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Death March kara Hajimaru Isekai Kyusoukyoku – Volume 2 – Capítulo 8

O Labirinto do Demônio (1)

Satou aqui. Eu achava que estaria indo numa aventura pela cidade, mas de repente a história mudou para exploração de labirinto. Sinceramente não consigo acompanhar essas mudanças.

Já que o labirinto foi criado tão facilmente, me pergunto se a saída dele se encontra no centro da cidade. Provavelmente uma guilda de aventureiros será desenvolvida daqui a alguns anos.


Quando verifiquei o meu [Mapa], o nome [Labirinto do Demônio] foi exibido, mas apenas esta sala estava sendo contabilizada.

…As coisas não serão sempre convenientes, não é?

As meninas pareciam muito nervosas, por isso decidi tentar tranquilizá-las primeiro.

— Olá, eu me chamo Satou, um comerciante.

— Gato, nyasu.

— Cão, nanodesu.

— Lagarto.

As duas pequenas se atrapalharam com suas palavras, enquanto a garota com escamas falou em um tom sério. Não tinha sido apenas Uuso que as chamava assim, esses nomes tinham sido lhes dado pelo seu mestre anterior.

De todo modo, as duas meninas eram escravas desde o nascimento, enquanto a mais velha tinha um nome antes de ser escravizada, mas como era muito longo e misturava alguns sons incompreensíveis no meio, ficava difícil de pronunciar. No final, elas me pediram para escolher um nome que fosse fácil de lembrar, então as nomeei como “Pochi”, “Tama e “Liza”.

“Não trate elas como bichinhos de estimação!”, é o que vocês devem estar pensando, mas sendo bem sincero eu não tinha a menor confiança de que conseguiria lembrar caso desse a elas nomes mais normais, então, por favor, me perdoem ao menos até sairmos do labirinto.

Agora, antes de começar a nossa fuga, era melhorar tratar das feridas delas. Abri a minha bolsa, pegando uma garrafa d’agua e algumas pomadas. As pomadas eram amostras de produtos que vinha junto ao kit de alquimia, então não tinha muitas delas, mas provavelmente seria o suficiente.

— Umedeçam o pano com a água e usem para desinfetar suas feridas. Depois disso, apliquem essas pomadas e as cubram com um pano. Ah, e que não seja o mesmo pano que usarem para desinfetar, entenderam?

Quando entreguei os panos novos, as garotas me olharam de maneira perplexa. Provavelmente ainda não estavam acostumadas a serem tratadas de uma maneira que não fosse através de ordens pela primeira vez em muito tempo. Eu sentia como se tivesse voltado aos dias em que precisava cuidar dos meus parentes mais novos em casa.

— O que houve? Vou me virar para o outro lado enquanto estiverem tratando das feridas, então não se preocupem.

Ao que parecia, a razão da inquietude delas não era isso, mas sim que raramente escravos recebiam panos novos e medicamentos.

— Obrigada, nanodesu. Não precisa se virar, nodesuyo.

— Pano bonito. Feliz~

— Como o nosso mestre está morto, infelizmente não temos como lhe pagar por isso… Talvez fosse melhor guardar a água e os remédios para assim que sairmos do labirinto… ah, hmm, bem… não realmente…

As palavras delas que antes pareciam incompreensíveis agora faziam mais sentido na minha cabeça.

Pochi e Tama desamarraram a corda que prendia suas roupas simples e começaram a tratar as feridas sem qualquer constrangimento. Quanto a Liza-san, ela parecia ser do tipo mais pensativa, por isso hesitou um pouco, mas depois que lhe dei uma [ordem], começou a se limpar também.

Assim que o tratamento acabou, distribui alguns doces para elas, que tinha guardado de quando sai visitando as barracas junto da Zena-san. Só para deixar claro, eram pedaços inteiros, do tamanho da palma da mão, e não sobras mordidas.

Pochi estava babando sem parar e as três meninas encaravam os doces, mas nenhuma delas os tocou.

— Não tem veneno algum neles. Vocês podem comer.

Elas não poderiam comer a menos que fosse ordenado? Escravos são realmente oprimidos por aqui.

Pochi ficou engasgada com a comida, então lhe passei uma garrafa com água.

— Eu não vou tomar isso de vocês, então podem levar o tempo que quiserem para comer.

Por um instante me senti como se fosse uma babá…

img 6


Depois de acalmar as meninas, verifiquei o mapa outra vez, mas ainda exibia apenas o interior desta sala.

…Teria alguma coisa anulando ou dissipando o efeito da magia?

Então, decidi abrir o [Menu] e se selecionar o feitiço [Exploração Total de Mapa], já que era a única que eu conseguia usar. A imagem completa do [Labirinto do Demônio] foi exibida logo em seguida.

Modo fácil é bom demais!

A forma do mapa lembrava mais a de um formigueiro do que um labirinto propriamente dito. A passagem daqui até a próxima sala se convergia como as raízes de uma árvore, que então se convergiam novamente na passagem seguinte, para fazer com que as pessoas ficassem desorientadas. Havia inclusive passagens secretas interconectadas que ligavam os corredores a outras salas.

Investigando o mapa, tinha ao todo 109 pessoas no labirinto. Sete delas eram semi-humanas e as outras 102 eram seres humanos, sendo um quarto deles escravos.

O sacerdote de colarinho azul do templo Garleon se encontrava consideravelmente longe, portanto poderíamos considerar como sendo sorte se conseguíssemos juntar a ele. Mesmo que isso acontecesse já estaríamos perto da saída, não é? Pessoalmente, eu não queria que ele acabasse morrendo, mas sendo uma pessoa capaz, duvido muito que seja morto facilmente.

Tentei procurar pelo braço demoníaco também, mas não pude achá-lo em parte alguma. Havia uma sala particularmente suspeita na parte mais profunda do labirinto e era possível que ele estivesse lá, mas… se o derrotasse de maneira descuidada, poderia ser que o labirinto inteiro desmoronasse, por tanto era melhor deixa-lo em paz por enquanto.

Quanto aos inimigos ao redor, todos eram monstros do tipo inseto por volta do level 10~20, tendo apenas 20 deles quando olhei pela primeira vez, mas agora já tinham chegado à uma centena. Além disso, novos tipos de monstros como cobras e sapos surgiram também.

Era dar algumas armas para as garotas, porque poderia ser ruim se acabássemos nos separando em uma das passagens.

Ok, hora de procurar por um bom lugar escondido para tirar algumas espadas e lanças do meu [Armazém].

Depois de decidir o que fazer, tentei ir até a passagem para a outra sala, mas fui impedido pelas garotas.

— Por favor, não me abandone! Pochi fará qualquer coisa!

— Por favor, não me deixe!

— Senhor, eu não me importo de ser usada como isca, mas, por favor, nos leve com você! Por favor!

Elas imploraram desesperadamente, mas, ainda assim, nenhum tentou se agarrar nas minhas roupas ou coisa do tipo. Seria por causa de alguma experiência que tiveram como escravas ou treinamento?

— Não se preocupem, eu só estava indo verificar as condições nos arredores. Não vou abandonar vocês, então fiquem tranquilas.

Procurei falar da maneira mais gentil possível. Embora não acredito que isso as tenhas tranquilizado por completo, pelo menos era melhor do que não dizer nada.

Depois que as garotas terminaram de comer, tirei algumas adagas da minha bolsa e a pistola mágica. Apenas Liza possuía habilidades direcionadas para combate [Habilidade com Lança], mas provavelmente seria estranho se eu tirasse uma lança de dentro da bolsa, por isso entreguei outra adaga para ela. Talvez porque fosse incomum para escravos portarem armas, ela hesitou um pouco, mas insisti que aceitasse.

Eu ficaria na vanguarda e Liza seria responsável em nos prevenir de ataques surpresa na retaguarda, embora ela insistiu em ser a linha de frente até que ordenei que ficasse atrás. Por causa do meu [Radar] seria impossível sermos pegos de surpresa, mas lhe dei esta função para diminuir um pouco a sua inquietação.

A nossa formação era eu, Tama, Pochi e Liza, mas lhes [ordenei] com tom alto e claro que não participassem da batalha já que como os níveis delas estavam entre 2~3, caso fossem atingidas descuidadamente, poderiam acabar morrendo.

Essa é literalmente uma missão de escolta.


O piso do andar se transformou em rocha bruta e, como não tinha mais aquelas pedras emitindo luz, tudo estava escuro. Querem saber a parte boa? A cada poucos metros encontrávamos um pilar de pedras luminosas que, embora dessem uma sensação sombria ao labirinto, pelo menos tornava possível caminhar. Os pilares tinham a altura do peito e, como a luz não chegava muito alto, o teto ficava completamente no breu, dando uma sensação de desconforto.

Esse designe provavelmente era para aumentar o nosso medo. O tipo de mau gosto que se espera de um demônio.

Quando alguém entrar numa sala, a passagem atrás dela ficará completamente escura para força-lo a entrar. Tenho certeza de que vai acontecer isso.

— Tama, caso veja alguma coisa na passagem à frente, me avise em voz baixa. Pochi, se você ouvir ou cheirar algo, fale na mesma hora. Liza, por favor, cuide das nossas costas, mas não coloque toda a sua concentração na retaguarda de forma a se atrasar em nos seguir caso algo aconteça.

— Sim!

A voz delas ainda mostrava sinais de desconforto, mas pelo menos tinha sido uma boa reação.

> Habilidade: [Liderança] foi adquirida.

> Habilidade: [Formação] foi adquirida.

O sinal de um inimigo apareceu no [Radar], embora ainda estivesse longe.

— Senhor, Pochi consegue sentir o cheiro de sangue do outro lado, nanodesu.

Podia ser uma linha reta, mas era incrível que ela tivesse percebido isso a mais de 500 metros de distância do inimigo. Por isso elogiei Pochi acariciando sua cabeça. Esse tratamento era o mesmo de um bichinho de estimação, mas como a cauda dela não parava de abanar, provavelmente ela estava contente com isso.

Enquanto nos aproximávamos, investiguei as condições do inimigo. Tinha apenas um monstro na sala à frente, seu level foi 20, sem qualquer habilidade especial. O método de ataque dele consistia de morder de forma violenta.

Foi então que lembrei de algo e tomei notas das estatísticas atuais e habilidades das três garotas e, como existia até mesmo uma barra indicando a quantidade de experiência, tracei um plano… Sério, isso parece até com um vídeo game.

Como a barra de experiência indicava apenas a porcentagem, eu não tinha como saber os valores exatos, mas ainda era bastante conveniente para se ganhar levels. Já que o [Mapa] não exibia a quantidade de experiência de outras pessoas, poderia ser algo restrito a membros da equipe? Ou será que tinha outras condições a serem seguidas?

De qualquer forma, a luz que vinha da sala entrou à vista e instruí as garotas para que esperassem enquanto eu espiava. O inimigo com aparência de um inseto estava comendo [Algo], mas você não precisa saber o quê.

Como já falei antes… sou fraco quando o assunto é gore, entenderam?

Aguardei até que o som de mastigação cessasse e então disparei com a pistola mágica. Um único tiro foi capaz de explodir as juntas de uma das pernas, fazendo as partes separadas voarem.

Não dei oportunidade ao enorme grilo de contra-atacar, derrotando-o com uma rápida sucessão de disparos.

Cara, como é que um grilo gigante foi aparecer num lugar que nem é um deserto…?

— Incrível, nanodesu!

— Incrível~!

— Senhor, você é capaz de usar magia?

Pochi e Tama ficaram simplesmente animadas enquanto Liza decidiu fazer uma pergunta.

— Na verdade essa é uma arma mágica, então contem a ninguém sobre isso, entenderam?

Dei um aviso a elas com um sorriso desconcertado, mas sem esquecer de fazer uma pose segurando a arma. Pochi e Liza balançaram a cabeça com seriedade, mas Tama apenas respondeu “Aye~!” com um olhar radiante no rosto. Talvez fosse melhor dar outro aviso quando tivermos saído do labirinto.

Como Tama estava com as mãos cheias apenas segurando a corrente no seu pescoço, decidi que era melhor cortá-las então.

Chamei Liza para que ela segurasse a corrente horizontalmente e disparei com a pistola mágica. Fiz o mesmo com as correntes de Tama e Pochi, mas… como suas orelhas estavam para baixo, as duas provavelmente ficaram com medo. Coloquei as correntes dentro da bolsa e pedi para que Pochi a carregasse.

Como a perna decepada do grilo tinha dois metros de extensão, decidi aproveitá-la para improvisar uma lança. Coloquei 1 ponto na habilidade de [Criação].

A junta que conectava as garras estava mole então a deixei fixa usando um pedaço de madeira e algumas tiras de couro. Como um líquido esverdeado ficava escorrendo da parte cortada, amarrei os panos usados para desinfetar os ferimentos para impedir o escorrimento.

Quando me virei para entregar a lança para Liza… ela estava cortando entre as juntas na carapaça da cabeça do grilo, trabalhando em alguma coisa.

Por acaso ela está com fome?

— Liza, se você comer algo desse tipo, definitivamente vai lhe fazer mal.

— O-o senhor está engando! Como se trata de um monstro é provável que tenha um [Núcleo Mágico] nele, então estou coletando isso…

Núcleo Mágico?

> Título: [Matador de Insetos] foi adquirido.

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