é capaz de distinguir entre você e eu, irmã. Quando comemos juntos, ele coloca meus talheres na minha frente primeiro, como se fosse instintivo. Ou quando caminhamos juntos por uma rua, ele me deixa andar por dentro, onde é mais seguro; e sempre que um monstro aparece, ele avança na minha frente como se fosse natural para ele fazer isso…”
[Você realmente se lembra de todos esses momentos?] Anise perguntou incrédula.
Aturdida, Kristina gaguejou: “De qualquer forma, irmã, não é esse o caso? Enquanto sua boca pode cuspir palavras duras, em seu coração, ele está preocupado com seu amigo e companheiro de armas, Moron… Mas mesmo depois de estar coberto de sangue e meio morto, ele ainda não mudou de tática e enfrentou Sir Moron com todas as suas forças…! Assim como quando ele me salvou…”
[De fato, Kristina, talvez porque somos irmãs de alma, mas você se sente atraída pelos mesmos pontos que eu. Você tem razão. Hamel sempre foi assim desde trezentos anos atrás. Ele é todo espetado por fora e macio por dentro… Foi esse tipo de brecha que cativou Sienna e eu.]
“A Senhorita Sienna também…!”
Embora Kristina ainda não tivesse conhecido Sienna pessoalmente, ela se familiarizou com Sienna ao ouvir Eugene e Anise falar sobre ela inúmeras vezes. Além disso, depois de ouvir essas palavras de Anise, por algum motivo, Kristina sentiu-se solidária com Sienna, mesmo que elas ainda não tivessem se conhecido.
[Há apenas uma coisa que você deve se lembrar, Kristina. No final, Sienna, aquela garotinha tímida, se tornará sua e minha inimiga. Mer Merdein, aquela pirralha atrevida, pode estar disposta a nos lisonjear agora, mas assim que Sienna for libertada de seu selo, ela certamente ficará ao lado de Sienna como se nunca tivesse se aproximado de nós e relatará tudo o que aconteceu até então.]
“Se for esse o caso, então o que devemos fazer? Irmã, acho que não fizemos nada de errado.”
[Sienna é uma garota selvagem que fala antes de pensar e cujos punhos falam mais alto que suas palavras. Mesmo que não cometamos nenhum crime, Sienna pode fazer chover bolas de fogo em nossas cabeças só porque está de mau humor. Se você quiser combatê-la, Krisitna, certifique-se de não negligenciar sua magia divina. Nós duas devemos dar as mãos e unir forças.]
“Eu sempre segurei sua mão, irmã, desde o começo.”
A afeição fraternal de Anise e Kristina ficou ainda mais forte.
— Bem, então vamos voltar agora. — Propôs Moron.
Bang!
A mão enorme de Moron deu um tapa nas costas de Eugene. Eugene quase foi enviado voando para Raguyaran. A única razão pela qual ele não voou foi por ter conjurado um feitiço apressadamente sobre si mesmo para manter seu corpo no lugar.
No entanto, mesmo que Eugene não tenha sido lançado voando, todo o seu corpo doía como se tivesse sido quebrado em pedaços. Enquanto sob os efeitos colaterais do uso da Ignição, a sensibilidade de todo o seu corpo, especialmente em relação à dor, se tornava muito intensa. Ainda nesse estado, a mão enorme de Moron acabara de atingi-lo nas costas.
Eugene engasgou de dor.
— Gaaagh…!
Anise repreendeu Moron:
— Idiota, você esqueceu que a Ignição de Hamel é um dispositivo suicida que destrói seu próprio corpo?
— Os efeitos colaterais não serão menos dolorosos, porque seu corpo ficou mais forte? — Moron perguntou curiosamente.
Anise respondeu:
— Seus dias passados gemendo na cama podem ter diminuído em relação à sua vida anterior, mas parece que ainda dói. Mesmo que eu o tenha avisado várias vezes desde sua vida anterior… Para pensar que ele usaria um dispositivo suicida em uma mera briga com você, Moron. Não importa o quanto eu pense sobre isso, Hamel, você é um idiota ainda maior do que Moron.
— É assim que sou forte. — Declarou Moron com orgulho. — Hamel tentou com todas as suas forças me derrotar, mas no final ainda não conseguiu.
— Já disse isso uma vez, mas não foi uma derrota. — Insistiu Eugene. — Eu nem usei nenhuma arma ou nenhuma das minhas técnicas, então como pode ser chamado de derrota…!
Moron curiosamente apontou.
— Ignição não é uma de suas técnicas? E essa Proeminência também…
Eugene vacilou.
— Não, isso é… As técnicas de que estou falando são… Hum…
Enquanto tentava suportar a sensação de formigamento nas costas, Eugene se esforçou para decidir se deveria ou não cuspir as palavras em que estava pensando.
Os olhos de Moron se iluminaram.
— Fúria Asura! Isso mesmo, Hamel, você não usou sua Fúria Asura. Mas é estranho, mesmo que você não tenha usado ela quando lutou comigo, você realmente era como um Asura… Depois de atingir os limites da sua Fúria Asura, você realmente se torna um Asura?
Moron não tinha maldade nas palavras. Mesmo durante a vida anterior de Eugene, Moron tinha sido esse tipo de cara. Mesmo sabendo disso, ouvir aquele nome vindo da boca de outra pessoa fez Eugene querer pular do pico da montanha e acabar com sua vida naquele instante.
— Mesmo assim, Moron, sobre essa barreira, foi você quem abriu quando chegamos? — Eugene perguntou enquanto tentava desesperadamente mudar de assunto.
Tendo dito tudo o que queria sem qualquer intenção de malícia, Moron imediatamente mostrou uma reação de surpresa às palavras de Eugene.
— Não foram vocês que abriram quando entraram?
— Como era de se esperar, deve ter aberto por causa da Espada do Luar. — Raciocinou Eugene.
De maneira natural, Eugene conseguiu mudar completamente o assunto. Anise, que estava olhando em sua direção, e Mer, que estava espiando por dentro de seu manto, pareciam estar rindo dele. Eugene fez o possível para não prestar atenção a elas.
— A Espada do Luar era a espada favorita de Vermouth. — Observou Moron. — Já que ele não deixou com os Lionhearts e até apagou completamente de seus registros, Vermouth deve ter guardado até o fim. Sua reencarnação foi planejada por Vermouth, e minha missão também foi por causa do pedido de Vermouth.
Além disso, a Espada do Luar foi encontrada no túmulo de Hamel. Na Sala Escura, Vermouth o ensinou a encontrar o túmulo escondido no deserto. Então, no final, isso significava que Eugene acabaria sendo levado à Espada do Luar, não importa o que acontecesse.
“Ele providenciou para que a Espada do Luar fosse usada como uma chave, apenas no caso de Moron acabar preso dentro desta barreira…?” Enquanto considerava essa ideia, Eugene tocou a Espada do Luar dentro de seu manto. “Mas, na verdade, o Vermouth da Sala Escura não disse nada sobre Moron.”
Quando alguém considerava isso, era natural. Quando Vermouth deixou sua gravação na sala escura, Sienna e Anise estavam vivas e bem. Foi há cerca de cento e cinquenta anos que Vermouth apareceu no sonho de Moron para transmitir seu pedido.
Isso foi cinquenta anos após a aparente morte de Vermouth.
Durante esses cinquenta anos, o que exatamente o Vermouth passou?
Com um sentimento amargo, Eugene largou a Espada do Luar.
Porra achei q o moron ia se juntar só grupo