Os anciãos sentados à mesa redonda ficaram em silêncio por alguns momentos. Eles simplesmente olharam para a estátua e a pedra memorial que Eugene havia retirado com expressões intrigadas.
Então, alguém se levantou de seu assento. Era um homem de meia-idade cujos cabelos grisalhos estavam mais próximos do branco na sombra. Era Doynes, Líder do Conselho dos Anciãos e o Lionheart Imortal. Colocando as mãos atrás das costas, ele caminhou lentamente até a estátua e a pedra memorial.
— Hm… — Doynes murmurou enquanto avaliava a estátua que parecia estar em perfeitas condições, sem qualquer vestígio de dano.
O nível de realismo era tão incrível que era difícil acreditar que isso era apenas uma estátua. Depois que Doynes escaneou a estátua, que havia sido esculpida de forma tão realista que até mesmo a menor das cicatrizes do sujeito havia sido reproduzida, seu olhar se voltou para a pedra memorial colocada aos seus pés.
— Hamel Dynas. — Leu Doynes.
— Hamel, o Tolo? — Veio um murmúrio dos anciãos.
Antes mesmo de perceber o que estava fazendo, Gilead se levantou de seu assento e se aproximou da estátua de Hamel. Seus olhos alternaram entre o rosto da estátua e as palavras na pedra memorial, seu olhar cheio de surpresa.
— Onde essa estátua… Como você a encontrou mesmo? — Doynes virou a cabeça para olhar para Eugene.
Aquele maldito conto de fadas havia falado todo tipo de obscenidades e invenções sobre Hamel, enquanto o rotulava permanentemente com o título de Hamel, o Tolo. Agora que Eugene havia retirado esta pedra memorial e mostrado a eles, o epíteto dado pelo conto de fadas não seria mais atribuído a Hamel, e sua honra certamente seria restaurada.
Era por isso que Eugene estava olhando alegremente enquanto o conselho dos anciãos trocava murmúrios, seus olhos fixos na pedra memorial.
Eugene começou a responder à pergunta de Doynes:
— Como os anciãos do Conselho devem saber, nos últimos dois anos tenho estudado magia em Aroth…
Naturalmente, Eugene já havia inventado uma desculpa. Durante seu tempo na Biblioteca Real de Aroth, Acryon, enquanto ele estava imerso nos textos mágicos armazenados no Salão da Sábia Sienna, ele pôde aprender sobre o ‘Túmulo de Hamel’ através do grimório, Bruxaria.
— Como? — Doynes exigiu.
— É porque eu fui o primeiro membro do clã Lionheart a encontrar a Bruxaria. Suspeito que provavelmente foi devido aos arranjos da Senhorita Sienna. — Respondeu Eugene, fazendo questão de soar como se não fosse capaz de confirmar nada e estivesse apenas fazendo suposições.
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De qualquer forma, foi assim que ele descobriu o ‘Túmulo de Hamel’. Então, Eugene partiu para Nahama para encontrar o túmulo.
— Sir Hamel era um velho amigo de nosso grande ancestral. Ao contrário dos outros membros de seu grupo, ele não foi capaz de retornar de Helmuth e, em vez disso, nobremente se sacrificou pelo bem de seus companheiros… — Eugene parou envergonhado.
Para chamar sua própria morte de um nobre sacrifício, Eugene sentiu vergonha de ter que dizer essas palavras com sua própria boca, mas além desse pouco auto engrandecimento, a língua de Eugene provou ser bastante ágil enquanto continuava sua história.
— Enquanto vagava pelos desertos de Nahama, procurei o túmulo e finalmente descobri sua localização. É claro que as coisas não terminaram bem. A entrada para o túmulo de Hamel era onde os Assassinos e Xamãs de Areia de Nahama montaram seu acampamento.
— Hm… — Doynes murmurou ao assimilar esses fatos.
— Tenho certeza que todos vocês já estão cientes disso, certo? Que Nahama está usando as tempestades de areia para devorar o território de Turas. A masmorra subterrânea onde o túmulo de Hamel estava localizado era onde o grupo de Xamãs de Areia usava como base!
Daquele ponto em diante, não havia necessidade de Eugene continuar misturando mentiras em sua história. Todo o resto era a verdade, afinal.
— Depois de romper o ataque dos Xamãs de Areia e as emboscadas dos Assassinos, consegui encontrar o caminho para o túmulo de Sir Hamel. E lá… Foi onde eu encontrei esta estátua e a pedra memorial. — Quando Eugene disse isso, ele cerrou os punhos para evitar que tremessem de raiva: — O túmulo foi seriamente danificado por alguém. Apenas a estátua e a pedra permaneceram intactas…
Para dar uma explicação completa do que aconteceu lá, Eugene teve que contar a eles sobre o cadáver de Hamel e como ele foi usado para criar um Cavaleiro da Morte. Eugene calmamente revelou toda a história com uma expressão triste no rosto, mas os anciãos que o ouviam não conseguiram esconder sua agitação.
— Eu mal consegui derrotar o Cavaleiro da Morte, permitindo-me recuperar esta estátua e a pedra memorial. Mas então… Eu encontrei a notória Mestra do Deserto… Amelia Merwin em pessoa.
— Ah! — O Ancião que era versado em magia levantou-se de seu assento com um suspiro: — Você esbarrou na Respondente da Morte? Mas… Mas então, como diabos você voltou vivo?
— Então… foi porque o Rei Demônio do Encarceramento interveio pessoalmente. — Quando Eugene disse isso, ele olhou para cima para ver as reações dos anciãos.
No momento em que o nome do Rei Demônio do Encarceramento foi pronunciado, ninguém foi capaz de permanecer em seus assentos. Todos os anciãos se levantaram e olharam para Eugene com expressões rígidas e congeladas.
— O Rei Demônio do Encarceramento?
— O soberano de Helmuth realmente desceu naquele local pessoalmente?
Eugene respondeu suas perguntas com calma:
— Sim. Ele parou Amelia Merwin, que estava tentando me matar, e me permitiu sair enquanto falava algo sobre o Juramento e sua boa vontade. Além disso… Ele me disse para dar um aviso.
— Um aviso?
— Ele disse que liberdade sem responsabilidade é apenas indulgência. Foi um aviso de que sua boa vontade e o silêncio contínuo de Helmuth não poderiam continuar para sempre. — Com isso, Eugene passou o aviso.
Eugene não tinha ideia de que tipo de maldito juramento Vermouth tinha feito. No entanto, o Rei Demônio do Encarceramento havia claramente dado um aviso de que a paz atual não duraria para sempre.
Tendo ouvido tal aviso, todos eles precisavam fazer preparativos para quando essa paz finalmente fosse quebrada.
— Haaaah… — Doynes soltou um longo suspiro e balançou a cabeça: — Eu nunca poderia imaginar que você traria uma notícia tão chocante.
Chamaram Eugene para interrogá-lo sobre seu paradeiro. No entanto, o interrogatório de Eugene agora revelou uma questão inesperada e importante.
Um dos anciãos levantou suas preocupações:
— Será que Helmuth está se preparando para uma guerra com Nahama atuando como sua vanguarda?
— É muito cedo para tirar conclusões precipitadas. Se o Rei Demônio realmente quer acabar com essa paz, então não havia necessidade dele ter dado tal aviso. — Doynes acalmou seus medos. Depois de se virar para olhar para o resto dos anciãos resmungando, Doynes continuou falando: — Liberdade sem responsabilidade é apenas indulgência, hm… Você se lembra quais foram as palavras exatas do Rei Demônio do Encarceramento?
Eugene estremeceu e admitiu:
— Tendo enfrentado tal ser pessoalmente e depois de ter sido abordado por ele, não há como esquecer aquele momento pelo resto da minha vida.
Ele não se permitiria esquecer aquelas palavras. Os lábios de Eugene se torceram em uma careta ao recordar o desejo assassino e a raiva que sentiu naquele momento.
—Sinto que continuei a mostrar uma quantidade suficiente de boa vontade e respeito aos descendentes dele.
—Eu respeitei a liberdade deles de não me mostrar qualquer boa vontade ou respeito em troca. No entanto, estou preocupado que você possa estar considerando minha boa vontade contínua como garantida. Em primeiro lugar, eu sou o governante de inúmeras bestas demoníacas e do povo demoníaco, um rei de Helmuth.
—Com a liberdade, vem a responsabilidade. Liberdade sem responsabilidade é apenas indulgência. Descendente de Vermouth, diga isso a todos no clã Lionheart. Não tome a boa vontade que lhe concedi como um incentivo para ir longe demais. Se você não me der a minha devida consideração, então eu também não o respeitarei mais.
— Seu ancestral pode ter feito um juramento em troca de sua liberdade, mas agora, o fim dessa promessa está se aproximando. Está chegando a hora da roda que parou, voltar a girar mais uma vez.
— De fato, isso é definitivamente um aviso. — Doynes concordou enquanto balançava a cabeça em desânimo e voltava ao seu lugar na mesa redonda.
Ele caiu em seu assento com um baque e ficou perdido em pensamentos por alguns momentos antes de finalmente falar: — Em primeiro lugar, está claro que o Rei Demônio do Encarceramento nos deixou alguma margem de manobra. Enquanto não tirarmos proveito de sua boa vontade, aquela época terrível de trezentos anos atrás não deve ser recriada no presente.
— Já que ele foi tão longe a ponto de nos dar um aviso, acredito que a paz atual com certeza será quebrada eventualmente. — Gilead argumentou com uma expressão dura enquanto olhava para Doynes: — Mesmo agora, Nahama não continua sua invasão secular de Turas? Como podemos ter certeza de que Helmuth não está por trás de seu esquema maligno e que o Rei Demônio do Encarceramento não é quem os incitou a fazê-lo?
— Se for esse o caso, então por que você não procura o Rei Demônio do Encarceramento e pergunta a ele sobre isso você mesmo, Patriarca? — Doynes perguntou sarcasticamente enquanto se virava para Gilead com um sorriso amargo: — Esta era durou trezentos anos. Depois que nosso grande ancestral garantiu o Juramento e retornou de Hemuth, o Rei Demônio do Encarceramento e o Rei Demônio da Destruição não ameaçaram mais o mundo e a paz se seguiu. Patriarca, eu vivo há muito tempo… E acredito que nossa paz atual é bela e preciosa.
— …
Gilead manteve seu silêncio.
— Claro, não seria estranho se essa paz se rompesse a qualquer momento. Os dois Reis Demônios mais fortes ainda estão vivos e bem, e o povo demônio e os magos negros em serviço juramentado a eles se espalharam por todo o continente. No entanto, apesar de tudo isso, a paz ainda perdura. — Afirmou Doynes com firmeza.
Gilead chamou Doynes.
— Líder do Conselho.
Ignorando o chamado, Doynes argumentou:
— Nem o Grande Vermouth foi capaz de derrotar o Rei Demônio do Encarceramento e o Rei Demônio da Destruição. Entre os Lionhearts, quem você acha que seria capaz de matar um Rei Demônio? Você acha que eu vou ser capaz de fazer isso na minha idade? Ou talvez meu neto possa fazer isso por mim? E você, Patriarca, acha que consegue?
Enquanto Doynes falava, sua voz ficava cada vez mais acalorada.
Ele olhou para Gilead enquanto continuava:
— Depois de reunir todas as forças armadas do clã Lionheart, você se atreve a se gabar de que eles serão mais fortes e mais habilidosos do que nosso ancestral e seus companheiros de trezentos anos atrás? Tenho certeza de que você não terá a audácia de fazê-lo. Nosso ancestral levou apenas seus quatro companheiros com ele para matar os Reis Demônios da Carnificina, Crueldade e Fúria. Você realmente acha que existe atualmente alguém no mundo que seria capaz de repetir uma coisa dessas?
— O clã Lionheart não são os únicos que deveriam se sentir ameaçados por isso. Este aviso do Rei Demônio do Encarceramento é destinado a todos no mundo. — Gilead finalmente apontou.
— Sim, você está certo. — Doynes concordou facilmente: — No entanto, somos descendentes do Grande Vermouth. Se acabarmos enfrentando Helmuth, somos nós que devemos nos opor a eles de frente. Patriarca, na sua perspectiva, você realmente acha que estamos prontos para isso?
Eugene apenas ficou imóvel, sem dizer uma palavra. Ele esperava que esse tipo de debate explodisse no momento em que ele passasse o aviso.
De qualquer forma, isso não era algo que Eugene precisava prestar atenção. Esses generais de poltrona poderiam brigar entre si, mas isso não teria efeito sobre o que Eugene havia decidido fazer.
Eugene era a reencarnação de Hamel. Embora ele não soubesse por que Vermouth decidiu reencarnar Hamel, ou o que Vermouth poderia estar pensando, Hamel jurou há muito tempo matar todos os Reis Demônios. Esse também era o objetivo que Sienna, Moron e Anise, aqueles que lutaram junto com Hamel, juraram.
— Sobre este aviso. Embora nem o clã Lionheart, nem o Império Kiehl ousassem infringir a boa vontade do Rei Demônio, o Império Sagrado e a Aliança Anti-Demônios ainda estão com suas tropas em suas fronteiras com Helmuth. — Um dos Anciãos do Conselho mencionou.
— Aqueles selvagens que odeiam o Rei Demônio imediatamente aumentarão suas forças para invadir Helmuth assim que passarmos o aviso. — Disse Klein enquanto suava profusamente.
Mas Doynes bufou e balançou a cabeça em desacordo:
— Se fossem tão zelosos, já teriam mobilizado as tropas ali posicionadas. O Império Sagrado e a Aliança Anti-Demônios não têm intenção de realmente tentar enfrentar Helmuth em um confronto frontal. É apenas um ato flagrante. Se eles percebessem que a situação está ficando séria, imediatamente retirariam suas forças das fronteiras.
— O Rei Demônio do Encarceramento não é o único Rei Demônio em Helmuth. — Gilead falou enquanto soltava um suspiro e balançava a cabeça: — O Rei Demônio da Destruição pode ter uma opinião diferente do Rei Demônio do Encarceramento.
Ignorando o aviso de Gilead, outro Ancião propôs: — O Rei Demônio do Encarceramento pelo menos forneceu um aviso de que o Juramento logo terminaria. Ele até nos ofereceu outra chance. Se o mundo decidir mostrar a ele o respeito apropriado, então o Rei Demônio do Encarceramento pode… Ele pode até fazer outro Juramento conosco.
— O Juramento cujo conteúdo não temos ideia?
— Claro, os Reis Demônios ainda podem entrar em uma fúria louca como fizeram trezentos anos atrás. No entanto, não estão fazendo isso agora, certo?
Eugene não queria mais ouvir essas brigas. Interrompendo o debate, ele perguntou:
— Posso retirar essas coisas agora?
Embora ele tenha expressado seu pedido como uma pergunta, Eugene não esperou uma resposta e imediatamente colocou a estátua e a lápide de volta dentro de seu manto.
Doynes deu sua permissão tardiamente.
— Já que você é quem trouxe isso aqui, então está tudo bem leva de volta com você. Mas o que você pretende fazer com essas coisas?
— Gostaria de levá-los ao túmulo do grande ancestral e deixá-los lá. — Propôs Eugene.
— Por que lá? — Perguntou Doynes.
Eugene respondeu:
— O túmulo de Sir Hamel já foi destruído, mas por favor dê uma olhada nesta pedra memorial.
Hamel Dynas
Ele era um filho da puta, um idiota, um arrombado, um imbecil, um pedaço de lixo.
— Ignore os xingamentos, apenas olhe o que está escrito abaixo. — Eugene pediu desajeitadamente.
Mas também era corajoso, fiel, sábio e grande.
Em memória deste homem estúpido, que se sacrificou por todos e foi o primeiro a nos deixar.
— Nosso grande ancestral lamentou sinceramente a morte de Sir Hamel. Mas o túmulo que eles cuidadosamente cavaram para ele foi destruído por alguns canalhas miseráveis e agora desmoronou completamente. — Disse Eugene sem qualquer vestígio de culpa: — Pelo bem do falecido Sir Hamel… E pelo bem de nosso grande ancestral, acredito que esta estátua e pedra memorial devem ser consagradas dentro do túmulo de nosso ancestral.
— Hm… — Doynes e os outros anciãos não foram capazes de lhe dar uma resposta imediatamente e não puderam deixar de ponderar sobre esse pedido.
Eugene aproveitou o silêncio causado por suas reflexões e acrescentou mais algumas palavras.
— Embora eu não tenha sido ensinado pessoalmente pela Senhorita Sienna, li a obra-prima que ela deixou para trás, Bruxaria, e consegui obter um pouco de compreensão. Meu professor, Sir Lovellian, é alguém que herdou o legado da Senhorita Sienna, então de certa forma eu, como discípulo de Sir Lovellian, também posso me chamar de discípulo da Senhorita Sienna.
E pensar que chegaria o dia em que ele voluntariamente se chamaria de discípulo de Sienna.
— Em outras palavras, sou discípulo da Senhorita Sienna e descendente de nosso ancestral comum. Também sou a última pessoa a prestar homenagem ao túmulo de Sir Hamel.
— …
Os Anciãos ficaram sem palavras com esta lista de realizações.
— Como tal, acredito que deveria ser eu a colocar pessoalmente esta estátua e a pedra memorial no túmulo de nosso grande ancestral. — Concluiu Eugene finalmente.
— Entendo onde você quer chegar. — Disse Doynes por fim: — No entanto, como você já deve saber, o túmulo de nosso ancestral não é um lugar onde se possa entrar como quiser. Receio não poder apenas conceder-lhe permissão, mas…
Doynes parou de falar por um momento para olhar ao redor da sala.
— Se estamos falando da pedra memorial de Sir Hamel, concordo que deveria ser consagrada no túmulo de nosso ancestral. — Gilead apoiou a proposta de Eugene.
Carmen assentiu, e as reações dos outros anciãos mostraram que eles também concordavam.
— Se é esse o caso, então não tenho escolha a não ser abrir o caminho que leva ao túmulo. — Admitiu Doynes.
Eugene silenciosamente comemorou. Com isso, não havia necessidade dele procurar o túmulo de Vermouth enquanto tentava evitar qualquer atenção.
“Talvez eu não consiga abrir o caixão na frente deles, mas encontrar sua localização exata é um passo importante.”
Ele podia não ser capaz de verificar o conteúdo do caixão imediatamente, mas poderia voltar mais tarde e o abrir quando estivesse sozinho. Naquele momento, não haveria necessidade de prestar atenção para evitar o aviso dos Cavaleiros Leão Negro e do Conselho dos Anciãos. Se eles tentassem impedi-lo de fazer isso com determinação, então o que o impediria de espancá-los e limpar o caminho de qualquer maneira?
— Como vou precisar de tempo para abrir o caminho, você deve guardá-los com você por enquanto. — Doynes instruiu Eugene.
— Sim. — Aceitou Eugene.
Ele precisava de tempo? Isso significava que o túmulo foi selado com magia? Eugene queria fazer suas perguntas abertamente, mas conteve sua vontade e apenas assentiu em silêncio.
Acabando com essa questão, Doynes disse:
— Pois então… Genos. Você deveria levar Eugene para o quarto dele. Infelizmente, parece que o reencontro do Patriarca com seu filho adotivo terá que ser adiado por um curto período de tempo. Receio que ainda temos muitas coisas para conversar.
— Sim. — Disse Genos, abaixando a cabeça e se aproximando de Eugene.
Depois de inclinar a cabeça para os Anciãos e o Patriarca, Eugene se virou e saiu da sala junto com Genos.
“Olhando para esta situação, parece que não há como eles declararem guerra a Helmuth”, Eugene pensou consigo mesmo ao sair.
Depois que o clã transmitisse essa advertência ao Imperador de Kiehl, parecia provável que os líderes dos vários reinos se reunissem para discutir contramedidas futuras. Embora fosse improvável que quaisquer medidas significativas fossem realmente tomadas, o mero ato de discutir contramedidas era suficiente para Eugene se sentir justificado por ter repassado o aviso.
— Garoto. — Enquanto Eugene estava andando pelo corredor com Genos, o homem de repente falou: — Assim que chegarmos lá… Deixe-me ver aquela estátua e a pedra memorial mais uma vez.
— Tranquilo, mas por que fazer tal pedido? — Eugene perguntou curioso.
— Quero oferecer algumas flores a ele. — Revelou Genos.
Por que falar de flores assim de repente? Eugene se virou para olhar para Genos em confusão, apenas para congelar com a visão.
Os olhos de Genos estavam cheios de lágrimas.
Eugene hesitou, sem saber o que dizer.
— Hum… Por que você está… Chorando tão de repente?
— Não estou chorando. — Genos mentiu descaradamente enquanto arregalava os olhos e olhava para o teto: — Eu estou com conjuntivite, então às vezes… As lágrimas correm sozinhas, independentemente do que estou sentindo.
Esse cara era louco?
Eugene não fez mais perguntas e apressou sua caminhada até o elevador.
Obrigado pelo cap