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Lightning Is the Only Way – Capítulo 1224

Simples

Então, Orpheus conhecia a Lei Maior da Realidade Percebida, e sempre a conheceu.

Gravis acreditava ter sido uma das primeiras pessoas a compreendê-la bem cedo, mas, aparentemente, Orpheus também fazia parte desse seleto grupo.

Não era à toa que Orpheus nunca havia mostrado seu Avatar.

Além disso, a Aura de Vontade de Gravis nunca tinha sido forte o suficiente para enxergar através dela e, ainda mais, ele nunca questionou sua própria percepção ao olhar para Orpheus.

Claro, a Lei da Realidade Percebida permitia enxergar através das realidades, mas as Auras de Vontade precisavam estar em níveis similares, pelo menos.

Quão forte era a Aura de Vontade de Gravis da última vez que viu Orpheus?

Deus Estelar de nível nove.

Enquanto isso, a Aura de Vontade de Orpheus já estava no nível de um Deus Ancestral de nível oito.

A diferença era grande demais para que Gravis notasse a discrepância entre a realidade percebida e a realidade física de Orpheus.

No entanto, isso também explicava muitas coisas. Afinal, pular vários níveis no Reino Deus Ancestral já era algo impressionante.

Pular dois níveis?

Provavelmente nem era difícil para Orpheus.

Ele provavelmente poderia saltar três níveis confortavelmente, e talvez até tentar saltar quatro.

Atualmente, Orpheus era um Deus Ancestral de nível seis, e ele provavelmente poderia tentar lutar contra um Deus Ancestral de nível nove.

Sua Aura de Vontade nem seria tão relevante, pois ele também possuía a Lei Maior da Liberdade, que havia sido integrada à Lei Maior da Realidade Percebida e usada como um Avatar. Isso impulsionava o poder da Lei Maior da Liberdade para o nível de uma Lei de nível oito, permitindo que ele ignorasse qualquer supressão dentro do Reino Deus Ancestral e abaixo.

— Eu pensei que tinha sido o primeiro a seguir para trás no Caminho dos Céus rumo ao poder — Gravis disse com um suspiro.

— Desculpa — Orpheus disse com uma expressão embaraçada. — Eu também tive essa ideia. Surpreendentemente, compreendi a Lei da Liberdade de forma similar a você. Todos me diziam para focar nas Leis subsidiárias da Lei do Mundo Morto, mas eu não queria fazer isso. Então, num ato de rebeldia, usei a Lei da Supressão como meu Avatar.

— Como somos tão parecidos? — Gravis perguntou.

— Digo, somos irmãos — Orpheus disse com um leve sorriso — mas eu entendo o que você quer dizer. Temos muitas coisas em comum.

Por um tempo, Gravis e Orpheus apenas se olharam de maneira estranha.

Por quê?

Por que eram tão parecidos?

— Você acha que há uma razão para isso? — Gravis perguntou após um tempo.

— Honestamente, não sei — Orpheus disse com uma expressão incerta.

Silêncio.

— Isso é mais uma coisa planejada pelo Céu ou algo assim? — Gravis perguntou a si mesmo.

— Gravis.

Gravis ficou surpreso ao ouvir repentinamente a voz de seu pai.

— Nem tudo no mundo que parece estranho tem a ver com aquele velho bastardo — o Opositor disse a Gravis via transmissão de voz. — Essa semelhança entre você e seu irmão é, na maior parte, uma coincidência.

Gravis ergueu uma sobrancelha, cético.

— Na maior parte? — Gravis perguntou.

— Sim, a outra parte tem a ver com a maneira como sua mãe e eu criamos vocês — disse o Opositor. — Nós permitimos que vocês construíssem sua própria visão do mundo e pensassem por si mesmos. Queremos que vocês sejam verdadeiros consigo mesmos e que sempre saibam o que querem.

— Além disso, vocês dois são filhos de mim e de sua mãe. A forma como as Leis criaram vocês tem uma probabilidade maior de desenvolver uma afinidade com o caminho do poder. Sua mãe conhece a Lei da Realidade Percebida, e eu obviamente também a conheço. Nós dois a conhecemos, e, para compreender essa Lei cedo, é necessário um tipo especial de mentalidade.

— Sabemos disso, e foi por isso que criamos vocês do jeito que fizemos. Ainda é raro alguém compreender a Lei da Realidade Percebida muito cedo, mas as chances disso acontecer com um membro da nossa família são muito maiores.

— Não assuma sempre que tudo o que acontece de estranho tem a ver com aquele velho bastardo ou comigo. Nós também não fomos responsáveis por você encontrar Stella — finalizou o Opositor.

Gravis ainda estava um pouco incerto enquanto coçava a lateral da cabeça.

— Acho que faz sentido? — Gravis disse, hesitante.

Orpheus olhou para Gravis com confusão.

Gravis notou a expressão de Orpheus e explicou a ele o que seu pai havia acabado de lhe dizer.

Quando Gravis terminou, Orpheus também coçou a nuca, incerto.

— Então, é isso? — perguntou.

Gravis assentiu. — Acho que sim. Faz sentido. A criação tem um enorme impacto no desenvolvimento de uma criança.

Silêncio.

— Mas isso é tão… simples… e normal — Orpheus disse.

Gravis assentiu. — Eu sei. É estranho. Tudo envolvendo a mim sempre é estranho, mas isso… isso é simplesmente normal.

Eventualmente, os dois aceitaram a verdade.

Não havia razão para o Opositor mentir para eles, especialmente porque ele sabia o quanto Gravis odiava mentiras.

Ele não mentiria para Gravis por algo arrogante como protegê-lo de alguma coisa.

— Digo, o Anel de Obsidiana também sempre foi bem normal — Gravis disse ao tirar o anel do dedo. Ainda era o mesmo Anel de Obsidiana, o mesmo que ele possuía desde criança.

— Por um tempo, também achei que esse anel tinha algum poder oculto especial, mas pensar isso é meio tolo — Gravis disse. — Se o pai quisesse fazer alguma coisa, ele faria ele mesmo. Não precisaria de um anel para fazer isso por ele.

— Acho que, às vezes, coisas simples são apenas… simples.

Ao ouvir isso, Orpheus franziu a testa e caiu em um breve estado de reflexão.

Então, coçou a nuca.

Dois segundos depois, os olhos de Gravis se arregalaram.

— Ah, vá se ferrar! — Gravis exclamou.

Orpheus apenas riu alto.

— Isso não é justo! — Gravis disse, irritado. — Como eu vou te alcançar se você continua compreendendo Leis!?

Então, os olhos de Gravis se arregalaram de novo.

— É assim que a Stella se sente? — ele murmurou.

— Ei, isso aqui é sobre mim, não sobre sua parceira — Orpheus disse, rindo.

— Sim, sim, você é incrível — Gravis disse.

Então, Gravis levantou os braços sarcasticamente e os balançou no ar. — Uhuuu! Orpheus compreendeu a Verdadeira Lei da Liberdade. Ele é tããão incrível!

— Você a compreendeu antes de mim, tá bom? Deixe um pouco da compreensão para o seu querido irmão! — Orpheus disse com um sorriso provocador.

Gravis apenas bufou.

Como Orpheus compreendeu a Verdadeira Lei da Liberdade?

Bem, primeiro de tudo, Gravis havia dito a Orpheus que havia compreendido a Verdadeira Lei da Liberdade de forma quase aleatória. É claro que Gravis não entrou em detalhes, pois não queria atrapalhar a Compreensão de Leis de Orpheus.

Quando Orpheus ouviu que Gravis já havia compreendido a Verdadeira Lei da Liberdade, ele ficou confuso.

Essa Lei não deveria ser absurdamente difícil de compreender?

Enquanto conversavam, Orpheus pensou em um número absurdo de maneiras para compreender a Verdadeira Lei da Liberdade.

No entanto, nenhuma parecia ser o caminho certo.

Então, Gravis disse que, às vezes, coisas simples eram apenas simples.

Então, Orpheus simplesmente tentou forçar a compreensão da Verdadeira Lei da Liberdade.

E funcionou.

O clima entre os dois melhorou, e toda a estranheza desapareceu. Em pouco tempo, estavam conversando como se nunca tivessem ficado afastados.

Os dois irmãos estavam juntos novamente.

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