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Lightning Is the Only Way – Capítulo 517

Mudança nas Bestas do Mar

Whoosh!

Jessy fugiu rapidamente, tentando se afastar da situação assim que compreendeu o que estava acontecendo. O plano havia fracassado, e seu colega espião, que era até um pouco mais poderoso que ela, tinha morrido instantaneamente. Ela não podia ficar aqui!

— Não tão rápido, querida — uma voz soou repentinamente atrás dela.

Jessy ficou chocada, e o medo surgiu ao perceber que não reconhecia a voz dessa besta. O mais aterrorizante era que ela não tinha sentido a presença dessa criatura antes. Isso significava que a besta era provavelmente ainda mais poderosa do que ela!

BRRR!

Espessas paredes de terra se ergueram à sua frente, cortando sua rota de fuga. Apenas com sua experiência, Jessy conseguia sentir a dureza dessas paredes e sabia que não conseguiria atravessá-las rapidamente.

Além disso, havia um motivo maior para que ela não continuasse. Bem à sua frente, no topo da parede recém-erguida, uma pequena criatura estava sentada casualmente.

— Por que não ouve o que eu tenho a oferecer? — disse casualmente o pequeno texugo.

Esse era o mesmo texugo que havia recepcionado Gravis durante sua primeira invasão. Esse texugo era o mestre da louva-a-deus que atuava como Comandante daquela linha defensiva.

Como tudo isso aconteceu?

Quando Gravis pediu à Imperatriz por um oponente, ela pensou sobre algumas coisas. Nos últimos dez anos, o número de espiões aumentou significativamente, o que lhe deu duas hipóteses a considerar.

Ou as bestas marinhas sempre haviam tido tantos espiões, e as bestas terrestres só estavam conseguindo desmascará-los agora, ou algo na conduta das bestas marinhas havia mudado drasticamente nos últimos anos.

A Imperatriz tinha conhecimento suficiente para deduzir a resposta correta. Se as bestas marinhas sempre tivessem tido tantos espiões, as batalhas não teriam sido tão equilibradas ao longo dos últimos séculos. Espiões fornecem uma quantidade impressionante de informações, permitindo que as bestas marinhas triunfassem mais. Por isso, a Imperatriz estava certa de que as bestas marinhas haviam recentemente intensificado a infiltração de espiões no território das bestas terrestres.

Outro motivo para essa conclusão era o resultado médio das batalhas dos últimos dez anos. Por centenas de anos, as batalhas entre as bestas terrestres e marinhas foram equilibradas. As bestas terrestres ganhavam uma batalha, e então as marinhas venciam outra.

Essa dinâmica mudou um pouco mais de dez anos atrás. Atualmente, as bestas marinhas estavam vencendo mais batalhas do que perdiam, o que não acontecia há muito tempo. Esse desequilíbrio quebrava o equilíbrio na guerra. Algo assim não acontecia ao acaso.

Curiosamente, o motivo das vitórias das bestas marinhas não estava em seu poder. Na verdade, estava relacionado ao local e ao estilo em que as batalhas eram conduzidas.

Quando as bestas terrestres atacavam, as marinhas frequentemente tinham uma ligeira vantagem em números e poder. Se isso ocorresse em apenas uma batalha, poderia ser atribuído ao azar. Mas isso vinha acontecendo de forma assustadora em diversas batalhas.

Havia apenas uma explicação que a Imperatriz conseguia imaginar: devia haver um grande Comandante e estrategista nas fileiras das bestas marinhas, alguém que sabia muito mais sobre guerra do que quase qualquer outra besta.

Devido a isso, a Imperatriz começou a mudar sua abordagem. No início, quando o equilíbrio ainda estava presente, ela podia lidar com as coisas sem perfeição. Mas agora, cada decisão tinha consequências maiores e mais abrangentes. Se isso continuasse, as bestas marinhas poderiam conquistar uma grande parte adicional do continente.

A Imperatriz lembrou-se das histórias de Gravis e o questionou mais sobre como os humanos conduziam suas guerras. Gravis contou mais sobre como as sociedades humanas funcionavam, e também mencionou que as estratégias usadas pelas bestas marinhas eram incomuns para bestas.

Bestas geralmente valorizavam mais o indivíduo do que o coletivo. Devido a isso, quando um Império atacava, enviava uma quantidade de tropas próxima à do inimigo. Se saíssem vitoriosos, ganhariam mais bestas poderosas.

No entanto, os humanos pensavam e lutavam de maneira diferente. Para eles, tudo girava em torno de recursos e números. Eles não estavam dispostos a enviar um exército que fosse aproximadamente igual ao do inimigo; enviariam um exército ligeiramente ou esmagadoramente mais forte, dependendo dos objetivos e dos recursos disponíveis.

O estilo de combate das bestas marinhas se assemelhava muito mais ao modo humano de conduzir uma guerra. Era quase como se um humano experiente estivesse liderando as bestas marinhas.

Com tudo isso em mente, a Imperatriz perguntou a Gravis como ele lidaria com espiões e traidores. Com base no que Gravis lhe contou e em como ele descreveu o modo de pensar dos humanos, ela percebeu que o estilo de guerra deles tinha uma certa vantagem.

A maneira humana de conduzir uma guerra era mais segura que a das bestas. Eles assumiam batalhas muito menos arriscadas, mas esmagavam imediatamente uma força mais fraca. Assim, havia muito menos baixas nessas guerras. Claro, a desvantagem era que não surgiam tantos humanos realmente excepcionais, já que as batalhas eram mais seguras.

Além disso, embora traidores e espiões existissem entre as bestas, o número não era nem de longe tão alto quanto se fossem humanos. O aumento súbito no número de espiões apoiava a ideia de que alguém muito familiarizado com o modo humano de agir estava ajudando as bestas marinhas.

Gravis contou à Imperatriz que os humanos não matariam diretamente o traidor ou espião, mas alimentariam o inimigo com informações falsas para atraí-los para uma emboscada. Outra maneira de utilizar os espiões seria usá-los para encontrar mais espiões, já que geralmente eles conhecem outros espiões.

Depois de uma longa conversa, a Imperatriz compartilhou sua ideia com Gravis. O esquadrão de ataque tinha uma taxa de mortalidade absurdamente alta. Um esquadrão de elite não deveria sofrer tantas baixas, e tudo indicava a presença de um traidor no grupo. A Imperatriz tinha 90% de certeza de que o lobo prateado era um traidor. Mas, em vez de confrontá-lo, ela decidiu mudar sua abordagem.

Gravis entraria no esquadrão.

Gravis era a isca mais tentadora que a Imperatriz podia oferecer às bestas marinhas. Sua Força de Combate era monumental, e matá-lo provavelmente valeria tanto quanto matar um Imperador. As bestas marinhas não seriam capazes de resistir a uma isca tão suculenta.

Além disso, o lobo prateado tinha afinidade com o elemento raio. Enquanto Gravis estivesse lá, o lobo prateado não poderia fazer nada contra ele. Ademais, nem todo o esquadrão poderia ser composto de traidores, o que significava que o lobo prateado precisaria de outro aliado para garantir o sucesso.

Um Rei de nível três seria fraco demais para isso. Por causa disso, a Imperatriz tinha certeza de que o lobo prateado traria ou um Rei de nível quatro ou um Rei de nível cinco para ajudar. Se fosse um Rei de nível quatro, Gravis poderia matar o lobo prateado e ainda conseguir o oponente que queria. Se fosse um Rei de nível cinco, o texugo que havia seguido o esquadrão secretamente lidaria com ele.

Foi assim que tudo isso se desenrolou.

Mas, havia um último ponto interessante que merecia ser explicado.

O que Gravis pensava sobre o fato das bestas marinhas começarem a conduzir a guerra como os humanos?

Curiosamente, Gravis era provavelmente o único ser dentro do campo das bestas terrestres que sabia a razão pela qual tudo havia mudado tão drasticamente.

Seu pai lhe dissera que não havia absolutamente nenhum humano neste mundo. Estaria seu pai errado? Definitivamente não! Que humano seria capaz de se esconder dele? Mesmo que este Céu tentasse ocultar o humano, o Opositor perceberia facilmente.

Então, a única conexão que esse mundo tinha com os humanos era Gravis. Apenas o conhecimento oriundo dele poderia fazer a conduta das bestas marinhas se assemelhar tanto ao estilo humano.

Quando Gravis soube de tudo isso, ele se sentiu genuinamente feliz.

Por quê?

Porque tal Comandante e estrategista precisava ser incrivelmente inteligente, uma besta marinha e, além disso, teria que ter estado em contato com Gravis por um longo período.

Só havia uma besta em que Gravis podia pensar ao considerar isso.

Gravis se sentiu muito feliz.

Essa era a melhor prova de que Orthar estava vivo e muito bem.

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