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Lightning Is the Only Way – Capítulo 1021

Revelação

Arc arregalou os olhos ao ouvir as palavras de Gravis.

Ele poderia sobreviver?

Isso era possível?

Quanto mais Arc pensava nas palavras de Gravis, mais sentido elas faziam.

Sim, realmente não havia razão para o Céu mais elevado forçar o cumprimento do acordo.

Arc sabia que o Céu mais elevado levava a sério as emoções e palavras de Gravis no passado. O comportamento do Céu mais elevado em relação a Gravis era diferente de como lidava com qualquer outra pessoa.

Normalmente, o Céu mais elevado não se importava com os sentimentos de ninguém. Afinal, era a coisa mais poderosa no Cosmos, e todos, exceto o Opositor, eram impotentes diante dele.

No entanto, mesmo sendo Gravis alguém que o Céu mais elevado poderia matar com um simples pensamento, ele não ignorava seus sentimentos. O Céu mais elevado precisava considerar a opinião do Opositor, mas não a de Gravis. De acordo com a lógica, ele ainda não deveria se importar com os sentimentos de Gravis.

Mas se importava.

Isso significava que o Céu mais elevado tinha algum plano relacionado a Gravis que exigia seu apoio.

Essa era a única explicação que Arc conseguia conceber. Não havia outra razão para que o Céu mais elevado considerasse a opinião de Gravis.

Assim que Arc percebeu uma chance de sobrevivência, suas emoções ficaram selvagens pela primeira vez em muito tempo.

Sua vida poderia mudar!

Gravis, Mortis e Arc aguardaram alguns segundos.

— Muito bem.

Os três olharam para o lado.

Alguém novo havia aparecido na clareira de Arc.

Era um homem loiro de meia-idade com três olhos. Ele vestia roupas brancas e mantinha as mãos atrás das costas.

Ele tinha uma expressão neutra enquanto olhava para Gravis.

Os três não podiam sentir seu Cultivo.

No entanto, os olhos de Gravis e Mortis se arregalaram assim que viram a nova pessoa.

Eles o conheciam!

— Orthar? — perguntou Gravis, chocado.

Aquele homem parecia exatamente com Orthar!

Orthar olhou para Gravis. — Olá, Gravis — disse de forma calma.

De repente, os olhos de Gravis se voltaram para a esquerda quando notou algo.

Outra pessoa havia aparecido na clareira, e ele também conhecia essa pessoa muito bem.

— Pai? — disse Gravis, surpreso.

Era o Opositor.

No momento, o Opositor segurava seu sabre negro na mão direita, de pé entre Gravis e Orthar.

Não havia mais razão para se manter escondido.

Afinal, a pessoa que queria permanecer oculta havia se revelado.

— Depois — disse o Opositor a Gravis, mantendo os olhos em Orthar.

Gravis notou as ações de seu pai e olhou para Orthar.

— Orthar, achei que você se tornaria um Céu intermediário. O que está fazendo aqui? — perguntou.

Orthar continuou a olhar para Gravis com uma expressão neutra.

— Meu nome é Orthar — disse Orthar. — No entanto, também não sou completamente o ser que você conhece como Orthar.

Gravis franziu as sobrancelhas.

— Ele é o velho bastardo — disse o Opositor.

Então, os olhos de Gravis e Mortis se arregalaram.

Primeiro, eles esperavam que Orthar fosse algum tipo de agente enviado pelo Céu mais elevado.

No entanto, Orthar era o próprio Céu mais elevado?

— Como? — perguntou Gravis.

— Eu queria conhecê-lo, Gravis — disse Orthar. — A observação nem sempre é tão confiável quanto experimentar algo por mim mesmo.

— Criei uma besta à minha imagem e com minha personalidade e a fiz encontrá-lo. Eu queria vivenciar sua personalidade em primeira mão. Claro, aquele Orthar não tinha minhas memórias. Em essência, o Orthar que você conheceu era uma versão mais jovem de mim mesmo — explicou Orthar.

Gravis ainda estava em choque enquanto ouvia o Céu mais elevado.

— Depois de obter conhecimento suficiente, fundi-me com o Orthar que você conhece e fui embora.

Gravis ainda tentava processar o que estava ouvindo.

— Então, Orthar está morto? — perguntou.

— Não, eu não estou — respondeu Orthar. — Passei por nossas experiências e ainda me lembro de tudo. Nossas interações realmente aconteceram, e nada mudou. Meu Espírito não foi tomado. Eu me fundi com a outra versão de mim mesmo, que você conhece como o Céu mais elevado. Sou ambos ao mesmo tempo.

Essa revelação ainda era difícil para Gravis entender.

Seu amigo estava morto ou não?

Ele dizia que não, mas isso era verdade?

— Ele está dizendo a verdade, Gravis — disse o Opositor.

Gravis olhou para o pai.

— Notei que ele basicamente criou uma cópia mais jovem de si mesmo para que pudesse entrar em contato com você.

Gravis franziu as sobrancelhas.

— Mas se você sabia, por que não fez nada? Isso não parece com você — disse Gravis.

— Esta é sua vida, não a minha — respondeu o Opositor. — Não quero envolvê-lo em meu conflito, e para que você tome a melhor decisão, precisa conhecer ambos os lados. Além disso, mesmo que eu não pensasse assim, forçá-lo a ficar do meu lado nesse conflito só o afastaria. A liberdade é importante demais para você, e, se eu não respeitar sua liberdade, posso acabar me tornando alguém que você detesta.

— Obviamente, não quero ficar do lado ruim do meu filho — disse o Opositor.

Então, ele olhou para Mortis.

— Ou filhos, nesse caso — disse.

Mortis olhou para o Opositor com uma expressão incerta.

Normalmente, Mortis tinha um controle sólido sobre suas emoções, mas assim que viu seu ‘pai’, ficou incerto.

Gravis via o Opositor como seu pai, e Mortis tinha as memórias de Gravis. Portanto, Mortis também via o Opositor como seu pai.

— Você é Gravis tanto quanto ele, apenas de um tempo e lugar diferentes — disse o Opositor a Mortis. — Memórias e sentimentos são o que nos conectam. Portanto, você é meu filho.

Mortis sentiu coisas que não sentia desde que veio à existência.

Isso era um sentimento de pertencimento?

Isso era amor familiar?

Enquanto isso, Gravis olhava para Orthar.

— Então, você é o Céu mais elevado, certo? — perguntou.

— Sou — respondeu Orthar.

— Por que decidiu se revelar agora? Você ficou escondido esse tempo todo — perguntou Gravis.

— Não há razão para continuar com pretensões — disse Orthar. — Você não receberá a Marca e ainda conhece a Lei Maior da Morte. Contanto que nada fora do comum aconteça, você alcançará meu nível. Em vez disso, agir com você de forma semelhante ao invés de agir com alguém abaixo de mim só aumentaria sua antipatia por mim”.

Gravis ergueu uma sobrancelha.

Agora que aceitava que o Céu mais elevado era basicamente Orthar, muitas coisas faziam mais sentido.

O Cosmos inteiro foi criado para reunir o máximo de Energia possível.

Era incrivelmente eficiente.

Tudo tinha sua função.

Gravis uma vez pensou que não gostaria de viver em um mundo criado por Orthar, mas, ao que parecia, ele estava nesse mundo o tempo todo.

No entanto, havia uma grande diferença entre os dois Orthars.

O antigo Orthar administraria tudo como se fosse uma máquina, forçando tudo em seu devido lugar.

No entanto, isso não produziria o melhor resultado.

As pessoas perderiam motivação e fariam apenas o mínimo para sobreviver.

Isso acabaria com a motivação.

Mas este Orthar tinha uma experiência incomparável em administrar um Cosmos.

Ele sabia exatamente o que dava os melhores resultados.

Gravis lembrou-se das palavras que seu pai havia dito certa vez.

O Opositor havia dito que as emoções existiam para forçar as pessoas a fazer conexões com os outros, o que as levaria a não querer perdê-las, resultando em uma necessidade de poder.

Na época, Gravis descartou as palavras de seu pai como cínicas demais.

No entanto, conhecendo Orthar, isso agora parecia muito provável.

— Você disse que não quer que eu desgoste ainda mais de você. Mas por que se importaria com isso?

— Diga-me, por que se importa com meus sentimentos? — perguntou Gravis com uma sobrancelha levantada.

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