CLAP!
Gravis foi esbofeteado e muitos de seus dentes voaram de sua boca. Ele girou algumas vezes e caiu no chão.
— Ah, Gravis, Gravis — disse Byron com um tom de deboche. — Você se sente superior por saber sobre os mundos e por achar que conhece o Céu melhor do que qualquer um. Mas é exatamente isso que te tornou um alvo perfeito.
Byron se aproximou de Gravis. — Pessoas de um mundo diferente? Quem poderia acreditar nisso? — ele zombou enquanto se aproximava. — O Céu me contando todos os seus segredos? Ninguém acreditaria se eu dissesse que o Céu falou comigo.
Byron se ajoelhou e ergueu Gravis pelo cabelo. — Você se achava tão sábio e conhecedor, mas acreditou em besteiras que ninguém com uma mente racional acreditaria.
Gravis de repente desferiu um soco, já que não tinha mais nenhuma arma.
THUMP!
O punho de Gravis atingiu o peito de Byron, destruindo partes de suas roupas, mas Byron não se moveu. Gravis não tinha mais raio, então não conseguiu carregar seu soco. O corpo de Byron era muito mais poderoso que o de Gravis, e ele ignorou o golpe. Byron continuou sorrindo, segurou o braço de Gravis e o esbofeteou com a outra mão.
CLAP!
Gravis foi arremessado para longe novamente, seu braço sendo arrancado enquanto ainda permanecia na mão de Byron. Partes do rosto de Gravis afundaram enquanto ele começava a cuspir sangue.
Clank! CLAP!
A rapieira de Manuel foi parada pela mão de Byron, que também o esbofeteou, lançando-o para longe. — Fique fora disso, garoto. Você é o próximo — Byron disse zombando.
— Como você sabia que eu era de um mundo superior? — Gravis perguntou com seu Espírito, pois sua boca não conseguia mais formar palavras. Essa era a única pergunta para a qual Gravis ainda não tinha resposta.
Byron riu novamente. — Heh, essa é a parte interessante, não é? — Byron disse enquanto caminhava em direção a Gravis. — O Mestre da Guilda da nossa Guilda-Proxy da Escuridão descobriu que você tinha uma Aura de Vontade em vez de Pressão Celestial. Ele relatou isso ao Mestre da Guilda da Escuridão no Continente Intermediário.
Byron continuou se aproximando. — O Mestre da Guilda não se importou, pois sabia que a Seita Celestial iria matá-lo, mas imagine a surpresa dele quando descobriu que você se juntou à Seita Celestial. Depois disso, ele relatou esse desenvolvimento para mim, e eu fiquei interessado.
Byron parou diante de Gravis e gesticulou amplamente para os arredores com os braços abertos. — Eu fiquei realmente interessado nesse desenvolvimento. O Céu permitiu que alguém que não era seu filho se juntasse à Seita Celestial e se beneficiasse de seus recursos? Como isso poderia ser possível? Não havia precedente para esse desenvolvimento. A partir desse ponto, comecei a pensar.
Byron colocou as mãos nos bolsos e deu uma risadinha. — Por que o Céu permitiria tamanha desrespeito? O Céu já derrubou pessoas antes, então por que não te matou? Além disso, também descobri sobre o incidente da Bacia da Natureza. O Céu estava furioso e atacou tudo ao redor, mas não ousou te atingir. O que poderia impedir o Céu de matar alguém que o insultou?
— Poder é tudo! A única coisa que poderia parar o Céu seria alguém mais poderoso. Alguém assim só poderia existir em um mundo superior. Você pode se perguntar, se eu sabia sobre seu passado, porque ainda decidi usá-lo.
Gravis não disse nada. Não havia nada que ele pudesse fazer agora. Ele estava completamente esgotado, e o poder de Byron eclipsava o seu.
Byron continuou explicando. — Dois incidentes me deram todas as pistas que eu precisava. — Byron levantou um dedo. — O primeiro foi aquele incidente com Jaimy. Se o seu protetor do mundo superior pudesse interferir, eles nunca teriam permitido que isso acontecesse.
Byron levantou um segundo dedo. — O segundo foi sua luta com aquele ancião da Guilda do Fogo. Aquilo foi basicamente suicídio, mas ninguém interferiu. Pessoas de um mundo superior sabem mais sobre cultivo do que nós, insignificantes, então também saberiam que o salvar impediria que você continuasse a refinar sua vontade. Afinal, você sempre pensaria que não morreria de qualquer forma, já que seu protetor poderia sempre interferir. Então, no fim, você está sozinho.
Byron riu levemente. — Claro, tudo isso é conjectura. Eu não basearia meu plano apenas nisso. A pista mais importante foi sua conversa com aquela garota da Guilda do Vento.
“Wendy?” passou pela mente de Gravis.
Byron viu o olhar de Gravis e soube que ele sabia de qual garota ele estava falando. — Depois que você se juntou à Seita Celestial, fui informado pelo Mestre da Guilda da Escuridão. A partir daquele ponto, enviei um dos meus anciões mais confiáveis para vigiar você. Claro, ele não podia te observar enquanto você estava dentro da Seita Celestial, então ele sempre ficava do lado de fora.
Byron se ajoelhou ao lado de Gravis. — Nós, da Seita da Escuridão, nos orgulhamos de nossa suprema furtividade. Além disso, quem no Continente Intermediário conseguiria sentir o Espírito de alguém no Estágio da Muda? Ninguém.
Byron deu outra risada e ergueu Gravis pelo cabelo. — Você falou tão afetuosamente com aquela garota e contou tudo a ela, sem pensar que alguém poderia estar ouvindo. Depois que soube disso, comecei a planejar. Um cultivador poderoso do raio sem afiliação com qualquer poder e sem conhecimento sobre o Continente Central? Você era perfeito!
— Você não tinha ideia sobre técnicas de batalha, e eu sabia disso. Como você acha que as pessoas sem um elemento cultivam? Você realmente acredita que nunca houve um poder que usasse técnicas de batalha em vez de elementos? Houve muitos, então nosso estoque de técnicas de batalha é grande. Eu apenas peguei uma que servisse para você e disse que era de um mundo diferente. De novo, ninguém mais no Continente Central acreditaria nisso.
Gravis pendia frouxamente pelo cabelo. Ele não tinha raio, quase nenhum Espírito, e seu corpo não poderia ferir Byron. Ele estava indefeso.
— Aliás — Byron disse enquanto aproximava sua cabeça da de Gravis. — Se você não tivesse caído nas minhas alegações, eu teria te matado diretamente. Então, de certa forma, você deveria ser grato pela sua arrogância ingênua.
Splash!
Uma mistura de sangue e saliva atingiu o rosto de Byron. Mesmo indefeso, Gravis ainda queria mostrar seu ódio e desprezo por Byron. Byron limpou o rosto com uma mão.
SLAP!
Gravis foi novamente esbofeteado e perdeu a consciência. As contínuas bofetadas haviam sido poderosas demais.
— De qualquer forma — ele disse enquanto caminhava até o corpo inconsciente de Gravis. — Você já superou sua utilidade. Hora de morrer.
BANG!
Um raio incrivelmente poderoso atingiu a área entre Gravis e Byron, mas esse raio não veio de Gravis.
Do meio da cratera, surgiu um homem incrivelmente velho com longos cabelos prateados. Suas costas estavam severamente curvadas, e ele usava um longo cajado para se apoiar enquanto caminhava.
— Que tal você não o matar? Eu gostei desse garoto — o velho disse com uma voz fraca.
Os olhos de Byron se estreitaram.