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Lightning Is the Only Way – Capítulo 384

Preparações Completas

Gravis coçou o queixo enquanto tentava pensar em um novo plano. Inicialmente, ele esperava que o território tivesse entre 50 e 100 quilômetros de largura. Com essas dimensões, seu plano original teria funcionado muito bem. Infelizmente, a realidade nem sempre correspondia às expectativas, e agora ele precisava elaborar um plano totalmente novo.

— Para criar um plano melhor, preciso de algumas informações — disse Gravis.

— O que você quer saber? — perguntou Shira, em um tom de tédio.

— Quantas bestas temos e quantas delas são Criadores de Água? — Gravis perguntou. — E me diga também o quão fortes elas são.

— De acordo com a sua escala de poder, temos 88 bestas que você chamaria de Bestas Espirituais de grau médio e 20 de nível avançado — explicou Shira. — Quanto aos Criadores de Água…

— Não temos nenhum — Shira disse, fazendo Gravis franzir as sobrancelhas.

— Você disse que queria usá-los. Como vamos fazer isso se não temos nenhum? — Gravis perguntou, um pouco irritado.

— Porque não podemos começar a invasão sem eles, de qualquer forma — Shira respondeu. — Precisamos de Criadores de Água para iniciar a invasão. Teremos que procurá-los de qualquer jeito, e assim que os encontrarmos, poderemos usá-los.

— E como pretende reuni-los? Você disse que são muito raros — Gravis perguntou.

Shira pareceu sorrir de novo. — Você é quem quer invadir a terra. Posso planejar a invasão, mas não posso encontrar os Criadores para você. Essa parte é com você.

Gravis suspirou. — Certo. — ele concedeu. — E quanto ao inimigo? Quantos são e como é o terreno deles?

— Normalmente, teríamos vantagem numérica — Shira disse — mas, como você deixou tantas bestas partirem, agora estamos em desvantagem. O inimigo deve ter cerca do dobro das nossas forças. Isso significa que você também precisará recrutar mais bestas se quiser invadir a terra.

Gravis ficou pensativo por alguns segundos. — E o terreno deles?

— Os territórios dos habitantes da terra são quase idênticos — explicou Shira. — Estou bastante confiante sobre a disposição das terras deles.

Ao ver que Shira fez uma pausa, Gravis soltou um resmungo. — Apenas diga. Não precisa provar o valor do seu conhecimento.

Shira ficou um pouco irritada com a resposta direta de Gravis, mas continuou explicando.

— As bestas da terra não precisam apenas se defender de nós, mas também de outras tribos. A melhor forma de fazer isso é criar cadeias de montanhas nas fronteiras. Claro, essas montanhas não estão exatamente na fronteira, mas a cerca de dez quilômetros dela.

— Como todas as tribos fazem o mesmo, você geralmente vê duas cadeias de montanhas a cerca de 20 quilômetros uma da outra, sem nenhuma besta vivendo entre elas. As paredes funcionam como amortecedores. Você pode dizer que a área entre essas duas barreiras pertence a nenhuma tribo ou a ambas, dependendo do ponto de vista.

Gravis coçou o queixo novamente. — Então, o território do inimigo está cercado por uma cadeia de montanhas. Quantas bestas estão posicionadas nas fronteiras?

— Cerca de 10% em cada lado — explicou Shira. — E, obviamente, eles também têm uma cadeia de montanhas bloqueando o acesso pelo mar. Basicamente, precisamos invadir uma terra que tem barreiras em todas as entradas.

Gravis assentiu. — E criaturas voadoras? Quantas eles têm?

— Depende da tribo — disse Shira. — A Tribo Areia é composta por bestas terrestres. Acho que eles não têm nenhuma criatura voadora.

Gravis franziu a testa. — Nenhuma criatura voadora? Isso parece um erro óbvio.

— A tribo deles é a Tribo Areia. Eles se orgulham de sua afinidade com a terra. Se tivessem criaturas voadoras, não se chamariam mais de Tribo Areia — explicou Shira.

— Então é uma questão de orgulho e pureza — comentou Gravis. — Isso é bem estúpido, na minha opinião. No entanto, não vou reclamar. Isso deve facilitar bastante a invasão. Eles têm algum tipo de sede ou fortaleza central?

— Geralmente, os habitantes da terra constroem uma Torre no centro de seu território — explicou Shira. — É uma montanha larga e muito alta que se estende profundamente no céu. Funciona como símbolo de status e fortificação. Eles podem lutar com vantagem de altura, enquanto os outros têm que lutar ao pé da Torre.

— Hmm — murmurou Gravis. — Destruir a Torre também não deve ser fácil, certo?

— Claro que não. A pedra usada é muito resistente e, ao contrário do que se espera, é mais fácil repará-la ou construí-la do que destruí-la. Os únicos que podem danificar a Torre com eficácia são os Criadores de Água. No entanto, como o inimigo tem mais Criadores, facilmente neutralizariam nossos esforços.

Gravis continuou pensando enquanto um plano se formava em sua mente. Agora ele sabia como era o território do inimigo. O local era muito bem defendido e capaz de resistir a ataques por terra, mar e ar. As cadeias de montanhas eram um obstáculo significativo para qualquer invasor.

Após alguns minutos, os olhos de Gravis brilharam enquanto ele finalizava seu plano.

— Vamos começar os preparativos agora — Gravis disse a Shira e Orthar.

Shira estreitou os olhos. — Não temos Criadores de Água e estamos em desvantagem numérica e ambiental.

— Eu sei — Gravis respondeu com um sorriso. — Mas não precisamos de mais bestas. Quanto aos Criadores de Água…

Ele sorriu novamente.

— Nós já temos alguns.

Shira ficou surpresa. — Temos? — ela perguntou.

Gravis apontou para Orthar. — Orthar tem afinidade com a terra. Então ele conta como um Criador de Água.

— Acho que sim — Orthar comentou. — Até agora eu não conhecia o conceito de Criador de Água, mas tenho afinidade com a terra. Mover solo de um lugar para outro não é problema.

Shira olhou para Orthar com interesse. Após alguns segundos, voltou a encarar Gravis. — Você disse ‘alguns’, não ‘um’.

Gravis apenas sorriu.


A horda entrou em ação imediatamente. Gravis informou as bestas sobre as regras e táticas da invasão. Esta não seria uma das invasões típicas, onde bestas seriam enviadas contra o inimigo até que um dos lados colapsasse. Essas bestas estavam dispostas a segui-lo, e ele já as considerava parte da sua horda.

Após muita explicação, a maioria das bestas entendeu o plano. Elas também ficaram mais confiantes para a batalha. Afinal, se o plano de Gravis funcionasse, poderiam lutar contra as bestas terrestres dentro da água, o que lhes daria uma enorme vantagem.

Enquanto Gravis e Shira explicavam os detalhes às bestas, Orthar começou a trabalhar no ambiente ao redor. O oceano não era muito profundo tão perto do continente, inclinando-se naturalmente até a linha costeira.

Ao mover a terra, ela não simplesmente desapareceria. As quantidades massivas de terra precisavam ser realocadas. Orthar começou a empurrar a terra da costa rasa mais para dentro do oceano, criando um abismo vasto e profundo, pronto para engolir ainda mais terra durante a guerra.

Os preparativos levaram mais de uma semana até serem concluídos. Agora, todas as bestas sabiam exatamente o que fazer, inclusive as mais tolas, embora de forma indireta. Explicar o plano para essas bestas menos inteligentes tinha se mostrado impossível.

Então, Gravis adotou um sistema diferente. Ele identificou as bestas mais inteligentes da horda e organizou as mais tolas em suas equipes. Naturalmente, os líderes de equipe receberiam parte do saque, e, quando Gravis oficializasse sua tribo, eles teriam uma posição superior às demais.

Essas bestas, embora inteligentes em termos de outros seres do mar, ainda não eram comparáveis em astúcia aos humanos. Foi necessário um esforço considerável para explicar o plano a elas, mas acabaram entendendo. Quando finalmente perceberam as vantagens da estratégia, foi como se um novo mundo se abrisse diante de seus olhos. Com essas táticas, suas chances de vitória eram altas.

A lealdade dos seguidores aumentou conforme compreendiam o, para eles, brilhante plano. Enquanto seguissem Gravis, teriam uma grande chance de se tornarem mais poderosos.

Enquanto isso, o ambiente próximo à costa foi completamente transformado. Orthar havia movido uma quantidade absurda de terra para o oceano. Ao entrar na água a partir da costa, tudo parecia normal, até que se atingisse a marca de dez quilômetros.

Nesse ponto, surgia um penhasco. De uma profundidade de cinco quilômetros, o oceano subitamente se aprofundava para quase 100 quilômetros. Em um instante, estavam perto da costa; no próximo, flutuavam sobre um abismo aparentemente sem fundo.

Claro, não foi apenas Orthar que realizou essa façanha. O misterioso segundo Criador de Água fez até mais trabalho que ele.

Com isso, tudo estava pronto para a invasão.

Todas as bestas nadavam atrás de Gravis, que olhava para o continente com os olhos brilhando de entusiasmo. Gravis já havia devorado a antiga chefe e alcançado o nível de Besta Espiritual de grau alto. Com seu novo tamanho, de cerca de 50 metros, ele parecia incrivelmente intimidador. No entanto, todas as outras bestas ainda o superavam em tamanho. Agora, ele precisava de mais uma Besta-Unidade para recuperar seu status de Unidade. Nesse ponto, ele também teria o corpo perfeito que tanto desejava.

— Todos sabem o que precisam fazer? — Gravis perguntou às bestas.

— Sim — responderam os líderes de equipe prontamente. Eles haviam sido treinados até conseguirem recitar o plano mesmo se dormissem, embora bestas desse nível raramente dormissem.

— Pronto, Orthar? — Gravis perguntou.

— Nunca fiz isso antes, mas acho que não deve ser muito difícil — Orthar respondeu.

Gravis assentiu com um sorriso e voltou seu olhar para a terra. — Está na hora de conquistar meu primeiro território — disse Gravis, com os olhos ardendo de determinação.

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