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Lightning Is the Only Way – Capítulo 1145

Os Problemas de Mortis

Gravis não esperava que as coisas tomassem esse rumo. Ele apenas imaginava que Narcissus e Meadow se conheceriam melhor. Afinal, eram plantas semelhantes.

Ele não esperava que eles simplesmente se acasalassem diretamente e tivessem filhos.

A maioria dos humanos na Seita Miríade ficou confusa, mas as bestas explicaram o que havia acontecido.

Depois disso, os humanos assentiram em compreensão.

Ah, então era só sexo.

Ok.

Narcissus soltou Meadow novamente, e suas raízes começaram a se mover lentamente pelo subsolo.

— Se você está ocupando todo o assento, pelo menos me deixe sentar no seu colo — ela disse em uma voz baixa e levemente irritada.

Gravis ficou surpreso ao ouvir a voz de Meadow.

Essa ainda era a Meadow que ele conhecia?

Ela quase soava como uma donzela inocente falando de forma fofa com o namorado.

As raízes de Meadow se enrolaram lentamente ao redor das raízes de Narcissus, e no final, os dois compartilharam o subsolo da Seita Miríade. Os territórios não foram divididos 50/50, mas os dois compartilhavam o espaço.

Narcissus não respondeu Meadow, apenas manteve suas raízes firmes para que ela pudesse se entrelaçar a ele.

Ele estava assumindo completamente o papel do típico namorado forte e estoico.

— Dê um tempo para eles — Azure disse a Gravis e Manuel. — Podemos colocar o plano em prática quando Meadow estiver estabelecida.

Manuel assentiu com um sorriso tranquilo.

— Pensar que teremos nossa própria floresta cheia de plantas que podem cultivar… No futuro, essas plantas nos ajudarão imensamente. Podemos guiá-las até nossas Áreas de Compreensão de Leis, e eventualmente, elas estarão dispostas a negociar seus frutos.

Gravis assentiu.

— Isso é algo muito bom para todos. Meadow e Narcissus se beneficiam, e nós também.

Quando Mortis viu a interação entre Meadow e Narcissus, involuntariamente se lembrou do tempo que passou com Joyce.

Por quê?

Porque Meadow e Narcissus também haviam batalhado entre si antes de acabarem juntos.

A luta inicial foi intensa e ardente, mas o tempo depois foi tranquilo e pacífico.

Os dois estavam apenas juntos, sem falar muito.

Parecia que agora eles simplesmente apreciavam a companhia um do outro.

Alguém poderia pensar que isso traria lembranças ruins para Mortis sobre Joyce. No entanto, ironicamente, aconteceu o oposto.

Depois de ver como um relacionamento semelhante ao seu próprio terminou em felicidade, Mortis percebeu que Joyce não era a pessoa certa para ele.

Mortis havia se sentido atraído por Joyce, mas era apenas uma atração física. Por causa das ações dela, Mortis se distanciou emocionalmente.

Ainda assim, Mortis só queria suspirar.

Ele viu o quanto Gravis era feliz com Stella.

Ele viu o quanto Yersi era feliz com Jake.

E agora, ele viu o quanto Meadow estava feliz com Narcissus.

Por que ele não podia ter algo assim?

Eventualmente, Mortis simplesmente se afastou em silêncio. Ele não queria estar perto de ninguém naquele momento.

Gravis percebeu quando Mortis saiu e também só pôde suspirar. Ele conhecia Mortis muito bem e podia imaginar com precisão o que ele estava sentindo e pensando.

“Dê tempo ao tempo, Mortis”, Gravis pensou. “Você também encontrará alguém.”

Mortis se teleportou para longe e parou sobre um grande penhasco com vista para uma floresta.

Não havia nenhum Cultivador por perto, e Mortis tinha todo o tempo do mundo para refletir sobre sua vida.

Ele ansiava por algo mais, mas simplesmente não sabia como buscar isso.

Mortis passou algum tempo sozinho, mas sua solidão foi interrompida alguns minutos depois.

SHING!

Alguém chegou atrás de Mortis.

A outra pessoa caminhou até seu lado e olhou para ele com um pouco de confusão.

Mortis não reagiu.

— Eu não entendo você — Azure disse.

— O que você não entende? — Mortis perguntou, sem olhar para ela.

— Você basicamente é feito de Gravis, certo? — Azure perguntou.

— Sim, e daí? — Mortis respondeu.

— O que torna tão difícil para você conseguir aquilo que os humanos desejam tanto? — Azure perguntou. — Gravis conseguiu. Por que você não consegue?

— Você não entende porque não é humana — Mortis respondeu calmamente, sem olhar para ela.

— Eu sei — Azure respondeu. — É por isso que estou perguntando. Eu genuinamente não entendo e quero compreender mais.

Mortis se lembrou do momento em que ele conheceu Azure no passado.

Como besta, Azure não possuía esses sentimentos românticos que os humanos tinham. Até mesmo seus filhos eram irrelevantes para ela.

Mortis, no entanto, se importava profundamente com seus três filhos.

Sim, Mortis ainda via Aris, Cera e Yersi como seus filhos. Afinal, ele e Gravis eram a mesma pessoa naquela época. Mortis também acompanhou o crescimento dos três até se tornarem adultos.

Mas Mortis se manteve distante deles.

Ele não queria que os três se confundissem sobre quem era seu pai.

Na mente de Mortis, Gravis era um pai melhor.

Para Mortis, ele mesmo era apenas uma pessoa cruel e egoísta que buscava apenas poder. Ele não se considerava adequado para ser pai, namorado ou marido.

Ele era um obcecado por poder que só perseguia Reinos mais elevados.

Ele nunca poderia ser um pai ou marido tão bom quanto Gravis.

Por isso, era melhor que Gravis cuidasse de seus filhos.

Então, mesmo que Mortis desejasse ter uma conexão com seus três filhos, ele se manteve fora de suas vidas. Ele decidiu apenas observá-los à distância.

Mas, como besta, Azure não era assim.

Azure não se importava com seus filhos. Sempre que via Aris, por exemplo, não havia um traço de emoção perceptível em suas Leis.

Ela genuinamente não via os três de maneira diferente dos outros membros da Seita Miríade.

Para ela, eles eram simplesmente companheiros da mesma Seita.

Alguém poderia pensar que Azure era fria, mas isso era apenas a sua natureza. Ela era uma besta pura e simplesmente não sentia essas emoções.

Essa era uma diferença natural entre bestas e humanos.

Azure sempre lutou com esses sentimentos depois de conhecer Gravis. Ao ver como ele se importava tanto com seus filhos, Azure ficou confusa.

Como alguém podia se importar tanto com sua prole? Será que ela estava perdendo algo?

No entanto, quando Azure passou pela Samsara, percebeu que suas preocupações eram infundadas.

Ela simplesmente não tinha esses sentimentos e não precisava se arrepender por isso.

Ainda assim, Azure se interessava em entender como os humanos percebiam os relacionamentos. Fascinava-a como os humanos podiam sentir coisas que ela não podia sentir.

Foi por isso que ela veio até Mortis.

— Por que você simplesmente não encontra alguém que acha atraente e a pega? — Azure perguntou.

— Isso é considerado assédio para os humanos, e nós não gostamos muito disso — Mortis respondeu. — Amor é algo como dar mais ao outro. Você poderia chamá-lo de uma aliança altruísta, onde ambos os lados querem ajudar o outro até mais do que a si mesmos.

— E o que impede um lado de tirar vantagem do outro? — Azure perguntou.

— Nada — Mortis respondeu. — É por isso que o amor é tão difícil. Só se pode ter esse tipo de relacionamento quando ambos os lados estão dispostos a dar tudo um pelo outro.

Azure olhou para a distância, pensativa.

— E o que impede você de encontrar alguém assim? — ela perguntou.

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