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Lightning Is the Only Way – Capítulo 471

Importância do Reino

Gravis apenas olhou para o macaco verde com olhos frios. O desabafo não havia ajudado em nada, e ele precisava chegar à guerra o mais rápido possível para se tornar um Lorde de nível cinco. No momento, estava extremamente impaciente, esperando a resposta do macaco.

Enquanto isso, o macaco verde ainda estava atordoado com a performance de Gravis. A luta havia sido unilateral demais. Além disso, Gravis estava crescendo e mutando enquanto falava, e ele sequer parecia se importar com seu aumento de poder. Normalmente, as bestas que alcançavam o próximo nível ficavam empolgadas e tentavam se deleitar com seu novo poder.

O macaco balançou a cabeça um pouco para recuperar o foco. Então, olhou para Gravis com as sobrancelhas franzidas. — Você ainda não cumpriu seu dever como reprodutor. Entrar numa guerra é arriscado demais para você agora — ele disse.

— Então não me considere mais um reprodutor. Quero me refinar, e se meu status estiver no caminho disso, não passa de um obstáculo para mim — Gravis disse friamente.

O macaco ficou surpreso novamente. Essa besta acabou de descartar uma das posições mais ilustres que existem, sem pensar duas vezes?

O macaco queria discutir mais, mas rapidamente recebeu uma mensagem do Grande Ancião, que informou que Gravis estava autorizado a participar da guerra. O macaco não conhecia a personalidade de Gravis, e o macaco branco sabia disso, por isso interferiu.

Permitir que Gravis se refinasse não seria um problema. Gravis acabaria cumprindo seus deveres quando percebesse que não poderia se tornar um Rei dessa maneira. Eles apenas precisavam esperar.

O macaco assentiu um pouco em direção à Montanha do Orgulho e então se voltou para Gravis. — Tudo bem. O próximo grupo partirá em duas semanas. Você pode se juntar a eles — disse o macaco.

— É tempo demais — Gravis respondeu imediatamente. Era uma piada? Gravis já mal conseguia conter sua raiva e frustração. Ele não podia esperar mais duas semanas. — Aponte a direção, e eu irei sozinho.

O macaco não gostou nada do tom de Gravis, mas se conteve. — Isso não será possível. Precisamos tomar cuidado com espiões, por isso sempre enviamos uma escolta poderosa com o grupo como prova de identidade. Caso contrário, algumas bestas marinhas podem se infiltrar em nosso exército — explicou.

— E se eu for de qualquer jeito? — Gravis perguntou, estreitando os olhos.

O macaco retribuiu o olhar com desdém. — Então, os Reinos ao redor vão matá-lo, já que não sabem quem você é. Você pode ser poderoso para o seu nível, mas ainda não pode lutar contra um Reino inteiro.

Gravis cerrou os punhos e os dentes ao ouvir isso. Sua frustração aumentou ao perceber que ele não conseguia sequer se refinar sem a permissão de alguém mais poderoso. Se ele apenas avançasse, encontraria vários Reis que o matariam. Gravis estava furioso, mas não havia perdido a racionalidade.

Essa também era uma forma de opressão, embora não fosse agressiva. No entanto, Gravis ainda odiava essa sensação.

— Tudo bem — Gravis disse com raiva contida. — Onde eu preciso esperar? — perguntou.

O macaco estava cada vez mais irritado com o tom de Gravis. Aquele Lorde o encarava como se quisesse matá-lo, e o macaco não gostava nem um pouco disso. No entanto, as regras do Império não permitiam que ele simplesmente matasse Gravis, mesmo que quisesse.

— Vá para o leste. Após cerca de um dia de viagem, você encontrará duas montanhas altas e finas. Enquanto permanecer por perto, ouvirá o anúncio quando chegar a hora. Tudo o mais será explicado então — o macaco explicou friamente.

Gravis assentiu e imediatamente voou para o leste, deixando o macaco para trás sem dizer mais nada.

O macaco rapidamente tentou esquecer Gravis e saiu para lidar com o problema que ele havia causado. O macaco precisaria enviar alguém ao Reino Escamas Azuis para informar que o enviado deles havia morrido.

A morte de um enviado não era um assunto pequeno. Geralmente, os enviados dos Reinos que permaneciam no Império eram os Lordes mais talentosos daquele Reino. Eles vinham principalmente para compreender algumas Leis, o que era o incentivo que o Império usava para manter os Reinos leais a eles.

Se o Império não oferecesse benefícios suficientes aos Reinos, eles poderiam decidir se aliar a outro Império. Alguém poderia pensar que isso não seria um problema tão grande. Afinal, o Império tinha centenas de Reinos afiliados sob seu comando. O que importava um único Reino?

Havia duas razões pelas quais esses Reinos importavam.

Uma delas era a coesão territorial. Ao ter todos os Reinos sob um único Império em um território contínuo, seria mais fácil para o Império e para os outros Reinos transportar e transferir bestas mais fracas e Lordes através deles.

Se um Reino no meio desse território decidisse se aliar a outro Império, todos os Reinos vizinhos teriam que contornar esse Reino para evitar transgressões e não irritar o Império afiliado. Em situações sensíveis de tempo, isso poderia custar caro ao Império.

A segunda razão eram os territórios dos próprios Reinos. O que isso significava exatamente, e por que era diferente da primeira razão?

A diferença é que esses Reinos poderiam conter áreas que ajudavam na Compreensão das Leis. Na verdade, a maioria das Áreas de Compreensão das Leis pertencentes ao Império estavam localizadas em territórios de seus Reinos. O Império simplesmente tinha controle sobre essas áreas.

O Império podia enviar suas bestas para essas áreas dentro dos Reinos para aprender algumas Leis. Se um Reino com uma Área de Compreensão das Leis se aliasse a outro Império, o Império perderia uma de suas áreas.

E, coincidentemente, o Reino Escamas Azuis possuía uma dessas áreas: um tipo de lago subterrâneo com correntes incrivelmente fortes. Foi também por essa razão que o crocodilo conseguiu compreender sua Lei.

Obviamente, o crocodilo não tinha tanta experiência de combate quanto os oponentes habituais de Gravis. Uma besta como ele não conseguiria compreender uma Lei sem a ajuda de uma Área de Compreensão das Leis.

Então, o macaco verde precisava lidar com o Reino Escamas Azuis de forma delicada e explicar que uma de suas bestas mais talentosas morreu no Império. Claro, tudo isso estava dentro das regras, e o crocodilo havia aceitado o desafio, mas nem todas as bestas pensavam da mesma maneira.

O fato de uma besta tão inexperiente ter sido escolhida como enviado já mostrava que o Reino Escamas Azuis tinha uma mentalidade diferente das bestas usuais. Obviamente, o crocodilo não havia passado por muito refinamento de vida e morte genuíno, mas ainda assim foi escolhido como enviado, o que era basicamente um desperdício de posição.

Isso significava que o Reino Escamas Azuis provavelmente valorizava o número de bestas poderosas mais do que a Força de Combate individual delas. O quadro geral do Reino era mais importante do que arriscar perder algumas bestas em um processo de refinamento.

Claro, se o Reino Escamas Azuis decidisse sair, o Império não ficaria muito triste. Afinal, o Reino possuía apenas uma das muitas Áreas de Compreensão das Leis. Embora o Império pudesse ajudar os Reinos aqui e ali, não mudaria suas regras apenas porque um Reino fez birra.

Essa era uma das diferenças cruciais entre humanos e bestas.

Os humanos poderiam forçar Gravis a poupar o crocodilo para manter uma boa relação com o Reino associado. Afinal, em teoria, um Reino inteiro com uma Área de Compreensão das Leis era mais valioso do que um Lorde, certo?

Enquanto isso, o Império ficou um pouco incomodado com o fato de Gravis ter matado um enviado, mas não o impediria de fazer isso novamente. Ele era a besta mais poderosa entre os dois, e, portanto, tinha o direito de matar o crocodilo, contanto que continuasse seguindo as regras.

É por isso que o macaco verde odiava ter que explicar essa situação ao Reino Escamas Azuis. Gravis era mais poderoso e tudo deveria ter terminado aí. No entanto, por causa dessa confusão política, o macaco ainda precisava falar com o Reino, o que lhe parecia extremamente desnecessário.

Enquanto isso, perto da Montanha do Orgulho, o Grande Ancião e a Imperatriz conversavam entre si.

— Ele tem muitas habilidades misteriosas — disse o Grande Ancião à Imperatriz. Eles tinham assistido à luta e já haviam discutido bastante sobre Gravis.

A Imperatriz assentiu. — Ele também disse muitas coisas confusas na última semana. Era quase como se estivesse falando com alguém. No entanto, eu não senti a presença de nenhum ser — ela respondeu.

— Eu percebi — disse o macaco branco. — Pelo que vejo, ele achava que estava falando com algum tipo de ser chamado Céu. Nunca ouvi falar disso antes.

Se Gravis soubesse que o macaco branco e a Imperatriz nunca tinham ouvido falar sobre o Céu, ficaria chocado. No entanto, ao pensar sobre isso por um tempo, tudo faria sentido.

O Céu deste mundo se mantinha completamente afastado de todos os assuntos. Não havia Nascidos do Céu ou bestas sendo repentinamente atingidas por raios. As bestas nunca tinham visto o Céu agir, o que fazia com que elas nem considerassem a possibilidade de que algum ser poderoso controlasse o mundo inteiro.

Tudo que viram era natural e fazia sentido. Pelo que sabiam, o mundo todo era apenas um construto feito de muitas Leis diferentes.

É importante lembrar que a existência do Céu só era conhecimento público no mundo inferior porque o Céu interferia ativamente em quase tudo. Ele criava Nascidos do Céu e matava pessoas. No mundo inferior, mostrava-se como o hegemon que era.

Neste mundo, o Céu era tão silencioso e distante que ninguém sabia sequer que existia.

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