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Lightning Is the Only Way – Capítulo 344

Scanner

Agora, Gravis estava intrigado e observou o que o sujeito tinha a oferecer. Ele voava dentro de uma casa de madeira com apenas um andar. Manter aquilo tudo flutuando provavelmente exigia certa concentração. Afinal, uma casa inteira, mesmo pequena e de madeira, não era leve. Gravis supôs que conseguiria manter aquilo flutuando por apenas algumas horas.

Gravis examinou as mercadorias e viu algumas coisas peculiares. Artefatos, anéis, armas e muitos outros objetos interessantes estavam expostos. Ao lado de cada objeto, havia uma pequena placa que descrevia o objeto em detalhes. A escrita era incrivelmente pequena, e os mortais sequer conseguiriam ver uma letra.

Claro, as pessoas no Reino Unidade e acima possuíam olhos poderosos e também podiam ler com seus Espíritos. Aparentemente, era assim que os vendedores descreviam suas mercadorias. Afinal, quem não conseguia ler a escrita provavelmente também não tinha dinheiro para comprar as mercadorias.

Gravis leu algumas descrições e encontrou algo. — O que é Nutrição Nascente? — perguntou.

O vendedor revirou os olhos novamente. O garoto nem sabia disso? — Nutrição Nascente é o Reino acima do Reino Unidade. As pessoas também o chamam de Reino Equalização. Atualmente, estou nos Estágios intermediários desse Reino.

Gravis absorveu o conhecimento como uma esponja seca. Aparentemente, assim que retornara do mundo inferior, as restrições que seu pai havia imposto para manter o cultivo em segredo haviam sido levantadas. “Agora tenho uma vontade poderosa, e ver a distância de poder não me fará mais desesperar”, pensou Gravis.

Gravis também finalmente aprendeu o poder do vendedor. “O Estágio intermediário da Nutrição Nascente, hein? Isso é um Reino e meio acima de mim. Não é à toa que sinto que ele poderia me esmagar até a morte. Mesmo agora, sinto nervosismo só de estar perto dele. Seu poder parece avassalador.”

Gravis coçou o queixo, pensativo. “Ainda não consigo sentir o poder das pessoas na cidade de fato, o que as torna muitas vezes mais fortes. Imagino quão poderosas essas pessoas são? Estou realmente apenas no início do cultivo. Basicamente, qualquer pessoa voando por aqui poderia me esmagar até a morte. Se não fosse por minha vontade poderosa, eu poderia ter me desmotivado.”

— Ei, não assuste meus clientes com essa expressão feia — disse o vendedor, tirando Gravis de seus pensamentos.

“Puta merda, realmente preciso controlar minha cara de pensativo”, pensou ele. — Desculpe, estava perdido em pensamentos — disse Gravis. — Percebi que você não vende itens nos Estágios intermediários ou superiores do Reino Nutrição Nascente. Há algum motivo particular para isso? — perguntou Gravis, interessado.

O vendedor riu um pouco. — Você é esperto, hein? Percebeu isso imediatamente — disse o vendedor com um sorriso. — Claro que tenho itens para esses Estágios. Afinal, sou um magnata. Mas não os trago comigo — disse.

Gravis franziu a testa. — Por quê? Não ganharia mais dinheiro vendendo esses?

O vendedor riu um pouco novamente. — Claro que sim, mas acho que você deveria conseguir descobrir o motivo pelo qual não vendo esses. Afinal, já te contei todas as regras que a Comunidade do Céu deve seguir.

Os olhos de Gravis brilharam um pouco. — Todas as regras, hein? Então, só é proibido matar, e todo o resto é permitido? — perguntou Gravis.

O vendedor sorriu e assentiu. — Exatamente! Não há regra contra roubar ou lutar, desde que ninguém morra. Isso significa que alguém pode simplesmente passar e enfiar minha loja inteira no bolso. É por isso que todo comerciante só traz mercadorias para vender que interessam apenas às pessoas, pelo menos, um Estágio abaixo deles. Algumas pessoas no mesmo Estágio que o vendedor podem se interessar por alguma peculiaridade, mas na maioria das vezes não vale a pena a briga.

— Interessante — disse Gravis. — Então você simplesmente não traz consigo itens que poderiam interessar a pessoas mais fortes que você. É assim que consegue vender suas mercadorias. Imagino que você também não guarde essas coisas no seu Espaço Espiritual? — perguntou.

— Correto — disse o vendedor. — Guardo todas as minhas coisas num armazém na minha empresa — disse.

Gravis ergueu uma sobrancelha. — Sua empresa? — perguntou.

O vendedor resmungou. — Claro. Todo vendedor tem seu próprio negócio. As pessoas que conseguem vender suas mercadorias aqui são inteligentes e já estabeleceram seu lugar. Todos são empresários astutos.

Gravis assentiu. — Obrigado por explicar isso para mim — disse Gravis enquanto olhava as mercadorias novamente. Ele também notou alguns materiais, pílulas e até técnicas. As técnicas disponíveis eram tão numerosas e variadas que Gravis supôs que essa única loja tinha mais técnicas do que todo o mundo inferior de onde ele acabara de sair.

Apenas as técnicas de cultivo eram muito variadas. Ele viu algumas técnicas de cultivo elemental e técnicas de batalha, técnicas de fé, técnicas de consumo, técnicas rituais e muitas outras coisas.

À medida que Gravis lia as descrições, sentia seus horizontes se expandirem. “Existem tantos métodos para cultivar? Alguém pode usar a crença de outros como nutriente para seu caminho? É até possível sacrificar a vida de seres mais fracos para reunir e purificar Energia. Existem até técnicas para escravização e roubo do potencial de alguém por meio do sexo.”

Gravis franziu a testa. “Algumas delas me causam repulsa. É como se fossem o oposto absoluto do meu raio.”

— Ei! Eu disse, pare de fazer essa cara! — gritou o vendedor.

Gravis rapidamente balançou a cabeça. — Desculpe — disse enquanto continuava lendo com interesse. Após um tempo, encontrou algo que o interessava. Não era uma técnica, mas um objeto. Gravis apontou para ele. — Isso parece interessante — disse Gravis.

O vendedor viu para onde Gravis apontava e revirou os olhos. Claro, Gravis escolheu uma das coisas mais baratas que tinha a oferecer. Bem, o garoto estava apenas no início do Reino Unidade, então provavelmente não tinha muito dinheiro.

— Sim, como diz na placa, é um scanner. Tem milhões de plantas, minérios e recursos em seu banco de dados. Você só precisa apontá-lo para algo, e ele dirá o que é — explicou o vendedor.

Gravis assentiu. — Como é tão barato? — perguntou.

— As leis do nosso mundo são muito opressoras, tornando o uso do scanner muito caro. Afinal, ele precisa de Energia. É apenas um modelo básico. Eles são basicamente vendidos em todo lugar. Têm muitas informações, mas consomem muita Energia para serem usados.

Gravis coçou o queixo. — Pessoas mais fortes conhecem mais sobre seu ofício, então não precisariam do scanner, enquanto as mais fracas sequer conseguem usá-lo. É por isso que é tão barato, certo? — perguntou Gravis.

O vendedor assentiu. — Sim, e quanto mais avançado o material, mais Energia ele precisa — disse, mas então sorriu maliciosamente. — Mas você não é o sortudo? Ele é realmente perfeito para você, não é? — perguntou.

Gravis também sorriu. — Certo — disse.

Ambos sabiam por que esse scanner era perfeito para Gravis. Gravis usava o emblema de um Adepto Pesquisador, o que significava que havia uma grande chance de ele ir para um Mundo Médio em seguida. O Mundo Médio não tinha leis tão opressivas quanto o mundo mais alto. Portanto, o uso do scanner se tornaria muitas vezes mais barato. No entanto, havia algo mais que Gravis queria ainda mais.

— E quanto a uma enciclopédia sobre recursos? Assim, não preciso usar um scanner — disse Gravis.

O vendedor sorriu maliciosamente. — Se você quer uma enciclopédia que cubra o que o scanner sabe, precisa ir até a cidade de fato. Ninguém na Comunidade do Céu tem coragem de vender algo assim.

Gravis franziu a testa. — Mas não é a mesma coisa que está registrada no scanner? Não deveria ser mais barato em vez de mais caro? — ele perguntou.

O vendedor riu um pouco. — É aí que está. O scanner foi criado para explorar um novo mercado. É impossível para alguém sem uma quantidade considerável de poder extrair os dados do scanner. Portanto, as pessoas que não podem pagar pela enciclopédia só podem comprar o scanner.

Gravis coçou o queixo. — Então, já que o conhecimento não tem custo de produção, você usa algo que é, teoricamente, muito mais caro para criar um produto mais barato. Imagino que haja uma escassez artificial das enciclopédias reais?

Os olhos do vendedor brilharam. — Garoto esperto. É exatamente isso! A empresa que fabrica os scanners não quer fazer inimigos com todas as pessoas que compraram o conhecimento caro. Ainda assim, querem ganhar dinheiro do mar de cultivadores mais fracos. Com esses scanners, eles não divulgam a informação, mas ainda oferecem uma alternativa barata para cultivadores mais fracos. Inteligente, não é?

Gravis assentiu. Isso realmente era inteligente.

— Não tenho dinheiro vivo, então só posso trocar por algumas coisas que trouxe do mundo inferior — disse Gravis.

— Era o que eu imaginava — disse o vendedor. — Normalmente, nem olharia para alguém no início do Reino Unidade, mas vi seu distintivo de Adepto Pesquisador. As coisas dos mundos inferiores são bastante fracas e baratas, mas alguns mundos inferiores têm abundância de recursos raros. Você pode não ter riqueza alguma, ou ter muita.

Gravis assentiu. — Faz sentido. Deixe-me apenas transferir para você uma imagem de algumas das coisas que tenho no meu Espaço Espiritual.

Gravis não temia que o vendedor o atacasse. Afinal, esta era a loja mais baixa na Comunidade do Céu. Gravis só precisava cair um pouco para entrar na área da cidade. O vendedor não poderia segui-lo até a cidade.

Gravis enviou uma imagem de algumas das coisas que havia saqueado do Sumo Sacerdote, e o vendedor começou a sorrir maliciosamente.

— Você é um cliente rico — disse ele com um sorriso.

Gravis retribuiu o sorriso.

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