Nesse ponto, a memória começou a se tornar um pouco fragmentada.
Tendo sido engolido pelo Rei Demônio da Destruição, Agaroth não morreu imediatamente. Em vez disso, ele vagou por um abismo que parecia não ter fim e continuou a cortar a torrente transbordante de poder negro e cores.
Diante de uma destruição que poderia tornar todos os esforços de resistência sem sentido, deuses e humanos eram igualados. Era assim que as coisas eram. No entanto, Agaroth conseguiu sobreviver dentro da Destruição por muito tempo. Mesmo com o poder negro tentando enlouquecê-lo, ele conseguiu manter sua sanidade. Ele se recusou a esquecer quem ele era.
Muitas das vozes dentro dele já tinham desaparecido, mas algumas ainda podiam ser ouvidas de muito longe. Eram as vozes dos crentes devotos de Agaroth.
Junto com essas vozes, Agaroth também pensou nos crentes que já tinham perecido por ele. Seu amigo de longa data que Agaroth nem mesmo tinha conseguido ver em seus momentos finais. A bruxa malvada que morreu depois que ele quebrou o pescoço dela com essas mãos. Todos os camaradas que lutaram com ele em uma longa guerra após outra e sempre emergiram vitoriosos. E todos os seus outros laços também.
Então havia ele mesmo.
Conforme a memória fragmentada continuava a se desenrolar, Agaroth estava gradualmente morrendo. Ele vagou pelo abismo interminável, balançando sua espada repetidamente.
Sua última lembrança foi a de fincar sua Espada Divina em um lugar vazio.
Ele forçou seu corpo a andar até ali, mas, no final, finalmente cedeu. Ele se apoiou na Espada Divina que estava usando como bengala—
“Ele morreu”, Eugene percebeu quando seus olhos se abriram.
Ele encarou a Espada Divina que segurava à sua frente. A Espada Divina que estava empunhando atualmente parecia muito desgastada em comparação com a espada que acabara de ver — a Espada Divina de Agaroth.
“Mas mais do que isso…”, Eugene não conseguia evitar que seu rosto se contorcesse em uma careta.
Seu desagrado vinha do fato de que, embora fosse uma sorte ele ter conseguido lembrar a memória de Agaroth, a memória não era completa. Ele nem mesmo conseguira acessar todas as memórias de Agaroth, lembrando apenas a memória dos momentos literais finais de Agaroth.
Sua guerra com os Nur, a descida do Rei Demônio da Destruição e sua morte.
— … — Eugene franzia a testa em silêncio.
Apesar de seu sucesso, era natural que Eugene não estivesse feliz ao lembrar a memória de Agaroth. Afinal, dentro dessa memória, ele tinha incorporado Agaroth.
Todas as emoções que Agaroth sentira e a morte de seus crentes, tudo isso deixara um inegável resíduo emocional em Eugene. Especialmente no final, quando a Santa de Agaroth morreu, e as emoções que Agaroth sentira naquele momento.
— Pelo menos eu sei disso. — Eugene murmurou com um estalo da língua ao baixar sua Espada Divina. — Eu sou diferente de Agaroth.
A vida passada mais próxima de Eugene foi como Hamel. Influenciado pelo ambiente, educação, experiência e tudo mais que ele passara desde que renasceu como um bebê até o presente, a personalidade de Eugene não era necessariamente a mesma exata de quando ele era Hamel. No entanto, apesar disso, o atual ‘Eugene Lionheart’ não poderia ser considerado uma pessoa completamente diferente de ‘Hamel Dynas’.
No caso de Agaroth, entretanto, Eugene não pôde deixar de sentir várias incongruências com a memória do Deus da Guerra.
O que Eugene teria feito naquela situação? Eugene sentiu que provavelmente nem teria escolhido lutar contra o Rei Demônio da Destruição. Se possível, teria tentado recuar e fazer planos para o futuro, ou — bem — se alguém precisasse ser um sacrifício para detê-lo, então…
“Sinto que teria escolhido ficar lá sozinho”, Eugene decidiu.
Ele não achava que teria ordenado que seus crentes, que estavam implorando para que ele fugisse, avançassem impiedosamente. Na verdade, nem mesmo havia uma necessidade para isso.
Na batalha contra o Rei Demônio da Destruição — embora isso não pudesse realmente ser chamado de batalha — os crentes de Agaroth não foram de nenhuma ajuda ao enfrentar o Rei Demônio da Destruição. Para ser brutal, suas mortes mais se assemelhavam a um sacrifício ritual destinado a acompanhar Agaroth na morte.
Então, por que Agaroth tomou tal decisão? Mesmo considerando a época em que estavam, a identidade de Agaroth como humano e o fato de que ele havia ascendido a humanidade para ser um deus… Eugene ainda não conseguia entender completamente a escolha de Agaroth.
Embora, em primeiro lugar, seria ridículo e arrogante tentar entender a mentalidade de uma pessoa não apenas de dezenas ou centenas de anos, mas milhares de anos atrás.
“Eu também não entendo por que ele manteve aquela Santa ao seu lado até o final”, Eugene pensou com uma careta.
A Bruxa do Crepúsculo que se tornou a Santa do Deus da Guerra. Ela pode não ter sido uma maga negra, mas não era muito diferente de uma. Ela usou um reino como campo de testes para sua magia e, no final, tentou se tornar a Deusa do Mal exterminando todos os cidadãos do reino. Em outras palavras, a Santa fez algo semelhante ao que Edmond tentou quando tentou se tornar um Rei Demônio superior por meio de seu ritual.
Se fosse Eugene, ele nunca teria permitido que uma pessoa tão insana vivesse. Não importa quão capaz ela pudesse ser, ele definitivamente a teria matado. Ele não a teria mantido ao seu lado mesmo que ela jurasse lealdade eterna a ele.
Mas e quanto a Agaroth? Ele aceitou aquela bruxa como sua serva e a manteve bem ao seu lado. Não era como se ele não a mantivesse sob vigilância, mas mesmo assim deixou aquela bruxa com uma rédea relativamente solta, esperando até que ela pudesse um dia pregar suas peças nele.
— … — Eugene tentou pensar por que Agaroth tinha feito isso.
E em seus momentos finais, aquela mulher morreu, não como uma bruxa, mas como uma Santa. Mesmo que ela tivesse tido várias oportunidades de trair Agaroth ao longo do caminho, ela ainda acabou servindo Agaroth fielmente.
Eugene simplesmente não conseguia entender tudo isso. Isso ocorria em parte porque as memórias de Agaroth não estavam completas e em parte porque suas personalidades como um todo eram diferentes.
Mesmo depois de ver a memória de Agaroth, as perguntas ainda permaneciam.
No Quarto Escuro sob a mansão Lionheart, Eugene viu uma visão de um homem caminhando por um deserto cheio de cadáveres, os ombros curvados pela desesperança.
Aquela figura deveria ter sido Agaroth, mas não havia ponto em que a visão e as memórias de Agaroth se sobrepusessem. Em seus últimos momentos, Agaroth não havia sentido desespero, mas sim raiva e ódio. Ele enfrentou o Rei Demônio da Destruição de frente e, em vez de fugir, avançou para encontrá-lo. Então, no final, foi engolido pelo Rei Demônio da Destruição e morto.
“Mesmo sendo um deus…” Eugene pensou.
Em vez de responder às suas perguntas, havia partes da memória de Agaroth que levantavam ainda mais dúvidas. Embora não fosse muito prevalente na era de Agaroth, ainda era possível para os humanos se tornarem deuses. Mesmo que, naquela época, os crentes pudessem obter poder divino por meio de sua fé e fossem capazes de realizar milagres, também havia profissões como sacerdotes e paladinos.
Ao mesmo tempo, a distância entre os deuses e os humanos era muito próxima. Agaroth, por exemplo, gostava de beber com seus crentes e celebrar ao lado deles com banquetes barulhentos. Em outras palavras, isso significava que os humanos podiam ouvir as vozes de seus deuses sempre que desejassem.
No entanto, e na era atual? Mesmo no caso do Deus da Luz, que possuía o maior número de crentes, ele mal se comunicava com seus crentes na terra, e o mesmo valia para os outros deuses. Olhando para a existência do poder divino e dos milagres, a existência dos deuses era inegável, mas na era atual, exceto nos casos de Kristina, era impossível para os humanos ouvirem as vozes de seus deuses.
“E não é como se tivessem que receber adoração para se tornarem um deus. Como no caso da Bruxa do Crepúsculo, também era possível se tornar um Deus do Mal ao se tornar um objeto de medo por meio de causar massacres suficientes”, Eugene recordou.
Em certo sentido, isso significava que a distância entre humanos e deuses, embora ainda claramente definida, não era tão grande assim. No entanto, na era atual, tal coisa era absurda até mesmo de se pensar.
Um humano se tornar um deus? Se isso fosse realmente possível, então Vermouth já teria se tornado um. Havia também aqueles que tinham alcançado feitos históricos antes dele. Como o Rei Mágico que fundou Aroth… Até mesmo Moron, que estabeleceu Ruhr, poderia ter se tornado um deus nesse caso. Quanto a caras como Edmond, que desejavam mudar sua espécie, poderiam ter almejado se tornar um Deus do Mal em vez de um Rei Demônio.
“O mundo em si mudou…”, Eugene percebeu de repente.
A era de Agaroth foi destruída pelo Rei Demônio da Destruição. Então, uma nova era começou.
E a era atual de maneira alguma era semelhante à era de Agaroth… com diferenças começando pelas próprias leis que compunham o mundo.
Mas por quê?
— … — Eugene ponderou silenciosamente a pergunta.
Mas não importava o quanto ele pensasse sobre isso, não havia como saber. Como Agaroth morreu antes da destruição da era, não havia como saber o que aconteceu depois.
“Eu poderia lembrar mais se quisesse?”, Eugene se perguntou.
Usando a Espada Divina como um meio, Eugene realizou um milagre e lembrou uma memória que estava gravada em sua alma. Como ele já havia tido sucesso uma vez, parecia possível que ele devesse ser capaz de lembrar outras memórias. Talvez ele até pudesse lembrar a vida inteira de Agaroth desde o seu início…
Mas ele realmente não sentia vontade de fazer isso. Apenas lembrar o momento da morte de Agaroth deixou Eugene se sentindo estranho e desconfortável, e ele sentia que sua identidade poderia ser abalada se tentasse lembrar a vida inteira de Agaroth.
No final, Hamel, Eugene e Agaroth eram todas existências separadas. Se realmente pensasse sobre isso, havia muitas semelhanças entre eles, mas também havia tantas diferenças.
“Só estar ciente da minha vida passada já foi o suficiente, mas pensar que tenho que considerar a vida passada da minha vida passada”, Eugene resmungou consigo mesmo.
Será que alguma de suas complicações daquela era havia sido reencarnada nos dias atuais? Eugene… não queria pensar muito profundamente sobre essa possibilidade.
— Aquele maldito. — Eugene amaldiçoou enquanto balançava ociosamente a Espada Divina ainda em suas mãos.
A luz vermelho-escura do poder divino da espada era inegavelmente distinta, mas Eugene não conseguia se satisfazer apenas com isso.
— Ele era forte. — Eugene admitiu relutantemente.
Mesmo quando era humano, Agaroth conseguiu matar Reis Demônios, e também matou muitos mais Reis Demônios depois de se tornar um deus.
Eugene tentou reunir algumas memórias tênues. Embora fosse difícil criar uma classificação dos diferentes Reis Demônios das duas eras, os Rei Demônios da era de Agaroth eram pelo menos mais numerosos do que os Reis Demônios desta era.
Mas mesmo sem usar técnicas sofisticadas ou esotéricas, Agaroth tinha sido forte o suficiente para derrotá-los. Eugene havia sido capaz de sentir claramente isso, pelo menos.
No momento em que ele havia enfrentado o Rei Demônio da Destruição, Agaroth pode ter sido colocado em um estado enfraquecido pela guerra prolongada, mas mesmo assim, seus instintos e habilidades em batalha haviam sido tão afiados quanto sempre.
Eugene poderia ter muita experiência quando se tratava de coisas como combate e campo de batalha, mas não era nada comparado ao de Agaroth. Após recordar essas memórias, parecia que uma mudança ocorreu nos sentidos de Eugene.
E não era uma mudança negativa.
Neste momento… Eugene não podia ter certeza se estava realmente mais forte do que antes, mas tinha certeza de que conseguiria lutar melhor do que antes.
“Não vou ganhar mais nada indo além disso,” Eugene decidiu.
Em vez disso, ele poderia se envolver em uma situação inesperada. Eugene não queria correr esse risco, então silenciosamente guardou a Espada Divina.
Então, por alguns momentos… ele ficou em cima do mar congelado e olhou diretamente para frente. Embora tivesse uma visão ampla, sua visão não estava muito clara. Havia uma neblina lá fora… que dificultava ver.
Eugene virou-se silenciosamente e saiu.
* * *
Embora Eugene tivesse dito a elas para voltarem, Sienna e Anise ainda estavam do lado de fora da caverna quando ele retornou. Depois de conversar com elas, Eugene soube que apenas três horas se passaram desde que voou em direção a Raguyaran.
Moron estava ausente. Um Nur apareceu mais uma vez, e Moron saiu para matá-lo, então ele voltaria em breve.
— Vou ter uma luta com Moron. — Eugene disse com uma expressão relaxada, como se estivesse falando sobre dar uma volta.
No entanto, Sienna e Anise não puderam ouvir essas palavras com a mesma calma. Kristina e Anise, que assistiram Eugene ser espancado por Moron da última vez, estavam especialmente horrorizadas ao tentarem impedir Eugene.
— Hamel, que motivo você tem para lutar com Moron? — Sienna exigiu. — O estado mental de Moron não está estranho mais.
Kristina concordou.
— Sir Eugene, eu também sinto o mesmo. Realmente importa se você venceu ou perdeu da última vez?
Semelhante a Kristina, Sienna também tinha uma expressão preocupada.
Ela ainda não havia visto o poder atual de Moron em primeira mão. No entanto, se Moron realmente esteve ativo nos últimos trezentos anos e, longe de ser preguiçoso, passou seus dias caçando os monstros conhecidos como Nur… pelo que ela sabia de Moron, era quase assustador imaginar em que nível ele deve ter chegado até agora.
É claro que o tempo de Moron aqui foi marcado por sua loucura, então ele não foi capaz de se dedicar ao seu treinamento ascético usual, mas o poder que Sienna sentia dele era incomparável ao do Moron de trezentos anos atrás.
— Você realmente ficará bem perdendo assim? — Sienna perguntou preocupada.
— Não tenho intenção de perder. — Eugene insistiu teimosamente.
Sienna franziu a testa.
— Bem, se você usar a Espada do Luar, a Espada Sagrada e a Espada Divina, talvez consiga vencer. Mas Eugene, isso não te incomodaria? Se você estiver lutando com Moron usando essas armas, significaria que está lutando com a intenção de matar, mas não há como Moron lutar da mesma maneira.
— Não vou usar a Espada do Luar ou a Espada Divina. — Eugene disse enquanto tirava a Espada Sagrada de seu manto. — A única arma que usarei é a Espada Sagrada. Não vou usar Ignição nem Prominência também.
— Você não está sendo muito arrogante? — Anise murmurou. — Hamel, eu sei o quão forte você é. No entanto, em comparação com quando você lutou com Moron da última vez… eu não acho que será capaz de ter vantagem nessas condições.
As palavras de Anise eram precisas.
Ao longo das batalhas seguintes à Marcha dos Cavaleiros — contra o Cavaleiro da Morte, Edmond, Raizakia e Iris — Eugene indiscutivelmente ficou mais forte a cada batalha.
No entanto, o aumento de força de Eugene veio das mudanças em sua Fórmula da Chama Branca, juntamente com a combinação de Ignição e Prominência. Isso também foi apoiado pela Espada do Luar e pela Espada Divina.
— Isso geralmente seria o caso. — Eugene concedeu.
Eugene também estava ciente de tudo isso. Em sua última luta com Moron, Eugene foi completamente dominado. Em vez de ser capaz de trocar golpes iguais com Moron, Eugene foi jogado pela força de Moron, e ele nem conseguia entender completamente os movimentos dele.
— É por isso que quero testar. — Disse Eugene, virando a cabeça para o lado enquanto apoiava a Espada Sagrada no ombro. — Parece que… algo em mim mudou, mas não tenho certeza disso. Não consigo confirmar isso ainda.
Tendo retornado enquanto Eugene falava, Moron estava olhando diretamente para Eugene.
Eugene continuou.
— Quero confirmar o que é lutando com alguém, mas é raro eu encontrar alguém com quem possa realmente me testar. É ainda mais raro encontrar pessoas que eu possa claramente dizer que são mais fortes do que eu.
— É mesmo. — Moron murmurou enquanto limpava o sangue de Nur de sua bochecha com as costas da mão.
Ele acariciou sua barba farta por alguns momentos enquanto estava perdido em pensamentos.
— Eu entendo o que você quer dizer, Hamel. Se você realmente quer se testar… então neste mundo, além de mim, quem mais seria capaz de realmente te colocar à prova. — Moron disse com um sorriso e um aceno de cabeça. — Hamel, se é isso que você quer, estou disposto a lutar com você a qualquer momento. Afinal, é isso que eu sempre quis, mesmo naquela época, há trezentos anos. No entanto, para essa luta… eu também tenho um pedido pessoal.
— Um pedido? O que é? — Eugene arqueou uma sobrancelha.
E pensar que Moron realmente pediria algo em troca de um duelo. Como ninguém jamais poderia imaginar Moron dizendo tais palavras, todos estavam olhando para Moron com surpresa. Mesmo sendo alvo desses olhares, Moron manteve uma expressão séria que não mostrava sinais de vacilação.
— Se eu ganhar, Hamel, você tem que gritar ‘Eu perdi’ cinco vezes. — Moron exigiu.
Eugene ficou sem palavras.
— …
Moron continuou.
— Você também tem que escrever, ‘Eu, Hamel Dynas, perdi esta luta para Moron Ruhr.’
— … — Eugene ficou em silêncio.
— E finalmente, você tem que jurar que não inventará mais desculpas para sua derrota. — Moron terminou com um aceno de cabeça.
Os lábios de Eugene se retorceram de raiva enquanto ouvia Moron falar. Anise e Sienna, que estavam ouvindo atentamente enquanto Moron apresentava seus termos, começaram a rir e a dar tapas nos braços uma da outra, se divertindo.
Eugene rosnou.
— Seu… seu desgraçado. Você realmente tem guardado um rancor tão mesquinho, não é?
Moron piscou inocentemente.
— Hamel, eu não entendo o que você quer dizer com isso. Nunca fui acusado de ser mesquinho.
— Você… tem guardado um rancor dentro do seu peito porque eu disse que teria vencido se estivéssemos usando armas! — Eugene acusou.
— Claro que não, Hamel. — Moron murmurou negando enquanto tentava evitar contato visual. — Além disso, na minha opinião, quem está sendo mesquinho é você, não eu, Hamel. Foi uma luta justa, homem a homem, mas quem foi lá e inventou alguma desculpa depois?
A voz de Moron estava mais silenciosa e rápida do que o normal. Tais palavras pareciam não características de Moron. No entanto, Eugene não conseguiu encontrar nenhuma maneira de refutar suas palavras.
— Você…
Mesmo assim, Eugene não podia simplesmente ficar parado e continuar ouvindo isso, então, com os lábios trêmulos, ele gritou.
— Você… você é estúpido! Seu grande idiota!
Às vezes, quando as pessoas realmente não conseguem encontrar uma resposta apropriada, elas começam a fazer alguns ataques pessoais extremamente feios.
Nesses momentos entendemos pq de “Hamel o tolo”
Anise e Sienna acertaram em cheio na descrição, e o antigo Eugene(Hamel) parecia ser ainda mais mesquinho. Não sei se é a idade mas até o Moron parece um pouco mais maduro.
😂 Eugene sentiu