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Lightning Is the Only Way – Capítulo 513

Pulso
Gravis havia declarado sua postura contra o Céu e feito o juramento. No entanto, para cumprir esse juramento, ele primeiro precisava de poder suficiente. Então, qual seria seu próximo passo?

Primeiro, Gravis precisava se familiarizar com seus novos poderes. Seu pai lhe dissera que os humanos ganhariam uma nova arma ao atingirem o Reino Nutrição Nascente. Mesmo que Gravis não soubesse qual era essa arma, ele já sentia uma sensação peculiar que não estava presente antes.

Parecia que seus centros de poder estavam ainda mais conectados do que antes. Quando estava no Reino da Unidade, ele sentia como se cabos os conectassem, mas agora parecia que eram a mesma coisa, apenas em recipientes diferentes. Era difícil colocar essa sensação em palavras, mas essa era a analogia mais próxima que Gravis conseguia encontrar.

Gravis moveu seu poder ao redor, de modo que tudo ficasse perfeitamente equilibrado em seu ser. Seu corpo, seu Espírito e seu raio agora tinham exatamente a mesma quantidade de poder.

Whooom!

Gravis sentiu uma espécie de ressonância dentro de seu ser. Além disso, sentiu como se seu corpo estivesse prestes a pulsar. A sensação era semelhante à de saber que se vai espirrar em alguns segundos. O pulso ainda não acontecia, mas Gravis sabia que podia fazer com que acontecesse.

Whooom!

O ser de Gravis pulsou, e ele sentiu uma explosão de poder saindo de dentro de si. No entanto, esse poder adicional não podia ser usado diretamente, fazendo Gravis pensar mais sobre isso.

Ele se lembrou da sensação do pulso e moveu o poder de seu ser novamente. Gravis percebeu que podia invocar o pulso mesmo quando tudo não estava equilibrado. Porém, surpreendentemente, o pulso nunca se tornava mais forte do que quando Gravis concentrava todo o seu poder em um único centro de poder. Além disso, aquele centro de poder também não podia ser aumentado além de 300%. Esse era o limite.

— Hm — murmurou Gravis enquanto pensava mais sobre isso. — Tem que haver algum uso para isso.

Gravis fez o pulso aparecer novamente e tentou concentrá-lo em um centro de poder. Sempre que seu ser pulsava, aquele centro de poder alcançava 300% de força.

Gravis coçou o queixo. — Hm, não consigo passar da barreira dos 300% em um único centro de poder, não importa o que eu faça.

Então, ele sorriu.

— Mas encontrei outra coisa.

Whooom! BANG!

O ser de Gravis pulsou novamente enquanto ele avançava com o corpo e a aceleração do raio. No entanto, surpreendentemente, Gravis estava ainda mais rápido do que deveria estar.

— Exatamente como eu pensei — murmurou Gravis com um sorriso. — Eu tenho 100% de poder em cada centro de poder, o que, somado, dá 300% de poder. Mover meu poder permite que eu aumente um deles para 300%, e o pulso também permite aumentar um para 300%.

— No entanto, eles não se anulam mutuamente.

Agora há pouco, Gravis havia movido todo seu poder para o raio, aumentando-o para 300%, enquanto seu corpo e Espírito ficaram com 0%. No entanto, ao usar o pulso, ele conseguiu aumentar o poder de seu corpo para 300% por uma fração de segundo sem retirar nada do poder do raio.

Isso significava que Gravis agora podia elevar dois centros de poder a 300% simultaneamente.

Normalmente, essa descoberta não faria tanta diferença para ele. Afinal, ele podia alternar rapidamente entre os centros de poder que queria.

Mas havia duas diferenças importantes.

Primeiro, Gravis podia agora usar seu poder físico ao acelerar com o raio, o que o tornava mais rápido. Outro uso seria a criação de um Crescente de Relâmpago mais poderoso. Normalmente, ele só poderia usar um Crescente de Relâmpago com 150% de raio e 150% de Espírito. Agora, ele podia usar um com 300/300.

Outra diferença era que o pulso não consumia tantos recursos. Por alguma razão, quando Gravis desferia um ataque usando 300% de poder via pulso, os recursos consumidos equivaleriam ao uso de 100%.

De onde vinha todo esse poder extra? Afinal, Gravis estava usando uma quantidade de poder maior que seu próprio ser. Esse poder e Energia tinham que vir de algum lugar, certo?

Surpreendentemente, o poder extra vinha do ambiente. Seu pulso se conectava com a Energia ao redor e a manipulava. A Energia ao redor de Gravis entrava diretamente nele por um curto período e saía novamente.

Isso tudo podia ser comparado a respirar. Gravis podia inspirar a Energia, transformá-la em uma força que podia usar e expirá-la como um ataque.

Por exemplo, ele podia absorver muita Energia com seu pulso, transformá-la em raio e liberá-lo. Claro, essa transformação de poder ainda exigia alguma Energia de seu ser, o que o impedia de usar essa técnica indefinidamente.

Gravis também não conseguia absorver a Energia permanentemente. Esse pulso era apenas uma breve ressonância entre ele e o mundo. Assim que o breve intervalo do pulso terminava, ele sentia seu ser começando a se ferir. A curta ressonância era o único fator que o mantinha ileso.

Depois de pensar em tudo isso, Gravis olhou para o céu com as sobrancelhas franzidas. — De acordo com a lógica, eu deveria poder transformar a Energia absorvida em raio, dispará-lo e depois absorvê-lo normalmente, mas isso também não funciona.

— Eu me pergunto, será que foi algo que você fez, Céu? — perguntou Gravis.

Claro, nenhuma resposta veio.

No entanto, Gravis estava quase certo de que estava no caminho certo. Cultivadores possuíam essa arma, e seus Espíritos eram adaptados para a Energia. Naturalmente, deveriam ser capazes de absorver a Energia sem problemas. Era Energia, afinal. Com isso, todo humano deveria conseguir atravessar todos os Reinos.

Mas isso era uma faca de dois gumes. Se todos tivessem a capacidade de aumentar seus Reinos sem fim, logo atingiriam um gargalo. Além disso, sua Força de Combate seria completamente inútil.

Gravis franziu o cenho. Nada em todos os mundos acontecia sem motivo. O Céu metia seus dedos em tudo, e, se algo da natureza não fazia sentido, muitas vezes significava que o Céu havia mudado algo ali.

Gravis imaginou um mundo onde essa absorção de Energia fosse possível. Com cada humano tendo a capacidade de absorver Energia infinitamente, todos permaneceriam no auge de cada grande Reino, pois ainda haveria gargalos. Para progredirem, precisariam sair e se refinar.

Contudo, isso traria problemas. Um deles seria a falta de incentivo em relação a recursos. Ninguém precisaria lutar por recursos, pois a Energia no ar seria suficiente.

Outro problema seria a transformação do processo de refinamento. O refinamento era um processo contínuo. Atualmente, todos se refinavam sempre que tinham a oportunidade.

No entanto, neste mundo teórico, o refinamento gradual se transformaria em um único grande evento. Isso desencorajaria muitos cultivadores. Muitos deles prefeririam parar de cultivar a arriscar a vida tantas vezes sem obter nada em troca.

Podia-se comparar isso a um trabalho. Um funcionário tinha uma semana para fazer um serviço que levaria dez horas para completar. Se fosse esperto, ele dedicaria uma a duas horas por dia. — Só preciso passar por essas duas horas de trabalho. Depois, termino por hoje — diria.

Assim, ele conseguiria completar o trabalho sem nenhum estresse emocional.

Porém, se pulasse diretamente para o fim da semana sem fazer nada, teria dez horas de trabalho à sua frente. A probabilidade de que o trabalho sofresse em qualidade ou que se tornasse um enorme fardo para o funcionário seria alta.

Com essa comparação, pode-se entender o impacto emocional dessa habilidade de pulso caso permitisse aos humanos absorverem quantidades infinitas de Energia. Se alguém, hipoteticamente, precisasse de cinco combates para alcançar o próximo Reino, haveria uma grande diferença na distribuição desses combates.

— Só preciso matar aquele cara para conseguir essa recompensa — alguém diria diante de uma luta. Fazer isso cinco vezes ao longo de alguns anos, com recompensas esparsas entre elas, tornaria muito mais fácil de aceitar. Mas, se alguém tivesse de completar todas as cinco lutas em uma só vez, sem nenhuma recompensa, a sensação seria bem diferente.

— Preciso arriscar minha vida cinco vezes inteiras para ficar mais forte? — alguém perguntaria. Isso os desencorajaria.

Essa explicação foi bastante longa, mas representava os pensamentos de Gravis. Permitir que os humanos absorvessem Energia sem limites provavelmente seria mais prejudicial do que útil para o cultivo. O Céu queria o máximo de humanos poderosos possível e, ironicamente, para conseguir isso, tinha que dificultar o cultivo.

“Bem, para ser honesto, eu prefiro assim”, pensou Gravis. “Se eu tivesse a habilidade de elevar meu cultivo para o Reino da Compreensão das Leis imediatamente, perderia muito do refinamento e da compreensão em relação às Leis. Isso também significaria que minha Força de Combate seria apenas um pouco acima da média.”

“Claro, minha frase favorita provou ser verdadeira mais uma vez. Vantagens têm desvantagens e desvantagens têm vantagens”, refletiu Gravis.

“De qualquer forma, essa nova habilidade me permite usar menos recursos e liberar uma explosão de poder instantânea e mais forte. Isso se encaixa bem com meu estilo de luta.”

“Bom, não faz sentido continuar aqui. Já sei o que quero fazer.”

BZZZ!

Com isso dito, Gravis se transformou em raio e disparou em direção à Montanha do Orgulho.

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