Satou aqui. Geralmente há uma boa razão para que algo seja banido. O problema é quando o banimento persiste mesmo quando o motivo já não existe mais, que nem aqueles regulamentos irracionais durante o ensino fundamental.
N/T: No Japão existem normas e regulamentos sobre corte de cabelo e até a cor padrão. Pessoas naturalmente loiras precisam até tingir de preto.
— A [Cerimônia do Oráculo] dará início.
Assim que o Deus Heraruon fez sua declaração, luzes prateadas envolveram a mim e aos outros Deuses, e então, uma estrutura de padrão delicado que se parecia com um senhor idoso, surgiu. Uma luz de coloração laranja, similar ao do próprio Deus Heraruon, brilhava em seu centro.
— Pelo desejo de meu glorioso Mestre, este humilde Laluloluliluheaph irá presidir a cerimônia. Ó humano que superou os Julgamentos Divinos, foi-lhe concedido o direito de proferir o teu desejo agora.
Apesar de os Deuses estarem bem na minha frente, ao que parece, essa estrutura com formato de velho iria agir como intermediário para as minhas palavras. Estes Deuses não são muito diferentes de gente com posição elevada que nem os nobres.
— Seu tolo insolente! Vejo muito bem que seu desejo é ter a alma apagada aqui e agora!
O velho me repreendeu enquanto liberar uma onda de calor na minha direção. Uma torrente de chamas furiosas engoliram o meu corpo astral por inteiro. Eu não sentia qualquer dor, mas era ofuscante e deixava um sensação de formigamento.
Neste mundo, as palavras, especialmente aquelas carregadas de forte sentimento, pareciam capazes de se manifestar fisicamente, ou melhor, astralmente.
Meus pensamentos vazavam quando eu me distraía no encontro com os Deuses durante os julgamentos. Talvez fosse melhor eu começar a ser cauteloso.
— Peço o seu perdão.
— Ileso depois de receber minha punição divina!?
“Então aquilo foi uma punição divina? Talvez essa estrutura com aparênbcia de velho seja um dos [Familiares] dos deuses?”
— Laluloluliluheaph, nós estamos dando voltas em círculo. Apenas deixe esta questão de lado. — A Deusa Tenion silenciou o velho.
Pelo visto, as palavras dos Deuses são absolutas já que ele se voltou para mim sem qualquer sinal de ressentimento.
— Professe o teu desejo. — Ele disse arrogantemente.
Eu não consigo fazer uma leitura corporal dos seus gestos, mas não há dúvidas de que ele estava mantendo sua cabeça erguido enquanto me menorespresava.
— Eu desejo saber as razões por trás dos tabus que resultaram na Punição Divina sobre o Antigo Império Genma e o Império Weasel.
Decidi ser o mais franco e direto possível. De qualquer forma, Império Genma era o nome da nação que o [Rei Múmia], o Corpse da camada inferior do Labirinto de Selbira governava.
A estrutura em formato de velho traduziu minhas palavras e as direcionou aos Deuses.
— Não é um assunto que diga respeitos aos homens.
O Deus Heraruon se negou em uma única sentença. Como o velho me repassou a mensagem de uma maneira pomposa e muito longa, eu apenas ignorei ele.
— Em outras palavras, vocês não irão me contar qual o motivo dos tabus?
Como se eu fosse deixar o assunto morrer com uma única sentença depois de todo o trabalho que eu tive naqueles julgamentos.
— Você tem uma objeção às decisões dos Deuses!?
O Deus Zaikuon rugiu liberando raios psicodélicos de cor amarela ao redor. As Ninfas, que parecem ser as familiares dele, tentaram freneticamente acalmar a situação para evita-lo de pular de onde os Deuses estavam reunidos.
— Ah, não estaria tudo bem se lhe contássemos?
A Deusa Tenion sussurrou enquanto sua aura verde brilhou, espalhando-se como o véu de uma Sacerdotisa.
— …Tenion.
— Ele atravessou todos os nossos julgamentos apenas por esta ocasião. Penso que seja justo dizer-lhe esse tanto, não concordam?
Ela advogou por mim enfrentando o olhar insatisfeito do Deus Zaikuon.
— Garantir um desejo ao nosso alcance para aqueles que fossem aprovados em nossos julgamentos, foi isso que nós concordamos e nossa palavra deve ser mantida. Karion disso o mesmo também.
— Não, eu não disse! Mas desta vez estou em acordo com as palavras de Urion.
Os Deuses Urion e Karion também advogaram por mim.
— Viram? Karion disso o mesmo também.
— Não, Urion. Você deveria aprender sobre a ordem cronológica das coisas.
“Esses dois se dão realmente bem.”
— …Não temos escolha.
— Heraruon!?
O Deus Heraruon deu sua aprovação relutantemente e então se virou para Garleon e Pario, que se mantiveram em silêncio o tempo inteiro. Ah e ele ignorou por completo o chocado Deus Zaikuon.
— Garleon, Parion, qualquer objeção?
— …Faça como quiser.
— […]
O Deus Garleon deu seu consentimento de maneira desagradada, enquanto Parion apenas fez um pequeno gesto, como se assentisse de leve em silêncio.
Tendo confirmado isso, Heraruon se virou para mim.
— É pela paz mundial.
“…O quê? Só isso!? Onde está a merda da explicação!?”
— SEU IDIOTA INSOLENTE!!! — O velho disparou uma tsunami de chamas junto com palavras de repreensão em mim.
“Ops”
Acabei deixando as amarras dos meus pensamentos frouxas já que a resposta que recebi não era a esperada.
— Puf, kusukusu.
A Deusa Parion, que esteve mantendo-se em silêncio até agora, pareceu ter achado esse fluxo de eventos realmente hilariante e caio na gargalhada com uma voz realmente, realmente pequena. Não sei ao certo como ler as expressões dos Deuses, mas de certa forma ela me parecia adorável como um pequeno animalzinho.
— Parion acabou de rir.
— O sorriso de Parion é realmente o melhor.
— Faz muito tempo desde a ultima vez que vi Parion sorrindo. Karion deveria rir junto a ela.
— Eu não vou. A ideia me parece divertida, mas eu não vou rir só porque o Urion me irritou.
Os outros Deuses também ficaram impressionados ao vela rindo.
— Em a Deusa Parion, perdoarei a sua descortesia.
Assim que os Deuses se acalmaram, Heraruon perdoou a minha gafe.
— Seja grato pela vastidão da clemência de nossos senhor, Deus Heraruon.
Mas eu não poderia deixar as coisas acabarem assim, então pressionei por um pouco mais de explicações.
— Eu entendo que a razão por trás dos tabus seja para manter a paz mundial, mas como um simples humano desprovido de vossa sabedoria, sou incapaz de conectar os pontos que levam a isso. Os Deuses teriam como me agraciar com o conhecimento necessário para entendê-los?
Não tenho a menor condição de tentar negociar com eles sem saber pelo menos a severidade por trás dos tabus.
— Tolo.
— De fato. Quão tolos os seres humanos são. Pedir por respostas sem mesmo tentar descobrir por si mesmos. Tentando agarrar até o último gole da generosidade dos Deuses, a imprudência deles não conhece limites.
Após o escárnio de Heraruon, o velho começou a fazer um discurso sobre a feiura humana, o qual eu ignorei completamente.
— Eu já posso ir embora, agora?
— Não, Karion. Heraruon, pare de tentar fugir da pergunta jogando alguma palavra de abuso aleatória. Você cuida do resto, Tenion.
A Deusa Karion se cansou de toda a conversa sem sentido que tivemos até agora e tentou deixar o lugar, mas o Deus Urion a impediu.
N/T: ‘-‘ Primeira vez que vejo qualquer menção ao “Deus Karion” ser uma garota. Até onde me lembro, ele/tinha uma voz infantil, mas só isso.
— Eu? Está tudo bem para você, Heraruon?
Tendo toda a responsabilidade jogada sobre ela por Urion, a Deusa Tenio buscou abalada pela aprovação de Heraruon.
— Muito bem, ilumine este tolo.
Recebendo a generosa permissão dele, a confusão de Tenio mudou de [Está tudo bem] para [Está tudo bem MESMO conta a ele?], aparentemente.
Olhando para o curso dos eventos, o Deus Heraruon tem dificuldade em negar um pedido de Tenion e Parion.
— Você está certo disso!?
— Silêncio, Zaikuon!
Garleon esbofeteou Zaikuon com suas palavras. Ele literalmente o esbofeteou com elas, já que o corpo de Zaikuon estremeceu por inteiro.
— Ninguém te perguntou nada!
— E era preciso? Porque você nunca entende é que todo mundo te trata como um idiota.
Como suas palavras sempre causam efeitos, eu nunca sei se eles estão realmente brigando ou apenas argumentando entre si.
— Será que não dá para os dois calarem a boca agora?
Sendo repreendidos por Karion, Garleon e Zaikuon ficaram em silêncio.
— Satou dos homens, responderei agora sua pergunta.
Tenion olhou para os arredores e, em seguida, sua aura semelhante a um véu mudou, dando início a sua explicação. Esse gesto pode ser a sua forma de corrigir a postura e limpar a garganta antes de começar um discurso.
— Quando a civilização humana atinge algum progresso [Ciência], a fé das pessoas entra em declínio.
A Deusa Tenion calmamente fez a sua narração. Eu pude apenas concordar com suas palavras já que o mesmo ocorreu na Terra.
— E se a fé das pessoas diminui, a barreira que protege o mundo começa a enfraquecer também.
— Quais tipos de [Ciência] enfraquecem a fé das pessoas?
Alguns dos termos utilizados me deixaram intrigado, mas como essa é a minha chance de saber o ponto precisamente, decidi perguntar quais ciências violariam os tabus.
— De maneira geral, seriam meios de constante e imediata comunicação entre indivíduos, transporte em massa, produção em massa via industrialização e consumo em massa, acredito?
“Exatamente como imagi— não espera! Está um pouco diferente!”
Pode ser que já estivesse incluso entre os itens mencionados por ela, mas não custaria nada perguntar mesmo assim.
— Não há qualquer proibição quanto a tecnologia de impressão?
— Não, nós não criamos qualquer proibição quanto a isso.
A Deusa Tenion respondeu com clareza. Então, por que esse tipo de tecnologia não está amplamente espalhado pelo mundo?
— Isso era tudo que você gostaria de saber?
— Não, eu tenho mais uma pergunta.
Eu imitei a fala de um protagonista de um certo drama policial com longa serialização.
— Esqueci de perguntar antes, mas quando você disse que “Paz Mundial” estaria em risco caso a barreira enfraquecesse, o que você quis dizer com isso? — Esta foi à informação que havia me intrigado antes.
A Deusa Tenion se virou para Heraruon ao invés de prontamente me responder. O número de aureolas e a intensidade das luzes atrás dele aumentaram. Pelo visto ele estaria me dando a resposta no lugar dela.
— Invasores.
“Você quer dizer outros Deuses?”
Uma certa série insana de horror mitológico passou pela minha cabeça.
— Invasores…
— Os Incontáveis, Invasores de Outro Mundo, Monstros Que Corroem o Mundo.
Quando eu murmurei para mim, a Deusa Karion contou-me os diversos nomes pelos quais eles são chamados. Talvez ele sejam algo como invasores do espaço?
— Você ainda não compreende?
— Isso não é algo que um mero humano possa entender, afinal.
Quando eu entrei em silêncio, Heraruon e Garleon expressaram seu descontentamento.
— Eles são semelhantes àquelas bizarras criaturas que parasitam as Árvores Sagradas?
As do tipo água-viva não são grande coisa, mas as do tipo lula e o povo negro de proporções asteroidais que as predam, são uma enorme ameaça.
“Sei que eu mesmo perguntei, mas— Oh?”
A estrutura externa dos Deuses se agitou e os padrões geométricos em suas faces pararam de mudar de forma.
“Hã? Será que acertei em cheio?”
— …Esses são o mínimo do mínimo, nada mais do que meras sombras. Se compararmos os [Invasores] a dragões, estas águas-vivas parasitas não seriam mais do que meras lagartixas.
Garleon respondeu a minha questão usando uma analogia.
— Haveria a chance de vocês removerem a proibição sobre o desenvolvimento científico caso eu erradicasse esses [Invasores]?
Se for só isso que eu preciso fazer, então seria mamão com açúcar.
— TOLO!
— NÃO SE SUPERESTIME, HUMANO!
Heraruon e Zaikuon gritaram furiosamente comigo.
— Estas criaturas são poderosas! Elas possuem um tamanho comparável ao chão em que você vive além de uma velocidade mortificante! Nenhuma arma ou magia que os humanos possuem funcionariam nelas!
Bem, sim, as águas-vivas esquivaram dos meus ataques e os polvos não só se regeneravam sempre que tomavam dano como também absorviam meu poder mágico.
— Eu entendo, mas…
— NÃO, VOCÊ NÃO ENTENDE! SEU TOLO!
A Deusa Karion também gritou comigo.
— É exatamente como Karion lhe falou. Uma vez o Deus Demônio disse a mesma coisa, saindo para desafiá-los e retornando a beira da morte. O mundo acabou passando por uma leve crise naquele tempo. Não aja descuidadamente. — Urion decifrou o que Karion queria me dizer.
Inesperadamente, mesmo o Deus Demônio que parece ter uma versão melhorada das minhas habilidades, não foi páreo para esses [Invasores]. Ao que tudo indica, há criaturas mais poderosas do que o Polvo Negro habitando as profundezas do espaço.
— Afinal, aquelas coisas ficam amis fortes a medida em que você as ataca. Mesmo que seus golpes funcionem hoje, amanhã eles possuirão novas habilidades. Livrar-se apenas de alguns poucos poderia prolongar a batalha para toda a eternidade.
Pelo visto essas coisas são se especializaram em auta-evolução. Este é o pior tipo de inimigo caso não consiga se livrar de todos de uma só vez, ficando mais fortes indefinidamente.
Pergunto-me se é por isso que os Deuses não se livram dos parasitas que estão nas Árvores Sagradas, sugando a manda que deveria estar circulando ao redor do mundo. Desse modo, eles conseguem evitar que os monstros se adaptem contra os poderes divinos.
Apesar de que eu já exterminei aquelas pragas duas vezes e não houve qualquer sinal de mudança nas suas habilidades? Não acho que sejam capazes de evoluir tão rapidamente, mas não custa nada preparar armas ou feitiços poderosos o bastante para erradica-los todos de uma vez.
— Satou dos homens. Seus olhos me dizem que você ainda não desistiu da idéia, desistiu?
A Deusa Tenion viu completamente através de mim.
— Permita-me contar-lhe uma antiga lenda.
O mundo começou a ser habitado por criaturas 100 milhões de anos atrás. As pessoas prosperavam em um mundo incomparável aos dias de hoje.
“Eu ouço atentamente as palavras da Deusa Tenion.”
Você já tentou alguma vez tracejar de volta a história da humanidade?
Você já tentou alguma vez descobrir os acontecimentos de antes de 30 mil anos atrás?
“Os registros históricos só vão no máximo até a Dinastia Lalakie por volta de 30 mil anos.”
É natural que você não saiba. Anteriormente a isso, o mundo havia sido destruído.
“Destruído?”
Haviam um certo grupo de crianças levadas que achavam excitante desafiar os [Invasores] que vinham de outro mundo. Eles eram o Deus Dragão e os seus Dragões.
“Ah, consigo imaginar muito bem isso.”
O Deus Dragão destruiu o líder dos [Invasores] e retornou triunfante. Ele então caíu em um sono peado na mais profunda das fendas do [Vale dos Dragões] para curar as feridas que recebeu em batalha.
No entanto, os Invasores não haviam perecido. Um novo líder fez a sua entrada, a par com os poderes dos Dragões, e [Invasores] ainda maiores que antes lançaram um ataque.
Eles facilmente atravessaram a barreira que nós Deuses colocamos e chegaram à terra. Quando Heraruon, percebendo que estávamos em desvantagem, não deu instruções para Parion e Karion protegerem as Árvores Sagradas no Reino dos Deuses, estávamos prontos para abandonar este mundo.
Foi então que o Deus Dragão despertou e eliminou até o último dos Invasores. Entretanto, apenas os Dragões e um grupo de Bestas Míticas haviam sobrevivido ao fim da guerra.
“Entendo. Os Dragões devem ter causado tanto ou mais destruição que os próprios [Invasores].”
Usando nossa divindade, criamos uma nova barreira, um casulo tornando o mundo invisível para os [Invasores] para prevenir que essa tragédia voltasse a se repetir.
Eles ainda estão espalhando os seus dedos por uma vasta área, em busca de uma terra rica para ser sacrificada. Se nosso poder for enfraquecido, esses dedos serão capazes de atravessar por entre as rachaduras cridas na barreira.
“A Deusa Tenion provavelmente está usando o termos [Dedos] para se referir às Águas-Vivas que estão predando as Árvores Sagradas.”
Essa é a verdade cruel deste mundo. A razão pela qual punimos severamente aqueles que violam os tabus, pela paz mundial.
— Vá embora de uma vez, humano!
— Pare de agir descuidadamente a partir de agora, humano!
Depois de ouvir a história da Deusa Tenion, fui carregado de volta para a [Arca Divina] pelas Familiares dos Deuses Urion e Tenion, as Ninfas, e forçado a deixar este lugar.
Antes de sair tentei pergunta-los como eu poderia ascender a um Deus, mas aparentemente foi uma péssima idéia. Tive de ouvir ofensas até de Karion e Urion, mesmo a Deusa Tenion deu a impressão de estar me passando um sermão por ser pretencioso.
Devido a isso, perdi a chance de pergunta-los sobre o [Selo do Deus Demônio] e os Montes Púrpura. Próxima vez, vou ser mais cuidadoso na hora de escolher as perguntas.
— SATOU DOS HOMENS!
A Alta Elfa Sillmufuze-san estava me aguardando na frente das águas que levavam até o Reino dos Deuses. Por algum motivo ela parecia em pânico.
— SATOU DOS HOMENS! O CORPO AO QUAL VOCÊ DEVERIA RETORNAR DESAPARECEU!
Ela veio correndo, quase como se fosse colidir comigo.
— Como guia é tudo minha culpa! Eu deveria ter sido mais cuidadosa quando as Ninfas que tanto odeiam o mundo mortal, me pediram para mostra-las o caminho até a [Fenda do Mundo]!
“Agora entendo.”
Não estou certo para qual Deus elas trabalham, mas tudo indica que um deles estava tentando utilizar o meu corpo como refém. O concelho da Misteriosa Garota na Pintura foi para evitar que isso acontecesse.
— Você não tem como retornar ao mundo inferior com apenas a sua alma… e é por isso… — Ela olhou para mim com seus olhos cheios de pesar. — Que irei abdicar do meu corpo para você possa retornar a salvo.
“O quê!?”
— Embora o fato é que seja de um fato de que tanto o sexo quanta a raça sejam diferentes, você ao menos terá juventude eterna e sua capacidade de mana será muito maior.
— Aah, hmm, Sillmufuze-san…
— Eu entendo. Estou completamente ciente de que seu próprio corpo é algo insubstituível, mas essa é a única coisa que posso fazer.
Estou impressionado com o fato de que trocar de corpo seja possível, mas não havia necessidade para isso. Se fosse o corpo de um Elfo macho, eu aceitaria alegremente ele para poder me casar com a Aze-san, se eu dissesse isso poderia acabar complicando as coisas, então controlei.
— Está tudo bem.
— Entendo, portanto você está bem em ter o meu corpo!
No calor do momento ela acabou dizendo algo que poderia levar a um grande mal-entendido.
— Não, estou dizendo que eu não preciso tomar o seu corpo.
— Mas, então como…
— Estou querendo dizer que ele na verdade não estão desaparecido, entende?
Nós descemos a cachoeira de luzes e retornamos aonde estavam os nossos corpos. Havia um monte de coisas que eu queria testar no caminho de volta, mas ela provavelmente ficaria furiosa comigo por fazer isso no meio dessa situação.
Toquei a cama onde meu corpo deveria estar com minha mão astral e o retirei de dentro do [Armazém].
— Seu corpo apareceu!
Ela bateu as mãos maravilhada. Seu humor ficou um pouco ruim quando lhe contei que escondi o meu corpo apenas por segurança, mas ela rapidamente se animou já que, graças a isso, evitamos que as Ninfas causassem algum dano.
Depois de voltamos aos nossos corpos e seguirmos o caminho de volta…
— [ goshujin-sama! ]
A voz de Arisa chegou até a mim através do nosso [Link Familiar]. Ela soava realmente preocupada com algo.
— [ Más notícias! Os Montes Púpuras…! ]
Aquelas coisas se tornaram uma fonte de problemas, depois de tudo. Que sorte que aconteceu no exato instante em que retornei do [Reino dos Deuse].