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Kill the Sun – Capítulo 132

Sem Pensar

Nick olhou para as quatro armas com surpresa e retirou suas próprias armas.

— Onde devo colocar essas? — Nick perguntou, fazendo um gesto para suas armas prateadas.

— Só joga em algum canto — Reynold disse com desdém.

Isso surpreendeu um pouco Nick. — Nenhum respeito pelo artesanato?

Reynold balançou a cabeça, confuso. — Espera, o quê?

— Sabe, tratar as armas com respeito — explicou Nick. — Manela me disse que devemos tratar nossas armas com respeito.

— Por quê? — Reynold perguntou, genuinamente confuso. — São objetos. Não estão vivos. Elas não se importam.

Nick coçou a nuca, sem jeito. — É, mas Manela disse que muito trabalho é investido na criação desse tipo de arma e que devemos sempre tratá-las com respeito.

Reynold bufou. — Manela é séria demais e engessada — ele disse, acenando com a mão de forma displicente. — Nós pagamos o artesão, não foi? Então, as armas são nossas, e isso significa que podemos fazer o que quisermos com elas.

— Se quisermos, podemos jogá-las no esgoto e ir embora. Os artesãos não deveriam se importar com o que acontece com as armas. Eles conseguiram o dinheiro, e é isso que eles queriam desde o começo.

Nick não conseguiu argumentar contra Reynold.

Logicamente falando, Reynold estava certo.

No entanto, Nick também acreditava que Manela estava certa.

No fim, ele apenas colocou suas armas no telhado de um prédio que não iria destruir.

Depois disso, ele pegou as armas que Reynold havia trazido.

“Pesadas!” pensou Nick assim que levantou uma das caneleiras.

Nick estimou que as caneleiras e as braçadeiras, juntos, eram quase tão pesados quanto todas as suas lanças.

Reynold gargalhou alto ao ver a dificuldade de Nick para colocar as caneleiras e as braçadeiras.

Era como se aquilo fosse a coisa mais engraçada do mundo.

Quando Nick finalmente terminou, ele ficou parado no meio da arena como se seus pés estivessem colados ao chão.

Reynold bateu palmas, gargalhando. — O que está esperando?! Vai! — ele gritou, divertido.

Nick franziu as sobrancelhas e, de forma desajeitada, se dirigiu a uma das casas.

Era uma construção de dois andares com quase dez metros de comprimento.

Era uma casa bastante comum, mas, para o atual Nick, parecia gigantesca.

Ele respirou fundo ao encarar a tarefa monumental diante de si.

Ele não fazia ideia de por onde começar.

— O que está sonhando acordado? Vai! — Reynold gritou.

— Estou planejando — Nick gritou de volta.

— Besteira! — Reynold berrou. — Isso é o que os outros fazem, não nós!

Nick franziu as sobrancelhas e virou-se para Reynold.

— Nós não somos como eles — Reynold disse com um sorriso arrogante. — Planejamento, estratégia, fintas, recuos, seja o que for. Não fazemos isso.

— Nós usamos nossos punhos e pernas!

— Sabe o que isso significa?

Nick olhou para Reynold com incerteza antes de balançar a cabeça.

— Significa que temos mais armas do que todos eles! — Reynold gritou.

— Todo mundo tem uma ou duas armas. Uma espada grande para as duas mãos ou duas espadas para ambas, um porrete grande, porretes pequenos, um fuzil grande, duas pistolas, lanças de arremesso, rapieiras, chicotes, seja o que for!

— Eles só têm, no máximo, duas armas!

— Nós temos quatro!

— Enquanto o inimigo estiver ao nosso alcance, eles estão indefesos!

— Nós chutamos e chutamos, socamos e chutamos, socamos e chutamos, chutamos e chutamos e socamos e socamos e chutamos até não sobrar nada do inimigo!

— Atacamos cada vez mais rápido até que eles não consigam mais se defender!

— Não pensamos!

— Socamos!

— Chutamos!

— Descarregamos toda a nossa agressão e apagamos a luz deles!

— Atacamos tão rápido que nem nós sabemos qual será o próximo golpe, e se nem nós sabemos, como o inimigo saberá?

Reynold soltou uma gargalhada estrondosa.

Nick não era alguém que costumava se empolgar facilmente, especialmente nos últimos tempos, mas a maneira como Reynold gritava suas frases fez até mesmo o sangue de Nick ferver.

Nick respirou fundo, com o coração acelerado, e olhou novamente para a casa.

— Vai! — Reynold gritou novamente.

Nick puxou o braço direito para trás e o lançou com toda sua força.

BANG!

Ele atingiu a parede à sua frente, criando uma enorme depressão nela.

Mas a parede ainda não havia desabado.

As braçadeiras eram simplesmente pesadas demais para Nick balançar corretamente.

“Eu preciso mudar minha…”

— Não pare! Vai! — Reynold gritou, interrompendo os pensamentos de Nick.

Nick balançou a cabeça, cerrou os dentes e desferiu um chute.

BANG!

A parede à sua frente cedeu um pouco mais até finalmente começar a ruir.

— Isso! — Reynold gritou agressivamente. — Acaba com isso! Fode com essa casa!

— Destrói tudo!

Nick cerrou os dentes e desferiu outro soco.

— Acaba com essa porra! Essa desgraçada insultou sua mãe! Mata isso! — Reynold berrava com agressividade.

Nick bufou.

Reynold definitivamente era empolgado.

— Detona isso!

— Mata essa vadia!

Por mais que Nick achasse os gritos de Reynold um pouco embaraçosos e engraçados, ele não podia negar que funcionavam.

Reynold realmente conseguia fazer o sangue de Nick ferver.

Nick continuou chutando e socando a casa à sua frente.

As coisas progrediram bem por alguns minutos, mas então Nick começou a se cansar.

Era exaustivo socar e chutar algo sem pausas com caneleiras e braçadeiras tão pesados.

— Eu e todos os meus amigos odiamos essa casa! Destrói ela! — Reynold gritou.

No entanto, os gritos de Reynold continuaram motivando Nick a continuar socando e chutando.

Barum!

Eventualmente, parte do segundo andar começou a desmoronar.

Nick quis pular para trás, mas sentiu algo chutá-lo de volta para dentro da casa.

— Está revidando! Fode ela! — Reynold gritou, chutando Nick para dentro da casa.

Nick entrou em pânico quando o teto começou a desabar sobre ele.

Em desespero, ele desferiu um soco poderoso que amassou a pesada placa de metal que estava caindo sobre ele.

Nick sentiu seu corpo inteiro tremer com o impacto.

Mas funcionou.

A placa não estava mais caindo sobre ele, mas no chão ao seu lado.

Porém, aquilo não era o fim.

Outras partes do teto começaram a desmoronar.

— DETONA ESSA VADIA TODA! — Reynold gritou como uma besta enfurecida.

Nick cerrou os punhos e começou a socar o teto novamente.

BANG!

BANG!

BANG!

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