O líder da Igreja da Luz e o Papa do Império Sagrado de Yuras, Aeuryus.
O Templário Raphael, os Cavaleiros da Cruz de Sangue e os Sacerdotes de Batalha treinados secretamente.
Se o Papa pronunciasse uma palavra, todos os crentes em Yuras prontamente se tornariam seus guerreiros. No entanto, o Papa partiu do estado papal com apenas algumas centenas ao seu lado.
O imperador do Império de Kiehl também estava agindo. Straut II convocou Alchester com uma expressão azeda. Os Cavaleiros Dragão Branco foram reunidos em apenas dez minutos de sua audaciosa conversa. O imperador manteve uma expressão azeda durante toda a reunião, e após sua conclusão, deixou o palácio imperial suspirando pesadamente.
Aroth, também, estava tomando medidas. O Rei Daindolf, o Príncipe Herdeiro Honein, o Chefe dos Mago da Corte Trempel e os magos de elite sob seu comando se reuniram. Além disso, três Mestres de Torre também estavam se movendo.
O paradeiro de Balzac Ludbeth, o Mestre da Torre Negra, ainda era desconhecido. Além disso, o Mestre da Torre Verde, Jeneric Osman, renunciou envergonhado após seu encontro com Sienna, e um novo Mestre da Torre ainda não tinha sido nomeado em seu lugar. Isso significava que todos os Mestres de Torre existentes e disponíveis de Aroth haviam sido mobilizados.
No norte, o Rei das Bestas Aman Ruhr contemplava a distante Lehainjar.
O rei fundador do reino e seu ancestral, o Rei Corajoso, permanecia recluso. No entanto… se o Rei Corajoso tivesse ouvido as notícias e estivesse livre para agir, Aman acreditava sem dúvida que ele teria deixado o reino. Armado com essa convicção, Aman saiu da tundra com os Cavaleiros da Presa Branca.
As nações não eram as únicas afetadas. Um grande guerreiro foi despertado nas profundezas da Floresta Samar, um lugar intocado pela civilização. Tendo dizimado a Tribo Kochilla, a Tribo Zoran estava prestes a dominar a grande floresta. Ivatar Jahav, o jovem chefe da Tribo Zoran, liderou seus guerreiros com sua lança. Ao contrário de outras nações, não havia um portal de teletransporte em sua floresta. No entanto, a bênção da floresta imbuída com Ivatar abriu um caminho pela floresta para apressar seus passos.
Todo o continente estava em movimento.
* * *
O monstro causou estragos como líder de uma frota de piratas nos Mares do Sul por mais de trezentos anos. No entanto, a subjugação de Iris, a Princesa Abissal, ou a Imperatriz Pirata, embora observada de perto pelo continente, não foi suficiente para agitar o continente.
Mas então, essa Princesa Abissal se tornou a Rainha Demônio na extremidade sul do continente. Eugene Lionheart, Kristina Rogeris e Sienna Merdein, que não haviam participado da expedição inicial, tornaram-se a ponta de lança na derrota deste Rainha Demônio. Uma história digna de lendas e mitos estava se desdobrando na realidade.
Era… inacreditável. Como a Princesa Abissal, uma elfa negra, poderia se tornar a Rainha Demônio? Não, isso poderia ser entendido.
Mas derrotada?
— O que está acontecendo…? — O Rei Oseris Animus de Shimuin segurou a cabeça dolorida enquanto suspirava profundamente.
“Eu os enviei para lidar com uma pirata, e eles retornam tendo derrotado uma… Rainha Demônio?”
Ele havia convocado a expedição às pressas porque Iris havia sequestrado um grande número de artesãos anões. Apenas vinte artesãos foram sequestrados, mas eram mestres artesãos. Não era exagero dizer que os vinte representavam o legado de sua raça. Oseris sentiu a necessidade de conter Iris, pois ela estava se tornando cada vez mais agressiva. No entanto, a pressão real para a expedição tinha sido acalmar as greves e protestos dos anões.
Um pequeno alívio foi que a expedição resgatou os artesãos anões sequestrados… embora a um grande custo. O Rei Oseris soltou outro suspiro profundo e cansado.
“Helmuth,” Os pensamentos do Rei Oseris se voltaram naturalmente para o Domínio Demoníaco.
A subjugação da Rainha Demônio era uma questão que Oseris não conseguia encontrar alegria. A mera ideia de ‘Iris se tornou a Rainha Demônio’ era tão surreal que era difícil lidar.
Em vez disso, o medo apertou Oseris.
E se o Rei Demônio do Encarceramento, o governante de Helmuth, sentisse algo extraordinário sobre esta Rainha Demônio recém-criada? E se a morte desta Rainha Demônio provocasse o Rei Demônio do Encarceramento? Independentemente da razão, e se o Rei Demônio do Encarceramento tivesse uma mudança de sentimento?
Durante a Marcha dos Cavaleiros, o Rei Demônio do Encarceramento havia falado sobre o fim do Juramento. Oseris estava presente. O fim da promessa marcaria o término de três séculos de paz… Oseris estremeceu enquanto roía ansiosamente suas unhas.
Triunfo.
Embora uma pirata tenha se tornado a Rainha Demônio, a expedição havia alcançado um feito lendário. Deveriam preparar uma grande celebração para o retorno deles? Mas tal evento não provocaria o Rei Demônio do Encarceramento?
Inúmeras festividades eram realizadas e celebradas a cada ano na Ilha de Shedor. Os cidadãos eram viciados em festividades vibrantes. Eles estavam cheios de entusiasmo, que nem mesmo o rei conseguia conter.
A notícia já se espalhou pela ilha sobre o retorno de uma frota de dezenas de navios. Mesmo sem o decreto de Oseris, os cidadãos estavam se preparando para uma grande celebração. Então, ele, temendo a ira potencial do Rei Demônio do Encarceramento, deveria ordenar aos cidadãos que ficassem trancados em suas casas?
Oseris não tinha resposta para essa pergunta.
No entanto, ele foi confrontado com a realidade antes mesmo de poder tomar uma decisão sobre seu dilema.
Shimuin não podia ser considerada uma nação pequena. Embora seu território consistisse principalmente em ilhas, poderia ser considerada uma potência formidável, mesmo que não pudesse rivalizar com os impérios.
No entanto, não estava entre os mais poderosos do continente. Falando do ponto de vista militar, Shimuin não podia competir com os dois impérios e o Reino Mágico de Aroth. Na verdade, Shimuin nem mesmo podia competir com o reino árido do norte de Ruhr ou o reino do deserto de Nahama.
Não importava quão poderosa fosse a nação, não podia declarar isolamento nessas circunstâncias. Enfrentando os dignitários de vários países que chegavam, Oseris sentia-se encurralado.
Era o mesmo contra os bárbaros da Floresta Samar, para não mencionar as diferentes nações. Os principais clientes comerciais marítimos de Shimuin eram as ilhas externas e as várias tribos da Floresta Samar devido à falta de portais de teletransporte.
Eventualmente, Oseris não teve escolha a não ser abrir os portões do palácio. Líderes de várias nações, cada um com centenas de soldados, entraram na capital de Shimuin como se fosse natural.
— Até os bárbaros da Grande Floresta vieram. — O Imperador Straut II zombou dos guerreiros da Tribo Zoran.
O Império de Kiehl e a Grande Floresta Samar estavam longe de serem aliados. Kiehl há muito desejava conquistar a vasta floresta. Se o Rei Demônio do Encarceramento não tivesse apoiado a liberdade dos habitantes da floresta, ela teria sido anexada por Kiehl há muito tempo.
“Pessoas tão ousadas e egoístas,” pensou o Imperador Straut II com desprezo.
O Imperador Straut II desprezava os nativos da Floresta Samar.
Resistir ao domínio do império? Parecia romântico por escrito, mas os nativos da floresta cruzavam fronteiras ilegalmente em qualquer oportunidade que viam. Além disso, criminosos de todo o continente procuravam refúgio na floresta sem lei. Às vezes, cidadãos do império desapareciam dentro da floresta, e havia momentos em que resgates exorbitantes eram exigidos em troca de sua segurança.
— Ivatar Jahav. Ele é um jovem prestes a unir Samar. — Alchester sussurrou. Seu olhar estava fixo na figura distante de Ivatar. Dizia-se que o jovem tinha apenas vinte e dois anos…
“Ele é poderoso,” pensou Alchester.
Ivatar irradiava força comparável a qualquer um dos formidáveis guerreiros do continente.
E não era apenas Ivatar. Cada guerreiro que ele trouxe consigo parecia tão formidável quanto qualquer membro dos Cavaleiros Dragão Branco.
“Eles sempre foram tão poderosos?” Alchester se perguntou.
Alchester havia visto possibilidades incertas e não exploradas nas tribos da Grande Floresta, mas o jovem chefe Ivatar e seus guerreiros facilmente superaram essas expectativas. Se Ivatar e a Tribo Zoran unissem a Floresta Samar dessa maneira, poderiam se tornar uma tribo colossal capaz de dominar qualquer reino menor.
— Hmph… Essa conquista não foi possível com a ajuda de nosso Império de Kiehl? — Comentou o Imperador Straut II.
— Perdão? — Perguntou Alchester.
— Você não entende, Sir Alchester? Na guerra contra os inimigos da tribo, os Kochillas, nosso conterrâneo de Kiehl, Eugene Lionheart, não desempenhou um papel crucial? — Continuou Straut II.
— … — Alchester não tinha certeza de como responder a essa lógica distorcida.
— Pensando agora, nem são tão grandes assim. Se não fosse pela permissão misericordiosa de nosso império, aquele bárbaro nem teria cruzado a fronteira, quanto mais buscado ajuda dos Lionheart. — Declarou Straut II.
Não era apenas Eugene envolvido na guerra da Grande Floresta. Três Mestres de Torre de Aroth e até a Santa do Império Sagrado tinham participado. Mas o centro de tudo era Eugene Lionheart, um cidadão de Kiehl?
O Imperador Straut II sentiu uma leve melhoria em seu humor.
Qualquer pensamento de subjugação da Rainha Demônio fazia com que sua expressão se contorcesse. O Imperador Straut II tinha a visão de que qualquer conflito com Helmuth deveria ser evitado a todo custo. Ele queria evitar agitar o Rei Demônio do Encarceramento e buscar maneiras de estender o Juramento, mesmo que isso significasse controlar a mente do Herói, Eugene Lionheart.
Mas, a habilidade da ‘sala’ que havia sido concedida à família real de Kiehl pelo Grande Vermouth não teve efeito em Eugene. Além disso, Eugene era a reencarnação do herói Hamel de trezentos anos atrás…
“Hmph…” O Imperador Straut II deu uma bufada mental.
A fugaz sensação positiva diminuiu. O rosto do Imperador Straut II se contorceu de desgosto, como se tivesse provado algo ruim.
Relembrar a surra de Eugene, a repreensão da Sábia Sienna e até mesmo o roubo dos cartões de identidade em branco, reservados para os espiões de elite do império, pesava sobre ele.
Limpando a garganta, Alchester disse:
— Ahem… Vossa Majestade, subestimar as capacidades do jovem chefe pode ser um erro. Considerando o cenário político, cultivar relações amigáveis com o Chefe Ivatar seria—
Mas Straut II o interrompeu:
— Mesmo assim, não são apenas bárbaros que acendem fogueiras esfregando galhos na floresta? Se não fosse pela proteção de Helmuth, nós já os teríamos pisoteado há muito tempo e limpado a floresta. Agora, com a proteção sobre a Tribo Kochilla dissipada, não é a hora de fazer isso?
— Por favor, Vossa Majestade, abstenha-se de dizer tais coisas. — Disse Alchester.
— Está bem. Muito bem, Sir Alchester. Se deseja cultivar laços amigáveis com esses bárbaros, vou priorizar o cultivo de relações com a Grande Floresta como uma agenda primária para o império neste ano. — Falou o Imperador Straut II como se estivesse concedendo um favor relutantemente.
Embora a Tribo Kochilla estivesse extinta, nem o Rei Demônio do Encarceramento nem outras nações gostariam de ver o Império de Kiehl se tornar mais dominante. Estabelecer laços amigáveis seria benéfico se não pudessem dominar a Floresta Samar à força.
“Nesse caso, podemos reivindicar oficialmente compensação pelos problemas de atravessar nossas fronteiras vindos da Floresta Samar”, pensou Straut II.
Isso, se a Tribo Zoran tivesse sucesso em unificar a vasta floresta.
— Em todo caso… Muitos se reuniram. Olhe todos eles. — Murmurou o Imperador Straut II enquanto retirava o olhar de Ivatar.
Até onde o imperador sabia, o Papa Aeuryus só havia deixado o Império Sagrado de Yuras duas vezes nas muitas décadas desde sua entronização: uma vez durante a Marcha dos Cavaleiros anterior e agora.
— Aquele velho tem um traseiro tão pesado. Mesmo durante minha coroação, assim como na maioria dos eventos imperiais significativos, ele apenas enviou uma carta escrita à mão. — Resmungou Straut II.
—Este não é um evento crucial que poderia decidir e perturbar o destino do continente? Até você está presente, Vossa Majestade. — respondeu Alchester.
— Hmph… — O Imperador Straut II resmungou, claramente irritado com a resposta impertinente de Alchester.
Honestamente, o Imperador Straut II não estava ansioso para estar nessa reunião. Mesmo agindo sinceramente para a segurança do império, sua relutância era principalmente devido à presença do Herói, Eugene, a reencarnação de Hamel, o Tolo.
— O Papa do Império Sagrado deve estar pensando algo semelhante. Além disso, Kristina Rogeris, a Santa do Império Sagrado, participou da expedição. Além disso, não podem simplesmente ignorar o Herói da Luz. — Observou Alchester com o punho cerrado.
Lá no fundo, ele lamentava não ter tido a oportunidade de participar da subjugação da Rainha Demônio. A simples expressão ‘subjugação da Rainha Demônio’ acendia uma chama no coração de Alchester. Ele era um cavaleiro até os ossos.
“Se ao menos… eu pudesse ter participado”, pensou Alchester pela milionésima vez.
Se Eugene tivesse buscado ajuda secretamente, Alchester teria deixado de lado tudo, exceto sua espada, e seguido a liderança de Eugene.
Desde que testemunhara Eugene enfrentar o Corajoso Moron, o Rei Demônio do Encarceramento, e Gavid Lindman durante a Marcha dos Cavaleiros, tal chama de desejo havia se estabelecido no coração de Alchester.
“Senhora Carmen, eu posso entender, mas pensar que não tive a oportunidade de lutar em uma batalha onde o Sir Ortus participou”, pensou Alchester com frustração.
Alchester reconhecia completamente a força e a firmeza de Carmen.
Aqueles que tiveram apenas alguns encontros casuais com Carmen a considerariam uma aberração ou uma mulher enlouquecida, mas aqueles com a sorte de ter um relacionamento com ela a reconheciam e respeitavam. Alchester também tinha recebido orientações de Carmen durante seus anos mais jovens e, portanto, a respeitava.
No entanto, seu respeito por Ortus era praticamente inexistente. Apesar de reconhecer as habilidades e os talentos de Ortus, Alchester sabia que Ortus Hyman não era uma pessoa de elevado caráter moral.
— Aqueles sacerdotes… poderiam ser os misteriosos sacerdotes de batalha que Yuras treinou secretamente? — Ponderou o Imperador Straut II.
— Provavelmente. Seu propósito ainda é desconhecido, mas dadas as circunstâncias… eles podem ser os guardiões pessoais da Santa Kristina Rogeris. — Respondeu Alchester.
— E até os Mestres de Torre de Aroth se reuniram… — As sobrancelhas do Imperador Straut II se franziram ao olhar para os dignitários de Aroth.
Tradicionalmente, os Mestres de Torre não faziam parte dos magos da corte de Aroth. Eles estavam sob um voto de permanecer neutros durante as guerras de Aroth com outras nações. A única vez que os Mestres de Torre participavam de batalhas era quando suas torres se transformavam em campos de batalha.
No entanto, ali estavam eles — três Mestres de Torre, excluindo o recluso Mestre da Torre Negra e o aposentado Mestre da Torre Verde. Considerando que o Rei de Aroth não tinha autoridade para convocá-los, eles devem ter vindo por vontade própria.
A Sábia Sienna havia participado dessa expedição, e o inimigo que haviam derrotado não era outro senão um dos Reis Demônios. Isso era motivo suficiente para a reunião deles.
— O Rei das Bestas Aman Ruhr…. Ele está aqui por vontade do Corajoso Moron? Ou é porque ele se reconhece como o descendente de um grande herói? Se não for nenhum desses, então… — Straut II ponderou enquanto olhava para a delegação de Ruhr.
Será que o Rei das Bestas sabia da verdadeira identidade de Eugene Lionheart como a reencarnação de Hamel, o Tolo? Talvez houvesse uma relação desconhecida entre o Rei das Bestas e Eugene…
“Um homem está movendo todo o continente”, Straut II percebeu.
No final, todas essas ondulações foram causadas por um único homem, Eugene Lionheart. O Imperador Straut II suspirou profundamente enquanto contemplava isso.
Quer Aroth tenha vindo por Sienna ou Yuras pela Santa, Eugene Lionheart estava no centro de tudo. Até as tribos bárbaras da Floresta Samar foram ali por causa de Eugene.
— Nahama não apareceu, assim como a Aliança Anti-Demônio. — Observou o Imperador Straut II.
— Eles provavelmente estão cautelosos com a reação de Helmuth. — Respondeu Alchester.
O reino desértico de Nahama tinha laços de longa data com Helmuth. Tradicionalmente, as masmorras subterrâneas do deserto eram habitadas por magos negros. Nahama sempre foi lar da segunda maior concentração de magos negros, seguindo Helmuth e Aroth.
Após o retorno da Sábia Sienna, os magos negros deixaram Aroth. Eles retornaram a Helmuth ou às masmorras subterrâneas de Nahama. Como tal, Nahama agora ostentava a maior concentração de magos negros, perdendo apenas para Helmuth. E no centro de seu poder estava Amelia Merwin, a conselheira confiável do Sultão de Nahama.
— Nahama, eu posso entender, mas e a Aliança Anti-Demônio? A ausência deles é significativa. Muito discurso e pouca ação. — Resmungou o imperador.
A Aliança Anti-Demônio era um grupo de pequenas nações do norte. As nações pertencentes à aliança tinham postura militarizada nas fronteiras de Helmuth. Além disso, estavam mobilizando seus soldados para treinamento com propósitos de demonstração. No entanto, nenhum representante da aliança apareceu, exceto o Império Sagrado de Yuras. Era claro que eles temiam represálias tanto de Helmuth quanto do Rei Demônio do Encarceramento.
— Você acha que o Rei Demônio do Encarceramento pode agir? — Straut II perguntou.
— Espero que não. — Foi a resposta sucinta de Alchester.
Não era apenas uma celebração da derrota do Rei Demônio ou uma reunião para obter informações que os trouxe para esta ilha.
O fato do Império de Kiehl ter trazido toda a Ordem dos Cavaleiros Dragão Branco significava uma prontidão para o conflito. Se o Rei Demônio do Encarceramento tentasse mirar Eugene por ter derrotado um Rei Demônio, ou se as tensões se transformassem em uma guerra total entre o Rei Demônio, Helmuth e o continente durante o tempo na ilha, precisavam garantir a segurança de Eugene em meio ao caos.
— Parece que os outros pensaram o mesmo. — Observou Straut II.
Não havia necessidade de trazer exércitos para uma mera celebração. Mas Yuras, Aroth e Ruhr trouxeram tropas de elite. Até mesmo o chefe tribal de Samar veio com seus guerreiros. A intenção compartilhada deles parecia clara: proteger o Herói a todo custo em qualquer situação imprevista.
— Teríamos nos tornado motivo de piada se o Império de Kiehl não tivesse aparecido. — Murmurou o Imperador Straut II enquanto estalava a língua.
Ele acreditava firmemente que o Rei Demônio do Encarceramento não agiria. Ele não podia ter certeza absoluta, mas estava bastante certo.
Houve inúmeras chances no passado, razões de sobra… Mas razões? O Rei Demônio do Encarceramento já precisou de razões ou oportunidades?
“O Herói ainda não se dirigiu ao castelo do Rei Demônio”. Straut II ponderou, seu rosto uma mistura complexa de emoções.
Idealmente, ele teria desejado que Eugene nunca se aproximasse dele. Mas essa esperança já havia sido frustrada. Ele só podia esperar que o Rei Demônio do Encarceramento permanecesse em silêncio até que aquele momento chegasse, cumprindo sua promessa.
— Ehem… Ehem…
Os governantes dos grandes impérios estavam se avaliando. Uma atmosfera tensa permeava a área. Oseris estava hesitante, relutante em dar um passo à frente em meio a uma companhia tão imponente. Depois de um tempo, finalmente reuniu coragem e deu um passo à frente.
Ele sugeriu:
— Talvez… em vez de ficarmos aqui… devêssemos primeiro entrar…?
O imperador, o papa, dois reis, o grande chefe e seus respectivos soldados de elite estavam todos de pé no jardim do palácio de Shimuin.
Cada nação trouxe consigo não mais do que duzentos ou trezentos cavaleiros. Ainda assim, cada grupo era renomado e mencionado em qualquer discurso sobre as melhores ordens de cavalaria do continente. Qualquer uma dessas facções poderia facilmente devastar um reino menor.
Oseris sentia-se extremamente sobrecarregado só de ter que ficar no meio deles.
De repente, um guarda real ofegante correu para dentro, trazendo notícias que fizeram os olhos de Oseris se arregalarem de surpresa.
— Os Lionheart chegaram.