Wrrrrrrrrrr.
Em uma estrada fora de Landa, podia ser visto um carro rodando, um Série F que foi amplamente visto no mercado.
Era um carro que podia ser facilmente visto em qualquer lugar, e havia uma combinação única no banco do motorista e no banco do passageiro do carro.
A combinação única era Oliver, um solucionador Bruxo, e Jane, a filha ilegítima de um homem rico, ambos tinham uma conversa normal enquanto o carro corria pela floresta.
— Você dirige melhor do que eu pensava.
— É mesmo?
— Sim… Uh, você é muito bom, considerando que aprendeu em meio dia. Você realmente aprendeu em meio dia?
— Sim, aprendi com os caminhoneiros.
— Os caminhoneiros? Ah, eles são ótimas pessoas. São essenciais para Landa. Se os trens são como o coração, eles são como os pulmões do nosso país.
Havia uma mistura de mentiras e sinceridade nas palavras que Jane falava.
Ela achava que os motoristas eram importantes, mas não achava que fossem tão bons assim.
Oliver queria perguntar por que, mas se segurou porque não parecia ser um bom momento.
Jane fingia estar calma por fora, mas na verdade seu estado emocional não era muito bom.
Ela parecia bastante chocada.
— Você pode sentar atrás caso se sinta desconfortável, Srta. Jane—
— Lá atrás?
— Sim, você parece um pouco cansada.
Jane olhou para trás um pouco preocupada.
— Bem… Não, quero ficar aqui, se você não se importar. Estou um pouco nervosa. Você, por acaso, odeia que eu esteja ao seu lado?
— Não, não é isso.
— Isso é um alívio. Então, vou ficar sentada aqui. Estou tão feliz por você não me odiar.
Jane deu um suspiro de alívio.
Ao invés de querer descansar, ela estava mais consciente de Oliver.
No entanto, quando Oliver não olhou para ela, ela começou a organizar suas roupas e cabelos, sentindo-se desapontada.
Enquanto a organizava por fora, também organizava seus pensamentos por dentro. Se forçou a superar o choque e a raiva de ser traída e pensou muito sobre o que tinha que fazer no futuro.
Como Oliver sentiu na mansão, ela parecia ser uma pessoa mentalmente forte.
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— Hum… Posso fazer uma pergunta, se não se importa?
Oliver perguntou.
— Pergunta? Oh, sim. Tanto quanto você quiser.
— Você pode me dizer onde vai pedir ajuda? Acho que logo estaremos em Landa, mas não sei para onde ir.
Assim que ouviu a pergunta, Jane fechou os olhos com um sentimento confuso.
Ela tentou esconder sua expressão o máximo que pôde, mas revelou alguns detalhes, e era impossível enganar os olhos de Oliver que viam através de suas emoções.
Oliver se perguntou se ela realmente não tinha onde pedir ajuda.
“Não… Não é o caso.”
Quando Oliver perguntou pela primeira vez se ela tinha algum lugar para pedir ajuda, não havia nenhuma mentira no que ela disse.
Ele lembrou que era um lugar onde dizia que não queria pedir ajuda.
Que tipo de lugar a faz hesitar mesmo nessa situação? Oliver estava realmente curioso.
Jane finalmente abriu a boca como se entendesse o que estava acontecendo na mente de Oliver.
— A Irmandade.
— O quê?
— Irmandade. Ah, você não conhece?
— Não, eu conheço. Não é uma organização de mulheres onde elas se reúnem para ajudar umas às outras?
— Sim, está certo. Não é exatamente esse tipo de lugar, mas… De qualquer forma, vou conseguir ajuda se for lá.
— Ah, você é de lá?
— Bom, quase isso. Não… Por favor, esqueça. Não é desse jeito. Ainda estou confusa… Enfim, vamos conseguir ajuda se formos lá.
Suas palavras pareciam um tanto verdadeiras.
Jane, que sempre teve um comportamento calmo, estava confusa devido ao grande choque.
A ponto da habilidade de atuação que ela havia mostrado até agora continuar vacilando.
— Você deve estar muito chocada.
— Sim, um pouco… Só estou dizendo, por via das dúvidas, há alguém que possa ajudá-lo, Dave?
— Perdão?
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— Não, quero dizer… Só para garantir, se não conseguirmos chegar à Irmandade. O distrito O é um pouco mais atrás, então pode acontecer alguma coisa no caminho, certo?
Oliver pensou.
Jane certamente não estava errada.
Seria bom se eles pudessem obter ajuda da Irmandade, mas e se não pudessem?
Ele tinha que se preparar para a pior situação.
— Espere um minuto…
Dizendo essas palavras, Oliver procurou o dispositivo de comunicação que recebeu de Forrest em seus bolsos.
Oliver não tinha certeza se Forrest poderia lhe dar alguma ajuda direta devido à natureza de seu trabalho como corretor, mas pensou que talvez pudesse pelo menos pedir conselhos.
Porém, infelizmente, o aparelho de comunicação modelo beetle estava quebrado.
Jane disse desapontada.
— Está quebrado.
— Sim, deve ter quebrado quando eu estava brigando com o Sr. Scott.
Jane encarou Oliver sem dizer nada por um tempo, mas logo depois, perguntou.
— Essa é mesmo a sua personalidade original?
— O quê? O que quer dizer?
— Scott. Refiro-me ao Druida. Você disse que ele traiu… E quase te matou, certo?
— Sim. Ele era muito forte.
— Então, por que você ainda o chama de Sr. Scott?
— Hmm…? Aprendi a ser educado.
— Você quase morreu, não o odeia pelo que ele fez? Ou está interpretando algum tipo de personagem?
Jane perguntou sinceramente. Ela simplesmente parecia não entender o que Oliver estava pensando.
Oliver estava confuso.
— Hum… Não sei o que você quer dizer, mas não tenho nenhum ressentimento particular em relação ao Sr. Scott. Não quero culpá-lo por matar pessoas quando necessário. Ele devia ter sua própria razão.
Jane ficou totalmente perplexa. Ficou tão perplexa que sentiu como se tivesse perdido toda a sua energia.
— Ha… Bem, talvez Duncan tivesse um motivo?
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Jane murmurou inconscientemente. Ela parecia estar realmente curiosa sobre o motivo ao mesmo tempo em que se sentia traída, triste e desesperada.
A confiança que tinha em Duncan parecia tão grande.
— Você era próxima do Sr. Duncan?
— Hã? Não sei mais. Realmente.
Junto com isso, houve um silêncio constrangedor, mas o carro fez sua parte silenciosamente, e antes que percebessem, Jane e Oliver foram levados para seu destino, Landa.
Os edifícios vermelho-acinzentados que se erguiam além eram a prova.
Assim que Oliver viu aqueles prédios, diminuiu a velocidade e saiu da estrada para a floresta.
Jane perguntou surpresa.
— Dave? O que você está fazendo?
— Acho que devíamos descer e andar a partir de agora.
Oliver respondeu e arrumou as roupas e sapatos que havia trazido antes de sair da mansão.
— Por quê?
— Porque não sabemos o que o Sr. Duncan preparou para nós. Ele até trouxe solucionadores para machucar você, então provavelmente tomaria algumas contramedidas se soubesse que falhou. E este carro estava na frente da mansão. Ele sabe o número da placa, então, se levarmos isso para Landa, seremos descobertos mais cedo ou mais tarde. É seguro andar daqui.
Felizmente, Jane assentiu como se entendesse o que Oliver quis dizer e saiu do carro.
— Realmente.
— Obrigado pela compreensão.
Oliver respondeu e entregou a camisa, calça, casaco, boné e sapatos masculinos.
— Certo, troque para isso.
— Aqui…?
— Hã…? Sim, esse vestido também se destaca. Há algum problema?
Oliver perguntou sinceramente. Jane tentou dizer algo, mas logo suspirou e assentiu.
— Bem, isso é bom. Você se importaria de não olhar para cá?
— Hm…? Não, sem problemas.
Oliver respondeu e se virou.
Ele ouviu Jane trocando de roupa, e Oliver também tirou as roupas e vestiu outras novas.
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— Acabei de me trocar, Srta. Jane. Você já—
— Não se vire! Ainda não terminei!
Jane gritou com pressa.
Oliver parou surpreso, e depois de alguns segundos, Jane disse.
— Pronto. Já terminei de me trocar.
— Então, posso virar agora?
— Sim…
Oliver se virou e olhou para Jane que estava em roupas masculinas.
Não parecia muito natural, talvez porque ela estivesse com roupas masculinas, e Oliver perguntou com um sentimento confuso.
— Hum… Isso vai se destacar também?
Jane disse, olhando para suas roupas largas.
— Não… Pareceria com qualquer outra mulher morando em uma favela. Todo mundo lá usa isso.
— Ah, isso é um alívio.
— Você está fazendo isso de propósito…?
— Hum? O que quer dizer?
— Não, nada.
Oliver assentiu e olhou para Jane novamente.
Algo se destacava como um prego saliente, e ele não sabia o que era.
Ela até escondeu completamente o cabelo rosa dentro do boné.
“Ah……!”
— Você poderia tirar os itens mágicos que está usando?
— Itens mágicos.
— Sim. Se destaca demais para esta roupa.
Compreendendo o que Oliver queria dizer, Jane olhou para sua pulseira, colar e brincos.
Ela hesitou, mas tirou as joias e colocou no bolso, pois concordava com a opinião de Oliver.
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— Como você sabia?
— O que quer dizer?
— Esses acessórios. Como você sabia que eram itens mágicos?
— Porque eu posso ver a mana fluindo dentro deles… Falando nisso, posso te perguntar que item é? Cada vez que você me tocava, eu sentia algum tipo de ativação mágica, mas não sabia o que estava acontecendo.
— …!
A confusão brilhou nas emoções de Jane.
— Posso te contar depois?
— Hum… Como quiser. Então, vamos nos mover?
Jane assentiu e começou a andar com Oliver.
Depois de caminhar um pouco, eles conseguiram entrar em Landa, porém, uma cena desconhecida se desenrolou na frente de Oliver e Jane.
— Você sabe onde é aqui?
— Hum? É a minha primeira vez aqui também. Mas não parece tão ruim.
Oliver respondeu, olhando ao redor.
Não parecia tão ruim, porque não havia nenhum crime declarado, embora não fosse um lugar seguro.
Pelo menos em comparação ao Distrito X.
— Acho que podemos pegar um táxi daqui e ir direto para o nosso destino. Se formos um pouco mais para dentro, os táxis provavelmente…
Oliver parou de falar e olhou em uma direção.
Mesmo não sabendo quem era o alvo, Oliver pôde ver oito pessoas que procuravam algo cuidadosamente, não juntas, mas divididas em grupos de duas.
Eles não estavam espalhados aqui e ali e seu estado emocional combinava entre si.
Eram semelhantes aos intrusos que Oliver encontrou na mansão.
Jane, que olhava para Oliver em silêncio, perguntou ansiosa.
— Dave…?
— Por aqui.
Oliver arrastou Jane para o canto.
A razão pela qual ele foi até o canto foi que não havia outras pessoas suspeitas.
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Claro, Oliver seria capaz de romper de frente, mas usar magia negra na beira da estrada era um fardo demais para Oliver, então tentou se esconder.
Mas isso parecia ser um erro.
De alguma forma, as pessoas que acreditavam estar procurando por Oliver e Jane se viraram e se aglomeraram em direção ao local onde se esconderam como se estivessem perseguindo algum tipo de rastro.
Oliver se perguntou como conseguiram localizá-los e, naquele momento, pensou nos itens mágicos no bolso de Jane.
— Srta. Jane, jogue fora os itens mágicos.
— O quê? Oh, sim!
Quando Jane percebeu a gravidade da situação, ela imediatamente jogou fora suas joias.
Mas os perseguidores já haviam reduzido sua localização, o que fez Oliver se aprofundar no beco.
No entanto, depois de chegar a um determinado lugar, não havia outro lugar para onde ir.
Oliver se perguntou se a única escolha que restava era lutar, mas naquele momento ele ouviu uma voz do esgoto abaixo da rua.
— Ei! Ei!
— …?
Oliver e Jane viraram a cabeça.
No ponto em que seus olhares se encontraram, havia um mendigo com um chapéu de seda surrado.
Ele parecia um pouco familiar.
Era o mendigo que Oliver costumava ver na rua do Distrito T, e a quem muitas vezes oferecia um centavo.
Oliver se perguntou como ele estava ali.
Mas, independentemente disso, o mendigo gritou em voz baixa:
— Venham rápido. Vamos!
Jane hesitou por um momento. No entanto, Oliver viu o estado emocional do mendigo e decidiu segui-lo, pois ele não tinha maldade.
Ele pegou Jane e se aproximou do mendigo.
Então, dois mendigos robustos apareceram e puxaram as barras de ferro que bloqueavam os esgotos para fazer uma entrada, e quando Jane e Oliver entraram, colocaram as barras de ferro puxadas do jeito que estavam antes.
— Vamos, sigam-me. Ele está esperando.
Oliver não sabia quem ele era, mas decidiu que era relativamente seguro, então pegou Jane e seguiu o mendigo.
Eles o seguiram silenciosamente na escuridão.