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Lightning Is the Only Way – Capítulo 1186

Segunda Provação: Caminho Alternativo

Gravis e Mortis passaram os 10.000 anos restantes apenas conversando sobre coisas aleatórias. Na maior parte do tempo, Gravis falava, enquanto Mortis dizia algo de vez em quando.

A essa altura, Mortis era verdadeiramente ele mesmo novamente.

Mortis também passou a ter uma nova apreciação pelo fato de Gravis ter usado Samsara no passado.

Ouvir sobre Samsara e experimentá-la eram experiências completamente diferentes.

Agora, Mortis realmente sabia o quão difícil era manter-se fiel a si mesmo dentro da Samsara e, depois de ter passado por isso, também compreendia como Gravis podia estar tão certo de si.

Ele teve muito tempo para pensar sobre si mesmo.

E agora, Mortis também teve a oportunidade de passar por essa experiência.

Em certo sentido, Mortis sentia que havia amadurecido.

Seu Poder de Batalha não aumentou, mas sua personalidade se tornou mais forte e estável. Coisas que antes poderiam desviá-lo de seu caminho não teriam mais tanto impacto.

Mortis sabia o que queria e trabalharia para alcançar seu objetivo.

Quando os 10.000 anos se passaram, um dos portões se abriu sozinho, e os dois olharam para ele.

— Quer ir? — perguntou Gravis com um sorriso.

Mortis assentiu com uma expressão séria.

Ele não sabia o que o aguardava no segundo teste, mas sabia que provavelmente também seria difícil.

Orthar estava moldando Gravis e Mortis em seres que poderiam sobreviver uma eternidade como Quebradores dos Céus.

Se eles pudessem sobreviver a si mesmos, poderiam sobreviver a 90% dos perigos que enfrentariam.

Na mente de Mortis, ele sentia uma gratidão imensa por Orthar e Gravis. Orthar o ajudou a perceber o que queria e quem era, enquanto Gravis sempre esteve ao seu lado, dando apoio.

Gravis e Mortis atravessaram o portão e rapidamente percorreram o longo corredor.

Em apenas alguns segundos, chegaram a outro portão.

Dessa vez, Mortis abriu o portão.

Quando a porta se abriu, os dois viram outra sala pequena e vazia.

Aparentemente, esse teste também não envolveria combate.

Mortis não sabia se preferia isso ou não.

— O primeiro teste foi sobre o tempo e o crescimento associado a ele — disse Orthar do centro da sala.

— O primeiro teste fez você perceber seus objetivos, Mortis — continuou Orthar. — No entanto, ainda restam algumas dúvidas em você. Este é o ponto que o segundo teste irá corrigir.

— O quê? Então é sobre o Mortis de novo? — perguntou Gravis com uma carranca.

Orthar olhou para Gravis.

— Você pode participar do segundo teste se quiser, mas ele não terá um impacto significativo em você.

— Claro, estou dentro — disse Gravis com um sorriso. — Estou ficando entediado.

— Qual é o segundo teste? — perguntou Mortis.

— O segundo teste não representará um perigo para sua vida. Na verdade, é o único teste sem qualquer risco associado. No entanto, vocês podem sentir dor durante e depois dele — explicou Orthar.

Mortis e Gravis não responderam.

— O segundo teste trata de obter aquilo que o Mortis anterior queria — Orthar disse. — Eu os enviarei para uma realidade percebida, mas vocês a enxergarão como uma realidade objetiva. Acreditarão que tudo é real, e suas memórias serão levemente alteradas durante o processo.

— Vocês percorrerão um caminho alternativo de suas vidas, um caminho que talvez tenham considerado seguir no passado.

— No entanto, vocês só consideraram esse caminho porque nunca o trilharam antes.

— Hoje, vocês o seguirão até o fim.

Mortis franziu a testa enquanto Gravis ergueu uma sobrancelha.

— Espere, então eu vou passar algo como um milhão de anos com Stella, em felicidade, sem nenhuma distração? — perguntou Gravis.

Orthar assentiu.

— E quanto ao impacto emocional quando recuperarmos nossas memórias antigas? — Gravis perguntou. — Imagino que eu vá querer recuperar parte da vida que nunca tive.

— Isso parecerá mais como um sonho. Vocês se lembrarão de tudo, mas não parecerá real. Mesmo que acreditem que a realidade percebida é real enquanto estiverem nela, o efeito não será nem de perto tão forte quanto estar na realidade objetiva — explicou Orthar.

— Bem, tudo bem — respondeu Gravis.

Então, Gravis olhou para Mortis.

— Pronto? — Gravis perguntou.

Mortis olhou para Gravis e depois para Orthar.

Mortis acreditava que sabia o que queria, mas assim que foi confrontado com a possibilidade de realmente conseguir o que queria, percebeu que ainda havia um pouco de hesitação e nervosismo dentro de si.

— Começaremos com você, Gravis — disse Orthar.

— Certo — respondeu Gravis. — Manda ver!

Mortis olhou para Gravis enquanto Orthar lentamente estendia um de seus dedos em sua direção.

WHOOM!

De repente, Gravis sentiu como se tivesse sido atingido por algo e saltou em sua cama.

— O quê? O que acabou de acontecer? — ele perguntou.

— Dá pra ficar quieto? Estou lendo uma coisa.

Gravis olhou para o lado e viu Stella lendo algo em um jade de comunicação.

— Oh, o que você está lendo? — perguntou Gravis.

— Nada de especial. Só algumas coisas sobre Formações de Matrizes. Mesmo que tenhamos nos afastado da vida de Seita, ainda quero aprender mais sobre Matrizes — respondeu Stella, distraída.

Quando Stella disse isso, memórias voltaram à mente de Gravis.

Orthar havia permitido que o Opositor deixasse o Cosmos. O Opositor prometera que não atacaria Orthar e, ao sair, manteve sua palavra.

A partir daquele momento, o Opositor poderia entrar e sair do Cosmos sempre que quisesse.

Mortis havia se tornado um ser independente e agora estava se tornando mais poderoso ao lado de Azure.

Enquanto isso, Gravis estava livre de todas as responsabilidades.

Seus amigos estavam próximos de se tornarem Deuses Ancestrais e já eram mais poderosos do que ele. Ao mesmo tempo, seu pai e Orthar não eram mais inimigos.

Depois de sair do Cosmos de Orthar, o Opositor surpreendentemente voltou logo em seguida.

A razão era simples, ele queria passar mais tempo com Gravis.

O Opositor agora podia explorar o mundo exterior sempre que quisesse, mas talvez não pudesse conversar com Gravis sempre que desejasse. Por isso, decidiu permanecer no Cosmos até o fim da vida de Gravis.

Finalmente livre de toda pressão e responsabilidade, Gravis sentiu-se relaxado como nunca antes.

Ele não precisava mais se colocar em perigo.

Ele não precisava mais temer por Stella.

Agora, existiam apenas Stella, Gravis e sua família.

Gravis sentiu paz e abraçou Stella por trás com alegria.

— Ei, estou lendo! — Stella quase gritou ao ser puxada para trás.

— Você pode ler quando quiser, querida — disse Gravis com um tom brincalhão.

Stella suspirou e guardou o jade.

Depois disso, ela sorriu para Gravis e o abraçou de volta.

E assim, a vida pacífica de Gravis começou.

O tempo passou.

Eventualmente, Stella e Gravis decidiram ter filhos.

Em apenas alguns anos, pequenos Gravises e Stellas vieram ao mundo.

Gravis e Stella os observaram crescer e cuidaram deles.

Alguns escolheram permanecer mortais, enquanto outros decidiram cultivar.

Depois de muitos anos, os amigos de Gravis se tornaram Deuses Ancestrais.

Ainda assim, Gravis e Stella continuavam como Deuses Estelares.

Seus amigos os visitavam frequentemente, e os dois experimentavam uma vida cheia de momentos felizes.

Então, pouco antes de chegar a hora da tribulação de Gravis e Stella, eles absorveram Pedras Divinas suficientes para se tornarem Deuses Ancestrais.

Sua longevidade aumentou.

No entanto, sua Força de Batalha e suas Vontades não se fortaleceram.

Stella e Gravis continuaram vivendo uma vida de felicidade.

Então, quando chegou a hora da próxima tribulação, os dois receberam pedras suficientes de seus amigos para se tornarem Deuses Divinos.

Infelizmente, isso significava que suas Auras de Vontades e Leis continuaram estagnadas.

Naquele momento, Gravis sabia que não poderia lutar nem mesmo contra alguém de seu próprio nível. O oponente simplesmente o suprimiria completamente com sua Vontade.

Eventualmente, os dois decidiram compreender algumas Leis novamente, apenas por nostalgia.

No entanto, eles não se refinariam. Não queriam perder o que haviam conquistado.

E então, o dia fatídico chegou.

Era impossível para Gravis e Stella se tornarem Magnatas Celestiais, e também era impossível que sobrevivessem à tribulação.

Os dois ficaram diante de todos os seus amigos poderosos e desapareceram juntos no nada.

Sua vida havia terminado.

— Hã? — Gravis murmurou de repente ao abrir os olhos.

Então, ele olhou ao redor da sala, confuso.

Todas as suas antigas memórias voltaram, e ele percebeu o que havia acontecido.

Gravis pensou em seus filhos não nascidos e no quanto os amava, mas, por alguma razão, sentia que eles não estavam conectados a ele.

Seus filhos nunca foram reais.

Era como se fossem apenas frutos de sua imaginação.

Gravis sentiu um leve desconforto, mas também achou natural não se apegar emocionalmente demais a algo que não era real.

— Hã — disse Gravis depois de um tempo.

— Eu deveria ter cultivado.

— Foi muito curto.

— Mas foi divertido.

Obviamente, Gravis não havia realmente mudado.

Ele apenas sonhou por um tempo.

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