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Kill the Sun – Capítulo 470

Branco Sem Fim

Branco.

Preto.

Nada.

Silêncio.

Era isso que Nick sentia.

Nick havia parado de andar.

Não havia mais ilusões.

Não havia mais dor.

Tudo havia se tornado silêncio.

Tudo ao seu redor era perfeitamente negro…

Exceto pelo chão.

Ele era perfeitamente branco.

Silêncio.

Tudo estava em silêncio.

Nada se movia.

A mente de Nick lentamente retornou.

BANG!

E ele desabou no chão.

Sua mente não pensava.

Ela apenas existia.

Nick fechou os olhos e soltou um respi…

“Não!”

Nick soltou apenas uma pequena fração de seu fôlego antes de parar, sua mente despertando num estalo.

Ele não sabia nada sobre o mundo até aquele momento, mas quando começou a soltar seu fôlego, algo dentro dele gritou.

Nick fechou os olhos e organizou seus pensamentos.

“Parou”, pensou.

“Tudo parou.”

“Não estou morto, ou não teria ficado tão assustado ao soltar meu fôlego.”

“No entanto, não há mais ilusões e nem mais dor.”

“Então, onde estou?”

Nick se levantou lentamente, sua jornada até então se esvaindo de sua mente.

Era quase como um dos sonhos do Sonhador.

Era como se nada daquilo tivesse sido real.

Era como se ele não tivesse passado por nada daquilo.

“Por quanto tempo caminhei?”, Nick pensou.

Ele não fazia ideia.

Poderia ter sido um minuto.

Poderiam ter sido várias horas.

A única pista sobre quanto tempo passou caminhando era o ar em seus pulmões.

Se estivesse ali por mais de doze horas, sentiria a necessidade de respirar.

No entanto, ele não sentia essa necessidade.

Um momento depois, Nick olhou ao redor.

O branco do chão parecia antinatural.

Tudo era tão perfeitamente liso e branco.

Aria não havia dito que não havia luz ali dentro?

Então, por que o chão era tão branco e por que ele conseguia vê-lo?

Nick ajoelhou-se e tocou o chão.

Foi então que sentiu, e seus olhos se arregalaram em choque.

“Zephyx!”

“Tudo isso é Zephyx!”

Nick olhou para a vastidão ao seu redor.

“E é incrivelmente denso e duro!”

Nick sentia que o Zephyx era tão denso e sólido que apenas um pequeno frasco dele seria pesado o suficiente para quebrar todos os seus ossos.

A quantidade de Zephyx naquela área…

Milhões, bilhões, trilhões de toneladas!

Provavelmente havia mais Zephyx ali do que toda a humanidade possuía acesso.

“Só consigo pensar em uma coisa que poderia produzir tanto Zephyx”, Nick pensou, olhando para o plano branco sem fim.

Ninguém sabia onde a Enfermeira Alice estava quando não visitava humanos.

Ninguém sabia onde estava a Boca.

Ninguém sabia onde estava o Nulo.

Todos sabiam onde estava o Sol, mas ninguém podia ver atrás ou ao lado dele.

E o Pesadelo?

“Esta é a primeira vez que um humano alcança o domínio de um Eterno?”, Nick pensou.

Nick olhou silenciosamente para a vasta planície branca.

Aquilo parecia tão alienígena.

Ele estava na escuridão, mas não sentia dor.

Era uma sensação completamente estranha.

Todo ser humano no mundo associava a escuridão à dor.

Era como associar calor abrasador à dor.

Mas agora, Nick sentia a escuridão sem sentir dor.

Era como sentir ácido queimando seu corpo, mas sem associar essa sensação à dor.

Era estranho.

Por um tempo, Nick apenas observou o nada.

O ódio também havia desaparecido, o que significava que ele não sabia onde estava o Pesadelo.

“Já cheguei até aqui. Não há razão para voltar agora”, Nick pensou.

Mas, em vez de seguir em frente, Nick tirou os sapatos e os deixou exatamente onde estava.

Já que podia vê-los agora, usaria como um marco para voltar.

Então, ele seguiu em frente.

“É melhor eu me apressar. Não sei há quanto tempo já estou aqui”, pensou enquanto começava a correr.

Num instante, Nick atingiu velocidades incríveis.

Sua habilidade estava ativa, o que significava que ninguém estava olhando para ele naquele momento.

Ele correu por mais de 30 segundos, e a quantidade infinita de Zephyx simplesmente não terminava.

Mas então, os olhos de Nick se estreitaram, e seu coração acelerou.

Havia algo à distância.

Não era muito alto, mas havia algo no chão.

Nick diminuiu a velocidade e se aproximou do objeto com cuidado e silêncio.

Quanto mais se aproximava, mais cauteloso ficava ao caminhar.

O Zephyx ao seu redor tornava-se cada vez mais denso, e Nick quase sentia como se estivesse atravessando um pântano de Zephyx invisível.

Eventualmente, Nick chegou ao objeto e olhou para baixo.

Quando viu, todas as suas emoções gritaram a mesma coisa.

Aquilo era o Pesadelo!

Tinha que ser o Pesadelo!

Diante de Nick havia um cadáver em decomposição.

Era de altura mediana, mas a decomposição já o havia tornado magro e ressecado.

No entanto, a decomposição não parecia continuar.

O cadáver estava meio decomposto, revelando partes de seus músculos e órgãos, mas nada além disso.

Não havia cheiro.

Não havia insetos.

Era como um cadáver congelado no tempo.

Mesmo estando diretamente ao lado dele, a habilidade de Nick ainda estava ativa.

Ele não fazia ideia se aquele cadáver estava vivo ou não.

No entanto, sua alma dizia que aquilo era o Pesadelo.

Era por isso que matava todos na escuridão?

Era como um cadáver impregnado com veneno altamente tóxico, matando qualquer um que chegasse perto demais?

Estava morto, mas seu poder ainda cobria o mundo?

Nick olhou para o Zephyx infinito ao seu redor.

“Se estivesse morto, não produziria tanto Zephyx.”

“No entanto, e se na verdade não estiver produzindo Zephyx?”

“E se esse Zephyx já estivesse aqui, e o cadáver, na verdade, estivesse convertendo o Zephyx em sofrimento?”

Nick ergueu uma sobrancelha.

“Isso não faria muito sentido.”

Nick observou o cadáver por um tempo, e enquanto fazia isso, seu Sincronizador Zephyx estava mudando.

Ele estava adquirindo a habilidade do Pesadelo.

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