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Hunter Academy’s Battle God – Capítulo 83

Capítulo 83

Estilo do Deus da Batalha – Palma Esmagadora de Pedras do Dragão Negro

O poder destrutivo incompreensível da técnica deixou a súcubo acabada. Com os olhos tingidos de vermelho, encarou YuSung com vontade de matá-lo.

— C-cóf! C-como ousa…? Kak! Keuk… Desgraça!

Seu poder de combate era muito menor em comparação com os outros Monstros Chefões de Rank 5. Só era perigosa por causa da inteligência combinada com a Habilidade que causava confusão nos inimigos.

A batalha foi decidida no momento em que a Palma Esmagadora de Pedras do Dragão Negro a atingiu em cheio. Mesmo assim, um canto dos lábios se transformou em um sorriso.

— Kuhuhu, minha nossa… está realmente tudo bem me matar? Hein?

A súcubo olhou para YuSung e riu antes de apontar para Sakura com um único dedo.

— Mesmo se você me matar… o encanto nela não vai passar. Essa garota vai… definitivamente desmoronar.

Seiji tentou apressadamente parar YuSung depois de ouvir isso.

— E-espera! O-o que você está…?!

Mas YuSung não baixou o punho. Na verdade, uma aura negra começou a jorrar da Pele do Dragão Negro, enquanto encarava a súcubo com olhos frios.

— Ameaçar não vai funcionar.

— Fufu, não é uma ameaça, é só a verdade. Ela vai se transformar em uma boneca semelhante a um cadáver…

Seus olhos ficaram bem abertos e brilharam em vermelho, enquanto encarava o garoto.

— Aposto que ela prefere morrer do que ficar assim.

A situação ficou mais tensa do que uma corda bamba.

Mas, naquele momento, Sumire chegou tardiamente ao local, ofegando ao mesmo tempo.

— Y-YuSung! E-eu também cheguei… Ahrf, ahrf… V-você é muito rápido. Corri até aqui com tanto desespero que meu estômago está doendo…

As capacidades físicas da Sumire, apesar de ser uma caçadora, estavam próximas de zero. Não tinha como se igualar com a velocidade do YuSung. Até mesmo chegar ao local nesse momento era motivo de comemoração.

A súcubo encarou a Sumire, que estava recuperando o fôlego, com uma expressão estupefata no rosto.

— Srta… L-Laplace? — murmurou

Uma atmosfera estranha surgiu entre as duas. Sumire, sem saber nada sobre o que estava acontecendo, examinou a área enquanto avaliava a situação.

A súcubo se aproximou lentamente da garota com passos oscilantes. — N-não… você é parecida, mas tem algo diferente! Sua mana parece com a da Srta. Laplace, mas falta muito para chegar ao nível dela!

Ela examinou Sumire minuciosamente, começando do rosto e descendo até as pernas, depois semicerrou os olhos.

— Você também… se parece um pouco com ela, mas…

Seu olhar parou na fita de cabelo.

— É impossível… a Srta. Laplace usar uma fita de cabelo tão fora de moda!

— F-fora de moda…

Sumire se encolheu com a inspeção, tocando a fita de cabelo. Vendo isso, a voz da súcubo ficou ainda mais alta.

— E a sua expressão! A Srta. Laplace nunca faria uma cara tão idiota como essa!

De repente, ela começou a insultar a garota. Sumire, estarrecida, virou-se para o YuSung. Seus lábios estavam tremendo.

— U, uu… Y-YuSung… ela está errada, né? E-eu! Eu não sou… fora de moda?!

— Não chegue perto dela.

YuSung se moveu para o lado da Sumire para protegê-la.

‘Ela acabou de dizer… Srta. Laplace?’

Mesmo enquanto Sakura estava sendo mantida refém, ele estava dissecando calmamente as palavras da súcubo.

A Bruxa Perversa, Laplace…

Claramente já ouviu o Rei do Punho falar desse nome antes.

‘Que tipo de conexão a súcubo tem… com o monstro chefão de rank 7, a Laplace?’

YuSung tentou encontrar uma maneira de conectar a súcubo e Laplace usando as informações que tinha. Primeiro, a mana imbuída nos objetos por todo o castelo era estranhamente densa.

‘Mas tudo faz sentido… se Laplace estiver conectada a este lugar.’

Se o castelo ou objetos fossem usados pela Laplace, não tinha nada de estranho nos níveis de mana.

Outra coisa era que a súcubo e Laplace pareciam ter uma relação próxima.

‘Se a súcubo não for um monstro chefão comum, mas… a serva da Laplace…’

Laplace era conhecida por ter um exército cheio de mortos-vivos e monstros como servos. Era uma possibilidade plausível.

Essa linha de pensamento naturalmente levou a uma razão pela qual as táticas da súcubo eram tão avançadas.

‘Ela deve ter adquirido muita experiência enquanto lutava ao lado da Laplace, afinal.

Enquanto YuSung estava deduzindo profundamente, uma luz brilhante e roxa estava começando a sair da mão direita da Sumire.

— H-hã?

A mão direita da própria súcubo reagiu em resposta. A mesma luz roxa podia ser vista vazando da luva na mão dela.

— E-esse poder é definitivamente… da Srta. Laplace… M-mas quem é você, afinal?!

Seu olhar pousou na Sumire, espantada.

Só que ela também foi pega de surpresa.

‘E-eu… também não sei.’

O suor frio escorreu pelo rosto da garota, quando se viu incapaz de murmurar uma única palavra.

Foi então que YuSung percebeu um jeito para a Sumire salvar a Sakura.

— Sumire, consegue tornar a súcuba a sua serva?

— Eu… Eu não posso fazer isso, ela não é um familiar que eu invoquei…

Mesmo que fosse um pedido raro do YuSung, estava além da sua capacidade. Claro, Sumire recebeu o poder da Laplace pelo fragmento, mas esse poder estava selado na nova Habilidade que obteve.

‘Pode ser possível se eu conseguir usar a nova Habilidade…’

Enquanto Sumire estava ponderando sobre essa possibilidade, a súcubo se sentou de joelhos, encarando a outra garota com um olhar triste.

— Se você tem mesmo uma conexão com a Srta. Laplace… então sabe qual é o meu nome, o meu nome verdadeiro, né?

O nome verdadeiro de uma serva…

Não tinha como ninguém além do contratante saber, e isso valia também para a Sumire, mas sua mão direita continuou ressoando com a da súcubo.

— Sumire! Por favor!

Seiji gritou de longe, segurando Sakura nas mãos.

Sumire era a única que poderia salvar a situação. Ela mordeu os lábios.

‘Coroa da Laplace…’

Ela sentiu uma quantidade estranha de trepidação da habilidade recém-adquirida até o ponto em que suspeitava que era um aviso. Laplace era uma bruxa, indiferentemente se estava selada em um fragmento. Não tinha como saber o que poderia acontecer.

Mesmo assim, estendeu a mão.

O motivo para vir ao Japão foi porque queria ser uma pessoa diferente de antes, não ser mais aquela garota que fugia dos problemas. E, desta vez, YuSung estava com ela.

— M-me entregue… a Coroa da Perversidade.

Sumire murmurou o cântico como se estivesse enfeitiçada.

O mundo congelou, e as cores se transformaram em preto e branco. Uma esfera negra começou a se formar onde a mão da Sumire estava estendida.

Kk, kkkk~

A esfera ficou maior, engolindo tudo no caminho.

E, no vazio escuro, uma centelha de luz apareceu, ficando cada vez mais brilhante.

‘E-este lugar é…’

Havia uma sala de trono dilapidada diante da Sumire. O interior do castelo estava adornado com bandeiras rasgadas e vitrais quebrados. O céu escuro serviu para completar a atmosfera sombria.

Fwoosh~

A neblina ameaçadora e roxa se dissipou, revelando o trono. A mulher bonita e distante, sentada nele, estava murmurando para si mesma.

–Uma… visitante aqui? Agora sim eu vi de tudo.

A mulher de cabelos roxos virou o olhar para Sumire e sorriu.

— V-você é… a Bruxa Perversa, Laplace?

A mulher apoiou o queixo na mão e assentiu.

–Minha forma original é conhecida por ser chamada assim.

Sumire demorou um pouco para decidir se abria a boca ou não por um bom tempo até finalmente reunir coragem para falar.

— P-Por favor! Me empreste a sua força!

–Com isso… quer dizer que deseja minha coroa?

A voz da Laplace soou de forma ameaçadora na cabeça da Sumire. A mulher em si sorria de forma sutil.

O corpo da Sumire parecia ter congelado no lugar. Mesmo assim, forçou-se no nervosismo para mover o corpo.

Aceno de cabeça~

Sumire concordou rigidamente com seu corpo tremendo de nervosismo. O sorriso da Laplace ficou maior.

–Muito bem… Mas, fufufu, não precisa ter tanto medo de mim.

Sua atitude em relação a Sumire era surpreendentemente favorável. Talvez o tempo longo que passou isolada tenha tornado o encontro uma fonte de diversão para ela.

–Sou a manifestação dos pensamentos da Laplace selados no fragmento. Não sou capaz de te fazer nenhum mal.

Laplace ergueu o dedo indicador e a mana roxa começou a se reunir no ar.

Woosh~

No fim, fundiu-se na forma de uma coroa de espinhos; era a coroa em que o poder da Laplace estava selado.

Com o rosto inexpressivo, a bruxa olhou para Sumire do trono.

– Já que… não sou a verdadeira Laplace, posso te dar esta coroa.

Tap tap~

Seus dedos bateram no apoio de braço enquanto continuava.

–Em troca, colete todos os meus fragmentos. Consegue fazer pelo menos isso, né?

Sumire falou com cuidado. — C-com fragmentos, fala das… tábuas de pedra?

–Não, todos os fragmentos imbuídos do meu poder estão em formas diferentes. Mas você pode diferenciá-los. É parecida comigo, de certa forma, não é?

Sumire riu timidamente da declaração. Como alguém tão tímida como ela poderia ser semelhante a Laplace, que parecia uma rainha?

A bruxa, em resposta, começou a se queixar:

–Veja! Este lugar pode ser apenas uma construção para os pensamentos da Laplace residirem, mas não está muito acabado para os gostos de qualquer um?

Parecia que Laplace não gostava do castelo desgastado e em ruínas.

–Mesmo que eu queira criar algo aqui… não tenho forças para isso. Tudo o que posso fazer no momento é manter o castelo desgastado e o trono.

Sumire assentiu com a cabeça para a explicação como se estivesse convencida com o apelo da outra mulher.

— Ah, sim! E-então darei o meu melhor para…

–Excelente… Se coletar meus fragmentos, podemos beber chá juntas da próxima vez.

Laplace pegou a coroa do ar e caminhou em direção à Sumire. Ao mesmo tempo, sussurrou um aviso.

–Só que este poder é demais para você. Não o use em excesso.

Ela colocou a coroa na cabeça da Sumire, e em seguida, a luz roxa começou a emanar dela, banhando o ambiente com um brilho intenso.

Clarão~

Foi então que voltou ao Castelo dos Fantasmas.

A Coroa da Laplace estava colocada na cabeça da Sumire; era uma prova definitiva de que tinha herdado os poderes da bruxa.

— E-essa coroa! Então você é… você é mesmo…

A segunda vinda da bruxa.

A técnica usada para executar um contrato surgiu na mão direita da Sumire, que herdou um poder que apenas Laplace tinha.

‘Esta é a Coroa da Laplace…’

Sumire olhou para a súcubo sem se preocupar. A súcubo, por sua vez, mordeu o lábio. Um rubor subiu pelo rosto do monstro.

‘Esses olhos dominantes que desprezam o oponente. A postura de rainha… Eu… Tenho certeza disso!’

Sumire se sentiu estranha enquanto usava a coroa na cabeça. Seu peito estava frio, e um senso de superioridade estava começando a brotar dentro dela.

Ela falou algo que não deveria ter conhecimento: o nome verdadeiro da súcubo.

— Lilith… Remova a maldição, imediatamente.

Sumire não gaguejou mais com a coroa na cabeça.

— C-como deseja… Mestra!

Lilith, com a expressão cheia de alegria, começou a se aproximar dos pés da Sumire. Mas os olhos da garota estavam cheios de desprezo enquanto olhava para o monstro chefão como um inseto.

— Fique longe do YuSung…

— Oi? Não, eu estava me aproximando da senhorita, Mestra!

Lilith recuou um pouco mesmo dizendo isso.

Sakura, recuperando seu controle, agarrou a testa para afastar a dor de cabeça.

— Argh, to morreeendo… minha cabeça vai explodir… hurgh

— Sakura! Você está bem?! —

Seiji recebeu com entusiasmo seu retorno. No entanto, a própria Sakura estava ocupada olhando tanto para a Lilith subserviente quanto para a Sumire dominadora.

— O que está acontecendo aqui?

Perguntar isso era um pouco discutível, considerando o fato de que a situação era um pouco impossível de explicar.

Em meio à confusão, Sumire casualmente cruzou seu braço com o do YuSung. Seu sorriso se estendia de orelha a orelha, mas tinha algo perverso nele; ao contrário da habitual Sumire.

— YuSung…? Já cuidei de tudo.

YuSung, percebendo que algo estava acontecendo, usou o braço livre para levantar a coroa da cabeça da Sumire.

Puf~

A Coroa da Laplace virou mana e desapareceu assim que parou de tocar a dona.

Parecia que a coroa era a fonte da mudança da personalidade da Sumire. Assim que desapareceu, seu rosto ficou imediatamente escarlate, e ela se distanciou rapidamente do YuSung.

— Uu, uu… D-desculpa! O-o que diabos eu estava…

Qualquer que fosse o processo, Sumire tinha conseguido completar o raide à masmorra de rank 5, transformando Lilith em sua serva. YuSung olhou para a Sumire envergonhada e sorriu.

‘Acho… que está tudo bem se tudo deu certo.’

A garota em questão estava olhando para o braço dela, ainda presa na memória do que acabou de acontecer.

‘Eu cruzei o braço com YuSung…’

Mesmo depois de transformar um monstro chefão de rank 5 em servo, a mente da Sumire foi inteiramente tomada por pensamentos sobre o YuSung.

Lilith olhou para cima para ver as palhaçadas da Sumire, e logo sua boca se curvou em um sorriso.

— Então… vou devolver o tesouro que a srta. Laplace deixou comigo.

O tesouro pertencente a um chefão de rank 7, não a um de rank 5…

Até mesmo o interesse do YuSung foi despertado pelas palavras dela.

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