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Lightning Is the Only Way – Capítulo 1033

O Alerta do Opositor

Gravis ficou atônito.

Ele sabia com certeza que o corpo de Aris era tão poderoso quanto o corpo de uma besta normal. Se Aris tivesse nascido com um Espírito, também teria nascido com um corpo mais fraco. Uma Aura de Vontade exigia um Espírito para ser usada, o que significava que Aris precisava ter um Espírito.

Ainda assim, Gravis teria notado algo assim.

Então, como era possível que Aris de repente tivesse ganho um Espírito?

— Como ele conseguiu de repente uma Aura de Vontade e um Espírito? — Gravis perguntou a Ferris. — Da última vez que o vi, ele não tinha nem um Espírito nem uma Aura de Vontade.

Ferris apenas sorriu para Gravis com empolgação. — Ele comeu alguma coisa — disse.

— Comeu alguma coisa? — Gravis perguntou, surpreso.

— Gravis — Arc transmitiu para ele. Ele fez suas flutuações de transmissão serem óbvias, para mostrar aos outros que estava falando com Gravis naquele momento, mas escondeu o conteúdo o máximo que pôde.

— É possível para humanos obterem um corpo tão poderoso quanto o de uma besta, certo? — Arc transmitiu. — Você já deve ter notado que o corpo de Stella é mais poderoso do que o normal. Então, é lógico que algo semelhante existiria para bestas.

Gravis olhou para Arc com as sobrancelhas franzidas. — Claro, mas por que nunca ouvi falar desse tipo de coisa? — perguntou Gravis.

— Porque eu não usei isso no meu mundo — explicou Arc.

— Por quê? — Gravis perguntou.

— Se eu criasse uma grande quantidade de tesouros naturais que permitissem aos humanos obter corpos tão poderosos quanto os das bestas, os humanos dominariam as bestas. Se eu criasse uma grande quantidade de tesouros naturais que permitissem às bestas construir um Espírito e expandir seu armazenamento de Energia, elas dominariam os humanos.

— Se eu criasse ambos, as diferenças naturais entre bestas e humanos diminuiriam consideravelmente. Nesse ponto, seria mais difícil para os dois lados entrarem em guerra. A guerra no meu mundo é baseada em uma diferença de espécies. Outros mundos têm razões diferentes para suas guerras.

— Além disso, você precisa perceber o custo de condensar esses tesouros naturais e o benefício que eles trariam para o meu Criador. Criar alguns tesouros naturais que aumentam o poder físico dos humanos não custa muita Energia. Fazer algo como fortalecer um corpo físico não é tão difícil.

— No entanto, expandir o armazenamento de Energia de uma besta custa muitas vezes mais Energia, e condensar um Espírito exige ainda mais. Se o custo de dar a um humano as vantagens de uma besta for 1, o custo de dar a uma besta as vantagens de um humano seria 10.000. Eu poderia dar corpos de besta a 10.000 humanos com a Energia que investiria para elevar uma única besta ao mesmo nível.

— Além disso, você precisa lembrar que essas mudanças não oferecem recompensas imediatas. Nenhuma dessas mudanças tem um significado real na quantidade de Energia que o ser absorve. Essencialmente, apenas aumentam sua Força de Batalha.

— No entanto, para aumentar sua Força de Batalha, nós, os Céus, temos que investir muita Energia — explicou Arc.

Gravis coçou o queixo, pensativo.

As palavras de Arc faziam muito sentido.

Ainda assim, ele tinha perguntas.

— Custa mais alterar esses fundamentos à medida que o ser se torna mais poderoso? — Gravis perguntou.

— Claro — respondeu Arc. — Dar a um Cultivador no Reino Refinamento Corporal um corpo de besta não custa quase nada.

— Então por que não dar um Espírito a todos ao nascer? — Gravis perguntou.

Arc deu uma leve risada. — Gravis, isso já foi explicado a você no passado.

Gravis franziu as sobrancelhas, mas logo se lembrou que já sabia disso.

As bestas eram usadas como uma ferramenta para aumentar o poder dos humanos. Criar uma besta custava muitas vezes menos, o que permitia a Orthar criar uma grande quantidade delas, dando aos humanos mais oportunidades de refinar. Se Orthar desse a todas essas bestas as vantagens dos humanos desde o início, elas seriam apenas mais humanos e custariam a mesma quantidade de Energia.

— Mas então por que só estou ouvindo sobre isso agora? — perguntou Gravis. — Parece que essas coisas não existem nos mundos inferiores e intermediários.

— Isso é verdade. Elas não existem — respondeu Arc. — Cada um desses tesouros naturais requer muita Energia para ser condensado, e, se o recipiente do tesouro natural morrer, toda essa Energia será desperdiçada. Afinal, eles nunca teriam alcançado uma magnitude de poder que os tornasse relevantes para meu Criador.

Gravis coçou mais o queixo.

— As razões pelas quais os humanos são mais importantes do que as bestas para o seu Criador são por causa de seus Espíritos, Energia e Auras de Vontade. Então, se existe uma maneira de conceder isso às bestas, isso não as tornaria tão importantes quanto os humanos? — perguntou Gravis.

— Tornaria, sim — respondeu Arc. — As bestas têm que viver suas vidas inteiras sem qualquer Sorte Cármica, o que as coloca em uma desvantagem severa em relação aos humanos. No entanto, se conseguirem suportar esse tempo terrível e emergir do outro lado, isso demonstra que seu talento e sua Força de Batalha são incrivelmente poderosos. Nesse ponto, valeria a pena o investimento de Energia.

— Em que ponto vale a pena investir em bestas para o seu Criador? — perguntou Gravis.

— Você continua se referindo ao meu Criador como ‘seu Criador’. Normalmente, você o chama de o Céu mais elevado — transmitiu Arc. — Acho que a maneira como você se refere ao meu Criador mudou porque você o conheceu, certo?

Arc estava congelado no tempo quando Orthar conversou com Gravis, e Gravis ainda não havia contado nada a ele.

Gravis sentiu-se um pouco desconfortável.

Arc adivinhou a verdade com tanta facilidade.

— Sim, eu o conheci, mas não posso te contar nada sobre isso — respondeu Gravis.

Arc apenas sorriu. — Compreensível. Só queria te provocar. Enfim, voltando à sua pergunta. O ponto que decide se vale a pena investir em uma besta ou não é quando ela está prestes a…

WHOOOOOOOOM!

Os olhos de Arc se arregalaram de terror enquanto sua cabeça se virava violentamente para a direita.

Arc foi o único que sentiu essa pressão apocalíptica.

Arc e o Opositor se encararam.

— Arcerius — disse o Opositor, referindo-se a Arc pelo nome completo. — Você é amigo do meu filho, e é por isso que vou te parar agora. Você não está mais no seu mundo. Talvez você consiga esconder o conteúdo de suas transmissões no seu mundo, mas aqui existem seres que ainda podem decifrá-las.

— Um desses seres é minha esposa.

— Tome cuidado com o que diz em todos os momentos, porque, se minha esposa ouvir as próximas palavras, seu Criador e eu podemos ter outro desentendimento.

— Não vou simplesmente ficar aqui enquanto ele mata minha esposa.

— Antes que essa situação tenha chance de ocorrer, sua existência já terá se tornado uma parte desconhecida da história deste Cosmos — disse o Opositor friamente.

O Opositor não transmitiu seus pensamentos, mas os pronunciou.

Todos na sala ouviram e engoliram em seco nervosamente.

O Opositor sempre se mantinha à parte, sentado como uma decoração, mas quando ele falava, as pessoas imediatamente se lembravam de que tipo de existência ele era.

Ele era gentil com sua família, mas isso já abrangia toda a gentileza que o Opositor possuía.

Arc respirou fundo.

Arc era insanamente poderoso, mas, diante do Opositor, ele não era nada.

— Peço desculpas — disse Arc com uma reverência. — Estava acostumado a estar no meu mundo. Preciso aprender que não tenho mais controle total. Não falarei mais sobre esses assuntos até ter poder suficiente para esconder minhas transmissões de todos.

O Opositor assentiu. — É melhor assim.

— Eu continuarei a explicação daqui em diante — ele disse.

Arc assentiu enquanto dava um passo para trás.

O Opositor olhou para o filho.

Gravis apenas franziu as sobrancelhas.

— Você poderia ter dito isso de uma forma um pouco mais amigável — transmitiu Gravis. — Não havia razão para ameaçar Arc com aniquilação, sabe?

— A severidade das minhas palavras garante que ele não cometerá esse erro novamente — transmitiu o Opositor.

Gravis esfregou o nariz, irritado.

— Claro — ele disse, mas obviamente não acreditava totalmente nisso.

— O que eu disse a Arcerius também vale para você, Gravis — transmitiu o Opositor. — Não repita o que eu disser, nem mesmo como uma pergunta. Se tiver uma dúvida, formule-a de forma vaga.

Gravis assentiu.

— O ponto em que as bestas são consideradas dignas de investimento de Energia é o Reino Deus Estelar.

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