Noir Giabella desapareceu e Eugene flutuou até o chão enquanto bufava.
— Eu sei que você está nervoso. — Disse Mer.
— Não, acho que não. — Retrucou Eugene.
— Você estava nervoso com a possibilidade da Rainha dos Demônios da Noite vir até você. — Disse Mer.
— Não, não estava. — Disse Eugene mais uma vez.
— Você é um mentiroso, Sir Eugene.
— Acho que você está confundindo alguma coisa aqui. Tudo correu de acordo com meus cálculos. Eu sabia desde o início que Noir Giabella nunca tentaria me matar aqui. — Disse Eugene.
— Certo, certo. Você é tão incrível, Sir Eugene. — Mer deu uma risadinha. Depois de bagunçar o cabelo dela, Eugene finalmente desceu ao chão. O que restou depois que a poeira baixou foi um terreno baldio desprovido de qualquer vestígio de civilização.
— Isso é… — Ramira murmurou incrédula enquanto observava o ambiente, finalmente recuperando o juízo. Ela se viu ainda agarrada ao braço de Eugene, recuando em estado de choque diante do deserto desolado à sua frente.
Alternando entre olhar para a paisagem árida e olhar para o rosto de Eugene, ela entreabriu os lábios em dúvida.
— Isso é uma pegadinha…?
— O que ela está falando?
— Uma pegadinha muito… Muito bem feita, uma câmera escondida. Isso poderia ser um sucesso de bilheteria… T-Talvez eu esteja apenas em um sonho feito pela Duquesa Giabella… Uma pegadinha maluca com uma câmera escondida ambientada no sonho desta senhorita… Está sendo transmitido através de Helmuth…? — Gaguejou Ramira. Eugene achou um absurdo, mas Ramira sentiu que estava sendo muito razoável.
Não estava certo? A Duquesa Noir Giabella, a mestra do Olho Demoníaco da Fantasia e a criadora de todos os sonhos imagináveis, a Rainha dos Demônios da Noite, apareceu diante de seus olhos também… As coisas que Ramira havia vivido no dia anterior estavam além de tudo que poderia ter imaginado, completamente distantes do que pensava ser possível.
Em primeiro lugar, as portas do seu palácio isolado foram abertas sem qualquer aviso e ela recebeu liberdade. Então, sofreu humilhação de um intruso desconhecido. Uma guerra repentina caiu sobre a cidade e a barreira que cercava o castelo foi destruída. Depois de uma batalha feroz, o Castelo do Dragão Demoníaco desabou em Karabloom, causando uma destruição inimaginável.
Isso também não foi tudo. Quem era esse intruso desconhecido? Hamel Dynas. Hamel, o Tolo, que morreu há trezentos anos? Não, ele era Eugene Lionheart?
— Eu…. Entendo. Tudo isso é apenas uma brincadeira para surpreender esta senhorita… Não há outras explicações possíveis. Caso contrário, não faria sentido. Como diabos isso poderia ter acontecido? — Gaguejou Ramira, convencendo-se com sucesso de que isso era tudo menos um sonho. — Em breve, esta senhorita vai acordar de seus sonhos… Adeus, intruso dos sonhos. Só posso dizer isso agora, mas mesmo que tenha sido apenas um sonho, você foi incrivelmente grosseiro!
Suas palavras anteriormente calmas de repente se transformaram em um grito, mas Eugene não tinha intenção de entreter seu comportamento absurdo.
Então bateu na joia vermelha na testa dela com a intenção de acordá-la de seu delírio. Embora tenha se contido, Ramira acabou rolando no chão mais uma vez com as duas mãos em volta da joia.
— Ouça-me com atenção. — Disse Eugene.
— S-Sim, sim. — Ramira respondeu apressadamente.
— O que eu fiz hoje, quem eu sou e outras coisas, você não contará a ninguém. — Eugene explicou calmamente enquanto aproximava o dedo levantado da joia vermelha. Ramira assentiu rapidamente enquanto soluçava. — E nem pense em fugir de mim.
— Onde… Você planeja levar esta senhorita? N-Não poderia… Me dizer isso pelo menos…? — Ramira choramingou de medo.
Eugene respondeu enquanto a ajudava a se levantar.
— Vou encontrar seu pai.
— O quê…?
— Vou avisar com antecedência, caso você entenda errado. Vou usar você para encontrar seu pai. — Explicou Eugene.
— O pai desta senhorita… Você quer encontrar o Dragão Negro? O que você está planejando fazer depois de encontrar o Dragão Negro? — Perguntou Ramira com a voz trêmula.
Mer puxou suavemente a camisa de Eugene. Embora não gostasse muito de Ramira, as duas desenvolveram um relacionamento, ainda que superficial. Foi natural, já que as duas passaram algum tempo juntos.
Ela esperava que Eugene demonstrasse um pouco de consideração pelo filhote estupidamente inocente, por isso seu puxão.
— Eu vou matar seu pai.
Eugene estava ciente do que Mer estava pensando, mas não acreditava que mentir por pena fosse necessário. Ele sabia que mentira era mentira, fosse para um bem maior ou não, e que tais mentiras apenas gerariam mais ressentimento e ódio. Portanto, escolheu ser sincero com Ramira. O queixo de Mer caiu de surpresa enquanto os olhos de Ramira se arregalaram com a revelação.
— Sinceramente não sei se vou te fazer refém ou não nessa situação. Prefiro não fazer ninguém como refém, então provavelmente não acabarei fazendo isso. — Continuou Eugene.
— E-E-Eu pensei que você fosse o Herói, aquele escolhido pela Espada Sagrada… C-Como o Herói pôde fazer algo tão covarde como tomar um refém…? — Perguntou Ramira.
— É por isso que eu disse que provavelmente não faria você como refém. — Respondeu Eugene com uma expressão indiferente enquanto arrastava Ramira pela mão. — Pense nisso como um interesse comum. Você quer encontrar seu pai e eu quero encontrar seu pai. Claro, quero encontrá-lo para poder matá-lo, mas ele não vai simplesmente rolar para mim, vai?
— C-Claro que não… O pai desta senhorita, o Dragão Negro, é um duque de Helmuth… Ele é equivalente à duquesa Giabella. — Ramira respondeu apressadamente. Ela rapidamente quebrou a cabeça pensando. Anteriormente, ela se viu lutando para respirar adequadamente na presença da duquesa Giabella. Sabia que o intruso… Eugene Lionheart, a reencarnação de Hamel, o Tolo, era incrivelmente forte, mas não achava que ele fosse mais forte do que qualquer Duque de Helmuth. — É melhor você desistir desse sonho vão…! Você nunca será capaz de derrotar o Dragão Negro. Então deixe esta senhorita ir e…
— Sim, isso não é da sua conta, então cale a boca e me escute. Não importa o que você diga, vou levá-la para encontrar seu pai. Quero matá-lo e ele vai querer me matar. Quem ganhará? Não saberemos até lá, então pare de tentar coisas estúpidas e siga-me em silêncio. — Disse Eugene.
— Esta senhorita não tem voz no assunto…? — Perguntou Ramira.
— Por que está me perguntando algo tão óbvio? Está tentando me irritar? Quer que eu te dê uma boa surra? — Respondeu Eugene.
— E-Esta senhorita está calma desde cedo… — Ramira levantou apressadamente as duas mãos para cobrir a boca quando viu o olhar de Eugene. Ficou muito mais fácil para Eugene pensar depois que ela fechou a boca.
“O que devo fazer…?”
Ele tinha feito isso de novo. Claro, as coisas acabaram melhor do que esperava. Jagon estava morto, e o Castelo do Dragão Demoníaco havia caído, matando um grande número de demônios. Além disso, ele havia assegurado Ramira, que o levaria a Raizakia, e Noir Giabella assumiria a responsabilidade por tudo…
“Mas Anise e Kristina ficarão com raiva…”
E isso deixou Eugene nervoso. Ele havia experimentado todo o peso da raiva de Anise trezentos anos atrás, então só de pensar nisso o fez estremecer. Além disso… Talvez por compartilharem o mesmo corpo, parecia que Kristina estava sendo influenciada por Anise. Eugene sempre soube que ela tinha talento para sofismas e rancor, mas estava ficando mais perspicaz sob a influência de Anise.
Eugene estremeceu ao se lembrar da última vez que caiu de joelhos.
—Por favor…
Depois de se ajoelhar,
—Não me deixe preocupada demais.
Seus olhos estavam úmidos e sua voz trêmula. Eugene lembrou-se de como as mãos dela tremiam, de como abraçou o braço dele e de como algo gentilmente pressionou contra…
— Ahhhhh. — Eugene sacudiu a memória inútil que lutava para ressurgir. Foi uma pena que sua memória fosse perfeita e pudesse armazenar as sensações exatas que sentiu. Eugene fechou os olhos e deu um tapa na bochecha. Mas, estranhamente, sentiu golpes adicionais e mais poderosos misturados com os tapas auto infligidos. Querendo saber o que era, semicerrou os olhos e encontrou Mer espiando por baixo do manto, dando um tapa nas bochechas de Eugene também.
— O que você está fazendo? — Perguntou Eugene.
— Eu estava espancando o pervertido. — Respondeu Mer. Como ele poderia ousar ter tais pensamentos? Isso tudo porque a dupla de santas de coração negro infligiu golpes críticos que eram impossíveis para a Senhorita Sienna imitar no momento atual. Mer sabia que era imperativo para ela acertar as coisas em momentos como este.
— Não tenha pensamentos estranhos, Sir Eugene. Assim que a Senhorita Sienna ressuscitar, sua pele será tão macia quanto a da Senhorita Kristina. — Disse Mer.
— O que você está dizendo…?! — Eugene enfiou a cabeça dela de volta no manto.
Enquanto ele se agitava, Ramira seguia atrás dele, a boca ainda coberta com as duas mãos.
***
Kristina e Anise ainda estavam no hotel em Malera.
[Últimas notícias. O Castelo do Dragão Demoníaco… O território aéreo de Sua Excelência o Duque Raizakia está caindo!]
Elas viram o Castelo do Dragão Demoníaco caindo do terraço.
[É uma guerra declarada unilateralmente pelo Conde Karad do Feudo Ruol. Esperava-se que eles iniciassem negociações após um leve prelúdio, mas… Haha! Que surpresa inesperada. Nunca pensei que ainda existissem demônios durões como o Conde Karad nos dias de hoje.]
[E eles não pararam na ocupação. Destruíram o Castelo do Dragão Demoníaco, que reinou como símbolo do Dragão Negro por trezentos anos. E acredite ou não, não foi só isso. Não houve nenhum aviso de evacuação para Karabloom. Sabe o que isso significa? Isso significa que os líderes do Castelo do Dragão Demoníaco foram exterminados antes que pudessem emitir qualquer ordem!]
[Houve inúmeras disputas territoriais e batalhas de classificação mesmo depois que Helmuth se tornou um império, mas esta é a primeira vez que alguém destruiu completamente o território de seu oponente e também os residentes… Conde Karad. Eu pensei que ele era apenas mais um nobre do passado, mas ele realmente era um tigre escondendo suas presas.]
[Se ele tivesse sobrevivido, definitivamente poderia ter avançado para a capital e trazido vento fresco… É realmente lamentável que não tenha sobrevivido.]
[Mas de certa forma, você poderia chamar isso de uma morte honrosa. O conde acendeu sua própria vida para levar a guerra à vitória. Acho que era inevitável.]
[Além disso, você ouviu que ele empregou a Besta de Ravesta para esta guerra? Mas Jagon e seus subordinados também morreram durante a batalha… Perdemos muitos jovens demônios promissores, os futuros líderes de Helmuth, nesta guerra.]
[Sim, e é realmente lamentável. No entanto, você não poderia pensar assim? Mesmo que o Dragão Negro não estivesse lá, o Castelo do Dragão Demoníaco permaneceu forte. Os Quatro Generais Divinos, que estavam cuidando do Castelo em nome do Dragão Negro. ah, acho que eles seriam os mais velhos para os jovens demônios hoje em dia. A Velha-guarda!]
[Ah, bem, eu queria evitar dizer isso, mas é meio revigorante, certo? Bem, é assim que acontece hoje em dia. Os jovens não mostram nenhum respeito pela Velha-guarda e reclamam de como eles são apenas velhos e incompetentes, mas acho que os demônios do Castelo do Dragão Demoníaco realmente mostraram a verdade a todos. Ainda não estamos fracos e inúteis! Algo parecido.]
[Ahhh, entendo o que você está dizendo. Mas acho que é inevitável. Não tem jeito mesmo, não é? Os tempos realmente mudaram. Nós, da Velha-guarda, estávamos descontrolados há trezentos anos, durante a era da guerra, e agora vivemos em tempos de paz… Não é como se não lutássemos porque somos fracos, certo? É tudo em prol da paz. Ah, vamos continuar depois dos comerciais.]
Beep.
A TV desligou. Anise virou a cabeça enquanto estalava a língua.
— Velha-guarda ou algo assim, que ridículo. Bem, é muito divertido ver que há um conflito geracional entre os velhos e os jovens demônios. Seria ainda melhor se a geração mais jovem de demônios iniciasse um golpe de Estado ou algo assim.
— Ahaha… Certo, certo…
— Se o cara que morreu no Castelo do Dragão Demoníaco, Karad, ou o que quer que seja, se ele sobrevivesse, você acha que teria se tornado o centro de um golpe de estado? Talvez seja por isso que Noir Giabella interveio. Afinal, ela também é um demônio do passado.
— Haha… Talvez…
— Como você consegue rir? — Kristina era assustadora quando estava com raiva, mas Anise era ainda mais assustadora. Pelo menos Kristina não recorria à violência física quando estava com raiva. Anise espancaria metade até a morte antes de curá-los de volta ao normal. — Não há como Noir Giabella ter interferido para evitar o agravamento do conflito geracional. Conhecendo você, não poderia ter escapado sem causar uma cena. O Castelo do Dragão Demoníaco…
— Aquilo fui eu.
— Para ser sincera, elogio você por fazer isso. Hamel, graças à sua decisão ignorante e ousada, dezenas de milhares de demônios foram exterminados. — Anise assentiu enquanto batia palmas. — Você também teve sorte. Mesmo que tenha causado tal cena, não foi visto por ninguém. Pelo menos não vi seu nome no noticiário. — Disse Anise.
— Haha…
— Se não me contar a verdade, vou quebrar essa sua cabeça… — Anise disse ameaçadoramente enquanto agarrava seu mangual. Eugene imediatamente se ajoelhou no chão e contou-lhe toda a história.
Ele contou a ela sobre Jagon, por que ele escolheu derrubar o Castelo do Dragão Demoníaco e sobre seu encontro com Noir Giabella.
— Você está dizendo que a vadia maluca notou sua reencarnação?! — Perguntou Anise.
— Uma criança está ouvindo, então talvez vadia não seja… — Disse Eugene.
— Cale a boca, Hamel. Como pode estar tão calmo? Aquela vadia viola sonhos. Ela pode não ter feito isso até agora, mas agora que sabe que você é Hamel, essa vadia pode ir ativamente atrás dos seus sonhos. — Continuou Anise, relembrando os terríveis pesadelos de trezentos anos atrás. O ataque violento dos sonhos às vezes lhes apresentava pesadelos terríveis, às vezes sonhos desagradáveis. Noir Giabella era muito boa em realizar esses sonhos, provavelmente porque era a rainha das vadias.
— Com o que devo me preocupar enquanto você estiver aqui? — Disse Eugene com uma expressão indiferente.
— Ahh… — Anise, sem saber, deu um passo para trás quando viu a confiança nos olhos de Eugene. Ela se sentia aliviada quando via os mesmos olhos no passado também.
— Mesmo assim, Noir Giabella, a Rainha das Vadias, é uma inimiga poderosa. Você esqueceu, Hamel? Não conseguimos matar Noir Giabella trezentos anos atrás, embora fôssemos cinco. — Disse Anise.
— É porque aquela maldita não nos deu uma briga onde pudéssemos matá-la. Também não poderíamos nos dar ao luxo de perder tempo. — Respondeu Eugene.
— É porque colocamos muita prioridade em matar os Reis Demônios. — Anise deu um breve suspiro antes de acariciar o cabo de seu mangual. Eugene ficou um pouco nervoso, olhando de relance e percebendo que ela ainda segurava a arma. — E esse final na Cidade de Giabella, hein?
Não é uma promessa nem nada, apenas algo que ela disse com um sorriso.
— Romance, é?
Noir Giabella era um demônio com muitos séculos de idade, a mestra do Olho Demoníaco da Fantasia e uma existência poderosa próxima aos Reis Demônios. Não, pelo contrário, não seria um exagero dizer que ela havia superado os Reis Demônios de escalão inferior em termos de poder. Ela era uma inimiga incrivelmente poderosa a ser considerada e foi quem disse tais palavras.
— Ela teve muitas chances de me matar. Desta vez também. — Disse Eugene. Mas optou por não fazê-lo. Eugene estava convencido de que a Rainha dos Demônios da Noite, Noir Giabella, não o mataria a menos que ele a desafiasse na cidade de Giabella.
— Certo. Eu aceitarei. — Anise assentiu enquanto estalava a língua. Eugene finalmente suspirou de alívio. — Mas Hamel, quem exatamente é essa criança?
Infelizmente, a conversa não acabou. Anise apontou para Ramira, que estava parada em silêncio atrás de Eugene. Assim que Ramira viu o dedo, gritou enquanto sacudia as mangas enormes. — Esta senhorita é Ramira, a Duquesa Dragão! Carne e sangue do Dragão Negro…
Boom!
O mangual de Anise disparou para frente e demoliu a parede bem ao lado da cabeça de Ramira.
Clack.
A corrente caiu e ficou pendurada nos ombros de Ramira. O filhote imediatamente caiu no chão com as pernas fracas. Ela não conseguia ver os olhos de Anise devido à forma como eles se curvaram em um sorriso. No entanto, Ramira podia sentir uma terrível intenção assassina por trás do sorriso de Anise.
— Por que o filhote de Raizakia está vivo e por que ela está aqui? — Perguntou Anise.
— É-É porque… Preciso dessa garota para salvar Sienna. — Respondeu Eugene.
— Não porque você se sentiu mal por ela? — Disse Anise.
— Não, não é… Bem… Olha, Anise. É verdade que ela é o filhote de Raizakia, mas não é um dragão demoníaco. Apenas um dragão. — Explicou Eugene.
— Oh. — A intenção assassina desapareceu como uma mentira. Anise recuperou seu mangual com um sorriso puro. — Foi mal. Não devo ter notado, porque estava muito agitada. Ah, espero que você entenda. É a primeira vez que vejo um filhote…
— Hic…
— Ei, calma, você não precisa ter medo. Sou chamada de Santa há trezentos anos. Estou acostumada a cuidar de ovelhas jovens e assustadas. Venha para os meus braços. — Anise largou o mangual, abriu bem os braços e se aproximou de Ramira.
Instantaneamente, o vazio que se seguiu à malícia foi substituído por benevolência e calor. O que Anise mostrou foi muito parecido com a maternidade que Ramira almejava desde a infância.
— U–Uwah… — Ramira sentiu emergirem as emoções reprimidas do seu sofrimento recente. Ela choramingou ao se colocar no abraço de Anise.
“Uma refém.”
Anise sorriu enquanto acariciava suavemente as costas de Ramira.
Kkkkkkkkkkkkkkk vai usar ela contra a mer, enquanto luta contra sienna
Do nada Anise pula de Pai Alcoólatra pra mãe virgem, e Rainmirea cai como um patinho. Não julgo, passo um pano absurdo pra Anise
Kakakakak eu tbm irmão
ngm presta nesse mundo :v
Por que a senhorita Anise pareceu mais maléfica que a Noir, apenas com essa última palavra “Refém”?
Né isso kkkkkk