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Genius Warlock – Capítulo 174

Capítulo 174

Era o velho senhor quem ajudou Oliver a comprar ‘produtos especiais’.

Ele se virou para Oliver e o cumprimentou educadamente.

Consequentemente, os quatro grandes homens que guardavam o velho educadamente juntaram as mãos e olharam para Oliver sem dizer uma palavra.

Todos eles possuíam mana considerável.

— É uma honra encontrá-lo aqui. Diretor.

Houve um silêncio constrangedor quando Coco deu um passo à frente.

— Você me conhece?

— Sim, conheci você na última festa. Meu nome é Coco, sou revendedora de informações.

— Ah… Agora me lembro. Prazer em revê-la. — Respondeu o velho, cumprimentando-a gentilmente.

Quando Oliver virou a cabeça para Coco, como se perguntasse quem ele era, ela respondeu.

— Gordon Goodhart. Diretor da Associação de Landa de Cultura e Artes e um dos diretores da Firma de Crime. Ele está aparentemente aposentado, mas ainda está ativo.

— Hum

Ele já havia presumido que o homem não era comum, dados seus anos de experiência e a eficiência de seu trabalho. No entanto, ele nunca esperou que seria diretor da Firma de Crime.

— Peço desculpas por não ter reconhecido você da última vez que nos encontramos. — Disse Oliver a Gordon.

— Está tudo bem. — Respondeu Gordon. — Já me aposentei, só estou aqui para lazer. Então, o que te trás aqui?

Oliver olhou para Jane e Jane assentiu.

— Fui contratado como segurança.

— Ah, entendo. — Gordon respondeu com um brilho nos olhos enquanto se virava para encarar Jane. — Minhas desculpas por não cumprimentá-la antes. Eu sou Gordon Goodhart. Posso saber o seu nome?

— Sim, meu nome é Jane. Prazer em conhecê-lo, Gordon. — Disse Jane.

— Jane? Ah… Você está interessada nesta pintura, por acaso?

— Sim, já fiz um lance.

Gordon olhou novamente para a pintura e demonstrou interesse.

— Existe uma razão específica pela qual você escolheu esta pintura?

— É que é a que mais se destaca.

— Vejo que você tem bom gosto. Esta pintura é um verdadeiro reflexo das emoções do artista. Bom trabalho.

— Obrigada pelas suas palavras gentis. O diretor também veio ver as pinturas?

— Hoje não. Há um item especial sendo leiloado e rumores de um convidado especial, então vim só para garantir. Farei um lance por esta pintura para a jovem. — Disse Gordon ao acrescentar sua oferta à pintura.

— Obrigada.

— O prazer é meu. É ótimo ver jovens como você se interessando ativamente pelos leilões. Tenho certeza de que alguém como Miranda apreciaria isso. — Disse Gordon com um sorriso.

Miranda. Era a pessoa para quem Jane planejara comprar um presente na casa de leilões.

Embora Gordon não tivesse ouvido nada, ele parecia saber tudo por experiência própria.

— Obrigada pelas suas palavras gentis.

— Não precisa me agradecer. A propósito, você gostaria de ir comigo à casa de leilões? É um leilão exclusivo para membros. — Perguntou Gordon, com uma atitude calma.

— Hã?

Jane ficou surpresa com a sugestão repentina, mas Gordon continuou com serenidade.

Ele tinha uma programação oculta, mas não estava relacionada a Jane.

— Eu pensei que você pudesse estar interessada. Se vier comigo e com meu grupo, você terá facilidade para entrar e sair. Eu também tenho participação neste evento.

* * *

Uma casa de leilões de membros.

O Museu Subureptor era palco de um leilão especial, aberto apenas aos associados que passaram por uma triagem rigorosa.

Esses integrantes eram pessoas que detinham influência significativa em Landa, seja ela positiva ou negativa, e eram considerados o destaque do leilão, ao lado do leilão VIP.

Jane não poderia deixar passar esta oportunidade e aceitou com gratidão o convite de Gordon.

— Muito obrigada, Sr. Gordon. Jamais esquecerei essa gentileza.

Usando a máscara que recebeu na entrada, ela exalava confiança enquanto escondia o nervosismo.

Apesar da dificuldade e apreensão que sentiu ao lidar com Gordon, ela demonstrou bravura e habilidade de atuação, dando a impressão de uma neta conversando com o avô.

— Nada especial. Se você ainda está grata, por favor, lembre-se deste velho depois de ter sucesso na vida.

Gordon respondeu com uma mistura de firmeza e gentileza, característica de sua época de trabalho no mercado negro.

Jane acenou com a cabeça e continuou sua conversa com Gordon naturalmente, e Oliver olhou em volta cauteloso.

Era difícil participar deste leilão sozinho, então ele queria aproveitar o máximo possível.

A casa de leilões de membros era subterrânea, mas o esplendor nunca era inferior ao do solo.

A escuridão moderada e as grandes cortinas aumentavam seu charme misterioso.

Os itens em leilão eram itens mágicos ilegais, elixires altamente refinados, drogas de alta qualidade e bens roubados. Surpreendentemente, aqueles sem máscaras pareciam desinteressados nos procedimentos.

— Não é surpreendente. — Comentou Gordon durante sua conversa com Jane. — A maioria das pessoas que se preocupam com a aparência mandam um representante, então quem atende diretamente são seus asseclas, pessoas que gostam desse tipo de ambiente, ou quem tem vínculo com esse tipo de negócio, como aquele amigo ali. — Ele apontou para um homem com longos cabelos verdes ao longe.

O homem era alto e vestia um terno verde escuro, com tatuagens de hera no rosto e pequenos chifres de veado na cabeça.

Ele era um druida.

— O nome dele é Shamus. Ele apareceu na parte inferior dos solucionadores há três anos e se tornou um dos melhores solucionadores em um ano. Ele agora está aposentado.

Oliver olhou para o homem chamado Shamus, enquanto uma forte luz verde parecia emanar mais dele do que de Scott, que Oliver encontrou enquanto protegia Jane.

“Era o poder da natureza?”

— Se ele está aposentado, o que faz agora? — Oliver perguntou.

— Bem, você gostaria de responder isso, senhorita Jane?

Oliver mudou seu olhar para Jane.

Surpreendentemente, ela parecia saber alguma coisa sobre o druida Shamus.

— Ele atualmente é afiliado à Irmandade e à Firma de Crime

— Isso pode?

— Não há lei contra isso. Ele é hábil em magia espiritual, comunicação com a natureza e é um indivíduo versátil que pode até interagir com a árvore do mundo. — Explicou Jane.

— Isso mesmo. Em Landa, tudo é possível, desde que você tenha capacidade. Graças a isso, ele tem três amantes da Irmandade e administra um negócio de empréstimos com o dinheiro que elas lhe deram. Dizem que ele está atualmente reunindo outros Druidas do Prazer para formar uma organização com o apoio da Firma de Crime. — Gordon acrescentou.

Oliver mais uma vez voltou sua atenção para Shamus. Ele era alto e exalava confiança.

— Ele parece uma pessoa incrível. — Oliver comentou

— Sim, ele é. Mas para alguém velho como eu, ele também pode ser bastante intimidante. — Acrescentou Gordon.

— Hum?

Oliver olhou para Gordon, suas palavras foram sinceras.

— Landa é uma cidade que nasceu da combinação do poder político e do poder do capital. Valoriza a liberdade e o desafio, e é por isso que atrai super-humanos como magos, mercenários de guerra, druidas, feiticeiros e outros indivíduos talentosos. É por isso que a cidade se desenvolveu tanto. — Explicou Gordon.

— Entendo.

— Mas também mudou. Entre os seres sobre-humanos, existe uma nova classe que acumula riqueza.

Oliver já ouviu uma história semelhante no passado.

Os magos acumulam riquezas, o que ameaça a ordem existente da cidade de Landa e dos capitalistas.

O beco não parecia diferente. Talvez fosse ainda pior.

— Isso é ruim? Não é por isso que todos tentam melhorar? — Oliver perguntou, compartilhando seus pensamentos honestos.

Gordon ficou surpreso, mas sorriu levemente.

— Você tem razão. É por isso que pessoas como eu se concentram em recrutar indivíduos talentosos para manter nossa posição.

— Acho que você também está fazendo um bom trabalho. — Oliver acrescentou sinceramente.

Ele acreditava que trabalhar duro para melhorar e manter sua posição era algo positivo.

— Moro em Landa há muito tempo, então não demonstro gentileza sem motivo. Na verdade, até tentei contratar Dave para este leilão.

As palavras de Forrest de que os outros clientes não gostariam disso vieram à tona.

— Hum… Me desculpe. A culpa é minha, então, por favor, não fique muito zangado com o Sr. Forrest.

— Não, não estou chateado. Como Solucionador, é sua prerrogativa agir como quiser. Só quero que você se lembre de que lhe fiz um favor à minha maneira.

Gordon afirmou, dando a entender que esperava que Oliver o retribuísse no futuro.

Oliver imediatamente acenou com a cabeça.

— Sim, claro. — Ele respondeu.

— Excelente. Então, vamos dizer adeus agora? Qualquer um pode participar do leilão assim que entrar, então não serei mais necessário aqui. Tenho meus próprios assuntos para resolver. — Gordon afirmou.

— Hum, é o convidado especial que você mencionou antes? Posso perguntar quem é?

— Você conhece o Pilgaret chamado Dom?

Oliver estremeceu ao ouvir o nome.

— Sim, estou familiarizado com isso. — Ele respondeu.

— Ouvi dizer que o corretor que movimenta a mercadoria está participando do leilão para entregá-la. O mercado negro será retomado em breve e quero garantir o produto. — Explicou Gordon.

— O corretor da Dom? — Oliver repetiu, buscando esclarecimentos.

— Sim, há algum problema? — Gordon perguntou.

— Não, não, obrigado pela gentileza. — Oliver respondeu balançando a cabeça.

— Se precisar de um produto, fique à vontade para nos procurar. Forneceremos algo que atenda às suas necessidades. — Disse Gordon antes de se despedir e partir.

Jane se aproximou de Oliver depois que Gordon saiu.

— Consegui sua ajuda novamente.

— Perdão?

— Mais uma vez fui ajudada. É por sua causa, não por mim, que fui trazida para cá. — Disse Jane, referindo-se ao papel de Oliver nos eventos que a levaram a participar do leilão.

À primeira vista, pode parecer que Jane estava culpando Oliver, mas não foi o caso. Em vez disso, ela estava grata a ele. No entanto, ela também estava se sentindo decepcionada consigo mesma.

— Hum… Você está bem? Gostaria de conversar sobre isso? — Oliver perguntou, sentindo a agitação interior de Jane.

— Às vezes, questiono o que estou fazendo. — Começou Jane.

— Perdão? — Oliver perguntou, sem ter certeza se tinha ouvido corretamente.

— Você é incrível. — Oliver disse, tentando confortá-la.

— Você realmente acha isso? — Jane perguntou, a dúvida evidente em sua voz.

— Por que você pergunta? — Oliver perguntou.

— Sinto que estou desperdiçando minha energia. — Respondeu Jane.

— Não entendo. — Disse Oliver, confuso.

— Posso ser rica, mas surpreendentemente há muitas pessoas em Landa que são tão ricas quanto eu. E estando em uma cidade grande como esta, percebi que ser rica não me torna especial.

— ……

— Você se lembra da última vez que nos encontramos?

— Sim, nos encontramos no restaurante do hotel. Você disse que estava lá para a festa.

— Sim está certo. E eu disse que fui ao restaurante porque estava cansada. Mas era mentira.

— ……

— Tentei entrar no mundo deles, mas era um lugar difícil de se estar, especialmente para uma filha ilegítimo que de repente ficou rica. Então, eu os evitei ficando um tempo no restaurante e foi aí que te vi. Fiquei feliz em ver você.

— Eu fiz algo errado naquela época? — Oliver perguntou, sentindo-se culpado.

— Sim, naquela hora você me ignorou e me deixou com seu Bife. Você não me deu nem uma olhada.

— Hum….

— Mas, novamente, recebi ajuda assim. Afinal, sinto que não sou nada, exceto a fortuna que recebi de Edith. Então estou cansada. Sinto que estou fazendo algo inútil.

Ela estava falando sério.

Oliver não respondeu imediatamente e olhou para frente por um momento.

Depois de muita contemplação, ele finalmente falou.

— Posso dizer uma coisa?

— Sim.

— Você não é uma pessoa inútil ou vergonhosa.

— Obrigado pelo consolo.

— Quero dizer. Algumas pessoas podem ignorá-la, mas, ao mesmo tempo, muitos estão preocupados com você, como a Srta. Coco ou as pessoas da Casa do Anjo.

— É porque se eu não tiver lucro, elas também sofrerão.

— Isso não é verdade.

Jane ficou surpresa com as palavras de Oliver.

— Claro, suas emoções não são puras e sem interesses conflitantes, mas não são apenas calculadas. É mais complicado do que isso. A senhorita Jane também sabe disso. Eu acho isso lindo.

— Ela não me odeia porque crescemos juntas.

— Não é desse jeito.

— …?

— Seja no orfanato ou na mina, as pessoas achavam que eu era jovem, então todos me afastaram sem se sentirem culpados. Muitos deles até me bateram… Você está em melhor situação do que eu nesse aspecto.

Jane olhou para Oliver, perguntando como se suas palavras a tivessem confortado.

— É estranho, não resolve nada mas é reconfortante. Você leu um livro sobre isso?

— Não, ainda não li esse livro. É por isso que estou falando apenas do que sinto.

— ……

— Na minha opinião, você está ainda mais bonita agora. Não sei por que, mas você não segue o plano original e tenta coisas novas. Claro, não cabe a mim dizer, mas pessoalmente acho que isso deixa você linda agora. É como quando nos conhecemos.

— Você pensou assim depois de me ver… Alguém que tentou herdar a riqueza do pai agindo bem?

— Sim. Você tentou se tornar uma pessoa melhor, tentando sorrir, tentando ser gentil… Isso é lindo.

As emoções de Jane foram ligeiramente abaladas pelas palavras sinceras de Oliver, suas emoções brilhando intensamente com uma mistura de alegria, tristeza, gratidão, ressentimento, satisfação e insatisfação.

Oliver percebeu que por mais que as emoções humanas sejam bonitas, elas também podem ser muito difíceis de entender. Ainda assim, ele continuou.

— E sinto muito pelo restaurante. Não tive a intenção de ignorar você, mas sinto muito se você se sentiu assim. Tentarei não fazer isso de novo.

— Seu pedido de desculpas soa como falsa, porque parece que você não quis dizer isso.

— Hum… Sinto muito por isso também.

Jane sorriu levemente.

— Eu vou te perdoar… Na verdade, também tenho um pedido de desculpas a Dave.

— Por quê?

— Quando nos conhecemos, tentei lançar um feitiço em você usando um item mágico.

Oliver se atrapalhou em sua memória. Mas depois se lembrou.

— Ah, os acessórios? A joia que você jogou fora antes de ir para o esgoto?

— Sim, era um item mágico que aumentava o carinho da outra pessoa ao entrar em contato com ele. Sinto muito pelos problemas que causei naquela época.

Seu tom era mais grosso, mas não era estranho.

— Não, está bem.

— Bem, é estranho, mas não funcionou com Dave. Estou pensando em recomeçar, o que você acha?

— Eu não acho que você precise.

— Tudo bem, vou tentar acreditar.

Com suas emoções complexas bem processadas, as emoções de Jane brilharam de satisfação.

Enquanto isso, as luzes da sala diminuíram e se concentraram na plataforma onde o leilão aconteceria.

As pessoas vibravam de excitação enquanto se sentavam ou recuavam.

— É uma pena que Coco não tenha podido vir conosco.

Antes de ir ao leilão de membros, Coco se separou para comprar o livro que Oliver encomendou.

— Foi uma promessa comprar o livro para mim no primeiro dia.

Logo depois, um homem que parecia ser o anfitrião do leilão apareceu com um carrinho cheio de itens.

Os itens no carrinho eram antiguidades exóticas, e os convidados da casa de leilões colocavam seus óculos ou erguiam pequenos telescópios para examiná-los de perto. Oliver estava entre eles, mas estava mais interessado na pessoa que trouxe os itens do que nos itens em si.

“Alguma coisa não está certa. Aquele cara… Ele é como as pessoas das Cobras de Esgoto… É porque é hospedado pela Firma de Crime?”

Quando o leilão começou, a empolgação na sala cresceu. O anfitrião subiu ao palco e começou a falar.

[Olá a todos os nossos clientes que vieram hoje. Agradecemos a sua visita à nossa casa de leilões. Vamos pular as longas formalidades e ir direto para o… Leilão… Leilão?]

O anfitrião gaguejou enquanto parava, seu discurso parando repentinamente.

Todos franziram a testa, sentindo-se estranhos, quando um lado da cabeça do anfitrião começou a inchar. Ele inchou rapidamente, como se estivesse inflando como um balão. Seus ombros, peito e flancos seguiram o exemplo, até que todo o seu corpo se expandiu como se estivesse prestes a explodir.

Convidados e guarda-costas confusos tentaram se proteger.

Naquele momento, Oliver extraiu as emoções e conjurou o feitiço.

[Cubo Negro].

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