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Kill the Sun – Capítulo 202

Aperto de Mão

Nick e Wyntor continuavam subindo em direção à próxima camada, e Nick sabia exatamente onde iriam parar.

Assim que passaram pela camada, Nick foi recebido com… uma entrada?

Os dois agora estavam em uma estação de Shweebs.

Surpreendentemente, não havia muito para ver.

A estação tinha apenas cerca de cem metros de comprimento, e a cerca de vinte metros dos trilhos havia uma entrada normal.

Parecia apenas uma entrada qualquer de um armazém, só que maior.

E era isso.

Nick ficou um pouco desapontado por não poder ver o edifício inteiro de Kugelblitz.

“Imagino que o edifício todo esteja incorporado na megaconstrução”, pensou Nick. “É por isso que só consigo ver uma entrada.”

Nick desviou o olhar da plataforma e viu que o trilho continuava subindo.

Provavelmente era ali que a camada superior começava.

Quando o Shweeb de Wyntor chegou ao fim da estação, ele desacelerou lentamente até parar.

Para surpresa de Nick, ele não colidiu com o Shweeb de Wyntor.

No momento seguinte, o Shweeb de Wyntor se abriu, e ele saiu com a facilidade de quem fazia aquilo todos os dias.

Foi então que Nick notou um homem se aproximando do Shweeb de Wyntor com um sorriso educado.

Wyntor acenou com a cabeça e passou pelo homem.

O homem retribuiu o aceno e entrou no Shweeb de Wyntor.

Ele dirigiu o Shweeb para um trilho adjacente, que levava a um grande portão de onde saíam vários pequenos trilhos.

Uma pequena parte do portão se abriu, e o homem dirigiu o Shweeb de Wyntor para dentro.

“É ali que eles guardam todos os Shweebs?” pensou Nick.

Dunk! Dunk!

Wyntor bateu no Shweeb de Nick e fez um gesto para ele sair.

Nick, nervoso, abriu a porta e tentou sair de forma natural.

Infelizmente, ele ainda não estava acostumado a dirigir algo assim, e sua saída foi, no máximo, desajeitada.

— Viagem turbulenta, hein? — comentou Wyntor.

— Desculpe! Sinto muito mesmo! — disse Nick com uma expressão quase de pânico.

— Está tudo bem — disse Wyntor com uma risada contida. — Já esperava algo assim. Se eu não confiasse na resistência do Shweeb, não teria deixado você dirigir atrás de mim.

Nick ainda se sentia envergonhado, mas apenas respondeu com um aceno.

— Com licença.

Nick olhou e viu um homem se aproximando com um sorriso educado.

— Sim? — perguntou Nick.

— Preciso do seu nome — disse o homem.

— Ah, Nick.

O homem assentiu. — E seu sobrenome?

Nick piscou, confuso. — Eu não tenho sobrenome.

O homem também piscou, sem saber como lidar com aquilo.

— Ele realmente não tem — disse Wyntor de lado. — Ele é meu Chefe Extrator Zephyx. Registre-o assim.

— Claro, Sr. Melfion — respondeu o homem, passando por Wyntor.

Ele também fez uma reverência educada para Nick, que apenas retribuiu com um aceno.

A essa altura, Nick já estava um pouco acostumado a pessoas agindo daquela forma ao seu redor.

Afinal, ele era um Chefe Extrator Zephyx, e a Sonho Sombrio tinha muitos funcionários que agiam exatamente assim.

O homem entrou no Shweeb de Nick e também o dirigiu pelo grande portão.

Um momento depois, Nick e Wyntor caminharam até a entrada de Kugelblitz.

Havia duas mulheres de pé em cada lado da entrada e, surpreendentemente, ambas usavam uniformes das forças da cidade.

Era de se esperar que Kugelblitz tivesse seus próprios guardas, mas, aparentemente, não.

A cidade estava guardando a entrada.

Ainda assim, quando Nick viu seus emblemas, seus olhos se arregalaram de choque.

Aquelas eram Peritas, Extratoras de nível quatro!

Eram tão poderosas quanto Julian e Albert!

Ainda assim, estavam apenas de pé na entrada de Kugelblitz!

— Mary, Winona, é a vez de vocês? — disse Wyntor com um sorriso irônico.

— Ha ha — respondeu a da direita com um tom sarcástico. — Pode rir à vontade, Wyntor.

— Não vou me segurar — disse Wyntor com uma risada.

A mulher à esquerda ecoou a risada de Wyntor, o que fez a da direita lançar um olhar de lado para ela.

— Estamos aqui para a reunião anual — disse Wyntor depois de um momento.

— Ah, é verdade. É hoje — disse a da esquerda. — Ninguém mais chegou ainda. Vocês estão um pouco adiantados.

— Quero mostrar o lugar para Nick antes — disse Wyntor, gesticulando para Nick, que estava diagonalmente atrás dele.

As duas mulheres olharam diretamente para Nick com expressões de interesse, o que o fez se sentir um pouco desconfortável.

— É ele, não é? — comentou a da direita.

— Exatamente — confirmou Wyntor.

Então, ele puxou Nick para frente e gesticulou para a mulher da direita. — Esta é Winona.

— E esta é Mary — disse, indicando a da esquerda.

— Ah, oi, prazer em conhecê-las — disse Nick, estendendo a mão direita para um aperto de mão.

As duas mulheres olharam para a mão estendida e piscaram surpresas.

Mas, depois de um segundo, Mary estendeu a própria mão com um sorriso e apertou a de Nick. — Prazer em conhecê-lo!

Winona franziu as sobrancelhas, mas também apertou a mão de Nick.

Aquilo era tão bizarro para elas.

Um aperto de mão geralmente é uma forma de cumprimento entre duas partes relativamente iguais.

O fato de estarem apertando a mão de um João Iniciante era muito estranho.

Afinal, elas eram Peritas.

Eram milhares de vezes mais fortes que humanos normais.

Podiam pular distâncias de mais de um quilômetro sem impulso.

Se quisessem, provavelmente podiam saltar de uma ponta dos Dregs à outra.

E, ainda assim, aquele João Iniciante estava em um nível semelhante ao delas.

Claro, apenas com base no poder de Nick, seu status era pouco mais alto que o de um funcionário comum, mas a posição de Chefe Extrator Zephyx era extremamente prestigiada.

Por exemplo, o Chefe Extrator Zephyx da Spartans, que era apenas um Veterano, tinha um status ligeiramente superior ao de um Perito comum, mesmo que sua força não fosse comparável.

Tecnicamente, o status de Nick era comparável ao de um Perito comum.

Ainda assim, isso parecia muito estranho para elas.

Por outro lado, também melhorou a percepção delas sobre Nick.

Afinal, Nick foi corajoso o suficiente para iniciar um aperto de mão com Peritos.

Quando alguém iniciava um aperto de mão, significava que estava em um nível semelhante ou superior ao da outra pessoa.

Um funcionário nunca oferecia a mão ao chefe.

O chefe sempre oferecia a mão primeiro.

Iniciar um aperto de mão significava ou se rebaixar para falar de igual para igual com a outra pessoa ou já estar em um nível semelhante por padrão.

O fato de Nick ter oferecido a mão mostrava muita coragem e audácia.

“Por que elas me olharam assim?” pensou Nick. “Não é assim que as pessoas na cidade interna se cumprimentam?”

Nick não fazia ideia.

Ele apenas pensava que todos se cumprimentavam dessa forma.

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