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Damn Reincarnation – Capítulo 407

O Campo de Batalha (1)

— Oh meu Deus.

Enquanto sua crente chamava por ele, Agaroth abriu os olhos.

Ele havia descansado por cerca de uma hora. O chamado que viera bem ao seu lado fora feito em um tom baixo, mas, além disso, todos os outros sons em sua proximidade eram extremamente altos.

Havia o som de objetos metálicos, como lanças e espadas, colidindo. O som de fatiar, esfaquear e esmagar. E também o som de gritos e rugidos altos.

O som de várias coisas se movendo também criava estrondos e batidas. E entre todo esse caos, havia uma frequência alta de gritos bestiais que não poderiam vir da língua humana.

Afastando seus cabelos revoltos, Agaroth murmurou:

— A situação ainda é a mesma?

— Sim, milorde. — A voz de sua crente chegou a ele de uma distância inadequadamente próxima, sussurrando praticamente em seu ouvido.

O doce e quente sopro dela fazia cócegas em seu ouvido e bochecha enquanto falava. Normalmente, ele a teria afastado com nojo, mas agora — mesmo como piada, não havia como chamar a situação atual de comum.

Agaroth estava familiarizado com a guerra. Ele também estava familiarizado com o campo de batalha. No entanto, estranhamente… ele não conseguia sentir qualquer senso de familiaridade desta guerra.

Sentindo um irritante desconforto, Agaroth clicou a língua.

— Você ordenará uma retirada…? — A mulher continuou a sussurrar com uma risadinha.

Nesta era turbulenta causada pelo Rei Demônio do Encarceramento, essa mulher era uma bruxa da corte que uma vez transformara o rei e todos os ministros de um país em seus fantoches, colocando todo o reino aos seus pés.

Em certo momento, ela fora chamada de Bruxa do Crepúsculo e era considerada um objeto de reverência. De certa forma, esta bruxa fora ainda pior do que os demônios e os Reis Demônios. Após colocar o país sob seus pés, ela treinou seus súditos para total obediência, usando a vara do terror e a cenoura do prazer, e sua notoriedade aterrorizante fez até os monarcas dos países vizinhos desviarem o olhar de suas ações.

Mas isso era uma história de muito tempo atrás. Entre as inúmeras guerras que Agaroth travara e vencera, a queda da Bruxa do Crepúsculo havia sido apenas uma delas. No coração de seu castelo em ruínas, a Bruxa do Crepúsculo lhe implorara para não matá-la, mas sim levá-la como prêmio.

Hoje em dia, a Bruxa do Crepúsculo tornara-se uma Santa e a Alta Sacerdotisa do Deus da Guerra.

Nas inúmeras guerras que Agaroth travara, ela servira fielmente como sua conselheira, e isso ainda era verdade agora. Ela poderia ter um sorriso brincalhão e leve em seu rosto, mas um olhar frio e calculista se fixara nos olhos da Santa.

— Mesmo que a batalha atual tenha durado tanto tempo, ainda não há fim à vista. Milorde, seu Exército Divino é corajoso e nunca se cansará, e enquanto você existir, seu moral nunca vacilará. No entanto… — A Santa hesitou.

— Eu sei. — Assegurou Agaroth ao se levantar de sua cadeira. — Esta guerra é muito diferente das que lutamos até agora.

Não era uma questão de dificuldade. Isso era evidente ao olhar para a batalha em si.

Se ele tivesse que classificá-las em termos de dificuldade, houve guerras no passado que foram muito mais difíceis do que esta. Por exemplo, quando conquistou os territórios de alguns Reis Demônios, houve o Rei Demônio da Fúria que abandonou vergonhosamente seus homens e escapou sozinho. A guerra contra esse Rei Demônio fora muito mais difícil do que esta guerra como um todo.

No entanto… Até agora, contanto que conseguissem repetidamente vencer as batalhas mais difíceis, eventualmente poderiam alcançar a vitória na guerra inteira. Mas e agora?

Esta batalha propriamente dita não apresentava dificuldade. Esses monstros talvez pudessem destruir um país comum em um instante, mas não eram nada comparados ao exército que seguia Agaroth. Desde o início da guerra contra esses monstros, o exército de Agaroth ainda não sofrera uma única derrota.

— Já alcançamos inúmeras vitórias, mas a guerra ainda não acabou. — Suspirou Agaroth.

Esse era o problema. Esta guerra simplesmente não terminaria. Eles nem sequer podiam ver sinais de como encerrá-la. Cada vez que os monstros eram aniquilados na batalha, novos monstros apareciam.

Além disso, esse ciclo estava gradualmente se tornando mais curto. No início, os monstros levavam três ou quatro dias para reaparecer, mas em algum momento tornou-se dois dias, depois um dia, e agora, depois de eliminá-los, novos monstros surgiam em apenas meio dia.

Os monstros eram fracos. No entanto, não eram tão fracos a ponto de serem facilmente pisoteados e mortos como insetos.

— Milorde, eu o insto a se retirar. — suplicou a Santa enquanto abraçava o braço de Agaroth. — Mesmo agora, depois de ter derrotado milhares, talvez dezenas de milhares, desses inimigos, nem você nem eu nem nenhum dos soldados conseguimos compreender totalmente a identidade de nossos inimigos. No entanto, você deve sentir mais intensamente as profundezas da atrocidade de nossos misteriosos inimigos, não é mesmo, milorde?

Agaroth permaneceu em silêncio.

A Santa continuou:

— Afinal, o próprio sangue de nossos inimigos é venenoso e é capaz de corroer até mesmo o seu poder divino. Conseguimos suportar isso até agora porque sua presença transformou todo o campo de batalha em um terreno sagrado. Se não fosse por isso, todos os nossos soldados teriam enlouquecido e cometido suicídio ou tentado se despedaçar mutuamente.

Agaroth havia chegado à mesma conclusão. Dentro de seu santuário, os soldados que o serviam não se cansariam enquanto seu poder divino permanecesse de pé. Suas mentes permaneceriam claras o tempo todo, e até ferimentos fatais poderiam se recuperar imediatamente.

No entanto, agora… isso já não era verdade. Como a Santa havia dito, o sangue venenoso vazando dos cadáveres dos inimigos derrotados estava corroendo o poder divino de Agaroth. Embora em vez de seus soldados, Agaroth era quem sentia esse impacto ainda mais profundamente.

A Santa se desculpou:

— Perdoe-me por falar fora de hora, mas se continuarmos a lutar aqui, nós—

— E o que acontece se recuarmos? — Agaroth interrompeu a Santa enquanto retirava o braço do seu alcance. — Se recuarmos, você acha que esses monstros permanecerão aqui? O objetivo deles é erradicar completamente todos os seres vivos, não importa quão longe precisem viajar. Não há necessidade de confirmar isso neste ponto. Afinal, eles já deixaram para trás vários países destruídos.

— Milorde, há um ditado que diz que você deve combater veneno com veneno. E se seu Exército Divino levar os inimigos para longe e desviá-los em direção ao Domínio Demoníaco? Depois que essa maré de monstros destruir todos os países do continente, eles devem avançar em direção ao Domínio Demoníaco de qualquer maneira, então por que não deixamos os demônios e Reis Demônios, a quem você tanto odeia, lutarem contra os monstros em nosso lugar. — Propôs a Santa.

— Você está falando sério? — Agaroth olhou para a Santa.

Ele pensou que ela poderia estar apenas fazendo uma piada inadequada, mas a expressão em seu rosto parecia dizer que não era o caso.

Depois de olhar nos olhos friamente coletados da Santa, Agaroth deu de ombros:

— O Deus dos Gigantes expressou sua intenção de liderar seus seguidores para se juntar ao Exército Divino. E também, a Sábia disse que virá—

— Ahahaha… — A Santa explodiu em risos antes mesmo de Agaroth terminar de falar.

Ela inclinou a cabeça para o lado enquanto olhava nos olhos de Agaroth. Seu desdém era óbvio dentro daqueles olhos roxos que brilhavam tão intensamente quanto gemas esculpidas.

— Milorde, perdoe-me por questioná-lo, mas… você realmente acha que o apoio deles será útil? — Exigiu a Santa.

Agaroth não respondeu.

— Esta é uma guerra que nem você, que é conhecido como o Deus da Guerra, consegue lidar. — Apontou a Santa. — Claro, eu sei que o Deus dos Gigantes é imenso e forte como seu nome sugere. Alguns dizem que o Deus dos Gigantes pode levantar o continente inteiro com apenas uma mão, mas, de acordo com meus cálculos, embora ele possa achar difícil fazer isso com apenas uma mão, parece possível se ele usar ambas as mãos.

— Hmph… — Resmungou Agaroth.

— Quanto à Sábia. Sim, essa mulher malvada é uma grande maga que alcançou alturas mágicas que eu nunca serei capaz de tocar. Mas a verdade eterna que essa mulher persegue não será capaz de nos levar à vitória nesta guerra. — A Santa deu um passo para mais perto enquanto continuava a falar.

Sua mão se estendeu e invadiu novamente o espaço pessoal de Agaroth. Seus longos dedos começaram a traçar os músculos de seus antebraços. A Santa lambeu os lábios em um show flagrante de sensualidade. Gradualmente, a mão da Santa vagou em direção ao pescoço de Agaroth.

— Milorde. — Sussurrou a Santa de maneira sedutora. — Em primeiro lugar, vencer esta guerra é realmente tão importante para você? Seu maior desejo sempre foi matar todos os últimos Reis Demônios, então matar esses monstros de origem desconhecida é apenas—

— Você ultrapassa os limites. — Os olhos de Agaroth estreitaram-se em advertência.

A Santa sentiu um arrepio percorrer sua espinha, mas não recuou imediatamente. Em vez disso, continuou a acariciar o lado do pescoço de Agaroth.

A Santa implorou:

— Milorde, por favor, não se ofenda com minhas palavras. Cada palavra que sai dos meus lábios é falada apenas por seu bem.

Agaroth olhou para a Santa com olhos calmos e profundos. Seu olhar parecia afiado enquanto se concentrava nela; era como se pudesse perfurar um buraco direto em seus pulmões. No entanto, em vez de sentir medo, a Santa sentiu como se o interior de seu corpo estivesse sendo aquecido pelo olhar dele.

— Já estou ciente disso. — Admitiu Agaroth. — No final, ao prolongar esta guerra, tudo o que estou fazendo é cortar minha própria carne.

Se as coisas tivessem seguido seus planos, sua guerra contra o Rei Demônio do Encarceramento já teria começado agora.

Quando ele chegou pela primeira vez ao final do continente e confrontou esses monstros — ele pensou que a guerra que ocorria ali serviria apenas como treinamento de combate para a batalha iminente contra o Rei Demônio do Encarceramento. Mas recuar agora, hmm… Agaroth considerou seriamente o conselho da Santa.

Era impossível simplesmente ignorar completamente esses monstros. Ele deveria pedir cooperação aos deuses e nações aliados a ele? Será que seria capaz de travar sua guerra contra o Rei Demônio do Encarceramento enquanto eles assumiam o dever de bloquear esses monstros?

“Isso é impossível”, Agaroth sacudiu a cabeça.

Não havia como esses monstros não terem uma fonte em algum lugar os produzindo. Porque tal fonte existia, esses monstros podiam continuar a aparecer assim.

Se ele pudesse apenas ter sucesso em eliminar essa fonte… mas já havia pensado nisso dezenas, até centenas de vezes antes. Desde o início desta guerra, vários métodos foram usados para tentar encontrar a fonte desses monstros, mas todos falharam.

Era como se essas coisas tivessem surgido repentinamente do nada. Não havia sinais de que estavam sendo invocadas. Elas realmente pareciam ter se manifestado do nada.

Será que um Rei Demônio estaria enviando esses monstros para eles? Agaroth também já havia tido esse pensamento inúmeras vezes. Agaroth já havia matado vários Reis Demônios até agora, e ele também encontrou muitas informações sobre aqueles Reis Demônios que ainda não havia matado. Mas, até onde ele sabia, entre os Reis Demônios que ainda estavam vivos, não existia nenhum que pudesse ser tão poderoso a ponto de ter inúmeros monstros sob seu comando.

Mas, embora ele soubesse muitas coisas, isso não significava que ele soubesse tudo sobre os Reis Demônios. A fonte desses monstros…

Por algum motivo, o nome de um certo Rei Demônio apareceu na mente de Agaroth.

O Rei Demônio da Destruição. 

Agaroth havia lutado contra o Domínio Demoníaco por muito tempo, mas nunca havia encontrado o Rei Demônio da Destruição.

O Rei Demônio da Destruição não reivindicava nenhum território como os outros Reis Demônios. Ele nem mesmo tinha vassalos jurados a ele. Também não invadia outros países. Por causa disso, era um Rei Demônio que ninguém seria capaz de encontrar mesmo que o procurasse.

Não se sabia muito sobre o Rei Demônio da Destruição. Isso ocorria porque a maioria daqueles que encontrava esse Rei Demônio perecia, e daqueles que mal conseguiam sobreviver, todos enlouqueciam.

Graças a isso, Agaroth não havia se apressado em fazer uma conexão entre os monstros que apareceram repentinamente ali e o Rei Demônio da Destruição.

No entanto… se o mestre desses monstros de fato fosse o Rei Demônio da Destruição…

Nesse caso, que tipo de existência terrível deve ser o Rei Demônio da Destruição? Se todos esses muitos monstros, cujos números eram intermináveis mesmo sendo mortos repetidamente, eram súditos do Rei Demônio da Destruição… então como deve ser o Rei Demônio da Destruição…?

“Não há como eles serem verdadeiramente intermináveis”, Agaroth se disse enquanto tentava conter sua crescente ansiedade.

Ele não podia permitir que o medo de um inimigo que ainda não enfrentara o dominasse.

Agaroth abriu a porta de sua tenda e saiu.

Roooar!

Os gritos de guerra ecoaram nas proximidades. E além desses altos muros estava o campo de batalha.

Quando Agaroth emergiu, os soldados que estavam descansando do lado de fora se viraram para olhá-lo. Eles não se levantaram, ajoelharam-se ou se curvaram para ele. Era verdade que todos adoravam Agaroth, mas Agaroth e seus soldados não tinham um relacionamento como o de um senhor e seus subordinados ou um deus e seus crentes, mas sim, eram todos camaradas de armas.

— A situação? — Agaroth exigiu.

— É a mesma de sempre. — Respondeu um gigante robusto.

O homem era um crente apaixonado que tinha os símbolos de Agaroth tatuados por todo o corpo, e também era um poderoso guerreiro que era confiado e valorizado por Agaroth, tendo seguido Agaroth desde antes dele se tornar um deus.

Agaroth deu uma olhada no poderoso guerreiro e resmungou:

— Você deveria ter comandado a batalha enquanto eu fazia uma breve pausa dentro do forte. O que os homens devem fazer se você também estiver aqui?

— Merda, Capitão. — Cuspiu o guerreiro. — Não estou aqui só para ficar de folga, não é? Afinal, eu só vim aqui para um breve descanso depois de ser ferido enquanto lutava na linha de frente.

Isso não era apenas uma desculpa vazia. O corpo do guerreiro estava realmente coberto de feridas, e ele acabara de terminar de aplicar algum remédio nessas feridas por conta própria. Ao ver isso, Agaroth estalou a língua e levantou a cabeça.

Uma bola de luz vermelho-escuro brilhava do centro de um céu nublado. Embora parecesse muito com o sol, na verdade, não era o sol. Era um milagre que havia sido criado através do poder divino de Agaroth. Onde quer que a luz deste sol vermelho-escuro alcançasse, o local era transformado em solo sagrado, e enquanto estivessem nesse solo sagrado, as feridas de seus crentes seriam—

— Porra. — Xingou Agaroth.

Normalmente, enquanto estivessem em solo sagrado, essas feridas teriam cicatrizado diretamente sem que Agaroth precisasse prestar atenção. Agaroth suspirou e estendeu a mão em direção ao poderoso guerreiro.

Crack!

Uma onda de poder divino fluía para o corpo do poderoso guerreiro, e suas feridas eram curadas instantaneamente.

O guerreiro gemeu:

— Argh, eu realmente odeio quando você faz isso… afinal, isso encurta nossa vida útil, não é?

— Mesmo que encurte, vai doer menos, então você ainda vai viver mais do que se suas feridas permanecessem como estavam. — Respondeu Agaroth sem a menor mudança em sua expressão.

Seus milagres poderiam curar feridas instantaneamente, mas o custo disso era retirado do próprio poder divino de Agaroth, bem como da vida útil do paciente.

No entanto, Agaroth não pensava muito nesse custo. Afinal, se realmente quisessem viver pelo tempo que sua vida útil permitisse, deveriam ter se afastado do campo de batalha. Se alguém insistisse que queria viver uma vida longa mesmo depois de escolher vir para o campo de batalha e lutar, então essa pessoa estaria falando um monte de besteiras.

— Se você já está melhor, então vamos. — Disse Agaroth enquanto se afastava.

— Ah, Capitão, espere. — O poderoso guerreiro, que se levantara para seguir Agaroth, chamou Agaroth de repente e entregou-lhe um anel que acabara de tirar do dedo. — Obrigado por me deixar pegá-lo emprestado.

Agaroth fez um som de avaliação:

— Parece que você drenou bastante do seu poder divino. Mas mesmo assim, não conseguiu encerrar a batalha?

— Nós quase conseguimos terminar algumas vezes, mas toda vez que estávamos perto, eles continuavam recebendo mais reforços, então não conseguimos derrotá-los no final. — Explicou o guerreiro.

Agaroth colocou o anel de volta em seu dedo anelar. Todos os soldados que estavam descansando se levantaram e seguiram Agaroth.

Grrrrind!

Os portões da muralha começaram a se abrir por conta própria.

Agaroth franziu a testa:

— Reforços, hmm… então agora está difícil até mesmo eliminar uma onda deles?

O guerreiro deu de ombros.

— Se você lutasse pessoalmente contra eles, Capitão, deveria conseguir aniquilá-los facilmente. Embora provavelmente apenas reapareceriam mais tarde.

— Esses malditos. — Praguejou Agaroth. — Depois de ter lutado até aqui, podemos orgulhosamente dizer que demos o nosso melhor. Que tal deixarmos esse problema para outro deus e voltarmos?

— Não diga algo que você não quer dizer. — Respondeu o poderoso guerreiro, que servia a Agaroth há tanto tempo, à piada, sem hesitar por um único momento.

— Boa sorte!

Enquanto Agaroth e seus soldados estavam saindo pelos portões, a Santa subiu até o topo dos muros e gritou encorajamentos para eles, acenando com as duas mãos. Embora fosse verdade que ela era uma Alta Sacerdotisa e Santa do Deus da Guerra, raramente ia ao campo de batalha e lutava pessoalmente.

— Em vez de deixá-la brincar assim, que tal levá-la conosco e fazê-la lutar? — Resmungou o poderoso guerreiro.

— Não é como se essa fosse a primeira vez que você a vê agir assim. Deixe-a estar. — Disse Agaroth displicentemente.

O guerreiro suspirou.

— Haaah, mesmo agora, depois de dez anos inteiros terem se passado, ainda não entendo por que você aceitou aquela mulher maligna, Capitão.

— A cabeça dela realmente funciona muito rápido quando se trata de certas coisas. Ao contrário de você ou eu, que só sabemos lutar, ela também é boa em coisas como gerenciamento. — Agaroth justificou sua decisão.

Afinal, a Bruxa do Crepúsculo já havia governado um país inteiro. Mesmo o poderoso guerreiro foi forçado a reconhecer que ela possuía tal habilidade. No entanto, agora que haviam chegado a esse ponto, ainda havia necessidade de Agaroth mantê-la ao seu lado?

Quando ele primeiro pegou a Bruxa do Crepúsculo como sua prisioneira, Agaroth ainda não era um deus, e não havia muitas pessoas talentosas e astutas ao seu redor. Mas depois de se tornar um deus, Agaroth reuniu em sua companhia alguns dos maiores heróis de todo o continente, incluindo aqueles que poderiam ter substituído a Santa em seu papel.

— No final, você simplesmente não pode se livrar dela porque ficou apegado a ela, não é mesmo? — Acusou o poderoso guerreiro.

Agaroth aceitou a acusação calmamente.

— Não é como se eu já tivesse negado isso.

O guerreiro resmungou.

— Hmph, deveríamos tê-la matado naquela época…

— Só estou curioso, mas ela já fez algo particularmente ofensivo para você? Por que você ainda a odeia tanto? — Perguntou Agaroth.

O guerreiro reclamou.

— Capitão, enquanto estou lutando com afinco em seu lugar, derramando meu suor e sangue, aquela vadia só continua nos incentivando de longe e entrando na tenda do Capitão para fazer coisas suspeitas.

— Não diga coisas que poderiam ser facilmente mal interpretadas. — Repreendeu Agaroth. — Não estamos nesse tipo de relacionamento.

— Claro, eu sei disso, Capitão, mas se você e aquela vadia realmente acabarem em um relacionamento desse tipo… — O poderoso guerreiro estremeceu. — Haah, é aterrorizante até mesmo imaginar isso. Com uma cadela como ela, tão habilidosa em enrolar os homens ao seu redor, mesmo você pode não ser capaz de escapar da influência de sua saia, Capitão.

— Eu não sou um homem comum. — Corrigiu-o Agaroth.

— Além disso, não sou o único que odeia aquela vadia. — Disse o poderoso guerreiro defensivamente. — Até a Sábia pergunta secretamente quando ela visita ocasionalmente, “Então quando você vai executá-la?”

— Não é como se ela tivesse feito algo terrível o suficiente para justificar sua morte, e eu a deixo em paz porque ela é leal e útil para mim. — Respondeu Agaroth enquanto olhava à frente com uma expressão sombria no rosto.

Por todo o amplo campo diante dele, ele viu que a batalha estava em pleno andamento. Tantos monstros estavam se aproximando no horizonte que enchiam todo o seu campo de visão.

Depois de estimar aproximadamente o número deles, Agaroth assentiu.

— Vou me livrar deles por agora. — Afirmou Agaroth firmemente.

— Sim, senhor. — O poderoso guerreiro aceitou prontamente essa afirmação.

Agaroth deu as ordens.

— Se houver algum homem cujas feridas não tenham se recuperado, levem-no de volta para dentro do forte. E se algum dos homens estiver morto… cuidem de seus corpos.

— Sim, senhor. — O poderoso guerreiro assentiu.

A figura de Agaroth desapareceu. Em algum momento, ele já tinha voado para o alto, para o céu distante, deixando o campo de batalha para trás. Quando olhou para baixo, as cabeças dos monstros estavam tão densamente agrupadas que ele nem conseguia ver o chão sob seus pés.

— Há um número repugnante deles hoje também. — Resmungou Agaroth enquanto estendia as mãos.

O poder divino reunido entre suas palmas tomou a forma de uma grande Espada Divina.

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