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Genius Warlock – Capítulo 55

Capítulo 55

O luar azul brilhou através da porta aberta, revelando o interior do armazém.

Tinha um cadáver pendurado no teto e uma mesa de operação de um lado.

Ferramentas cirúrgicas foram colocadas ao lado dela.

Em vez de um armazém, parecia mais uma espécie de laboratório e sala de trabalho.

Tudo o que Oliver podia ouvir na sala era o som de uma respiração áspera.

— Quem… quem diabos é você?

Oliver olhou para ele.

Um homem cercado por zumbis que foram costurados em várias partes como um pano.

Percebeu na hora que o homem era o Marionetista Glifo e o cumprimentou com educação.

— Oi?

Oliver se perguntou se o seu modo de cumprimentar estava errado, visto que o Marionetista o encarava com um sentimento de alienação e confusão.

Também o observou e conseguiu entender o porquê ele estava falando por meio da boneca.

Era gordo o suficiente para ser deformado, quase ao ponto em que não podia deixar de cair como massa de pão.

Era sem dúvidas uma forma corporal que não era adequada para um campo de batalha perigoso.

O magricelo Oliver também era semelhante a ele em alguns aspectos.

Ficou parado e olhou para ele até que o Marionetista felizmente abriu a boca primeiro: — Q-quem diabos é você?

— Eu sou Oliver. Não falei antes…?

— Quem… é o seu Mestre?

— ? Não falei antes?

— Não minta! — o marionetista gritou até o ponto em que suas bochechas caídas tremeram.

— Nunca ouvi falar de um tal de Joseph em Landa. Dá para dizer que você é muito novo, mas minha boneca… Quem é o seu mestre?!

Oliver ficou em silêncio.

Ele disse a verdade, mas a outra pessoa não acreditou nele, então não sabia como persuadi-lo.

Contudo, como se o silêncio em si funcionasse, o Marionetista Glifo murmurou confuso. — Ei, você… O que você disse não é mentira?

— Sim… Ele era nativo de Landa, mas se mudou. E eu acabei de chegar aqui.

Glifo suou enquanto colocava força nos olhos.

Provavelmente estava tentando ler as emoções do Oliver, e o garoto sabia disso porque fez o mesmo com muita frequência.

— O-o que é você? — Glifo olhou atentamente para Oliver, tropeçando para trás enquanto perguntava.

Parecia que Oliver entendeu o que ele estava falando.

— Ah, meu Mestre disse que minhas emoções são muito fracas. Então…

— Não. Não é isso.

— O quê? — Oliver perguntou, mas o marionetista não respondeu.

As emoções do Marionetista estavam nubladas de confusão, medo e terror.

Foi como se ele tivesse visto algo inacreditável por um momento.

Em meio ao caos, o Marionetista conseguiu se acalmar enquanto o medo e o terror eram ofuscados pela coragem e astúcia.

— Por que você… está contra mim?

O Marionetista Glifo perguntou, não para observar a reação dele, mas porque ficou genuinamente curioso.

Oliver respondeu porque também ficou curioso sobre algo.

— Hum, de alguma forma acabou assim. Posso te fazer uma pergunta?

— Pergunte…

— Como você fez aquela primeira boneca que eu vi?

— Está falando da boneca cadáver?

— Sim. Aquilo foi incrível. Do lado de fora, realmente parecia uma pessoa viva.

Ele elogiou de todo o coração, mas o Marionetista Glifo ficou bastante horrorizado ao invés de encantado.

Ele se sentiu como se estivesse na frente de uma besta selvagem.

Estranhamente, havia uma vontade de aproveitar a oportunidade entre tal tensão e medo.

O marionetista se perguntou o que Oliver queria.

— Aprendi… com meu Mestre.

O Marionetista estava falando a verdade.

— Aprendeu?

— Sim, do meu Grande Mestre, a quem o mundo chama de Marionete.

O Marionetista Glifo estava esperando algum tipo de reação, mas a reação do Oliver foi muito branda.

— Marionete…? Marionete? É um nome único.

As emoções do Marionetista Glifo brilharam com perplexidade e absurdo.

— Você… não sabe quem é o Marionete?

— Hum… E preciso saber?

— Claro. Claro, se você é um bruxo, então deve saber! Ele é uma lenda no mundo da magia negra, alguém que viveu por centenas de anos.

— Hm… Desculpa. Não faz tanto tempo desde que aprendi magia negra. Então não sei muito sobre o mundo da magia negra. Meu Mestre… não pôde me ensinar direito por causa do trabalho dele.

— Quanto tempo faz desde que você começou a aprender magia negra?

— Hum… foram quantos meses?

Oliver contou o número de meses usando o dedo para responder à pergunta dele.

Não conseguia se lembrar da data em que foi vendido ao Joseph, então só podia adivinhar.

Mas o Marionetista Glifo não parecia satisfeito com a resposta dele.

— Mentira… não minta! Não importa o quanto você seja um gênio, a boneca cadáver que consolida todo o conhecimento que adquiri ao longo da minha vida… não é algo que uma pessoa que aprendeu magia negra por apenas alguns meses possa derrotar!

Ele ficou realmente zangado e negou aceitar a realidade.

Só que essa era a verdade.

— Você é… um contratante?

Contratante era uma palavra que Oliver conhecia.

Um ser que ganhava poder por meio de um contrato com um Demônio.

De acordo com o que viu no escritório do Joseph, era dito que o contratante poderia ganhar talento e força que excedia em muito além de uma vida de trabalho duro.

Por analogia, era como uma evolução que transcendia as espécies.

Embora tivessem que arcar com o preço consequente, muitos bruxos caiam em tentação porque o fruto era muito doce.

Era por isso que os Bruxos eram rejeitados.

— Desculpa, mas não.

— Não?

— Sim, quero ver um Demônio, mas não sou um contratante.

Glup.

O Marionetista Glifo olhou para a oportunidade e engoliu sua saliva.

Ele decidiu alguma coisa e perguntou ao Oliver: — Você… quer ser um contratante?

— Hm… Não tenho interesse em ser um contratante, mas quero conhecer um demônio. Quero perguntar umas coisas.

Oliver respondeu, lembrando-se do “Velho no cavalo” que o cumprimentou.

Queria saber por que aquele demônio se curvou para ele.

E por que parecia tão familiar?

Oliver queria saber.

— Quer… perguntar algo para um Demônio?

— Sim…

— Está interessado na minha… boneca cadáver?

Oliver relembrou e respondeu: — Sim… É interessante.

— Você deve ter muitas perguntas, né?

— Como sabe? Tenho tantas perguntas.

De repente, surgiu um sorriso leve na expressão do Marionetista Glifo.

Era como se tivesse pegado uma pepita de ouro.

— Então vou te ajudar…

— Vai?

— Sim, vou te ajudar a satisfazer sua curiosidade. Pelo que posso ver, você tem ótimas habilidades, mas falta senso comum… O que acha? Eu te ajudo se me ajudar.

Oliver olhou para o Marionetista Glifo e viu que estava falando a verdade.

Podia ter uns motivos ocultos, mas foi sincero sobre ajudar.

— Hum… isso tem algo a ver com a organização Mão Negra?

— Sim… aquele filho da puta do Freckle te contou?

— Sim… Ouvi dizer que é uma organização composta de bruxos poderosos, certo?

— Bem… é muito maior do que isso, mas está mais ou menos certo. É uma organização poderosa encarregada de um eixo na vida após a morte. Uma organização que pertence às lendas vivas de Bruxos. Eles lidam com muitos recursos e conhecimento proibido. Se você se tornar parte dessa organização…

— O sr. Marionete, o Mestre do sr. Glifo, também pertence a essa organização?

— Sim! Agora você entendeu o poder da Mão Negra, certo!? Mas quando se referir ao Mestre, chame de Sr. Marionete.

— Hum, tá bem… Mas tem algo que não faz sentido.

— O quê?

— Por que você está se esforçando para se juntar à organização quando seu mestre pertence a ela?

Naquele momento, as emoções do Marionetista Glifo tremeram.

Sentiu como se tivesse jogado sal na sua ferida, de modo que ficou aflito.

— Bem, é por causa do ensinamento do meu mestre… Sim, por causa do ensinamento dele. Preciso provar meu valor. Tipo um teste!

Era uma mentira.

Oliver viu através do interior do Marionetista Glifo, mas não ficou muito incomodado com isso.

Não parecia ter nada de especial nisso, então perguntou outra coisa.

— Mão Negra parece um lugar ótimo.

— Sim.

— Então, não será fácil se juntar, certo?

— O que… raios você está tentando dizer?

— Hum, nada de especial, pedir mendigos ao Freckle tem algo a ver com se juntar à Mão Negra, como as pessoas aqui embaixo?

Oliver falou enquanto apontava para o porão do armazém.

Debaixo do armazém, havia muitas emoções cheias de medo.

Diante dessa pergunta, a expressão do Marionetista Glifo ficou sombria.

— Sim, e daí…? Não me diga que um Bruxo como você se importa com essas coisas?

Oliver pensou se ele se importava com isso.

Esfregou a testa e pensou.

Pensou sobre o porquê saiu de Wineham.

Ele se esqueceu do propósito por um tempo, quando ficou curioso sobre Kent.

‘Por que eu saí de Wineham?’

Não era nada além de satisfazer sua curiosidade.

Para satisfazer sua curiosidade sobre emoções belas, magia negra e demônios.

Porque achava que seria difícil encontrar uma resposta para essas perguntas enquanto administrava uma organização.

— Não… — Oliver murmurou.

Obviamente, esse era o seu motivo principal, mas tinha um motivo separado que se tornou uma centelha pequena e o fez sair.

Foram só palavras passageiras, mas foram decisivas para fazer Oliver sair de Wineham.

Naquele momento, a voz de uma mulher ecoou em seus ouvidos.

— Não permaneça nesta escuridão, saia para o mundo. Conheça muitas pessoas por aí e aprenda a viver como uma pessoa normal.

— Ugh

Oliver suspirou como se tivesse arranhado a área coçando com precisão.

E, nesse processo, ele conheceu Kent, que o ajudou sem segundas intenções.

Só porque sentiu pena dele, ele o ajudou sem nenhum motivo oculto.

Oliver nunca recebeu esse tipo de ajuda no passado.

Além disso, protegeu os mendigos e até mesmo ele, colocando sua própria vida em risco.

Embora suas emoções não fossem sem tentação ou frustração, ainda realizou sua vontade até o fim.

Suas emoções não eram tão deslumbrantes quanto as emoções belas, contudo, aquela luz suave… era muito…

— Responda à minha pergunta!

Oliver voltou a si por causa do barulho repentino.

O Marionetista Glifo na frente dele tinha uma expressão de raiva no rosto.

— Responda à minha pergunta… Um Bruxo precisa se preocupar com esses vermes?

— Hum… um pouco?

— O quê…?

— Como devo dizer… Não consigo expressar bem, mas é incrível. Suportar algo e manter sua vontade… É lindo.

— Lindo?

— Sim, você é um Bruxo, então não deveria saber sobre essas emoções…?

— Não sei do que você está falando…

— Ah… que lamentável.

— Vou falar mais uma vez… Se você cooperar, vou te ajudar a obter o conhecimento que quer. Se você se juntar à Mão Negra, poderá obter conhecimento e ensinamento da organização, e também poderá usar o mercado negro usando as conexões pessoais que fizer lá.

— Hm… Mão Negra… Desculpa, mas para fazer isso, preciso entregar os mendigos como Freckle?

— Sim, eu deixo você se juntar em troca de desistir deles. Pode obter um poder tremendo e conhecimento me dando os mendigos da rua.

Oliver ficou perdido em agonia.

Demônios, magia negra, emoções belas.

Havia tantas coisas que queria saber, mas Oliver não sabia como obter esse conhecimento.

E o homem na frente dele estava falando a verdade.

Ele podia ajudar o Oliver.

Com essa ajuda, poderia obter o conhecimento que queria.

O primeiro passo era entregar os mendigos.

Era um preço muito barato. Era inegável que eram enormes em números, mas não tinham poder, e Oliver poderia se safar se quisesse.

Mas não gostou da ideia.

— Isso é um pouco demais.

— O quê?

— É um pouco… Bem, é verdade que quero conhecimento, mas acho que não posso fazer isso.

— Tem ideia de como está sendo idiota agora?

— Sim. Mesmo assim, não consigo evitar. Eles me ajudaram um pouco, e eu não os odeio.

— Você está perdendo essa grande oportunidade por um motivo insignificante? É a Mão Negra… A chance que todo bruxo sonha!

— Bem, foi mal, mas não posso evitar. Acho que tenho que rejeitar a oferta.

— …?

— Acabei te conhecendo por causa desse motivo insignificante, então isso por si só não é interessante? Sair para o mundo, conhecer pessoas diferentes, sair com elas… É muito interessante.

— Sério? Então, morra com eles! — Cheio de raiva, o Marionetista Glifo ordenou os zumbis restantes para atacarem Oliver.

Oliver alvejou as cabeças dos zumbis e depois disparou projéteis de ódio.

Ao contrário das bonecas cadáveres anteriores, os zumbis foram simplesmente destruídos porque o Marionetista não adicionou nenhuma característica especial.

[Escudo de Carne]

[Esfera Óssea]

O Marionetista Glifo criou um escudo de zumbis destruídos e criou lanças feitas de ossos.

No entanto, quando Oliver disparou um projétil de ódio, seu contra-ataque foi completamente destruído ao ponto de ser inútil.

— Kuck…!

O projétil atravessou o escudo e o atingiu no estômago.

O Marionetista Glifo desabou, então falou com pressa enquanto olhava para Oliver.

— Ughh, tá bom…! Desisto… Vou embora assim. Não vou fazer nada com os mendigos…

Oliver se aproximou e disse: — Sei que é mentira.

— Foda-se… se eu morrer, meu… meu mestre, o grande Marionete, vai se vingar…

— Sei que também é uma mentira, você não tem certeza disso…

A expressão do Marionetista Glifo se distorceu em choque.

Ficou todo envergonhado como se tivesse sido despido pela pessoa à sua frente.

Oliver se aproximou dele, ajoelhou-se e perguntou educadamente: — Sei que é uma mentira que seu mestre, sr. Marionete, te deu um teste. Por que mentiu?

A expressão do Marionetista Glifo ficou distorcida ao ponto de não poder mais ser distorcida.

Suas emoções finais eram apenas medo, vergonha e desespero.

Enquanto arfava e morria, ele estava cheio de medo e vergonha.

Oliver grunhiu enquanto olhava para o cadáver.

Pensou que talvez pudesse ver a luz bela novamente.

Por alguma razão, o medo desempenhou um papel maior do que vontade no último minuto.

Ficou um pouco arrependido.

Oliver então concentrou sua energia nos olhos.

Em seguida, viu o dispositivo de passagem secreta como o que tinha visto na fábrica do Joseph no passado.

Oliver se aproximou do lugar e tocou a parede com as emoções na mão.

A luz negra se moveu lentamente algumas vezes, e então a passagem secreta foi aberta.

Ao descer as escadas, viu uma cama, uma mesa, alguns livros, um cofre, ferramentas de magia negra e um grupo de pessoas que estavam trancadas na jaula de ferro.

Oliver olhou para eles e perguntou: — Precisam de ajuda?

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