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Genius Warlock – Capítulo 191

Capítulo 191

— Sim, posso perguntar onde devo ir para chegar ao prédio da Escola Elemental?

Depois que Oliver terminou de falar, ele se verificou para ver se soava natural. Não havia problema com o contato visual, gestos ou tom de voz. Ele havia praticado com Coco e os residentes da Casa do Anjo, então isso vinha naturalmente para ele. No entanto, sendo sua primeira vez, era difícil dizer.

A garota de cabelos prateados cacheados e óculos espessos não respondeu imediatamente, como se algo estivesse errado, mas olhou para Oliver com um leve toque de curiosidade e desconfiança.

Ele não se sentiu mal, apenas queria agradecê-la por se envolver na conversa. Acima de tudo, Oliver também a observou durante esse tempo, para poder aprender com ela.

“Ela parece cansada. Por outro lado, não há vincos em suas roupas e suas emoções estão calmas… É parecido com os elites que eu vi.”

Depois que terminaram de se observar, ela falou.

— Por que a Escola Elemental?

A garota perguntou com um leve tom de cautela e dúvida.

“Será que eu deixei alguma coisa passar?”

— Devo ir trabalhar lá hoje.

Oliver tirou a carteira do bolso interno e mostrou a ela o crachá de funcionário da Torre Mágica que ele havia recebido de Merlin.

No crachá de funcionário, havia outra imagem da máscara de couro de Oliver, com o número de funcionário e a frase ‘Zenon Bright’, que era seu segundo nome falso.

O primeiro nome, Zenon, foi dado por Merlin, e o sobrenome era uma leve variação do sobrenome de Dave Wright.

— Um funcionário particular contratado pelo professor…

— Sim.

— Qual professor é esse? É a primeira vez que te vejo.

— É o Professor Kevin Dunbara da Escola Elemental.

A garota olhou diretamente para o rosto de Oliver e apontou em uma direção.

Era um prédio em forma de várias torres conectadas em uma, e era uma estrutura com um design sistemático e único, reminiscente de uma engrenagem.

— Lá. Se você for até a porta da frente, há um quadro de informações do prédio, então você pode se referir a ele.

— Ah, obrigado. Tenha um bom dia.

— Sim, você também.

Depois de agradecer à garota, Oliver seguiu seu caminho. Ele achou que ela era bastante gentil para alguém com uma mana vasta e pura dentro dela.

* * *

O suave tique-taque do relógio antigo ecoou pelo laboratório fracamente iluminado, enquanto Kevin Dunbara olhava para o relógio. Seu cabelo cuidadosamente penteado e seu terno afiado exalavam uma aura de impecabilidade que desmentia o perigo que os rodeava.

— Vou chegar um pouco mais cedo a partir de agora.

— Não, não há necessidade disso. É ineficiente. Só não se atrase.

— Sim, entendo. — Respondeu Oliver educadamente, seus olhos percorrendo o laboratório, absorvendo as visões estranhas.

Merlin permitira que Oliver entrasse na Torre Mágica, mas foi Kevin quem arriscou ajudá-lo. Oliver sabia que precisava seguir as instruções de Kevin de perto se esperava se beneficiar da Torre.

— A propósito, você não está atrasado. Pensei que você estaria atrasado. — Disse Kevin, sua voz tingida com um toque de diversão.

— Na verdade, eu quase me atrasei. A Torre Mágica é maior e mais ampla do que eu pensava, então me perdi no caminho.

— É verdade, você precisa de um mapa. — Kevin respondeu, pegando um mapa em sua mesa e entregando-o a Oliver.

Oliver inclinou a cabeça, surpreso com a presença de um mapa. Por que Merlin não lhe deu um?

— O Ancião se esqueceu de me dar? — Oliver perguntou.

— Não, na verdade, ele não te deu de propósito. Ele gosta de colocar seus pupilos em situações difíceis. Ele diz que isso promove cautela e pensamento rápido. — Explicou Kevin.

Oliver concordou, refletindo silenciosamente sobre as lições que Merlin ensinava a seus pupilos.

— Mas quem lhe disse o caminho? — Kevin perguntou, seus olhos afiados escaneando Oliver.

— Uma garota me ajudou em um momento crítico. — Oliver respondeu, lembrando-se da jovem que o guiou pelos corredores labirínticos da Torre.

— Interessante… Você deixou seu bordão de caminhada para trás? — Kevin perguntou, estudando Oliver cuidadosamente.

Oliver balançou a cabeça e tirou um pequeno bordão de madeira do bolso.

Era o bordão de caminhada que foi reduzido pelo feitiço de encolhimento.

Oliver aprendera o feitiço com Merlin e pretendia carregá-lo em sua bolsa mágica. No entanto, decidiu mantê-lo no bolso para fácil acesso em caso de emergência.

— Aqui. O Ancião disse que chama a atenção das pessoas.

— Feitiço de encolhimento… Carregar isso por aí é bem incômodo. — Comentou Kevin, seus olhos fixos no intricado feitiço entrelaçado ao bordão de madeira.

Era verdade. Lançar o feitiço era apenas o começo; mantê-lo exigia um suprimento contínuo de mana.

Para Oliver, isso significava extrair mana de seu próprio corpo ou ingerir frequentemente poções para repor suas reservas.

— Mas eu me sinto à vontade quando está ao meu lado. — Oliver ofereceu em defesa.

— Mesmo? Não parece estar encantado com magia ou magia negra. — Observou Kevin ceticamente.

— Sim, mas mesmo assim, me deixa à vontade. — Oliver respondeu com convicção.

Kevin suspirou.

— Bem, isso não é da minha conta. Você sabe qual é o seu papel?

Oliver assentiu.

— Sim, o Ancião me informou que sou um funcionário da Torre Mágica, contratado pela nobre misericórdia do professor. Meu trabalho é ajudá-lo em seu trabalho e fornecer mão de obra sempre que a Torre Mágica solicitar em meu tempo livre.

— Está quase certo. Pegue esses.

Kevin entregou a Oliver alguns folhetos, cada um com um título sério:

[Regras da Torre Mágica]

[Obrigações e Benefícios de Professores e Funcionários Individuais]

[Regras e Métodos para Usar as Instalações]

Oliver deu uma olhada rápida nas capas, notando a caligrafia rigorosa que indicava a rigidez das regras.

— É melhor se familiarizar com essas o mais rápido possível. A Torre Mágica é um lugar isolado, e as regras podem ser impiedosas. Se você quebrá-las e sofrer consequências, eu não estarei lá para ajudar você. — Kevin advertiu severamente.

Oliver assentiu compreendendo.

— Vou memorizá-las prontamente.

— Bom. Agora, vá limpar o quarto em frente ao laboratório. Está negligenciado há algum tempo, então você terá muito trabalho.

— Sim, eu entendo. Há mais alguma coisa com a qual posso te ajudar?

— O quê?!

— Desde que me tornei um funcionário do professor, estava pensando se há algo que você quer que eu preste atenção ou peça… Eu quero fazer o meu melhor.

— Não se atrase para a aula e não cause problemas.

Oliver assentiu, gravando o pedido na memória.

— Vou lembrar disso. Algo mais?

— Não, é tudo. Não sei muito sobre você, então não tenho mais nada a dizer. — Respondeu Kevin secamente.

Oliver baixou a cabeça, pronto para sair, quando Kevin o deteve.

— Espere um pouco.

Oliver se virou, curioso.

— Sim?

Sem mais delongas, Kevin habilmente reuniu mana em sua mão, comprimindo-a em uma forma concentrada antes de estalar os dedos.

O som resultante ecoou pelo laboratório, mas a mana condensada se espalhou uniformemente, selando o interior da sala do mundo exterior.

Agora que estavam seguros de ouvidos curiosos, Kevin tinha uma pergunta pessoal a fazer.

— Se me permite perguntar, Dave. Com seu nível de habilidade, tenho certeza de que poderia receber ofertas de qualquer organização. Então, por que insiste em trabalhar como Solucionador sozinho? Parece ineficiente do meu ponto de vista.

A pergunta de Kevin era indireta, como se coçasse uma coceira que estava além de seu alcance.

Oliver sentiu que Kevin estava desconfiado dele, embora não conseguisse dizer ao certo por quê. Kevin tentou esconder suas emoções com magia, mas suas habilidades não eram tão boas quanto as de Merlin, então Oliver conseguia enxergar através delas.

— Hmm… Não é que não tenha recebido nenhuma oferta, é apenas que recusei todas.

— Por quê? Seria mais conveniente de muitas maneiras pertencer a uma organização em vez de ser um Solucionador.

Era uma verdade que não podia ser negada.

Embora a vida de um Solucionador pudesse parecer desejável, com a promessa de liberdade e autonomia, a realidade estava longe de ser ideal. A natureza do trabalho deles exigia assumir missões perigosas, sem garantia de segurança ou sucesso.

Por outro lado, fazer parte de uma organização estabelecida oferecia uma medida de estabilidade e segurança. Claro, sempre havia exceções à regra, mas, em geral, os benefícios de ingressar em um grupo superavam em muito os riscos de seguir sozinho.

— Quando pertenço a uma organização, posso ser forçado a fazer coisas que não quero fazer.

— Coisas que não quer fazer?

— Sim, por exemplo, coisas que envolvem o sequestro de pessoas comuns, como crianças e mulheres.

Oliver respondeu, lembrando-se do Marionetista Glifo, o primeiro bruxo que conheceu quando foi pela primeira vez para Landa e ficou no abrigo de mendigos de Kent.

De repente, ele se perguntou como teria sido se tivesse aceitado a oferta e ido para a Mão Negra.

— A propósito, você não está afiliado à Torre Mágica agora? E você é um discípulo do Mestre.

— Hm, esse caso é uma exceção. Assinamos um contrato entre nós e decidimos encerrar o relacionamento se não conseguíssemos concordar com as coisas. Entrar na Torre Mágica é uma extensão disso, então eu não acho que seja um grande problema.

A emoção de Kevin brilhou com surpresa.

— Entendi…

— Hm… Eu cometi algum erro?

— Não, você não cometeu erro algum… Ah, é verdade. Deixe-me te avisar.

— Sim, por favor.

— Tem sido tranquilo aqui ultimamente, mas em breve, as pessoas tentarão arrumar confusão com você e te incomodar. Não cause problemas e aguente silenciosamente.

— Sim, eu entendo… Mas, por que tentariam arrumar confusão comigo?

— Porque você é meu funcionário.

* * *

Deixando para trás as palavras enigmáticas de Kevin, Oliver entrou na sala dos funcionários indicada por Kevin.

Poeira e detritos se acumularam ao ponto de rolar por aí, com manchas propositadamente esfregadas se destacando em meio ao caos. Como Kevin havia previsto, o quarto estava em um estado de desordem.

Mas, para Oliver, que cresceu em um orfanato e em uma mina, esse nível de desordem não era nada fora do comum.

Ele limpou o quarto usando o kit de limpeza fornecido por Kevin, sentindo como se fosse insuficiente.

Posteriormente, ele pegou seu próprio kit de limpeza de sua bolsa mágica, originalmente adquirido com o propósito de criar bonecos de cadáver ou limpar materiais. Sua eficácia já havia sido comprovada.

— Agora é hora de começar a trabalhar. — Murmurou Oliver enquanto começava a arrumar a sala dos funcionários com seu kit de limpeza.

Depois de concluir a limpeza, Oliver examinou o mapa da Torre Mágica dado por Kevin, se familiarizando com as regras e regulamentos, bem como as obrigações e benefícios de professores e funcionários individuais.

Ele também se familiarizou com as regras e métodos de uso das instalações.

Depois de focar sua mente na tarefa em mãos, percebeu que era hora de voltar para casa.

Oliver se dirigiu à frente do laboratório, mas estava vazio, já que Kevin ainda não havia chegado. Embora Kevin o tivesse instruído a deixar o trabalho em caso de atraso, Oliver se perguntou se essa era a ação certa.

Com a biblioteca da Torre Mágica à sua disposição, juntamente com a oportunidade de frequentar aulas e um salário decente, mesmo pelos padrões dele, Oliver não pôde deixar de sentir que suas circunstâncias atuais eram confortáveis demais. No entanto, ele não estava prestes a se aproveitar de sua situação buscando trabalho adicional.

— Bem, se houver algo a fazer, se apresentará. — Refletiu Oliver, e começou a se preparar para o trabalho do dia.

Nesse momento, Oliver sentiu alguém se aproximando. O laboratório de Kevin estava localizado na extremidade mais distante da torre, tornando improvável um encontro casual. Era evidente que a pessoa tinha alguma conexão com Kevin.

Pouco depois, uma garota apareceu no corredor. Ela era um rosto familiar, a garota de cabelos prateados que havia mostrado o caminho a ele anteriormente.

Ela se aproximou da sala, erguendo seus óculos distintamente grossos.

— Olá, Professor Kevin. Vim perguntar sobre as aulas que você ministrará neste semestre.

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