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Lightning Is the Only Way – Capítulo 1180

Convicção

Gravis e Mortis caminharam tranquilamente pelo corredor por um tempo, mas, eventualmente, Mortis ficou impaciente e começou a se teletransportar.

Gravis suspirou e seguiu Mortis.

Surpreendentemente, precisaram de apenas uma única teletransportação para alcançar o fim do corredor.

Não era tão longe quanto imaginavam.

A essa altura, o corredor havia se tornado estreito novamente, e os dois caíram em nostalgia.

O corredor estreito e o portão à frente deles lembravam a Provação do Céu no mundo inferior.

— Você acha que Orthar tem apenas um nível para nós ou há vários, como antes? — perguntou Gravis.

— Provavelmente tantos quanto ele acha que sejam ideais para nos tornar mais poderosos. Ele quer que fiquemos mais fortes, e agora estamos no domínio dele — respondeu Mortis.

— Então, o Cosmos não é o domínio dele? — perguntou Gravis.

— Você sabe o que eu quis dizer — respondeu Mortis.

— Claro — respondeu Gravis.

Então, ele respirou fundo e se preparou.

— Bem, vamos lá — disse Gravis, enquanto empurrava o portão.

O portão não era nem de longe tão pesado quanto o portão da entrada, e não foi difícil para Gravis abri-lo.

Quando o portão se abriu totalmente, Gravis olhou para a sala atrás dele.

Era relativamente pequena.

Parecia apenas uma pequena câmara funerária, com cerca de dez metros de largura. Não havia lâmpadas ou tochas na sala, mas ela estava bem iluminada, graças a Mortis.

— Então, acho que não teremos que lutar neste nível, o que significa que há mais níveis, certo? — perguntou Gravis.

— Correto — Orthar respondeu do centro da sala.

Surpreendentemente, Orthar estava no centro da sala o tempo todo, e Gravis não o havia notado.

— Então, quantos níveis há? — perguntou Gravis enquanto ele e Mortis entravam na sala.

BANG!

O portão atrás de Gravis se fechou violentamente.

— Você precisa ser tão dramático? — perguntou Gravis.

— Isso acontece automaticamente — respondeu Orthar com um sorriso educado.

Toda vez que Gravis via Orthar sorrir, ele se sentia confuso. O Orthar que conhecia nunca sorria, mas então, Gravis se lembrava de que Orthar havia mudado.

Esse Orthar não era mais o amigo que ele havia conhecido no mundo intermediário, mas sim o Céu mais elevado.

Eles certamente eram semelhantes, mas essa versão de Orthar teve bilhões de anos para adquirir experiência.

— Você se acostumou à passagem desigual do tempo percebido, Gravis — Orthar respondeu. — Não precisa se surpreender toda vez que me vê fazendo algo tão simples quanto sorrir.

— Como já disse antes, não sou uma pessoa diferente do Orthar que você conheceu. Se você fosse nos diferenciar, poderia dizer que sou simplesmente a versão dele depois de viver por um tempo muito longo. Sua versão de Orthar eventualmente teria se tornado eu, já que ele sou eu.

— Então, não aja como se não me conhecesse. Na verdade, ainda sou o mesmo Orthar, exceto pelo fato de que cresci muito desde que nos separamos. Pense nisso como se você estivesse compreendendo Leis nos últimos bilhões de anos — Orthar explicou com uma voz calma.

— Desculpe, é só estranho, e eu não estou acostumado com você sendo assim — disse Gravis.

— As pessoas mudam, e isso é normal — respondeu Orthar. — Eu as projetei dessa maneira. Sem crescimento, não se pode ter poder. Você pode se tornar mais poderoso permanecendo o mesmo, mas isso significa que sua adaptabilidade será severamente limitada. Você será poderoso em uma situação e impotente em cem outras.

— De qualquer forma, você perguntou sobre o número de níveis — disse Orthar, olhando para Gravis e Mortis.

Gravis assentiu.

Mortis não falava muito, já que Gravis basicamente sempre perguntava exatamente o que ele queria saber.

— O mesmo que da penúltima vez — respondeu Orthar.

— Penúltima vez? — perguntou Gravis, confuso.

— Também passamos por uma quando compreendemos a Lei Maior da Humildade — comentou Mortis ao lado.

— Oh, certo! Quase me esqueci disso! — respondeu Gravis ao se lembrar do tempo em que esteve no corpo de um governante no Reino Unidade.

— Então, cinco, certo? — perguntou Gravis.

— Quantos níveis houve? — Orthar perguntou.

— Cinco? — perguntou Gravis, incerto.

— Então, por que está pedindo confirmação? Já dei sua resposta — disse Orthar de maneira uniforme.

Gravis suspirou, frustrado, e olhou para o lado. — Cara, você e Mortis poderiam ser melhores amigos.

— E quanto a você? — Orthar perguntou.

— O quê? — perguntou Gravis, surpreso com a questão.

— Você e Mortis são os únicos seres que eu poderia teoricamente chamar de amigos. Todo o resto ou não sabe nada sobre mim, ou é um de meus descendentes, ou é seu pai.

Gravis coçou a parte de trás da cabeça, desconcertado.

— Não vejo o problema — disse Mortis do lado. — Fomos amigos, e ainda somos amigos, e isso continuará assim enquanto você não começar a fazer algo pelas nossas costas.

Gravis assentiu em concordância.

Então, Orthar sorriu novamente. — Então, somos amigos — disse ele. — Um sentimento bem estranho, na verdade.

— Enfim, deveríamos voltar ao assunto — Orthar disse enquanto seu sorriso desaparecia.

Gravis e Mortis ouviram atentamente.

— Gravis — Orthar disse, olhando diretamente para ele. — Você tem seus objetivos.

Gravis assentiu.

— Você tem suas prioridades e sabe o que quer. Saber seu objetivo e ter a convicção de alcançá-lo é uma das partes mais essenciais para se tornar poderoso.

— Como você sabe, em certo momento, seu irmão perdeu essa convicção, o que resultou em sua estagnação por mais de um milhão de anos. Alguém tão talentoso quanto seu irmão ficou estagnado por tanto tempo apenas porque lhe faltava convicção — Orthar disse.

Gravis franziu a testa. — Não acho que isso esteja correto — respondeu Gravis. — O objetivo dele era a felicidade, e o fato de ele ter conseguido parar de cultivar é uma prova de sua convicção.

— Então, como a convicção dele mudou? — Orthar perguntou.

— O que quer dizer? — Gravis perguntou.

— Você disse que seu irmão parou de cultivar porque sua convicção era forte o suficiente para fazê-lo parar. No entanto, quando você apareceu, ele voltou a cultivar.

— Se a convicção dele era tão poderosa, por que ele mudou seus objetivos de repente? — Orthar perguntou.

— Os objetivos podem mudar — Gravis respondeu.

— O que você descreve como mudança de objetivos é algo que eu não descreveria assim.

Gravis levantou uma sobrancelha.

— Seu objetivo principal é a felicidade — Orthar disse. — Você quer passar tempo com sua parceira, sua família e ter alguns filhos. Esse é o principal motivo pelo qual você quer se tornar poderoso. Você quer assegurar a longevidade de sua felicidade.

Gravis assentiu.

— E se você parasse de cultivar para ser feliz agora mesmo? Desde que você se retirasse do mundo do cultivo e entregasse todos os seus bens, ninguém o caçaria. Você poderia viver sua vida de felicidade sem interferências — Orthar disse. — Por que não faz isso?

— Porque isso seria muito curto — respondeu Gravis. — Como você disse, quero assegurar a longevidade da minha felicidade com liberdade e poder.

— Exatamente — Orthar disse. — É disso que falo ao mencionar ter convicção para alcançar um objetivo. Você está disposto a enfrentar a monumental tarefa de se tornar o mais poderoso por causa do seu objetivo.

— Agora, pense no seu irmão. O objetivo dele também não era a felicidade? Se sim, como ele mudou?

— Não mudou exatamente — respondeu Gravis. — Tenho certeza de que Orfeu também busca a felicidade, mas ele percebeu que precisava de força.

— Então, o objetivo dele mudou ou não?

— Não — Gravis respondeu.

— E é aí que sua definição difere da minha — Orthar explicou. — O objetivo anterior dele era a felicidade, mas agora, seu objetivo é felicidade e poder. Essas duas coisas estão intrinsecamente conectadas. Você pode ter uma ou outra, mas, se quiser manter uma delas por muito tempo, também precisa da outra.

— Você pode se tornar o mais poderoso, mas se não for feliz, nada o manterá vivo depois de um certo tempo. Você pode ser feliz, mas, se não for poderoso, morrerá cedo demais para o seu gosto.

— Seu irmão buscava a felicidade, mas sua convicção não era forte o suficiente para também buscar o poder. Foi isso que quis dizer quando disse que sua convicção não era poderosa o suficiente.

Gravis levantou uma sobrancelha. — Então, apenas quando alguém busca poder sua convicção é forte o suficiente, na sua opinião?

— Não — Orthar respondeu. — Alguém que busca apenas poder também está destinado a não viver por muito tempo. Não quero investir tanto em um novo Magnata Celestial apenas para vê-lo se matar após sobreviver a dois refinos.

— Uma convicção forte inclui poder e pelo menos mais um outro objetivo — Orthar explicou.

Então, ele olhou nos olhos de Gravis.

— Você tem isso.

Depois, Orthar olhou para Mortis.

— E você não.

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