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Kill the Sun – Capítulo 525

Aria Brava

— Vanessa — Aria disse com uma voz sombria.

— Não me sinto confortável em usar primeiros nomes d…

— Não estou disposta a jogar seus jogos, Vanessa — Aria disse com um tom fervilhante, seus olhos se estreitando.

Vanessa podia sentir a fúria emanando de Aria, algo definitivamente incomum.

Aria sempre foi acessível e mantinha o controle sobre si mesma.

Vanessa não tinha certeza se já a vira tão furiosa assim antes.

Vanessa também estreitou os olhos. — Isso não é um jogo. Nossa relação é difer…

BANG!

Aria moveu a mão, e os móveis de todo o escritório foram arremessados contra a parede.

— Estou farta de você! — Aria disse com uma voz sombria e ameaçadora enquanto avançava.

Naturalmente, Vanessa se levantou de um salto, preparando-se para lutar.

No entanto, no fundo, ela ainda estava muito nervosa.

Ela sempre admirou Aria, tanto como pessoa quanto como líder.

Vê-la tão furiosa a intimidava mais do que gostaria de admitir.

— Nós queremos tornar esta cidade melhor! Você não entende isso?! — Aria gritou, aproximando-se.

— Nick quer melhorar esta cidade! Nick quer torná-la melhor para Égide!

— Kugelblitz não é a líder desta cidade!

— Nick é!

— Ele pode não ter o poder físico, mas tem a inteligência e a dedicação! Como um mero Perito Iniciante, ele está disposto a arriscar sua vida contra vários Heróis!

Nesse momento, Vanessa invocou seu rifle de precisão e o apontou para Aria.

Aria parou de avançar, mas sua fúria apenas aumentou.

— Se você ousar disparar, eu a matarei neste exato instante — ela disse no tom mais sombrio e ameaçador possível.

Mesmo intimidada, Vanessa manteve os braços firmes enquanto olhava para Aria através da mira.

— Não se aproxime! — Vanessa ordenou.

Aria a encarou com os olhos semicerrados.

— Se eu quisesse matá-la, não estaria caminhando lentamente até você assim — Aria disse em um tom gélido.

— Estou aqui para emitir um aviso.

— Jornis pegou 30 litros de sangue que não pertenciam a Kugelblitz e os usou para alimentar o Fungo Carmesim.

— Isso é uma violação do nosso acordo, e eu tenho toda a autoridade para impor uma multa pesada sobre a Kugelblitz por isso.

— No entanto, estou aqui para informá-la dos fatos.

Aria deu mais um passo à frente.

Agora, os braços de Vanessa começaram a tremer.

Ela queria puxar o gatilho.

Aria não teria como desviar de um tiro a essa distância.

Eles poderiam se livrar de Aria agora mesmo.

No entanto, Vanessa sabia que isso teria consequências terríveis.

Égide investigaria, e eles não conseguiriam esconder isso.

Égide provavelmente as prenderia e as forçaria a servidão por décadas.

Matar Aria era o mesmo que assinar sua própria sentença de morte.

— Se você der mais um passo, eu atiro! Só estou me defendendo! — Vanessa gritou.

Aria olhou profundamente nos olhos de Vanessa.

Então, deu mais um passo à frente.

Os braços de Vanessa tremeram ainda mais.

— Por que você está fazendo isso?! — Vanessa gritou, em um misto de pânico, raiva, impotência, frustração e traição.

— Você não precisa fazer isso!

Aria se lembrou de quando dissera essas mesmas palavras para Nick.

— Porque eu não tenho outra escolha — Aria disse, sua voz tomada pela escuridão. — Vocês não me deixaram outra escolha.

— Nada impedirá a ascensão da Cidade Carmesim.

— Nem você.

— Nem os Espectros.

— Nem Kugelblitz.

— Finalmente tenho um objetivo digno em minha vida, e não deixarei que ele escape de minhas mãos por medo.

Aria deu mais um passo à frente.

Os braços de Vanessa tremeram ainda mais enquanto olhava para Aria, que agora estava a apenas dois metros de distância.

Ela já estava bem dentro do alcance de ataque de Aria.

A mente de Vanessa estava em frenesi, imaginando todos os desdobramentos de uma batalha.

Ela estava sob um estresse imenso e sentia que estava em uma luta de vida ou morte.

— Se você puxar o gatilho, eu destruirei Kugelblitz — Aria disse com um tom sombrio.

— Eu a matarei. Eu matarei Jornis. Forçarei todos os seus Especialistas a trabalharem para a cidade. Tomaremos seus Espectros, e a cidade será mais poderosa do que nunca.

— Destruir Kugelblitz é a melhor coisa que pode acontecer para a cidade. Seus impostos de sangue e seus negócios obscuros prejudicam a Cidade Carmesim mais do que qualquer outra coisa.

Aria deu mais um passo à frente.

— Você quer que isso aconteça? — ela perguntou, dando mais um passo.

Agora, Aria estava diretamente em frente ao cano do rifle de precisão.

O corpo de Vanessa estava coberto de suor, e seus dedos tremiam.

— Vou repetir — Aria falou lentamente. — Kugelblitz não é a governante desta cidade.

— Nick é.

— Você cumprirá a lei.

— Se a quebrar, eu virei atrás de você.

— Trabalhei para Kugelblitz por mais de um século, e não quero vê-la destruída.

— Mas, se for preciso, farei isso sem hesitação.

— O sistema de doação de sangue é a última mudança necessária para alcançar nosso objetivo.

— O objetivo é aumentar nosso tributo para Égide em 20%, e com o sistema de doação de sangue, conseguimos fazer exatamente isso.

— Conseguimos atingir nosso objetivo.

— O único obstáculo em nosso caminho é sua falta de vontade de cooperar.

Aria olhou profundamente nos olhos de Vanessa.

Ela não sentia medo.

Um rifle de precisão apontado diretamente para seu peito, e ainda assim, não havia medo.

Por quê?

Porque ela estava lutando por algo mais importante do que sua vida.

Isso foi o que Nick lhe ensinou.

Convicção.

Dedicação.

Fazer tudo ao seu alcance para alcançar um sonho.

Como alguém poderia esperar realizar seu sonho se não estivesse disposto a se entregar completamente a ele?

Enquanto isso, Vanessa estava um completo desastre de nervos e pânico.

Sua mente estava um caos.

Diante de Aria, ela se sentia como um cidadão comum diante de um Espectro.

Ela se sentia impotente.

Sentia que, mesmo se puxasse o gatilho, ainda assim morreria.

Seus instintos diziam que ela não poderia vencer Aria de forma alguma.

A pura confiança que Aria exalava a intimidava mais do que qualquer outra coisa.

Parecia clichê, mas a seguinte afirmação ainda era verdadeira:

Pessoas e animais só demonstram seu verdadeiro poder quando estão protegendo algo mais importante do que suas próprias vidas.

Ao defender seus filhotes, um urso se tornaria muito mais ameaçador do que se estivesse lutando apenas por si mesmo.

O motivo disso era a convicção.

A confiança.

E, naquele momento, Aria estava colocando sua vida em risco pela Cidade Carmesim e por Nick.

Naquele instante, proteger essas coisas era mais importante para ela do que sobreviver.

— Pare com esses joguinhos estúpidos — Aria disse após vários segundos de silêncio.

— Esta não é mais a antiga Cidade Carmesim.

— Com o novo sistema de doação de sangue, não precisamos mais ir atrás da Kugelblitz.

No instante seguinte, o corpo de Aria relaxou e sua expressão tornou-se mais fria e distante do que ameaçadora.

— Seus lucros não serão mais afetados negativamente — Aria disse num tom uniforme. — O que temos agora é o que permanecerá.

— Aceite sua nova realidade.

Aria virou-se lentamente e caminhou em direção à porta.

Vanessa ainda a mantinha na mira do rifle de precisão.

Aria virou-se uma última vez e lançou-lhe um olhar profundo.

— Não quero mais incidentes em que sangue desapareça misteriosamente.

— E se algo acontecer com Nick, eu juro pela minha vida e por tudo o que é importante para mim…

— Eu. Vou. Matar. Você.

— Não me teste!

Então, Aria abriu a porta calmamente e saiu.

A porta se fechou, mas Vanessa ainda a mirava com seu rifle.

No instante seguinte, seus braços começaram a tremer ainda mais.

Por fim, ela respirou fundo, largou a arma e caiu de joelhos, sem forças.

Seu corpo inteiro tremia de estresse e ansiedade.

Ela sentia como se tivesse acabado de lutar por sua vida.

Vanessa não se recuperou por vários minutos, e a cena que acabara de acontecer se repetia em sua mente incessantemente.

Enquanto isso, Aria pediu ao guarda que a conduzisse para fora.

O som dentro do escritório era isolado, e o guarda não ouviu nada do que aconteceu.

Aria saiu do prédio e retornou rapidamente à sede da cidade.

Enquanto caminhava de volta, havia um salto leve em seu passo.

Ela se sentia incrível!

Ela finalmente fez algo!

Ela defendeu aquilo em que realmente acreditava!

Era uma sensação maravilhosa!

Nick certamente ficaria orgulhoso dela, certo?

Naquele momento, ela parou de andar.

“Por que pensei nisso?”, ela refletiu.

“É importante para mim que Nick se orgulhe de mim?”

Ela se imaginou conversando com Nick e contando-lhe o que aconteceu.

Ela não queria admitir, mas percebeu que se sentiria bem se Nick aprovasse suas ações.

Aria coçou a lateral da cabeça.

“Somos amigos? Acho que sim.”

Ela ficou em silêncio por um tempo, olhando para o chão.

“Mas é só isso que eu quero ser?”

No fim, entrou na sede e seguiu para o escritório de Nick.

Ao entrar, sentiu-se mais nervosa do que quando encarou o rifle de Vanessa.

Nick a olhou casualmente.

— Como foi? — ele perguntou.

Aria abriu um sorriso largo.

— Eu resolvi! Kugelblitz não será mais um problema! — ela disse com orgulho.

Ao ouvir isso, Nick soltou um suspiro de alívio.

— Bom trabalho. Estou feliz por ter confiado em você — Nick disse com um leve sorriso.

O sorriso de Aria se iluminou ainda mais.

— Sem problemas! — ela exclamou.

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