Enquanto a Seita Miríade preparava sua nova sede para suas futuras conquistas, Gravis pegou Stella emprestada por um momento.
Ele queria testar algo.
— Então, o que você quer testar? — perguntou Stella.
— Espere um segundo — disse Gravis. — Preciso tomar algumas precauções primeiro. Não quero correr nenhum risco.
Stella olhou para Gravis com uma expressão questionadora.
— Pai, por favor, me ajude a isolar o que está acontecendo aqui dos outros. Não quero que ninguém veja isso — disse Gravis.
— Vá em frente — a voz do Opositor soou na mente de Gravis e Stella.
— Obrigado — disse Gravis com um aceno antes de se concentrar em Stella.
Stella deu um passo nervoso para trás.
— O que você está fazendo? Está tentando se aproveitar de mim!? Aviso que, como uma donzela pura, tenho muitos pretendentes! Vou chamar o irmão Mortis para te dar uma surra se fizer qualquer coisa! — gritou Stella em falso temor.
Gravis teve que rir das palhaçadas de Stella.
— Não, eu quero testar algo específico — disse Gravis.
Então, ele recuou um pouco.
— Stella Firebringer! — gritou Gravis.
Desde que Stella entrou para a Seita dos Nove Elementos no mundo superior, ela recebeu um novo sobrenome. Firebringer era o sobrenome do grupo de fogo da Seita dos Nove Elementos.
Gravis acabara de gritar o verdadeiro nome de Stella.
Os olhos de Stella se arregalaram quando uma sensação estranha preencheu seu ser.
SHING!
Uma Estrela apareceu ao lado de Stella, surpreendendo-a.
Era sua Estrela!
Ela não a havia convocado!
— Stella Firebringer! — Gravis gritou novamente.
A Estrela disparou para longe.
Surpreendentemente, não disparou em direção a Gravis, mas sim para uma direção aparentemente aleatória.
Stella ficou nervosa ao ver sua Estrela se afastando.
Ela não havia ordenado nada daquilo!
A Estrela estava voando para longe em alta velocidade, mas Gravis e Stella ainda conseguiam acompanhá-la.
— Volte! — gritou Stella, tentando ao máximo recuperar o controle de sua Estrela.
Depois de muito esforço, a Estrela de Stella começou a desacelerar.
— Stella Firebringer!
WHOOOOM!
E a Estrela disparou para longe novamente.
Gravis gargalhou alto ao ver o espetáculo.
Era como se Stella estivesse perseguindo uma criança desobediente, tentando convencê-la a voltar.
— Acho que sei para onde a Estrela está indo — disse Gravis.
— Para onde? — perguntou Stella. Ela estava nervosa, mas não assustada. Sabia que Gravis não permitiria que nada acontecesse com ela.
— Está indo para o meu Avatar — disse Gravis.
— Está indo para Mortis? — perguntou Stella.
Gravis assentiu.
— Mortis está compreendendo algumas Leis naquela direção. Acho que isso também explica por que os verdadeiros nomes são tão perigosos para Deuses Estelares e acima — disse Gravis. — Eu ainda tenho controle sobre meu Avatar ou Estrela porque você não pode dizer meu verdadeiro nome.
— Então, essencialmente, agora controlo os movimentos da sua Estrela. Só preciso fazer Mortis se mover para onde eu quiser. Além disso, sua Estrela não pode se tornar intangível enquanto não estiver sob seu controle. Essa habilidade é a única razão pela qual os Cultivadores não atacam a Estrela do inimigo.
— Se tivéssemos poderes equivalentes, estaríamos travando uma batalha. No entanto, se eu souber seu verdadeiro nome, posso fazer sua Estrela vir até mim. Depois disso, só preciso atacá-la, e ela será destruída.
— Mais ainda, já que o oponente obviamente sabe da importância de sua Estrela, também posso controlar seus movimentos. Por exemplo, se houvesse alguém na Cidade Opositora que eu quisesse matar. Obviamente, não poderia matá-lo devido às regras da Cidade Opositora.
— No entanto, se eu soubesse seu verdadeiro nome e o gritasse do lado de fora da Cidade Opositora, poderia forçar sua Estrela a vir até mim. A outra pessoa seria obrigada a me encontrar fora da cidade ou ver suas Leis mais poderosas serem destruídas.
— Essencialmente, isso me permitiria controlar completamente a vida de alguém — explicou Gravis.
Stella assentiu.
Essa habilidade era realmente aterrorizante.
Não era à toa que todos mantinham seus verdadeiros nomes em segredo.
Depois de muito esforço, Stella conseguiu fazer sua Estrela desacelerar novamente.
Eventualmente, a Estrela parou.
Stella imediatamente lançou um olhar venenoso para Gravis.
— Nem pense nisso!
Gravis estava se segurando com todas as forças para não rir.
— Não! — Stella grito. — Me demorou todo esse tempo para recuperar o control!
— Stella — disse Gravis.
— Nem se atreva! — Stella gritou.
— Stella, poderia me trazer um pouco de fogo? — disse Gravis com um sorriso provocador.
— Pare com isso!
— Tá bom, tá bom, eu paro — disse Gravis.
Stella estreitou os olhos para Gravis.
Ela não confiava completamente nele.
— Não, falando sério, Gravis. Isso não tem graça, e eu não gosto dessa sensação. Não estou brincando. Por favor, pare — disse Stella seriamente.
O sorriso de Gravis desapareceu imediatamente, e ele suspirou.
— Ok — disse com um tom desanimado.
— Obrigada — disse Stella.
Eventualmente, Stella conseguiu fazer sua Estrela desaparecer novamente. Levaram vários minutos para que ela recuperasse o controle de sua Estrela, enquanto bastavam apenas duas palavras para fazê-la perder o controle completamente.
Os verdadeiros nomes eram realmente assustadores.
Stella jurou a si mesma que nunca contaria seu verdadeiro nome a ninguém.
Felizmente, apenas Gravis, Mortis, Liam e Exar sabiam seu verdadeiro nome.
— Donzela das Fadas, este bandido está te incomodando?
SHING!
Alguém apareceu ao lado de Stella.
Era um jovem de longos cabelos brancos, robes brancos caros e joias brancas. A luz sagrada da Pureza emanava constantemente dele, fazendo-o parecer uma divindade.
Seu rosto era impecável.
No total, ele parecia uma estátua sagrada à qual alguns mortais rezariam.
Ele era um Deus Estelar de nível dois.
Ele havia acabado de passar por ali e viu como essa bela fada olhou para aquele malandro com olhos venenosos.
Obviamente, esse inseto de Cultivador estava assediando essa bela donzela!
Na mente dele, essa jovem absolutamente estelar e deslumbrante era gentil e educada demais para simplesmente jogar esse malandro para longe.
Por isso, esse canalha estava se aproveitando dessa inocente donzela, assediando-a cada vez mais.
Ele precisava intervir e salvá-la!
Stella olhou para o homem bonito ao seu lado com um pouco de confusão.
Então, ela entendeu e segurou um riso.
Gravis olhou para o homem com uma sobrancelha levantada.
— Xô! Vá embora! — ordenou o homem a Gravis. — Não vê que essa bela donzela não está interessada em você? Tenha um pouco de decência!
Gravis piscou uma vez. — Acho que você entendeu al…
— Oh, obrigada, valente Cultivador! — gritou Stella com olhos lacrimejantes.
O rosto de Gravis congelou.
“Você tá falando sério?”
— Esse homem grosseiro pediu para cheirar meus pés e vestir meu vestido! Pelos Deuses, fiquei estupefata quando ouvi suas exigências sujas! — gritou Stella com uma voz que faria qualquer homem querer ajudá-la.
Gravis ficou atordoado.
“Merda, isso não parece muito com Carma!?” Gravis pensou. “Eu acabei de provocar a Stella com seu verdadeiro nome, e agora ela está me provocando com esse cara!”
Quando o jovem ouviu as palavras de Stella, seus olhos se tornaram gélidos, e ele liberou sua Aura de Vontade contra Gravis.
— Vou trazer justiça para esse malandro! — gritou com autoridade.
— Não, por favor! — gritou Stella em um tom suplicante. — Ele agiu de forma indecente, mas isso não merece a morte! Não posso viver com tal culpa em minha consciência!
Os olhos do jovem relaxaram, e ele olhou para Stella com um olhar amoroso e gentil.
O corpo de Stella estremeceu, mas ela escondeu bem.
— Uma donzela tão inocente é verdadeiramente rara neste mundo cruel — disse o homem em tom elogioso. Então, ele olhou friamente para Gravis. — Malandro! Você teve sorte! Essa bela donzela acabou de salvar sua vida! Agora, suma!
Gravis piscou algumas vezes.
— Ele provavelmente pertence a uma das Seitas vizinhas — Stella transmitiu para Gravis. — Ainda somos novos aqui, e as outras Seitas não nos conhecem. Se eu segui-lo, posso entrar em uma das Seitas e reunir informações sobre seu poder e suas políticas. Precisamos conhecer nosso inimigo para nos prepararmos adequadamente para enfrentá-los.
— Certo — respondeu Gravis, relutante.
Então, Gravis agiu como um ladrãozinho insignificante que foi pego pelo senhor da mansão e fugiu para a distância.
O jovem bufou e olhou para Stella com olhos apaixonados.
— O malandro se foi. Donzela das Fadas, você estaria interessada em me acompanhar até minha Seita de origem? Acredito que uma poderosa Deusa Estelar como você possa facilmente se tornar uma Executora em nossa Seita. Posso garantir que você será aceita.
Stella sorriu brilhantemente, e seu rosto ficou levemente vermelho.
— Muito obrigada, valente Cultivador. Eu adoraria visitar sua Seita! — disse Stella.
— O Céu decretou que nos encontraríamos neste dia, e agradeço ao Céu por essa oportunidade de conhecer uma pessoa tão graciosa como você. Por favor, siga-me — disse ele em um tom suave.
Stella realmente se esforçava ao máximo para parecer interessada e inocente.
O jovem e Stella voaram para a distância.
Então, o jovem fez algo que Stella não percebeu.
— Imperador Imortal no Pináculo. Ele tem essa Aura. Matem-no — ordenou secretamente para alguém.
Ele não queria que a inocente donzela soubesse que o malandro morreria. Afinal, com sua consciência pura e personalidade gentil, ela talvez não conseguisse lidar com um golpe tão cruel em sua consciência.
Obviamente, a impressão que o homem tinha de Stella estava muito distante da realidade. Na verdade, era tão distante que era quase inacreditável que alguém pudesse pensar algo assim.
Bem, havia dois motivos para isso.
O primeiro era a poderosa Lei da Empatia de Stella. Essa Lei intensificava as emoções positivas que ela transmitia inconscientemente.
Isso a fazia parecer uma garota amorosa, inocente, feliz e até ingênua.
O segundo motivo era sua beleza.
O jovem havia sido completamente cativado por ela assim que a viu.
Ela era tão inocente, tão frágil.
Ele precisava protegê-la!
Por causa disso, ele acreditava que Stella era inocente, mesmo que isso fosse impossível pelo simples fato de que Stella já era uma Deusa Estelar.
Assim, uma oportunidade incrível para aprender sobre o inimigo surgiu para a Seita Miríade.
Que grande sorte!