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Genius Warlock – Capítulo 7

Capítulo 7

Todos ficaram em choque.

Dizia-se que era muito mais fácil extrair emoções armazenadas em frascos do que extrair diretamente de uma pessoa, só que ficaram todos estarrecidos por causa da quantidade extraída de uma vez.

Era difícil até mesmo para discípulos formais de baixo nível, e não era uma tarefa fácil para discípulos formais intermediários.

Sobretudo, Oliver nem mesmo suou para extrair.

Quanto maior a qualidade da emoção, maior o volume, consequentemente, maior o fardo sentido pelo Bruxo, mas Oliver não mostrou sinais disso.

Pelo contrário, parecia uma criança brincando com um brinquedo.

— …

— …

— …

Enquanto todos ficavam surpresos e estupefatos, Oliver sentiu algo estranho e perguntou do seu jeito enfadonho e peculiar.

— Fiz… alguma coisa errada?

— Não, foi ótimo. Né?

Joseph perguntou ao Andrew, que estava observando no fundo, e Andrew assentiu lentamente.

— Sim, sim, foi muito bom. Muito mesmo.

A atmosfera caótica recuperou a estabilidade, e Joseph continuou a aula.

— O que vocês acabaram de fazer foi a extração. É o primeiro passo na magia negra. Tem um total de dois métodos de extrair emoções. Alguém sabe quais são?

Marie ergueu a mão novamente.

Ela parecia muito agitada.

— O primeiro é extrair emoções armazenadas no tubo de ensaio, e o segundo é diretamente das pessoas.

— Quais são as semelhanças e diferenças entre os dois?

— O ponto comum é que as emoções de ambos os métodos são de pessoas reais. A diferença é que um é pré-colhido e armazenado, enquanto o outro é extraído na hora.

— Qual é mais difícil?

— O segundo é mais difícil. Emoções pré-colhidas são fáceis de extrair. Também porque existe a chance do alvo resistir na hora da extração, e tentar extrair no meio do combate pode ser fatal.

Joseph assentiu e elogiou Marie com uma resposta satisfatória.

Só que foi um pouco intrigante para Oliver.

Só teve uma experiência, mas não achou muito difícil extrair emoções diretamente das pessoas.

Na verdade, foi bem divertido… Pelo menos, para ele.

Joseph abriu a boca novamente.

— Como Marie disse, é mais difícil extrair emoções das pessoas. Até mesmo as pessoas comuns resistem por instinto. Se extrair errado, pode falhar na extração e sofrer um revés. Portanto, os Bruxos sempre armazenam uma certa quantidade de emoção. Só que um verdadeiro Bruxo não pode confiar somente nas emoções pré-colhidas. Isso ocorre porque ser capaz é também uma habilidade e porque as emoções extraídas das pessoas são de melhor qualidade. Entenderam?

— Sim, Mestre.

— Então, não fiquem satisfeito com o nível atual e deem o melhor para serem mais proficientes, e aqueles que falharam devem treinar cada vez mais. Lembrem-se, o tempo nunca vai esperar por vocês.

Em seguida, as crianças, que não conseguiram extrair emoções, baixaram a cabeça.

Interiormente, sentiam nervosismo, medo, inveja e ressentimento.

— Bem, vamos voltar para a aula. Me imitem todos aqueles que conseguiram extrair as emoções.

Joseph reuniu a luz negra na ponta dos dedos e fez um círculo como fez na vez que conheceu Oliver.

Não fazia muito tempo desde a última vez, só que não era mais fascinante para Oliver.

Logo, todos começaram a reunir a luz e tentaram imitar a forma que Joseph mostrou.

— Ugh…

— Awwww.

— Uau…

A maioria das imitações parecia mais uma coisa amassada do que um círculo.

Apenas os supervisores como Tom e Marie que fizeram o círculo da forma correta.

E teve mais um.

Foi o Oliver.

Oliver comprimiu a luz negra extraída em um círculo do mesmo tamanho do feito pelo Joseph.

Um círculo perfeito com pouca oscilação e sem partes amassadas.

Joseph manipulou a luz negra novamente e transformou o círculo em um quadrado.

Tom e Marie mudaram com certa facilidade, mas os outros não conseguiram mudar facilmente e a forma entrou em colapso no meio.

Joseph transformou o quadrado em um triângulo.

Após o triângulo, foi mudado para um cone, uma estrela, um anel e uma fita de mobius. Neste ponto, apenas os três supervisores e Oliver foram capazes de seguir.

— Tudo bem, vocês me seguiram bem. Este é o último. Façam o modelo mais difícil que conseguirem. Quanto maior e mais complexo, melhor. 

Era hora de mostrar suas habilidades individuais.

Todo mundo cerrou os dentes com força porque queria deixar uma boa impressão aqui.

O primeiro a se exibir foi Tom, que logo se tornará um discípulo formal.

Ele criou o modelo mais difícil que poderia apresentar para solidificar sua posição.

Depois de fazer a luz negra em uma forma cilíndrica, ele a alongou e torceu como uma mola para torná-la uma coluna em espiral.

Todos o admiraram quando viram isso.

Ao lado, Marie estava consciente dele, então tentou imitar a mesma forma, mas não conseguiu mantê-la no meio do caminho, de modo que entrou em colapso.

— Ah…

A exclamação melancólica da Marie e a risada sorridente do Tom foram ouvidas.

— Você não quer fazer?

Joseph perguntou, olhando para Oliver em pé e em silêncio lá no fundo da sala.

Oliver olhou para Joseph e perguntou como se tivesse tomado uma decisão depois de pensar um pouco.

— Posso tornar tão grande e sofisticada… quanto possível?

— Sim.

Ouvindo a resposta curta do Joseph, Oliver envolveu as mãos com luz negra, que era diferente das outras.

Todo mundo ficou curioso sobre o que ele estava fazendo, mas pensavam que Oliver fracassaria.

Na verdade, esperavam o fracasso dele.

A luz negra nas mãos dele flutuou. Era como um ovo à beira da eclosão, e então se tornou uma esfera perfeita, estabilizando-se firmemente de novo.

— É só uma bola?

Foi então…

A luz negra, que recuperou a estabilidade, encolheu rapidamente e se tornou tão pequena quanto pérolas, logo, ela se expandiu novamente para cobrir toda a sala de aula.

Todos ficaram atordoados porque não conseguiram entender a situação, mas logo uma cena inacreditável se desenrolou na frente deles.

Uma estrutura preta de videira de hera cobriu toda a sala de aula.

Era tão elaborada como se fosse uma videira de hera real, e ninguém conseguiu abrir a boca enquanto olhava para ela.

Todos olharam para Oliver com os olhos arregalados.

Ele olhou em volta para a videira de hera e disse suavemente: — Ó, funcionou.


Na manhã seguinte.

Oliver sentiu que algo mudou.

Não apenas os colegas de trabalho, que o desprezavam e ignoravam até ontem, mas até mesmo o supervisor ficou um pouco cauteloso.

Externamente, fingiam não mostrar, mas a luz nos corpos deles dizia a verdade.

Eles ficaram com medo e inveja de Oliver ao mesmo tempo, e alguns tinham um brilho de admiração.

Ele não entendeu a mudança.

Em algum momento no orfanato e na mina, o modo como as pessoas o tratavam tinha mudado, mas essa foi a primeira vez que mudou em tão pouco tempo, então Oliver não fazia ideia do porquê isso estava acontecendo.

No entanto, suas preocupações prevaleceram apenas por um momento, porque parou de pensar nisso e começou sua rotina diária, limpando a fábrica e começando sua vida diária como de costume.

Fazer amigos ou se sentir superior nunca foi uma opção para ele.

O único interesse agora era aprender magia negra.

Tinha mais que o dobro de carne empilhada do que o habitual, talvez por causa do dia de folga devido à aula.

Oliver carregou o pedaço de carne e levou para perto do moedor.

A carne era grande e pesada, e a maioria cheirava mal, mas o trabalho era confortável para Oliver em comparação com o que fazia na mina.

Sobretudo, gostava porque era um trabalho simples, onde não havia necessidade de usar a cabeça, de modo que podia trabalhar mecanicamente e pensar em outras coisas.

Por exemplo, refletir sobre a aula que aprendeu ontem.

Ao mesmo tempo em que Oliver refletia sobre as lições de ontem, continuava questionando e evoluindo.

Por exemplo, por que é mais difícil extrair emoções diretamente de uma pessoa?

Qual é o método mais eficiente de armazenar emoções?

Por que colocam em um tubo de ensaio?

Como uma criança de três anos, constantemente se perguntava o porquê e procurava respostas por conta própria.

Havia momentos em que tropeçava nas respostas satisfatórias e às vezes não conseguia. Obviamente, não achou respostas, então se sentiu frustrado e desconfortável por não conseguir arranhar a superfície da resposta.

Desejava segurar alguém e fazer perguntas.

— Com licença… Não está cansado? Se quiser, posso te ajudar.

Oliver olhou para a voz súbita.

Tinha um trabalhador lá.

Ele repetiu suas palavras pensando que Oliver não tinha escutado.

— Deve ser difícil mover a carne sozinho, posso ajudar?

— Por quê…?

Oliver perguntou ao trabalhador.

Não estava sendo sarcástico, só ficou curioso.

— Oh… Porque é difícil fazer isso sozinho. É menos cansativo se a gente mover junto e… Somos colegas. Sim! Colegas…

Oliver sabia que não era muito inteligente, mas notou que alguma coisa não fazia sentido.

De repente, questionou se o trabalhador era uma pessoa que ajudaria porque era seu colega.

Sobretudo, ficou preocupado com a luz circulando ao redor do trabalhador.

Ele estava sorrindo, mas a luz ao seu redor estava distorcida e era astuta como uma cobra.

Era uma forma que tinha visto mais de uma vez.

Sim, era a luz emitida pelo diretor do orfanato, pelo supervisor de mineração e pelo dono da estalagem.

Mas não entendia o que o trabalhador estava tentando alcançar mostrando essa atitude em relação a ele.

— É ele?

— Sim, é ele. Faz uma semana que está aqui, mas na aula de ontem…

— Sério?

Oliver virou a cabeça e viu Andrew de longe, de quem sentiu uma luz parecida com um mosquito; hostil, alerta e irritante.

Viu algumas pessoas novas lá, olhando para Oliver enquanto emitia uma luz cautelosa.

Oliver se sentiu como um cão de rua que invadiu o território de outro cão de rua.

Só queria aprender magia negra, enquanto trabalhava de boa, só que pessoas problemáticas começaram a girar em torno dele do nada.

Em seguida, uma pessoa entrou na visão do Oliver.

Foi a Marie.

Oliver se aproximou dela porque pensou que ela poderia ajudar, mas a garota franziu a testa quando o viu se aproximando.

Não era só a expressão facial dela.

Muitas emoções negativas como raiva, inveja e ansiedade podiam ser vistas na luz ao seu redor, e Oliver não teve escolha a não ser parar de se aproximar dela sem perceber quando viu a luz.

Ele não sabia como responder à mudança repentina, mas foi então que Andrew o chamou.

— Oliver?

— Oi…?

— O Mestre está chamando. Siga-me.


Oliver seguiu Andrew até a sala do Mestre.

Ela ficava no porão da fábrica como a sala de aula, só que o esplendor desta sala nem se comparava o da outra

Paredes e tetos bem acabados, camas enormes, o cheiro cítrico flutuando no ar, móveis que nunca viu antes… Sim, era semelhante ao escritório luxuoso do Diretor da Mina que viu uma vez.

Felizmente, Oliver não estava muito interessado nisso, então não mostrou nenhum interesse.

A única coisa que lhe interessava era que foi chamado pelo Joseph.

— Eu saúdo o Mestre.

Oliver o cumprimentou com um senso de reconhecimento.

Joseph respondeu, enchendo uísque em um copo de vidro sofisticado.

— Sim, entre. Como você está?

Oliver inclinou a cabeça para a pergunta estranha.

Ele não entendeu o significado das palavras.

— Uh, sim. Estou bem.

— Bem? Sério? 

— Sim… Mas eu gostaria de frequentar aulas com mais frequência.

Joseph franziu a testa quando ouviu isso e depois caiu na gargalhada.

Seguindo-o, Andrew também caiu na gargalhada.

— Sim, bem, isso é mais a sua cara. Tem mais alguma coisa? Está desconfortável com algo? Como as pessoas ao seu redor, comida ou cama?

Muitas coisas vieram à mente do Oliver.

Um colega de trabalho que costumava brigar com ele, o mesmo pão e sopa todos os dias, e um colchão úmido e mofado.

— Não, não estou. Muito obrigado pela sua gentileza, Mestre.

Ele imitou as falas das crianças quando lisonjeavam os supervisores.

Todos gostavam, mesmo sabendo que era mentira. Por sorte, parecia que Joseph gostou também.

— É uma boa atitude, não, não sei se é uma boa atitude, mas gostei. Excelente… Um garoto bom precisa receber um prêmio, certo? Tenho boas notícias para você.

— Vai me ensinar magia negra de novo, Mestre?

— Não, vou te dar uma chance em vez disso. Uma chance de se tornar um discípulo formal.

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