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Genius Warlock – Capítulo 93

Capítulo 93

Tak Tak Tak

Oliver caminhou por um bom tempo para visitar o Distrito P.

O Distrito P era uma zona de fábricas e, assim como a residência de trabalhadores no Distrito T, parecia relativamente seguro em comparação com outros distritos residenciais de trabalhadores, porque ficava perto dos residenciais de classe média e alta.

Contudo, isso só valia para a parte central do distrito.

Oliver visitou uma igreja pequena localizada nos arredores e viu como toda a área estava muito solitária.

Era como um lugar abandonado onde dava apenas para ver mendigos ocasionalmente.

Entregou aos mendigos um ou dois xelins e olhou ao redor.

Felizmente, não havia nada suspeito.

Oliver ficou animado.

Porque poderia falar com a Joanna logo.

Ele entrou na entrada da igreja onde uma cruz velha tinha sido erguida.

A forma retangular do interior da catedral estava lotada de cadeiras longas e desconfortáveis.

Oliver se perguntou se era porque ninguém estava dentro da igreja.

Claro, não ligava para isso.

Oliver pegou algumas notas dos braços, colocou na bandeja de oferenda e entrou.

Então se sentou atrás de uma mulher com cabelos loiros e longos, sentada sozinha na catedral.

Oliver a imitou, de modo que também entrelaçou as mãos, aproximou-as do peito e disse baixinho.

— Srta. Paladina?

— Shhh. Espere um minuto.

Oliver permaneceu em silêncio conforme instruído.

Foi então que ouviu a oração da Joanna.

— Pai sagrado…Conceda-nos força, coragem e sabedoria quando estivermos fracos e cuide de nós enquanto cumprimos a missão sagrada que nos deu. Então, por favor, torne-me Tua filha orgulhosa. Os filhos do pai rezam… Mallelujah.

Depois da oração, um silêncio solene tomou conta dos arredores. Após um momento, Joanna abriu lentamente a boca.

Sua voz estava mais calma do que a que Oliver tinha ouvido antes.

— É você… Oliver?

— Sim.

— Obrigada por vir.

— Obrigado por me chamar. Aprendi como era honroso ter uma conversa com uma paladina. Te agradeço de coração… E posso te perguntar uma coisa?

— O quê?

— Como sabia que era eu? Como pode ver, meu rosto está diferente, né?

Ele perguntou, acariciando o rosto coberto pela máscara de couro.

Oliver se perguntou se havia algo que apenas os paladinos pudessem reconhecer.

Joanna manteve seu silêncio característico e abriu a boca depois de um tempo.

— Só descobri…

— Oi…?

— Você é o único com esse tipo de atitude e tom de voz.

— …

Oliver ficou chocado e em silêncio.

Deu o seu melhor para se passar por uma pessoa normal com senso comum, pelo menos do seu próprio jeito, mas sentiu que todos os seus esforços foram em vão.

— Hum… Eu deveria me esforçar mais?

— O que aconteceu?

— Hã? Ah, tentei parecer uma pessoa normal, mas acho que não me esforcei o suficiente.

— Não. Não é isso que estou perguntando… o que você está fazendo aqui?

— ? Claro, porque a srta. Paladina me chamou aqui… Ah, estava perguntando por que estou trabalhando como Solucionador?

Joanna, que estava encarando como se estivesse no limite da paciência, balançou com a cabeça e respondeu.

— Claro, claro. Por que está trabalhando como um Solucionador? Você… era o chefe de uma família de bruxos, certo?

Não havia hostilidade nas emoções dela.

Em vez disso, ela estava repleta de confusão, dúvida e esperança. O motivo para essas emoções era desconhecido.

Oliver respondeu olhando para Joanna, que estava esfregando os olhos como se estivesse cansada.

— Estava apenas seguindo o conselho da srta. Paladina.

— Conselho?

— Sim, você não disse para eu sair e conhecer pessoas? É por isso que… Claro, não foi só isso, mas foi um dos principais motivos. Obrigado. Eu quis falar isso esse tempo todo, e agora finalmente posso.

Joanna mostrou um olhar confuso como se não conseguisse acreditar.

Era um olhar que Oliver tinha visto várias vezes. Um olhar que significava que ela não conseguia entender o que ele estava falando.

Oliver se perguntou o porquê todas as pessoas com quem conversava mostravam esse tipo de expressão de vez em quando.

— …

— …

Um silêncio constrangedor tomou conta por um momento, mas Oliver quebrou o silêncio.

Ela era a pessoa que ele queria encontrar, então se sentiu mal por passar o tempo em silêncio.

— Como vai?

— Eu?

— Sim… Ouvi do farmacêutico que você voltou em segurança, mas fiquei um pouco preocupado. Como você está?

Ao ouvir a pergunta do Oliver, o rosto branco como neve dela ficou um pouco vermelho.

Oliver conseguiu ver emoções de timidez, vergonha e culpa crescendo dentro dela, e de alguma forma ela parecia sentir vergonha e culpa por seu trabalho naquela época.

— Falei… algo errado?

Depois de um breve silêncio, Joanna respondeu: — Infelizmente… estou bem.

— ?

— Sim, fracassei na minha missão e não consegui nem erradicar a droga maligna, mas fui recompensada por completar com sucesso minha missão e fui oficialmente designada para este lugar.

Suas palavras foram sinceras.

— Então por que não disse a verdade?

Oliver perguntou sem pensar devido à curiosidade, e Joanna se encolheu ao ouvir.

— Muitas pessoas que me ajudaram… me disseram para ficar quieta. Eles disseram que seria melhor para o mundo e para todos, de modo que possam se dedicar à missão sagrada.

‘Hum…’

Oliver admirou o farmacêutico.

Tudo ocorreu como ele disse. Parecia que estava certo quando disse que o fracasso da Joanna não passaria despercebido devido aos interesses complexos das pessoas dentro da Igreja Parter e que isso tornaria Wineham mais segura.

Ele era um homem muito inteligente.

— Mas… a srta. Paladina ainda não acha que isso esteja certo.

Joanna respondeu com silêncio.

Suas emoções ficaram agitadas, e não parecia que tinha aceitado isso só porque foi a recomendação dos outros ao redor dela. Parecia ter outro motivo para fazer essa escolha; algo muito precioso estava envolvido.

Quando Oliver estava prestes a perguntar de novo, Joanna abriu a boca um pouco mais rápido do que ele.

— Agora é a minha vez.

— ?

— O que aconteceu depois que largou sua família de bruxos?

Oliver olhou fixamente para Joanna diante da pergunta inesperada.

Ele se perguntou se poderia contar para ela.

Foi Joanna quem lhe deu o conselho em primeiro lugar, então parecia que ela merecia a resposta.

Sobretudo, não havia malícia nas emoções dela.

— Hum… não me importo de responder, mas a história pode ser um pouco longa.

— Não se preocupe, ainda temos muito tempo.

Oliver assentiu com a cabeça e começou sua história.

Contou a história de deixar a família Joseph em segredo, de visitar o Distrito X e conhecer Kent.

A história sobre as ações do Kent e os mendigos que o seguiam foi detalhada, mas não exagerada.

Ao ver Joanna, Oliver pensou que ela questionaria algo que ele não podia explicar, mas, ao contrário de suas expectativas, Joanna apenas assentiu com a cabeça e não disse nada.

Em seguida, Oliver contou a história de deixar Kent e se tornar um solucionador.

Contou a história de um soldado veterano e um menino corajoso que lhe pediu para ensiná-lo a ler e escrever enquanto omitia a parte que podia prejudicar os outros, mas foi então que Oliver percebeu que tinha conhecido um monte de gente.

Era difícil descrever, mas muito satisfatório.

Joanna falou enquanto olhava para a expressão no rosto do Oliver.

— Parece que você se divertiu…

— Hum… Sim, é divertido. O mundo… é um lugar muito divertido.

— Exatamente, estou feliz… Mas tem alguma razão especial para ter se tornado um Solucionador?

— Hum, recebi uma oferta, e é a melhor coisa que posso fazer para ganhar dinheiro, certo?

Oliver respondeu vagamente, já que não queria contar a uma paladina sobre querer comprar livros de magia negra e demônios.

— Então… você ganha dinheiro usando a violência?

— Sim, não importa o quanto eu trabalhe em um restaurante, eles dizem que é difícil comprar um livro… Não é bom escolher um trabalho que não prejudique o público em geral? Tem também Solucionadores que limpam a zona contaminada, então não acho que seja um trabalho ruim.

Joanna permaneceu em silêncio de novo, pois não tinha nada a dizer.

Ela olhou para Oliver com uma expressão muito complexa.

— Preciso te perguntar uma coisa.

— Sim, fale.

— Você não tem mesmo nada a ver com o Marionete?

— … como assim?

— Ouvi dizer que… os bruxos seguem um mais forte como mestre.

Oliver lembrou o que aconteceu com ele na família Joseph no passado.

— Hum, acho que é verdade.

— Você não salvou a própria pele em troca de ser escravo do Marionete?

— Hum, não… Mas fiquei curioso, e se isso tivesse acontecido?

— Eu não te deixaria livre.

Joanna falou com firmeza e com olhos intensos. Suas palavras foram sinceras.

— Hm… Sério?

— Sim, Marionete… é um criminoso hediondo que viveu centenas de anos e cometeu inúmeros crimes. Sobretudo, ele treinou muitos Bruxos e criou inúmeras organizações criminosas para causar o caos em todo o mundo. Também é um executivo de uma organização do mal, o que é absolutamente inaceitável.

— A Mão Negra… também está tentando destruir o mundo humano?

— Sim… por que a pergunta?

— Hum… Eu só sabia que Mão Negra era composta por um grupo de bruxos criminosos e uma organização grande, mas não sabia que eles estavam tentando destruir o mundo humano.

— De acordo com a investigação da igreja, sim… Eles tentam periodicamente invocar Demônios neste mundo.

— Você conhece a Mão Negra?

— Até certo ponto.

— Pode me dizer que tipo de organização é essa?

— Por que quer saber?

— Só fiquei curioso. Como eu disse antes, tive a oportunidade de participar. As condições de entrada não eram do meu interesse, então recusei, mas estou curioso sobre que tipo de lugar é.

Joanna encarou Oliver de novo.

Dúvidas profundas e crença fraca; essas duas emoções estavam se misturando de uma maneira peculiar e incomum, rodopiando de um jeito estranho.

Oliver sentiu que essa era a coisa boa sobre as emoções; anômalas, conflitantes e contraditórias. Por isso as achava lindas e divertidas.

— A Mão Negra é uma coalizão flexível de bruxos poderosos.

Oliver ficou atento.

Era um grupo com pouquíssima informação que nem mesmo Kent sabia os detalhes, mas acabou ouvindo as informações valiosas de uma fonte completamente inesperada.

— De acordo com a investigação conduzida pela Igreja, não é uma organização liderada por um único chefe, mas uma que é realmente liderada por muitos executivos, chamados de Dedos.

— Dedos?

— Sim, refere-se aos executivos da Mão Negra, como Marionete.

Oliver teve subitamente uma dúvida.

— Por quê? Por que a Mão Negra é chamada de Mão Negra?

Na verdade, não esperava realmente uma resposta para essa pergunta, mas Joanna respondeu para a sua surpresa.

— Mão Negra significa morte. E, como uma sombra, eles estão em toda parte.

‘Mão da morte…’

— Em toda parte?

— Infelizmente… essa é a verdade. Marionete e muitos outros Dedos se espalharam como uma teia de aranha em todo o mundo. Eles até têm conexões com pessoas corruptas de alto escalão em cada país. Nós os monitoramos e investigamos.

Oliver ouviu algumas informações interessantes. Pelo que Kent disse, esperava que fosse uma organização bastante perigosa e poderosa, mas a explicação da Joanna parecia ser mais concreta.

De repente, sentiu arrependimento.

Ele pensou que teria sido ótimo se tivesse aceitado a oferta do Marionetista Glifo.

Talvez pudesse ter conhecido Marionete não como um inimigo, podendo até ter uma conversa adequada.

Só que pensou nas condições e percebeu novamente que não era possível.

Talvez tivesse aceitado as condições se não tivesse conhecido Kent.

Ele se sentiu um pouco confuso.

Enquanto Oliver pensava na morte da bezerra, um sinal sonoro foi ouvido.

Quando olhou para frente, Joanna estava olhando para um aparelho, que parecia uma espécie de dispositivo de comunicação.

Joanna verificou o dispositivo, apertou o botão para desligar e se levantou.

— Sinto muito, mas tenho que ir… Aconteceu uma coisa.

— Hum… Que pena. Tem tantas coisas que eu queria perguntar.

— Não se preocupe… Vou te ver de vez em quando para ver como está.

O tom foi misturado com um aviso, mas Oliver ficou feliz.

Porque significava que poderia encontrá-la novamente e ter uma conversa.

— Que bom. Muito obrigado.

— Que bom?

— Sim, vou poder ver a beleza em você.

Joanna recuou diante das palavras de Oliver, e seu rosto ficou corado de raiva.

— Não fale nada estranho…

— Mas falei sério… Aquela luz bela… é linda.

— …

Joanna franziu a testa e procurou algo nos braços.

Oliver olhou para ela sem se preocupar, e logo ela pegou um livreto.

— Isso é…?

— É uma escritura da igreja Parter. Você parece gostar de livros, então leia por favor.

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