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Kill the Sun – Capítulo 155

O Depósito

Nick deixou o cadáver cair no chão.

Em seguida, ele tirou o Token de Armazenamento dos Ambulantes e mostrou.

— Encontrei este token de armazenamento com ele — disse Nick. — Presumo que vocês já tenham visto esse homem antes.

Os dois guardas olharam para o token com preocupação.

Eles não tinham permissão para fornecer informações sobre seus clientes.

Embora…

Esse cliente estivesse morto.

— Sim — respondeu um deles, trocando um olhar nervoso com o outro.

Nick assentiu. — Quero acessar o armazenamento, e não quero ser levado a um cômodo falso. Sou dos Dregs. Sei com o que vocês lidam, e se um Extrator de nível dois está guardando algo aqui em vez de na cidade interna, deve ser algo ruim.

Os dois guardas se entreolharam, nervosos.

— Por favor, me acompanhe — disse um deles, abrindo a porta atrás de si.

Nick assentiu. — Vou deixar o cadáver aqui. Se algo sumir dele quando eu voltar, levarei um segundo cadáver para casa. Posso gastar 15.000 créditos em um ataque de raiva.

Os guardas engoliram em seco novamente, e um deles chamou alguns colegas para vigiar o cadáver.

O outro entrou no armazém, seguido por Nick e seus dois ‘companheiros’.

— Tem certeza de que pegamos o caminho certo agora? — perguntou Nick com frieza.

O guarda engoliu em seco.

Ele se virou para encarar os olhos semicerrados de Nick.

— P-Posso ve-ver o token novamente? — pediu, estendendo a mão trêmula.

Nick lentamente colocou o token na mão do homem.

O guarda olhou para o token.

— D-Desculpe. Cometi um engano agora há pouco — disse o guarda cautelosamente, devolvendo o token.

Nick lançou-lhe um olhar severo.

Nick já havia usado o serviço de armazenamento dos Ambulantes no passado e sabia que eles nunca guardariam coisas importantes no andar de cima, para onde o guarda estava tentando levá-lo.

Algo armazenado por um Extrator tinha que estar no porão.

E, como esperado, o guarda conduziu Nick e os outros para o porão.

Após alguns minutos de caminhada, todos pararam diante de uma porta metálica.

— Esta é a porta — disse o guarda, ainda tremendo. — Valorizamos a privacidade de nossos clientes. Por isso, não sabemos o que há atrás dela.

— Abra — ordenou Nick.

— Claro — respondeu o guarda com um sorriso educado, mas nervoso, enquanto pegava algumas chaves.

— Desculpe! Desculpe! Desculpe! Desculpe!

Assim que a porta se abriu, uma voz infantil e apavorada veio do interior da sala.

Nick estreitou os olhos.

Jonathan e Kiara ficaram chocados.

— Por favor — disse o guarda com um tom educado, indicando a porta.

Nick empurrou a porta sem cerimônia e entrou.

— Desculpe! Desculpe! Desculpe! Por favor! Farei qualquer coisa! Por favor! Por favor! Por favor! Por favor! Por favor! Por favor! Por favor!

Quando os três viram o que havia na sala, precisaram respirar fundo, e até o coração de Nick afundou.

No fundo da sala, havia uma cama precária.

No lado esquerdo, pedaços de metal ensanguentados e algumas tesouras manchadas de sangue.

Em um canto, havia urina e fezes.

E, em outro canto, uma gaiola.

Dentro da gaiola, havia uma menina pequena com vários ferimentos no corpo.

Ela olhava para os três com puro pânico e terror, esticando desesperadamente o máximo de seu corpo para fora da gaiola que conseguia.

Era como se ela estivesse absolutamente apavorada de permanecer naquela gaiola.

Ou, mais precisamente, no lugar onde a gaiola estava.

A gaiola estava colocada em um canto mais escuro da sala.

Não era completamente escuro, mas bastante sombrio.

Todos sabiam o que isso significava.

O Pesadelo estava sussurrando no ouvido da menina há sabe-se lá quanto tempo.

— Eu não vou mais morder você! Eu juro! Farei o que quiser! Por favor! Por favor! Por favor! Desculpe!

— Isso não deveria estar aqui — disse o guarda, fingindo indignação. — Eu juro, nunca…

— Cala a boca — disse Nick.

O guarda não disse mais nada.

Jonathan e Kiara olhavam para a menina e para a gaiola com absoluto terror.

Então, o cheiro da gaiola cheia de fezes os atingiu.

Kiara virou-se para o lado e vomitou.

— Pode confirmar que este é o armazenamento do gordo? — perguntou Nick, com um tom uniforme.

— S-Sim, senhor — respondeu o guarda. — Se soubéssemos o que…

— Cala a boca — ordenou Nick novamente.

No momento seguinte, Nick se virou para Jonathan, que apenas olhava para a menina com puro terror.

— Solte-a — ordenou Nick.

O corpo de Jonathan tremeu, e ele olhou para Nick.

Depois, virou-se para a gaiola e avançou.

Assim que chegou à gaiola, as pequenas mãos da menina agarraram o corpo de Jonathan com toda a força, recusando-se a soltá-lo.

— Por favor! Desculpe! Desculpe! — ela gritou em pânico.

— E-Eu vou soltar você! — gritou Jonathan de volta, igualmente em pânico.

No entanto, a menina estava completamente fora de si e continuou gritando com Jonathan enquanto o agarrava.

Jonathan rapidamente encontrou o cadeado, mas era de metal, e ele não tinha força suficiente para quebrá-lo.

Quando Nick viu isso, ficou irritado.

Nick avançou.

— Saia do caminho! — ordenou Nick.

Jonathan tropeçou e saiu rapidamente do caminho.

Então, Nick olhou nos olhos da menina.

— Afaste-se! — ordenou ele com uma voz sombria.

A menina parou de se mexer ao ouvir a voz de Nick.

— Eu disse, afaste-se! — gritou Nick.

A menina rapidamente recuou.

Nick segurou uma das barras e colocou o pé na borda da gaiola.

Então, ele puxou.

CRRRRRRRRRRRK!

A barra dobrou, e Nick a arrancou.

Depois, fez o mesmo com uma segunda barra.

— Você pode sair — disse Nick com uma voz calma, após respirar fundo.

A menina rapidamente se moveu e tropeçou para fora da gaiola, antes de correr em direção à porta para escapar.

Nick apenas a segurou.

— Calma! — gritou Nick. — Não estou aqui para machucar você!

— Estou aqui para libertá-la!

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