Mais uma vez, Chaos estava vendo as memórias de um jovem vampiro, Daniel, e sua irmãzinha, Maria, que viviam suas vidas fechados dentro de uma enorme casa tão grande que parecia um labirinto, onde um pai raivoso e rígido vagava por toda parte, sempre vigiando-os e repreendendo-os até mesmo por se divertirem. Um homem que parecia nunca ter experimentado nenhuma infância e estava apenas empenhado em se fortalecer, desejando usar seus filhos como ferramentas para alcançar posições mais altas em sua própria família. O homem, como era bastante carente no departamento de inteligência, acreditava que tratar seus filhos como lixo faria com que eles entendessem suas “boas intenções”.
“Pai! Pare, por favor, está doendo…! Está doendo…!” gritou a pequena Maria, enquanto seu pai continuava puxando sua longa orelha de elfo, com tanta força que talvez estivesse prestes a se partir.
Daniel olhou desesperadamente para sua irmã sendo ferida, ele não gostava quando seu pai batia neles. Mesmo quando eram vampiros, as crianças vampiras não desenvolviam todos os seus poderes até a maturidade e, portanto, sua resistência à dor e à regeneração era menor do que a dos adultos.
“P-Pai, nós estávamos apenas nos divertindo! P-Por favor, solte minha irmã! Ela está se machucando, por que o senhor está machucando ela sem motivo!?” Ele perguntou.
SLAP!
“Uaggh…!”
Daniel caiu no chão quando seu pai deu um tapa forte em seu rosto, ele sentiu como se sua mandíbula estivesse quase deslocada, e sua bochecha estava vermelha e queimando de dor, não só isso, mas havia também até alguns arranhões e estava um pouco sangrando.
“Aaggh… P-Pai…” gritou o menino.
“I-Irmão!” gritou a menina, tentando ir até o irmão, mas o pai não soltou sua orelha.
“Seu PARASITA insolente! Eu criei você esse tempo todo desde que sua mãe morreu e a única coisa que você tem feito é ser um fracasso total!… A única coisa que você, um parasita ingrato, faz é ficar “brincando” e desperdiçando seu precioso tempo nessa estupidez infantil sem nenhum sentido ou razão?! Talvez eu devesse jogar você e sua irmã no lixo, não é? quer que eu entregue vocês aos lixeiros, os necrófagos? Então eles comem vocês ou vendem vocês como escravos ou algo assim?! Talvez eu devesse apenas encontrar outra mulher e ter outro filho, talvez esse não seja um parasita medíocre como você!”
O pai deles estava incrivelmente zangado, furioso com seus dois filhos que não tinham feito nada de errado além de jogar para se divertir infantilmente porque eram crianças, mas seu pai parecia muito desumano para se importar com isso, ele só se importava com o poder e como rapidamente obtê-lo, e como os dois de seus filhos devem obter seu poder rapidamente também.
Daniel, porém, cada vez mais frustrado, desesperado para que ele largasse a irmã, levantou-se e pediu perdão ao pai.
“Desculpe, pai! Mas por favor, deixe ela ir… Você pode me bater o quanto quiser, me bata o quanto quiser, mas por favor, deixe minha irmã ir!” Ele chorou.
“Hah? Então você quer agir como um homem adulto agora pensando que pode carregar os fardos de sua irmã, seu pequeno parasita?” Perguntou o pai, pois só começou a puxar a orelha de Maria ainda com mais força, até que se fez uma ferida e começou a sair sangue da orelha dela.
“Aaaaggggh! Uuwaaaahh! Socorro! Irmão! Sniff… Dói…!”
Daniel estava ficando mais desesperado, seu pai de repente estava prestes a rasgar a orelha de sua irmã por causa de sua raiva total contra seus próprios filhos. O vampiro desumano não sabia nada sobre disciplinar crianças e pensou que ele tinha que apenas tratá-los como escravos que não faziam o certo.
Sempre ficou claro para Daniel e Maria que seu pai nunca sentiu amor por eles, e sua mãe, a única pessoa que já demonstrou amor por eles, morreu quando os dois tinham apenas três anos de idade devido a uma estranha doença. O pior é que o pai nem sentiu dor pela morte dela, apenas disse que ela morreu porque “ela era fraca, mas pelo menos tinha algum propósito e era útil ao contrário de vocês”.
“O que você vai fazer agora, Daniel? Você está me olhando tão desafiadoramente, você acha que pode ter alguma chance contra seu pai, seu lixo insolente?” perguntou seu pai, completamente enlouquecido de raiva quando começou a provocar seu próprio filho.
De repente os olhos de Daniel começaram a brilhar mais forte, enquanto Chaos começou a sentir a mesma raiva, a mesma ira, a mesma fúria incontrolável que Daniel experimentou.
“Deixe ela iiiiiiiiiir!” Ele rugiu, enquanto suas presas ficavam maiores e mais afiadas, suas garras cresciam como lâminas e todo o seu corpo emanava uma aura de pavor e medo da cor vermelha, o garotinho pulou em direção ao pai e o atacou!
“RAAAA!”
No entanto, seu pai evitou facilmente seus ataques cortantes no ar usando suas garras, e então bloqueou facilmente as balas de sangue que vieram em sua direção depois disso, e quando o menino estava caindo no chão, ele rapidamente agarrou o pescoço de seu próprio filho e começou a esmagá-lo firmemente.
“Seu animalzinho insolente, você já pensou que poderia superar seu pai na luta? Quando você nem treina tanto quanto deveria? Quando você perde seu tempo dormindo em vez de treinar sem parar? Você acha que tem uma chance? Você realmente acredita que pode fazer qualquer coisa contra alguém? Você é um pequeno inseto. Um parasita em meu corpo que está apenas drenando meus recursos, meu tempo, meu precioso tempo! Eu deveria esmagar você; eu deveria esmagar seu pescocinho agora e acabar com sua vida lamentável, talvez seja melhor para mim, você fez seu pai sofrer demais, não é? Então, Daniel? O que devo fazer? Você vai obedecer seu pai ou vai ser um parasita para o resto da vida, hein? Diz-me, Daniel, por favor, quero que fales com o teu pai…
“Agghhh…! Eu… Uuggh… vou!” murmurou Daniel.
“Bom.”