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Kill the Sun – Capítulo 147

Vigarice

Todos os membros da Cycle estavam reunidos na sala de reuniões.

Neste momento, todos olhavam para alguém sentado no chão, com a cabeça baixa.

Era o homem de cabelos negros e silencioso.

Seu nome era Neron, e ele havia sido um dos Novatos da Cycle.

Sim, havia sido.

Kiara e Selina respiraram fundo enquanto olhavam para o corpo de Neron.

Era quase como se ele ainda estivesse vivo.

Neron sempre fora um homem reservado, mas, quando falava, suas palavras se provavam inestimáveis.

Ele era muito inteligente e meticuloso ao lidar com qualquer situação.

Sua arma de escolha era um par de adagas, e ele sempre cuidava de missões sutis, mas importantes.

Se a Cycle precisasse de um espião, Neron seria a escolha.

Mas agora, ele estava morto.

Ardum estava sentado na cabeceira da mesa, e, no momento, só conseguia suspirar.

— Sinto muito que vocês precisem ver isso, mas não havia outra forma — disse ele com uma voz séria.

Todos se viraram para olhar para Ardum.

— Não é fácil para mim matar alguém, mas, como CEO, faz parte do meu trabalho e responsabilidade.

— Trouxe o corpo de Neron aqui para mostrar a vocês o quão cruel pode ser a vida de um Extrator Zephyx.

Ardum suspirou. — Eu sabia que Neron era um espião há três meses, mas não me importei. Afinal, ele pertencia ao meu irmão. O que havia de tão ruim em meu irmão saber algumas coisas sobre mim? Não é como se fôssemos inimigos.

Ardum suspirou novamente.

— Nunca pensei que as coisas terminariam assim.

Era difícil para os funcionários aceitarem que mais um de seus colegas havia morrido.

Infelizmente, era assim que essas coisas aconteciam.

Apenas uma semana atrás, a Cycle tinha oito membros.

Agora, restavam apenas seis.

Ardum, o CEO.

Stephen, o homem-panda, Chefe Extrator Zephyx.

Futuma, o homem enorme. Ele também era o mais experiente e forte dos Novatos. Se nada desse errado, logo se tornaria um João.

Selina, a mulher careca com o bastão.

Kiara, a jovem com as duas pistolas.

E Jonathan, o jovem ruivo.

Esses seis eram todos os membros da Cycle que ainda estavam vivos.

Sarah e Neron estavam mortos.

E tudo por causa da Sonho Sombrio!

— Entendemos — disse Selina em um tom sem emoção, lançando um olhar de desprezo para o corpo de Neron.

— Neron nunca foi nosso amigo.

— Desde o início, ele foi nosso inimigo.

— Só não sabíamos disso.

Os outros não responderam, mas compartilhavam sentimentos semelhantes.

Kiara assentiu. — Sim, dane-se Neron, aquele traidor! Sempre estarei ao seu lado, Ardum!

— Isso mesmo, que se dane o Neron! — gritou Jonathan, com justa indignação.

Futuma assentiu silenciosamente.

Stephen virou-se para Ardum com um sorriso tranquilizador, mas não disse nada.

Ardum só conseguiu sorrir ao ver o apoio de todos.

— Obrigado. Vocês não imaginam o quanto isso significa para mim.

Mas então, Ardum suspirou novamente. — Agora, preciso planejar uma guerra, o que não é algo que eu espero com entusiasmo.

Os Novatos entenderam a deixa e assentiram. — Sempre o seguiremos — disse Selina antes de sair com Kiara.

Jonathan mostrou um polegar para cima para Ardum e saiu.

Futuma assentiu com convicção para Stephen e Ardum antes de sair.

Quando a porta se fechou, apenas Ardum e Stephen permaneceram na sala.

Depois de um tempo, Ardum caminhou até sua cadeira, sentou-se e colocou as pernas sobre a mesa.

Ao mesmo tempo, um sorriso arrogante surgiu em seu rosto.

Stephen também abriu um sorriso malicioso enquanto se sentava em seu lugar.

— Estamos quase lá — disse Ardum, com um riso baixo.

Stephen riu. — Você é incrível nisso — disse ele. — Se eu não o conhecesse, também acreditaria em você.

Ardum bufou. — Claro. Sou um Melfion. É natural que eu seja bom em enganar os outros.

Enquanto Ardum falava, Stephen lançou um olhar para o corpo no canto e bufou. — Que idiota.

— O que você esperava? — disse Ardum, rindo. — Ele tinha que confiar em alguém, e acabou confiando em você.

— Sabe o que ele me disse? — perguntou Stephen.

Ardum apenas balançou a cabeça.

— Ele disse que achava que você estava apenas nos manipulando para que voluntariamente saltássemos em um mar de facas por você.

Ardum riu. — Quer dizer, ele estava errado?

— Não — respondeu Stephen, rindo.

— Esqueça-o — disse Ardum, sem nem olhar para o corpo. — Ele era inteligente demais para o próprio bem, mas não o suficiente para manter a boca fechada.

— Se ele não tivesse tentado me expor pelas costas, ainda estaria vivo.

Stephen assentiu. — Mas, falando sério, Ardum, estou impressionado. Você conseguiu se livrar de um funcionário problemático enquanto fortalecia sua posição na empresa.

— Incriminar ele como um espião foi genial — disse Stephen.

— Pare de puxar meu saco — disse Ardum com desgosto, mas não conseguiu esconder completamente o tom satisfeito.

Nesse ponto, Ardum franziu a testa.

As últimas palavras de Wyntor ecoaram na mente de Ardum.

Pelo que Ardum sabia, Wyntor nunca teve um espião na Cycle.

Quando Ardum disse que mataria seu espião, ele estava apenas tentando incriminar Neron.

No entanto, contra todas as probabilidades, Wyntor confirmou que realmente tinha um espião na Cycle.

E quase certamente não era Neron.

Afinal, Neron havia tentado expor Ardum conversando com os funcionários, o que seria estúpido para um espião.

Um espião deveria permanecer oculto e parecer leal.

“Wyntor realmente tem um espião na minha empresa?” pensou Ardum.

Ardum lançou um olhar para Stephen.

“Impossível.”

— Stephen, acho que está na hora da sua próxima recompensa. Você tem sido bastante útil — disse Ardum.

Nesse ponto, a postura de Stephen mudou, e ele olhou para Ardum com entusiasmo enquanto sua respiração se acelerava.

— Você conseguiu uma? — perguntou ele, quase ofegante.

Ardum assentiu e deslizou um emblema pela mesa.

— Encontrei alguém disposto a vender uma por apenas 35 mil créditos.

— Você pode ir buscá-la.

Stephen respirou pesadamente enquanto segurava o emblema com cuidado.

Em sua mente, uma pequena e adorável garota sorria para ele.

Um momento depois, essa garota não estava mais sorrindo.

Lágrimas marcavam seu rosto enquanto ela gritava de terror.

Stephen não conseguiu conter seus pensamentos e segurou a frente de suas calças para acalmar o que não parava de se agitar.

— Não a use tão rápido desta vez — disse Ardum com irritação. — Não quero ouvir suas reclamações novamente porque você não consegue evitar que seus brinquedos quebrem.

— Claro, senhor! — disse Stephen, mudando a forma como se dirigia a Ardum. — Não vou decepcioná-lo!

Ardum assentiu. — Pode ir. Eu o chamarei quando tiver finalizado o plano de ataque.

— Claro, claro! — disse Stephen com uma risada animada enquanto saía da sala empolgado.

Finalmente, ele tinha um novo brinquedo para se divertir!

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