Switch Mode
Participe do nosso grupo no Telegram https://t.me/+hWBjSu3JuOE2NDQx

Damn Reincarnation – Capítulo 353

A Porta (3)

Eugene fez várias tentativas depois disso, mas não conseguiu ver mais nenhum fantasma. Mesmo depois de fazer várias mudanças em suas tentativas, não teve sucesso. Aumentou a intensidade com que batia contra seu Núcleo e fez uma tentativa consciente de estar ciente do Anel de Agaroth. Nada aconteceu.

— As revelações são estritamente a vontade dos deuses. Não importa o quanto um humano ore, os deuses nem sempre respondem. — Explicou Anise.

— O Deus da Luz não oferece nenhum conselho? — Eugene perguntou, exasperado.

— Você realmente acha que esse deus estoico ofereceria conselhos sobre esses assuntos? Trezentos anos atrás, mesmo no meu momento mais desesperado na batalha contra o Rei Demônio do Encarceramento, o Deus da Luz não ofereceu orientação. — Anise sorriu enquanto olhava fixamente para o rosto de Eugene.

O momento mais desesperado; seria verdadeiramente a batalha contra o Rei Demônio do Encarceramento? Ou talvez…? Eugene tinha duas possibilidades em mente, mas se absteve de perguntar a Anise.

Dada a expressão maliciosa de Anise, a resposta era bastante óbvia. E essa resposta aparente invocava medo e culpa em Eugene.

— Ahem… — Ele limpou a garganta antes de continuar. — Não é um pouco duro que nem mesmo um anjo como você consiga se comunicar com os deuses?

— Posso ser chamada de anjo, mas não sou diferente de um fantasma. A única distinção pode ser que eu posso abrir minhas asas e emitir luz. — Retrucou Anise com uma risada amarga.

Era verdade que ela se tornara um anjo na morte. Mas isso não significava que ela havia conhecido diretamente o Deus da Luz. No entanto, ela certamente sentia a presença de um deus. As revelações que Kristina recebeu, assim como o apontamento de Eugene Lionheart como o Herói, estavam definitivamente alinhados com a vontade do Deus da Luz.

“Então foi assim que começou”, pensou Eugene, com o rosto franzido em contemplação enquanto se acomodava em sua cadeira.

Se Kristina não tivesse afirmado que era uma revelação e levado Eugene com ela na época, se ele não tivesse se aventurado na tumba de Vermouth com Doynes e Gilead para abrir o caixão, e se o Deus da Luz não tivesse enviado aquela revelação, eles realmente teriam verificado o caixão de Vermouth?

“Teríamos eventualmente,” Eugene deduziu.

Ele sempre teve fortes dúvidas sobre a morte de Vermouth. Não importa o quanto ele contemplasse, não conseguia imaginar que Vermouth simplesmente morrera de velhice.

Mas, embora estivesse curioso, não teria verificado tão cedo. Afinal, Eugene não estava em um lugar para agir livremente dentro do Castelo dos Leões Negros na época.

— Você ainda está nisso? — Ciel perguntou ao entrar na câmara subterrânea. Ela estremeceu involuntariamente depois de dar uma olhada em Eugene sentado no centro da sala.

Chamas.

Chamas violetas envolviam o corpo de Eugene. Essas chamas silenciosas e queimantes de mana subiam além da cabeça de Eugene e dançavam em direção ao teto. Não havia calor, mas a pura força que as chamas emitiam era avassaladora.

“O que é isso?” Ciel se perguntou.

Ela sabia o que estava acontecendo nesta sala. Não tinha visitado diariamente, não querendo perturbar sua meditação, mas alguns dias antes, ela tinha descido para ouvir o pedido de Eugene.

As chamas certamente tinham sido intensas naquele momento, mas não tão avassaladoramente poderosas quanto agora. Ciel avistou Eugene com a boca meio aberta, mas rapidamente compôs sua expressão antes de dar um passo à frente.

— Sua Fórmula da Chama Branca atingiu as Sete Estrelas? — Ela perguntou.

— Ainda não. — Respondeu Eugene.

— Ainda… não? — Ciel ficou ainda mais perplexa com sua resposta. A qualidade da mana que ele emitia tinha aumentado visivelmente em comparação com alguns dias antes, e a força de suas chamas tinha se multiplicado. Ainda assim, ele não estava em Sete Estrelas?

— Eu quase rompi, mas ainda não formou uma nova Estrela. — Explicou Eugene.

Ele tinha certeza de que teria as Sete Estrelas até esta noite ou amanhã no máximo.

“Ainda assim, terminarei antes de zarpar,” Eugene pensou, aliviado.

A única razão pela qual ele podia usar esse método agora era devido à complexidade da Fórmula da Chama Branca de Eugene. Esta seria a última vez que ele seria capaz de impulsionar a Fórmula da Chama Branca dessa maneira. Não haveria outro atalho no futuro.

— Por enquanto… Eu verifiquei a biblioteca, mas há pouca literatura sobre os deuses antigos. As poucas que existem mal mencionam Agaroth. — Dizendo isso, Ciel se sentou na frente de Eugene antes de continuar com seu relatório. — Encontrei-me com um especialista no campo. Um dos estudiosos mais renomados que estuda as religiões folclóricas de Shimuin.

O Deus da Guerra — não importava como fosse dito, a guerra era, em última análise, sobre matar e conquistar. Nesse sentido, Agaroth era um excelente assassino e conquistador. Sua existência era guerra, e até mesmo seu nome a incorporava. Por que Agaroth travava tais guerras e ficava obcecado por elas estava além do entendimento nesta era. Mas uma coisa era clara — mesmo em meio aos tumultuados tempos antigos, Agaroth estava entre os poucos deuses conhecidos por sua brutalidade, sempre envolto no cheiro de sangue. Ele tinha sido uma divindade cheia de loucura.

— Segundo o estudioso, Agaroth foi um grande conquistador. Nunca se estabeleceu em um lugar e passou a maior parte de sua vida vagando. — Continuou Ciel.

Sempre que uma guerra terminava, ele iniciava outra. Eugene se lembrou das visões de campos de batalha cheios de cadáveres que ele tinha visto na Sala Escura. Quanto mais ele ouvia e aprendia, mais ele ficava convencido de que as cenas que testemunhara estavam relacionadas a Agaroth.

— Você ouviu algo sobre o local sagrado de Agaroth em algum lugar dos Mares do Sul? — Perguntou Eugene.

— Fala-se que está ‘em algum lugar através do mar distante’… mas sua localização exata permanece desconhecida. Existem descobertas arqueológicas raras nas ilhas desabitadas lá, mas nada de valor significativo. — Respondeu Ciel.

Eugene olhou intensamente para o Anel de Agaroth em seu dedo anelar esquerdo. Se ao menos ele pudesse receber outra revelação como antes. Mas infelizmente, Agaroth não deu mais visões.

Ele ponderou sobre a natureza do Anel de Agaroth. A primeira vez que o anel agiu por conta própria foi na Fonte da Luz. A próxima foi em Ruhr, quando se lançou contra Gavid Lindman. Foi quando ele usou a Espada Sagrada. Eugene refletiu sobre as emoções que sentiu naquele momento. Raiva, ódio, intenção assassina — todas eram formas de loucura que se manifestavam em tempos de guerra. Eugene não desprezava essas emoções. Pelo contrário, ele estava muito familiarizado com tais sentimentos.

“Eles são necessários,” Eugene concluiu.

Ele havia pensado em jogar o anel de lado completamente, mas… não havia como negar a vantagem que ele lhe tinha concedido em momentos críticos. E também não havia garantia de que não haveria mais desses momentos no futuro.

“Eu ganhei o anel por acaso…” Eugene contemplou tudo o que sabia sobre o anel.

A razão pela qual Ariartel o presenteou com o Anel de Agaroth era na esperança de que ajudasse na jornada de Eugene. Eugene não havia encontrado nenhuma necessidade para qualquer outro armamento, pois já possuía várias armas do clã Lionheart, aquelas que antes pertenciam a Vermouth. Assim, ele optou pelo Anel de Agaroth.

Mesmo Eugene tinha que concordar que tinha sido uma escolha impecável.

Ele encontrava maior atrativo neste anel. Ele poderia potencialmente adiar a morte, e era infinitamente melhor do que alguma armadura volumosa que só atrapalharia seu movimento.

Era definitivamente possível que ele tivesse adquirido o anel por acaso.

“Mas talvez fosse destinado,” Eugene pensou.

Os vastos mares distantes, ou Raguyaran — ambos representavam o mesmo enigma: um reino além do alcance humano. O que verdadeiramente estava além, ninguém sabia.

Eles estariam cheios de monstros como os Nur, que emanavam a mesma sensação enigmática que o Rei Demônio da Destruição?

Por que essas inúmeras criaturas buscavam deixar seu domínio, transcendendo fronteiras para devastar este mundo?

Eugene cerrou a mão.

As lendas falavam do terreno sagrado de Agaroth no final dos mares do sul. Eugene possuía a relíquia de Agaroth, e ele havia recebido visões… Talvez pudesse viajar até lá um dia.

Não, ele precisaria ir lá um dia.


Dias antes de zarpar, uma fila de navios colossais ancorou nas margens de Shedor.

Mesmo com os ventos mais rápidos, uma jornada até as águas de Solgalta levaria meses.

A magia avançada revolucionara o comércio, eliminando a necessidade de grandes navios para carga. Mas a magia não podia desafiar completamente as leis da natureza, especialmente quando se tratava de seres vivos. Suprimentos para uma jornada de meses poderiam ser compactados magicamente em espaços menores.

No entanto, isso não se aplicava aos humanos. Expandir imprudentemente o espaço para habitação e encontrar um problema no meio da jornada? A magia espacial relacionada a seres vivos sempre tinha o potencial de causar catástrofes, exigindo manipulação cautelosa e rigorosa.

Assim, os navios eram vastos, uma necessidade ao transportar centenas de vidas.

A maioria dos navios ostentava a mesma bandeira: uma águia espalhando suas asas acima das ondas, símbolo da família real de Shimuin.

— O reino realmente ama suas águias. — Murmurou uma voz nas proximidades.

— Olha, a bandeira de Aroth é parecida.

— Nem todas as águias são iguais. O emblema de Aroth tem a águia segurando um cajado em suas garras. — Sienna rebateu.

— Ainda assim, são apenas águias no final do dia.

— O símbolo de Kiehl é um dragão. — Interveio Ciel com um sorriso irônico.

— Você está tentando se vangloriar por ser um império? Bem, eu acho que um dragão seria mais forte que uma águia. É maior. Eles podem voar mais alto e também usar magia. — Sienna resmungou, virando o olhar para cima.

Embora a maioria dos navios exibisse as bandeiras reais, alguns tinham insígnias diferentes. Especialmente notável era um navio que ostentava uma bandeira com a representação de uma espada, lança e flecha — uma embarcação que se destacava tanto quanto os navios de guerra reais.

— Aquele pertence ao Rei Mercenário, Ivic Slad. — Informou Carmen. Ela inclinou a cabeça, os olhos seguindo a figura de proa de um navio adornado com um dragão.

Em cima dele estava um homem.

— Aquele homem ali é o Ivic. — Carmen o apontou.

Ele tinha cabelos dourados curtos e uma tez úmida. Não era um imenso gigante como Moron, Ivatar, ou Gargith. Mas pendurado nas costas de Ivic estava um arco tão grande quanto qualquer arma carregada pelos guerreiros mais robustos.

— Espada, lança e arco. Essas são as armas de escolha de Ivic. Uma vez lutei brevemente com ele. Ele não é alguém para ser subestimado. — Disse Carmen.

— Bem, ele não é considerado o segundo melhor guerreiro em Shimuin? — Eugene ponderou, os olhos estreitando enquanto observava Ivic de longe.

A honra de ser o mais forte de Shimuin pertencia a Ortus, o Comandante dos Cavaleiros da Maré Violenta. O vice-campeão, ou o segundo mais forte, era Ivic.

— Ele é o segundo colocado, mas… de certa forma, ele é até mais difícil de lidar do que Ortus. O título de primeiro colocado em Shimuin é normalmente reservado para descendentes diretos da linhagem real, então Ivic, sendo um mercenário, nunca poderia alcançá-lo. — Explicou Carmen.

— Então, você está sugerindo que Ivic pode ser mais habilidoso que o Lorde Ortus? — Eugene perguntou.

— É difícil dizer. Eles nunca lutaram verdadeiramente com a intenção de se matar. Mas, pela minha experiência lutando com ambos… Bem, se Ivic se afastasse de nós e começasse a atirar com aquele arco com intenção letal, eu o acharia um pouco mais desafiador. — Depois de uma breve pausa, Carmen acrescentou apressadamente, — Isso não quer dizer que ele é mais forte que eu, apenas mais astuto. O Leão de Sangue—

— Senhora Carmen, você não deveria se referir a ele dessa forma agora. — Interveio Dezra, cortando as palavras de Carmen.

Carmen hesitou, emitindo um gemido leve. Imaginar que ela, Carmen Lionheart, uma das três que atingiram as Sete Estrelas da Fórmula da Chama Branca, teria que ver o Leão de Sangue dessa forma era…

— Y… Yu…ri. — Carmen soou quase estrangulada.

A expressão de Eugene mudou para um desconforto. Cada tique de sua bochecha o tornava mais ciente da espessa camada de maquiagem aplicada em seu rosto, aumentando ainda mais sua agitação.

O que diabos era esse espetáculo?

— Silêncio, Yuri, não cerre os punhos com tanta força. Os músculos que você trabalhou tanto para construir podem simplesmente explodir.

— Senhorita Yuri, por favor, contenha sua raiva. Muitos olhares estão sobre este lugar. Embora estejam distantes, alguns podem ter sentidos aguçados o suficiente para detectar sua fúria e ficar suspeitos.

Sienna e Kristina sussurraram ao seu lado.

— Você deve estar ciente de sua situação atual, Yuri. Você está usando maquiagem feminina e vestida como uma mulher. E se não conseguir se conter e explodir aqui? Todas essas pessoas podem perceber que você está disfarçada. — Ciel sussurrou com um sorriso que sugeriu que ela achava a situação bastante engraçada.

— Isso é tudo culpa sua…! — Eugene retrucou.

— Eu posso ter pedido, mas você escolheu concordar, Yuri. Se fosse um pouco menos bondoso, não teria concordado com um pedido tão ridículo. — Ciel se virou, seu sorriso ainda no lugar. — Bem, agora é tarde demais para recuar, certo? Apenas se mantenha juntos até embarcarmos, certo? Uma vez a bordo, você não precisará mais sair.

Yuri respirou fundo, tentando acalmar ‘ela mesma’. Certo, apenas até embarcarem no navio. E de fato, havia tantos espectadores agora.

A mera notícia de uma missão para subjugar a problemática Imperatriz Pirata era suficiente para animar os moradores da cidade. Adicione a isso uma grande despedida para a força-tarefa e uma multidão era inevitável.

“Todos estão olhando tão atentamente.”

Os olhares daqueles que já haviam embarcado no navio eram especialmente intensos, assim como os de Ivic. E por que não seriam? Havia Ciel, que havia alcançado tanto em tão pouca idade, e Carmen, conhecida por ser a mais forte dos Lionheart. Mesmo que seus números fossem poucos, apenas os nomes Carmen, Ciel e ‘Lionheart’ eram suficientes para atrair todos os olhares para elas.

Essa observação intensa pedia cautela.

Yuri era cuidadosa a cada passo, a cada gesto. Ela evitava intencionalmente fazer contato visual com qualquer pessoa. Felizmente, ela podia manter a cabeça baixa. Por enquanto, Yuri, Sienna e Kristina estavam disfarçadas como servas da família Lionheart.

Considere fazer uma Doação e contribua para que o site permaneça ativo, acesse a Página de Doação.

Comentários

5 3 votos
Avalie!
Se Inscrever
Notificar de
guest
2 Comentários
Mais recente
Mais Antigo Mais votado
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários
Eu apoio o harém de Eugene
Visitante
Eu apoio o harém de Eugene
1 mês atrás

Kkkkkkkkkkkk Hamel tá pagando todos os pecados da outra vida

Outsider
Visitante
Outsider
4 dias atrás

Sim kkkkkkk

Opções

Não funciona com o modo escuro
Resetar