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Death March kara Hajimaru Isekai Kyusoukyoku – Volume 17 – Capítulo 8

o Crescimento dos Montes-Púrpura

Satou aqui. Acredito que enigmas tenham servido de entretenimento desde os tempos imemoriais. Solucioná-los sozinho pode ser legal, mas ter um grupo de amigos para sentar e debater sobre isso é muito mais divertido, não acham?

N/T: Fiquem atentos que posteriormente o capítulo passa a ser narrado em terceira pessoa.


— É enorme…

Nesse momento eu estava olhando para o que havia sido uma vez um monte púrpura que agora tinha crescido de alguns poucos metros para várias dúzias.

— Essa coisa agora está mais para uma torre púrpura do que um monte, não é? — Arisa falou ao meu lado enquanto admirávamos aquela torre.

Com o auxílio do [Alocar Unidades], retornei para a Capital e me juntei à Arisa, quem havia me contatado através do [Link Familiar]. Depois disso, nos movemos até a localização do Monte Púrpura na periferia.

Eu mandei uma mensagem para Sera, que estava me aguardando no Templo de Tenion na Capital do Ducado, por intermédio da antiga Sacerdotisa Chefe — atualmente Miko Aprendiz Lily — através da Magia Espacial [Telefone], informando a ela onde eu estava.

— Então, o que aconteceu enquanto estive fora?

— Bem, vai ser uma longa história…

Arisa usou estas palavras como o prefácio para sua narrativa.


◆◆ Recapitulação ◆◆


— Uma alteração nos Montes-Púrpura?

Arisa recebeu o primeiro relatório em seu quarto pessoal no Palácio da Ilha Solitário, no quinto dia após a partida de Satou. Ela guardou com carinho um short masculino, o qual havia enterrado o seu rosto em cima, dentro de sua [Caixa de Itens] e saiu do quarto junto à Fada Doméstica (Brownie) que lhe trouxe a notícia.

N/T: Arisa sendo Arisa…

— Que tipo de alteração?

— Eles ficaram maiores.

Arisa perguntou enquanto caminhavam pelo corredor.

— E quanto às outras?

— Mito-sama e Zena-sama foram para lá no momento em que receberam a notícia.

— Liza e as meninas estão treinando no continente do Dragão Ancião e será está no Templo de Tenion na Capital do Ducado, certo?

Por “Liza e as menians”, Arisa se referia a Liza, Tama, Pochi e Karina.

— …e quanto a Nana?

— Nana-sama foi visitar a Floresta Boruenam esta manhã junto com Mia-sama.

— Que raro. Pergunto-me se ela estava querendo visitar as fadas aladas por lá.

A Brownie também não sabia os motivos pela súbita visita das duas.

— Nós já entramos em contato com Nana-sama, Mia-sama e Sera-sama, mas como não possuímos qualquer meio de comunicação como Continente do Dragão Ancião…

— Tudo bem, vou ligar para elas usando o [Telefone Global]~assim que eu chegar na Capital.

Arisa sabia que Liza e as garotas que seguiram queriam se dedicar em seu auto fortalecimento, por isso ela passou através do Portal na Ilha Solitária enquanto pensava, “Eu não quero atrapalhar o treinamento delas, então talvez seja melhor deixar para ligar só depois de confirmar a situação no Monte-Púrpura?”.

— Arisa da casa [Pendragon]. Vim em resposta ao chamado da Duquesa de Mitsukuni.

Arisa colocou seu rosto para fora da carruagem em que estava e se apresentou aos soldados assegurando o perímetro, que imediatamente abriram caminho por entre a multidão e guiaram a carruagem em direção ao Monte-Púrpura. Ela julgou que se tratava de uma ocorrência de [Prioridade Baixa] e decidiu vir de carruagem ao invés de se teleportar, já que Mito não havia enviado um sinal de emergência.

— Arisa! Por aqui! — Mito acenou para ela.

— Uaaa! Está enorme!

— Por volta de uns vinte metros, eu acho?

As duas olharam para o Monte-Púrpura que agora havia se tornado tão alto quanto uma torre.

— De acordo com os guardas, ele ficou assim em uma única noite.

— Houve algum relatório no meio da noite?

— Errr, bem…

— NÓS SENTIMOS MUITO! — Os guardas na área se curvaram em desculpas enquanto Mito hesitava.

Arisa perguntou as circunstâncias, mas nenhum deles percebeu o que havia acontecido até que a manhã raiasse.

— Ninguém viu?

— Bem, ontem a noite a neblina estava bem groça.

Mito explicou a Arisa, que havia inclinada a cabeça em confusão.

— Cadê a Zena-tan?

— Ela usou sua [Magia de Voou] para checar a situação das vilas nos arredores.

Zena havia partido para investigar se os outros Montes-Púrpura haviam sofrido qualquer mudança.

— Vou checar os outros montes também.

Arisa sussurrou na orelha de Mito e ligou para a Firma Echigoya através do feitiço [Telefone]. Afinal, aquele era o lugar mais confiável quando se tratava de reunir informações ao redor do mundo.

— [ Sobre os Montes-Púrpura? ]

A Gerente Geral, Elterina, perguntou de volta para confirmar a questão de Arisa, que havia entrado em contato com ela.

— [ Sim, chegou qualquer novidade por aí? ]

— [ Até onde sabemos, o Monte-Púrpura na periferia da Capital de Shiga ficou maior. Atualmente estamos contatando o nosso pessoal que ficou encarregado de vigiar os montes nas vilas próximas. ]

— [ Obrigada. Vou entrar em contato outra vez mais tarde. ]

Arisa desfez a chamada e compartilhou com Mito o que havia descoberto.

— O que acha? Deveríamos entrar em contato com o nosso Goshujin-sama?

— Eu acho que é muito cedo, não acha? O Ichi…. o Satou tinha previsto que poderia haver alguma mudança de qualquer forma.

— Pode ser, e, além disso, seria ruim se nós chamássemos por ele numa péssima hora, tipo no meio da conversa dele com os Deuses.

As duas estavam de acordo uma com a outra.

— Então, essa coisa apenas ficou maior?

— Há outras diferenças também.

Mito informou isso e fez um sinal para o comandante em exercício. Um dos cavaleiros então, retirou a manopla de sua armadura e colocou sua mão sobre o monte.

— E-EI!

— Está tudo bem. Aparentemente, essa coisa perdeu o efeito de sugar força vital.

O comandante em exercício passou a se vangloriar de como eles haviam testado primeiro com invocações e então com escravos. Por um breve instante, as duas sentiram repulsa por aquele homem que tratava a vida de escravos como descartáveis, mas nem ele ou as pessoas ao redor perceberam.

— Próximo agora.

O cavaleiro subiu no Monte-Púrpura ante de atingi-lo com a sua manopla.

— Ele também perdeu sua permeabilidade física?

Mito confirmou a pergunta de Arisa.

— Eu amaria saber se a mesma coisa aconteceu com os outros montes ao redor.

— Não se preocupe, nós saberemos muito em breve.

Mito então, apontou para céu na direção onde Zena estava chegando.

— Terminei de verificar os outros pontos. Não houve qualquer mudança nos Montes-Púrpura nas proximidades das vilas ao redor daqui. O tamanho deles continua o mesmo, as pedras que atirei o atravessaram e quando tentei tocá-los com a minha mão nua, minha força foi drenada.

Zena fez o seu relatório.

— EI, ISSO FOI MUITO DESCUIDADO! Você deveria ter usado alguns animais ou insetos como cobaia primeiro!

— Sin-sinto muito… Eu estava com um pouco de pressa.

— Vamos, se acalme, Arisa. Deixa isso de lado agora. Zena, muito obrigada por tudo.

Mito tentou acalmar Arisa que, sem perceber, havia elevado o tom de voz em preocupação com a segurança de Zena.

— Então, talvez a permeabilidade e a capacidade de dreno sejam medidas de segurança até que o monte consiga crescer e acumular energia?

— Sim, acho que pode ser isso mesmo, mas não temos como chegar a uma resposta conclusiva ainda, temos?

— Bem, acho que sim.

Arisa observou de um grupo de pesquisadores que estavam nas proximidades do monte, argumentando enquanto desenhavam e tracejavam alguma coisa. A discussão parecia ter ficado acalorada, quando um deles, que era alto e de óculos, levantou sua voz histericamente.

— O que vocês estão fazendo aí?

— Seria mais rápido se vossas excelências vissem com seus próprios olhos.

As garotas se aproximaram deles. Pelo visto, os pesquisadores estavam debatendo a respeito de uma saliência que havia surgido no Monte-Púrpura.

— Uma árvore esculpida?

— Olhem para as pontas desses ramos. Bem no centro dos círculos delas.

— Pedras coloridas? Laranja escuro, azul, amarelo, verde, azul, azul… tem tantas cores azul.

— VOCÊS SÃO CEGAS OU O QUÊ!?

O pesquisador alto e de óculos chegou ao lado de Arisa, que estava contando o número de cores. Ele levantou seu queixo para o alto e falou de maneira sarcástica.

— Laranja-escuro, ciano, amarelo, verde, índigo, vermelho e azul. Estas são as cores nestas gemas, ou seja—.

— As cores que representam os Deuses dos Sete Pilares, hein?

— E-exatamente. Pelo visto, mesmo cegos conseguem enxergar uma coisa ou outra!

O homem fez um comentário arrogante como um perdedor que teve a sua fala roubada.

— Olha como fala, “segundo lugar”! Você está falando com uma Duquesa e suas acompanhantes!

— N-NÃO ME CHAME POR ESSE APELIDO IDIOTA! Não sou nem um pouco inferior àquele cara! É só que tive um pouquinho a menos de sorte do que ele! Que culpa eu tenho de não ter encontrado um objeto de estudo que me interessasse? Sou muito mais capacitado para ser o próximo pesquisador-chefe!

As palavras do outro pesquisador pareciam ter atingido bem no ponto, visto que o homem de óculos tinha ficado exaltado.

— Haa… Esqueçam, acho que não devemos nos envolver com esse cara.

— Ou melhor, ele não é do tipo que deveria ser envolvido em lugares delicados com esse.

Arisa deu de ombros ao lado de Mito, que parecia estar incrédula com o que estava acontecendo. Quanto a Zena, ela apenas sorriu sem graça, evitando de fazer qualquer comentário indelicado.

— Já que os lugares onde deveriam estar os frutos representam os sete Deuses, isso significa que estes montes foram obras deles?

— Hmm, tenho as minhas dúvidas quanto a isso. Afinal, a cor da base é púrpura, não é?

— DE FATO!

O homem de óculos se meteu entre elas vigorosamente.

— Uma árvore carregando a representação divina aparecendo em uma torre possuindo uma cor tabu! Deve ser algum dispositivo criado pelos Demônios para libertar o Deus Demônio de seu selo na lua, ao sugar o poder dos Deuses na terra!

— Ei, segundo lugar! Você já está passando dos limites—

— PORRA, PARA DE ME CHAMAR DE SEGUNDO LUGAAAAAAAARRRRRRRRRRR!!!

O homem de óculos se alterou tanto que passou a ficar violento. Os guardas não suportaram mais ficar quietos e imediatamente o imobilizaram.

—  DEIXEM-ME IIIIIIIIIRRRRRRRRRRRR!!! VOCÊS VÃO PERCEBER DEPOIS DE OLHAR A ORGANIZAÇÃO DOS MONTES EM TODO O CONTINEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEENTE!!!

Os soldados o carregaram para longe enquanto se debatia. Possivelmente os outros pesquisadores já esperavam por isso e foi esta a razão de continuarem o chamando de [Segundo Lugar].

— Pedimos humildemente por vossas desculpas. Ele pode ser um pouco arrogante, excêntrico, chato e pavio curto, mas pelo menos seu vasto conhecimento é real.

Um dos pesquisadores veio falar com Mito, enquanto pedia desculpas que não davam a impressão de realmente querer ajudar seu colega.

— A única coisa que sabemos é: as gemas anexadas no tronco da árvore podem ser das mesmas cores que representam os Sete Deuses de acordo com os documentos oficiais dos templos.

— E sobre a coisa a respeito do envolvimento do Deus Demônio com os montes?

— É apenas uma idéia delirante do Segundo Lugar. Não há qualquer base nisso.

Depois de discutir sobre o arranjo dos Montes-Púrpura ao redor do mundo, as garotas chegaram a algumas questões como, “Talvez seria algum tipo de círculo mágico?”. Entretanto, a julgar pelo desenho formado pela localização de todos eles, baseado em uma cópia nas informações do [Mapa] de Satou, elas não puderam confirmar se este era o caso.

— E quanto aquela rachadura bem ali?

— Ah, sobre isso…

O pesquisador olhou para o lugar que Arisa apontou com uma expressão pesada, como se estivesse suportando uma dor de cabeça.

— Bem, veja…

Havia sido obra do homem de óculos. Apesar de ter sido estritamente notificado de que não poderia fazer qualquer coisa descuidada, ele pegou uma picareta, sabe-se lá de onde e a fincou naquele ponto.

N/T: Que é isso, eu duvido muito que um cara assim conseguisse chegar aonde chegou. É só um personagem criado para todo mundo odiar.

— Mas que imbecil…

— Agora já deu, vou falar com Sete para retirá-lo imediatamente daqui.

N/T: Sete é o apelido que ela deu para o Rei de Shiga, Seteralick Shiga.

Mito e Arisa estavam com a mesma expressão que o outro pesquisador agora. Quanto a Zena, apenas sorrio sem graça.

— Então, conseguiram descobrir alguma coisa com isso?

— Sim, que a superfície do Monte-Púrpura tem a mesma dureza que o solo comum e que as partículas soltas desapareceram no ar como uma ilusão. Depois de cavar até a profundidade de um punho, a picareta passou direto pelo monte igual a antes e se colocasse a mão no buraco, o efeito de dreno seria ativado.

— Então é que nem a casca de um ovo?

O método pode ter sido descuidado, mas os resultados foram intrigantes.

Após fazer mais algumas perguntas aos pesquisadores reunidos no local, foi decidido que mais guardas deveriam ser colocados para vigiar os montes.


Dois dias se passaram, mas não houve mudanças.

No entanto, ao chegar do terceiro dia, na manhã que se precedeu à chamada de Satou, um novo incidente aconteceu.

— Ficou ainda maior, hein?

Arisa murmurou enquanto olhava para o Monte-Púrpura, que agora tinha mais de 100 metros de altura.

— Embora a árvore continua do mesmo jeito…. ou não. Vejam, há uma gema púrpura bem aqui.

— As gemas continuam do mesmo tamanho, mas a escultura da árvore em si aumentou em proporção ao crescimento do monte.

A parte inferior da escultura estava baixo o suficiente para quase tocar o solo, enquanto a parte superior chegava agora a quase seis metros de altura.

— E olhem o padrão das raízes… — Mito aproximou a mão delas enquanto dizia isso.

— NÃO TOQUE NISSO!

Um pesquisador veio correndo.

— Por favor, não toque nessa coisa! Ela é perigosa!

— O que há de perigoso nisso?

No momento em que ela perguntou, um cheiro pungente de sangue pairou no ar e então um homem ensanguentado foi arremessado de dentro do padrão que ela estava prestes a tocar, caindo no chão.

— SEGUNDO LUGAR!

Tratava-se do pesquisador alto e de óculos que tinha sido dispensado de sua posição. Suas lentes estavam rachadas e a armação do óculos torta.

— O QUE ACONTECEU? SEGUNDO LUGAR!

— N-Não… me chame… disso…

Segundo Lugar desmaiou logo depois de murmurar estas palavras.

— Ao que tudo indica, qualquer um que tocar naquele padrão será levado para dentro, mas ninguém que foi conseguiu retornar!

O primeiro pesquisador que o tocou desapareceu. Em seguida, foram os soldados que tentaram resgatá-lo.

— E quanto a invocações?

— A conexão mágica é cortada imediatamente ao entrarem. Aparentemente, elas são forçadamente liberadas.

Atualmente eles estavam no meio do processo de transportar Golens do Instituto Real de Pesquisas para maiores investigações.

— VEJAM AQUILO!

Diversos homens saíram de dentro do padrão em formato de porta. Tratava-se dos soldados.

— Apenas vocês três!?

— Não, tinha mais gente vindo logo atrás de nós…

Eles olharam de maneira confusa para trás, mas ninguém mais veio. Quando um deles tentou voltar para procurar pelos outros, Mito o impediu.

— Contem-nos o que aconteceu lá dentro.

Os soldados hesitaram um pouco antes de começarem a relatar.

— É uma área muito, muito vasta. Não conseguíamos ver bem por causa da névoa, mas não temos dúvida de que a circunferência total é muitas vezes maior que o próprio diâmetro do Monte-Púrpura. O teto estava há uma enorme altura e haviam pilares tão grossos que, mesmo se nós três nos juntássemos, não conseguiríamos abraça-los. Encontramos aquele pesquisador em um desses pilares.

— Foi isso que o deixou daquele jeito?

Os soldados não faziam ideia.

— Tinha um padrão similar a este naquele pilar. Ele provavelmente entrou nele.

Os soldados apontaram para a porta.

— Muito bem, vamos acordar esse cara!

Arisa tirou uma poção de dentro da sua [Bolsa Mágica] e a derramou na face do homem. Apesar do tratamento bruto, os ferimentos dele foram imediatamente curados.

— …Ele não está acordando.

— Deixa que eu cuido disso!

Um dos pesquisadores perdeu a paciência e começou a esbofetear a face do homem para acordá-lo. Se bem que ele poderia estar apenas liberando o seu estresse.

— On-onde está o mosnstro!?

— Monstro? Se você ainda se considera um cientista, então descreva o que viu mais objetivamente! — Ele exigiu uma explicação sem se preocupar mais em falar de maneira formal.

— Aah… Encontrei um padrão similar ao que havia na entrada…

Pelo visto, ele havia encontrado diferentes padrões de inscrções em toda a parte. Entrando em uma delas, acabou parando em algo que pareciam ser ruínas, onde encontrou o monstro em questão.

— Era um monstro púrpura! Ele parecia um goblin de cor roxa, mas aquela coisa não tinha como ser um goblin!

O Goblin roxo não moveu uma polegada mesmo depois de ser atingido pelas quatro [Varinhas de Fogfo] que ele havia trazido consigo e inclusive derrotou as [Estátuas Vivas], que ele levou consigo, em um instante.

Arisa e Mito olharam uma para a outra quando ouviram falar sobre um Goblin Roxo.

— Será que o Rei Gobu foi revivido?

— Deve ser um engano, não acha? Se fosse mesmo ele, não teria como esse homem ter escapado com vida, não acha?

— Ah, sim, você está certa…

As duas olharam para o homem.

— Por [Estátuas Vivas], você quer dizer aquelas que estavam guardando o monte?

— Isso mesmo! Aquelas estátuas vivas poderia derrotar vários Cavaleiros Santos juntos! Como se um mero goblin pudesse acabar com elas tão rápido! E ainda por cima com as mãos nuas!

Apesar de ter pegado equipamento sem autorização e ainda retornado sem eles, o homem não sentia-se nem um pouco responsável por isso.

— Estou mais impressionada é em como você fugiu com vida.

— Ora, eu estava indo para um território desconhecido. Não era apenas o natural preparar algum feitiço para assegurar a minha vida?

Ao que parecia, ele havia confundido as palavras de Arisa como um deboche, levantando o centro de seus óculos arruinados com a ponta dos dedos.

Ela continuou a perguntar que tipo de Feitiço havia utilizado e o homem respondeu com o nome de Feitiço de Magia da Natureza famoso por seu poder defensivo. Mesmo aquela barreira foi rompido com dois golpes do goblin. Os ferimentos que tinha recebido se deram às ondas de choque causadas pelo segundo ataque.

Além disso…

— Havia mais do que um deles. Foi só por um instante, mas notei que tinha mais deles vindo de trás. Poderia ser dez ou até mesmo mais, mas estou certo de que tinha muitos.

— Em outras palavras, você está me dizendo que isso é um labirinto? Com monstros muito mais fortes do que os comuns?

Ele acenou positivamente para a questão que um outro pesquisador o fez.

— Tá, isso é bem ruim.

— Seria um desastre inimaginável se esses monstros vierem à superfície.

Montes similares poderiam ser encontrados na periferia de várias cidades ao redor do mundo e, por volta de trinta deles, já haviam potencialmente se tornado em labirintos.

— Arisa.

— Eu sei, isso é um trabalho para o Goshujin.

Arisa assentiu para Mito e entrou em contato com Satou através do [Link Familiar].


◆◆ ◆◆


— …E é isso.

— Espere.

O Goblin roxo de fato soava como um problema, mas tinha algo mais me intrigando nessa história.

— Faz sete dias desde que fui para o Reino dos Deuses?

— É isso aí, porquê?

Eu sentia como se tivesse passado apenas metade de um dia. Deixando de lado o tempo que passei na fenda, deveria ter se passado apenas seis ou sete horas na minha percepção.

— Pode ser que passagem do tempo flui de maneira diferente no Reino dos Deuses?

— Sim, é o que parece.

— Não, esperem aí vocês dois! Não acham que estão tomando a ordem de prioridades de maneira errada!?

Hikaru bateu palmas e impediu que os dois levassem a conversa para outra direção.

— Satou-san!

A voz que chegou até nós a partir do céu foi de Zena-san. Ela tinha ido até as outras vilas para checar a situação.

— Zena-san, estou de volta.

— Não houve qualquer mudança com os Montes-Púrpura nos arredores. Nem em tamanho como nas suas características.

O relatório dela foi seguido por um, “Dessa vez, usei insetos para conferir.”, em direção à Arisa.

— Pelo que vejo, isto está causando uma comoção em outras cidades também.

Usando a combinação do meu [Mapa] com a Magia Espacial [Clarividência], confirmei que enormes multidões ao redor de outros montes que sofreram mudança. Não estou certo se os Goblins roxos pareceram nesses locais também, mas, pelo menos, as torres não estavam emitindo monstros contra as massas até o momento.

— Muito bem, irei checar agora.

Eu caminhei em direção a entrada da torre no momento em que declarei.

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