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Death March kara Hajimaru Isekai Kyusoukyoku – Volume 17 – Capítulo 15

O Novo Mundo

Satou aqui. Assim como nos tempos da revolução industrial, uma rápida mudança nas condições socais de vida causam um enorme efeito nas pessoas. Aqueles em maior vulnerabilidade social acabam se tornando mais cuidadosos para não serem esmagados pelas distorções causadas durante as mudanças.


— Satou, você está bem? Não se sente cansado?

Aquela que mostrou preocupação com meu bem-estar não foi ninguém menos que minha amada Aze-san, a Alta Elfa que reside na Floresta Boruenan.

Tendo as meninas saído para explorar as torres, não havia mais ninguém no Palácio da Ilha Solitária além das Brownies (Fadas Domésticas), por isso decidi passar um tempo na Casa na Árvore dentro da Floresta Boruenan.

— Só ontem você foi por um fim a guerra em um país distante, certo?

— Ah, aquilo não foi problema algum.

Tudo que precisei fazer foi uma imensa muralha de chamas para impedir que as duas forças colidissem no campo de batalha e invocar um espírito artificial de minha autoria, [Cavaleiros Grifos], para imobilizar as unidades aéreas.

O meu maior lamento foi o número considerável de casualidades e aldeias destruídas antes que eu pudesse chegar. Restaurar as casas e os campos de agricultura era uma simples questão de usar magia, mas vidas humanas são coisas irreparáveis.

Aze-san provavelmente estava preocupada com o meu silêncio enquanto refletia sobre os últimos acontecimentos.

— Além disso, só em ser capaz de apreciar um bom chá ao lado de Aze-san já devolve as minhas energias.

— Satou~

Ela sorriu encantadoramente para mim.

Lua-san, que estava sentada um pouco mais afastada de nós, parecia querer dizer alguma coisa, mas como provavelmente não tinha nada a ver comigo, fingi não notar.

De repente, ouvimos um som e um portal se abriu bem durante o meu precioso tempo a sós com a Aze-san.

— De vol~ta?

— Estamos de volta, nanodesu!

Com Pochi e Tama na liderança, Arisa e as garotas retornaram de seu treinamento na torre.

— Goshujin-sama, o~lhe o~lhe?

— Pochi e todo mundo chegou no nível 99, nodesu!

— Nossa, parabéns meninas. Vocês trabalharam duro.

Logo depois de Liza e Hikaru, todas exceto Mia chegaram ao nível 99.

— Satou!

Sendo a única ainda no 97, Mia correu até a mim e enterrou a cara em meu peito. Sendo um Elfo, ela precisa do dobro de pontos de EXP que as outras garotas e, por causa disso, seu emocional tem estado abalado.

— (Ei, Goshujin-sama.)

Arisa furtivamente puxou a manga da minha camisa e começou a cochichar para mim.

— (Dê uma olhada nos títulos da Pochi e das garotas.)

— (Nos títulos…?)

Fiz como ela pediu pensando que poderia ter alguma coisa perigosa atada a eles, mas o único título diferente que vi foi o mesmo de Liza e Hikaru, [Aquele Que Atingiu Os Limites da Humanidade].

— (Tente olhar os meus.)

Quando chequei os dela, nada havia mudado.

— (Não vejo nada de diferente.)

— (É exatamente esse o problema.)

Foi o que ela me respondeu ainda em um tom baixo.

— (O que tem de…) — Foi então que percebi onde ela queria chegar.

Arisa não tinha aquele título, [Aquele Que Atingiu Os Limites da Humanidade] que nativos como Liza e heróis invocados como Hikaru obtiveram ao atingir o level 99.

Achei que talvez pessoas reencarnadas não tivesse o mesmo limite, mas logo percebi que não era o caso. A Princesa Goblin Yuika. Que vive na camada inferior do Labirinto de Selbira, também era uma pessoa reencarnada, mas possuía o mesmo título.

Se eu tivesse que dar um chute de qual a razão, só poderia ser…

— (É por que eu sou a sua [Familiar]?)

Apesar de ser humano, o meu level é maior que 99.

— Pochi também quer ser uma familiar, nodesu!

— Tama também~!

Ouvindo a nossa conversa, as duas pularam quase que em um movimento instantâneo.

— Pochi quer ficar forte, bem forte e ajudar o Mestre, nanodesu!

— Tama também!

As duas ficaram pulando para cima e para baixo com as mãos levantadas.

— Mestre, se dessa forma pudermos romper o limite de level, eu adoraria me tornar uma familiar também.

— Masuta, solicitando maior fortalecimento.

Liza e Nana se aproximaram para expressar o seu desejo de virarem familiares também.

— E-eu, sinto o mesmo que Arisa e as outras também.

— Hmm, não é como se eu quisesse aumentar meu poder de luta, mas a ideia de virar uma familiar do Satou soa legal, não acha?

— O mesmo.

Lulu, Hikaru e Mia se juntaram a demanda das meninas.

— Vamos ter um pouquinho de calma, pessoal. Em primeiro lugar, não sabemos se o motivo de eu não ter um limite é porque sou uma familiar.

Arisa se manifestou na frente de todas.

— Não vamos esquecer que tem mais uma coisa nos meus títulos que é diferente de todo mundo aqui.

Exceto por Tama e Pochi, todas entenderam imediatamente o que ela quis dizer.

— Nyu~?

— Que coisa, nodesu?

Arisa fez um sorriso gentil para as meninas quando elas inclinaram a cabeça.

— …Eu me tornei um Demônio Lorde lá atrás.

Ela explicou a outra possibilidade.

Além de mim, todos que superaram o limite — [Rei Javali Dourado]; [Rei Ancestral Cabeça-de-Cão]; [Demônio Lorde Goblin] — em outras palavras, todos foram Demônios Lordes.

N/T: A razão de o Satou algumas vezes se referir a eles como “Reis” é que a Palavra MAOU (Demônio Lorde) literalmente significa “Rei Demônio”. Eu adotei essa terminologia em Isekai Maou, mas como já havia sido enraizado em Death March, decidi manter.

— Sem proble~ma?

— Isso mesmo! Mesmo se um Demônio Lorde-san for um Demônio Lorde, Arisa é um bom Demônio Lorde, nanodesu!

— Shizuka também~?

— Isso, nodesu! Pochi ia dizer a mesma coisa, nodesuyo!

Tendo percebido que haviam tocado em um assunto delicado, as duas dispararam uma metralhadora de explicações, mas Arisa simplesmente sorriu e acariciou a cabeça delas dizendo, “Não liguem”.

— Arisa, não temos como dizer se foi por isso também. — Depois de dar um pequeno cascudo em Tama e Pochi, Liza disse essas palavras para Arisa.

— Mestre, o senhor me daria o prazer de me tornar sua familiar?

Ela provavelmente queria se oferecer como cobaia.

Para ser honesto, não sei exatamente quais as condições para alguém virar um familiar também.

 Arisa tornou-se uma depois que a fiz ingerir o [Néctar] após ter se transformado em um Demônio Lorde, mas Chuu Fat e os outros [Camundongos Sábios], assim como o [Pássaro Divino] Hisui não viraram familiares, mesmo que suas espécies tenham sido alteradas depois de beberem do Néctar também. Em outro caso, a heroína da Deusa Parion, Meiko, acabou vomitando sangue e desmaiando.

Além de Arisa, Lady Liedill do Império Weasel se tornou em uma familiar depois que dei a ela uma dose extrema de [Elixir de Sangue] para regenerar os seus membros perdidos. Ninguém virou um familiar tomando uma dose apropriada disso.

Em ambos os casos, parece que a condição é ser curado durante uma condição crítica, mas há reações opostas como ocorreu com Hisui e Meiko, por isso não posso dizer com toda certeza.

Ah, sim. Quanto a Hisui, assim que ela se tornou um Pássaro Divino…

> Unidade/Hisui requisitou afiliação. Você irá permitir? (SIM/NÃO)

…apareceu na minha aba de [Relatórios], não foi?

Fico imaginando se Hisui acabaria como meu familiar se eu tivesse pressionado [SIM] naquele tempo.

— Não sou digna de ser sua familiar…?

— Não Liza, claro que você é.

Pelo visto o meu silêncio a deixou ansiosa.

— Então!

— Calma aí, não sei ao certo como tornar alguém em meu familiar e não sabemos se isso irá romper o limite de nível.

Além disso, eu jamais iria permitir que Liza fosse um rato de laboratório. Provavelmente farei alguns testes em um pequeno homúnculos artificial do tipo animal depois.


— [Relâmpago do Céu].

Ao comando de Mia, um gigantesco espírito artificial [Behemonth] disparou uma tempestade de raios ofuscante.

— D Z R A A A A A A B.

O [Dragão Atroz de Vanguarda] que foi atingido pela tempestade desapareceu em uma névoa roxo-escura após alguns espasmos.

O espírito artificial de Mia se tornou mais forte na medida em que ela subiu de nível, fazendo com que mesmo um Dragão Atroz de Vanguarda no level 80 não parece mais do que um mero mob diante dele.

— Parabéns Mia, você chegou ao level 98!

— Grata. — Mia sorriu contente quando Arisa veio lhe parabenizar.

O level de Arisa permanece no 99. A quantidade de EXP que Mia precisou tomar para subir do 97 ao 98 excede e muito o de um ser humano, mas, ainda assim, não foi o bastante para aumentar o de Arisa.

— Aah, um baú do tesouro! Goshujin-sama, abra ele, por favor!

Destravei de maneira remota o baú que ela achou usando [Magia da Natureza]. A minha [Percepção de Crise] não tinha reagido a ele, mas não custa nada agir com cautela.

— Uau, tantas moedas de ouro e prata!

Joias que se parecem com itens mágicos estavam dispostas no meio das moedas, mas também havia alguns itens incomuns no meio.

— Presas.

— Tem até escamas também.

Havia presas e escamas de coloração púrpura que pertenciam ao Dragão Atroz de Vanguarda. Recebi algumas delas de Liza e das outras quando elas derrotaram um dragão tempos atrás, e o [Líquido Dracônico] produzido por estas escamas acabaram por ser púrpuras ao invés do azul habitual. Ao invés de criar armas sagradas, esse líquido originou itens misteriosos que emitiam uma aura roxa quando concluídos.

Quanto às presas, ao invés de [Perfurarem Qualquer Coisa], possuem a propriedade [Corroer Qualquer Coisa], se você injetar poder mágico nelas. Eu percebi que elas poderiam ter seus usos, mas como a corrosão vai se espalhando com o tempo, o número de vezes que podem ser utilizadas é limitado.

— Ei, tem uma bolsa com alguma coisa dentro, do lado das presas.

Arisa se virou para mim com um olhar de quem perguntava se era algo perigoso. Então acenei para ela depois de confirmar a descrição no [AR].

Havia dois tipos de doces dentro da bolsa.

— Doces?

— Aparentemente não são venenosos.

De acordo com a leitura do [AR], trata-se de um doce de coca-cola e outro de café. Só para ter certeza, verifiquei se haviam maldições ou miasma, mas a densidade não diferia muito dos itens de queda habituais. Como liberei a minha [Luz Espiritual] para ajudar Mia em seu treinamento, qualquer miasma deve ter sido imediatamente disperso.

Como já estava na hora do jantar, levei as duas de volta para o Palácio da Ilha Solitária.

— bem-vindo de volta, Satou-san.

— Master Satou!

Sera e Núcleo-02, que estavam saboreando um suco de frutas na sacada em frente à sala de estar, nos deram as boas-vindas.

Como hoje era dia de descanso para os membros do time de prata, Sera não estava com seu uniforme de batalha, mas sim um lindo vestido de verão branco que combinava bem com o clima da Ilha Solitária.

Quanto aos membros que não estava aqui, Zena-san foi praticar na praia o novo feitiço que aprendeu, enquanto a Princesa Sistina tinha ido se divertir no Arquivo Proibido do Palácio Real de Shiga. Lady Karina foi junto com Pochi caçar alimentos no labirinto, Liza estava em uma zona rural caçando monstros no Domínio de Monstros junto do Dragão Negro Heilong. Hikaru e Nana foram visitar alguns orfanatos, Lulu tinha ido até a ilha onde as irmãs da Dinastia Lalakie vivem para aprender um pouco da gastronomia do passado. Por fim, Tama havia sumido, provavelmente agindo como Ninja por aí de novo.

— Master Satou, preciso relatar que o [Núcleo Principal] tem resmungado todos os dias pela falta de presas ultimamente.

Núcleo-02 disse algo que soava tanto como queixas quanto preocupação com o [Núcleo do Labirinto Fantasmagórico].

— Devo configurar o sistema de lá para começar a derrubar alimentos?

— Desde que a região ao redor da Ilha Dejima é rica em zonas de pesca, o Núcleo Principal diz que essa mudança não seria efetiva.

Diferente do Labirinto de Selbira, pelo visto eu teria de fazer alguma coisa mais elaborada desta vez.

— Entendido, vou pensar em algo mais tarde. Arisa me desculpe, mas talvez eu vá precisar de você.

— Okay! Pode contar com a sua Arisa-chan se precisar de qualquer ideia!

Ela me deu o seu consentimento sem nem ao menos perguntar o que planejei pedí-la, mas desde que parecia já ter uma ideia, as coisas seriam mais fáceis na hora.

— Sejam bem-vindos, Satou-san, Arisa-chan, Mia-chan.

Zena-san chegou vindo da direção da praia. Desde que ela estava treinando no sol, sua pele bronzeada brilhava lustrosa por causa do suor.

— MWU!

— ARISA-CHAN, GUARDA SUPERSÔNICA!!!

Arisa usou um feitiço sem encantamento para disparar uma [Barreira de Isolação (Deracinator)] em frente às roupas de Zena-san, que haviam ficado transparentes devido ao suor.

Isso tudo era completamente desnecessário, embora. Tive certeza de não olhar para sua pele exposta, ou sua roupa íntima chamativa sob a camisa branca.

— Roupa íntima.

— KYAAAAA! VO-VOU M-ME TROCAR AGORA! — Zena-san desapareceu para dentro do palácio em um piscar de olhos.

Quando me virei na direção oposta me deparei com uma Sera que havia derrubada um copo d’agua. Eu não estava certo de como ela o havia derrubado de uma maneira que fez o seu fino vestido ficar transparente da área do peito para baixo, enfatizando generosamente as curvas de seu corpo.

— CULPADO!

— NÃO NA MINHA VIGIIIIIIIIIIIIIIIILIA!

Arisa secou as roupas de Sera com um rápido feitiço [Secagem a Frio: Roupas]. Acho bom falar para ela depois que usá-lo em roupas que ainda estão sendo vestidas é um pouco perigoso.

— Eh? Que pena… secou tão rápido…

O par de fortalezas impregnáveis, Mia e Arisa, começaram a passar um sermão em Sera que falhou em sua travessura. Se tivesse sido apenas uma coincidência, tudo não passaria de um pequeno momento de felicidade, mas poderia acabar se tornando um mal exemplo para as crianças, por isso o melhor seria deixar essas duas resolverem agora.

Assim que todo mundo estiver presente, vamos para a Floresta Boruenan fazer um banquete hoje também.


— Doce é tão bom ♪

— É crocante e delicioso ♪

— Doce e Café, combinação perfeita ♪

Os novos tipos de doces foram um completo sucesso entre as Fadas Aladas da Floresta Boruenan.

— Mais! Me dê mais!

— Sinto muito, mas já acabou.

Por volta de 30 balas de doces se foram em um instante.

— Masuta, “temos muito mais doces enviados pela Firma Echigoya”, assim informo.

No instante em que Nana retirou diversos sacos de dentro de sua [Bolsa das Fadas], diversas Fadas Aladas atropelaram ela.

— Elterina-san e Tifaliza-san trouxeram estes. Segundo elas, esses doces têm caído com frequência nas torres.

Enquanto desviava do ataque de múltiplas fadas, Hikaru me falou sobre a origem daqueles doces. De acordo com as notas de Tifaliza, eles foram encontrados nos baús de chefes e em uma porcentagem baixíssima mesmo de [Semi-Goblins de Vanguarda], poucos dias atrás. E isso não só na capital, mas nas demais torres também.

— Satou-san, não tem qualquer droga perigosa dentro, tem?

— Não, ao menos até onde posso dizer.

A Miko Lua-san decidiu me perguntar no lugar de Aze-san, que estava olhando de maneira preocupada para as fadas aladas. Posso não ter erradicado o miasma presente nos doces que Nana trouxe, mas comigo e Aze-san aqui, qualquer traço deve ter sido extinguido pela nossa luz espiritual.

— Minha nossa, é bem assustador pensar nisso quando se olha o vigor com que eles vão para cima dos doces.

— …Devíamos proibí-los?

Ouvindo o comentário de Arisa, Liza assentiu com a cabeça e fez essa pergunta.

— Nyu~ doces são bo~ns?

—Cola-san é tão fofinha e tão divertida, nodesyo?

Pelo visto, Tama e Pochi estava na facção dos doces.

— O que seria pior, ficar sem doces ou carne?

— CARNE!

— É ÓBVIO QUE SERIA CARNE, NODESU!

As duas deram uma resposta imediata à pergunta de Arisa e foram ainda mais longe repreendendo-a.

— Não se pode dizer coisas assustadoras nem de brincadeira, nodesuyo!

— Mal!


Enquanto isso, no interior de uma Torre


— Opa, mais um doce!

Um homem de rosto amedrontador pegou alegremente um doce que surgiu no local onde estava o corpo de um [Semi-Ogro de Vanguarda] e o atirou em sua boca.

— Ei! Não saia comendo os itens de queda sem permissão!

— Qual é, foi só um docinho. A gente fica com fome quando se é da linha de frente, bem diferente de sacerdotes que ficam que nem mochilinha atrás.

— O que foi que você disse!? Tá tirando uma com nós sacerdotes!?

Uma veia saltou no rosto do sacerdote ao ver que o homem não mostrava qualquer sinal de arrependimento.

— Vamos, não fique zangado, Sacerdote-sama. É só um doce e ele já se foi na barriga daquele brutamontes.

Enquanto pressionando seus glamorosos peitos contra o braço do sacerdote, a Ladina tirou um doce da sacola e colocou na boca dele.

Seja por causa da doçura do alimento em sua boca, ou da doçura da sensação em seu braço, o homem recuperou o bom humor.

— Acho que agi de maneira infantil. De qualquer forma, não saia catando por aí qualquer coisa apenas porque está com fome. Estes doces podem muito bem estarem, envenenados.

— Sim senhor, terei mais cuidado na próxima.

Eles retornaram à caçada depois que o homem de face amedrontadora respondeu de maneira debochada.

[Todo mundo ama doces.]

Uma pequena menina de cabelos rosados saiu de dentro da parede da torre por onde os aventureiros haviam acabado de passar.

[Afinal, doces são saborosos.]

[Kusu, kusu, você está certo. Doces têm um gosto tão bom.]

Uma segunda e uma terceira meninas surgiram.

[Ufufu, doce é doce.]

[Cuidado com um doce, do~ce, doce.]

[Você não deveria comê-los muito.]

[Ou então, terá cáries nos dentes.]

[Ufufu, ou talvez quem sabe, algo mais assustador.]

[Mal posso esperar por isso.]

[Aguardo com ansiedade.]

As meninas olharam umas paras as outras e começaram a rir. Então, como se tivessem terminado o que queriam, voltaram para dentro da parede.

[Ufufufu.]

A última a permanecer dançou sozinha no local que ficou vazio.

[Nosso herói conseguirá agir a tempo desta vez?]

Ela rodopiou, rodopiou e então desapareceu no chão do salão.

[Kufufufufu.]

Sua risada ecoou infinitamente pela passagem desolada.

Como se fosse o badalar de um sino fúnebre…

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