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Lightning Is the Only Way – Capítulo 650

Céu

Gravis estava ao lado do imóvel Grande Lago, sentindo a morte de um mundo.

Quantos seres eram capazes de experimentar a morte de um mundo inteiro?

Quantos podiam sentir a absoluta solidão que tal situação proporcionava?

Gravis permaneceu imóvel por meia hora, absorvendo aquela sensação.

— É hora, Céu — disse Gravis, sua voz sendo o único som naquele mundo.

— Não seja impaciente — respondeu uma voz sem gênero, enquanto alguém surgia próximo a Gravis.

Gravis ficou surpreso.

O Céu havia respondido?

Ele olhou para a esquerda, onde viu uma figura humana observando silenciosamente o Grande Lago.

Era o Céu.

O Céu parecia um jovem magro, com um gênero indiscernível. Contudo, havia uma grande diferença: esse humano tinha sete olhos em vez de dois, todos organizados em um círculo.

— Absorva a sensação de um mundo morto, Gravis — disse o Céu, sem olhar para ele. — Esta é uma oportunidade rara, e você não deve desperdiçá-la.

Gravis não queria obedecer ao Céu, mas também sentia que o Céu não usaria um truque desses para atacá-lo. O Céu mais elevado queria que Gravis se tornasse poderoso, e aquele Céu seguia as ordens e ensinamentos de seu ancestral.

Gravis também olhou para o Grande Lago, começando a se perder na imobilidade do nada.

Sua mente vagou enquanto pensamentos incompreensíveis atravessavam sua consciência. Ele não tinha ideia do que estava pensando, e, com o passar do tempo, começou a esquecer tudo naquela quietude.

Nada se movia.

Nem mesmo Gravis se movia.

Seu corpo, mente, alma e ser ficaram imóveis, tornando-se um com o mundo.

BOOOOOM!

A cabeça de Gravis subitamente se ergueu quando a consciência retornou. Ele foi arrancado daquela sensação de imobilidade ao compreender uma Lei.

— Esta é a Lei da Morte Menor, Gravis — disse o Céu ao lado dele. — Você permaneceu neste local por cinquenta anos.

Os olhos de Gravis se arregalaram. — Cinquenta anos!? — perguntou, chocado.

— O tempo perdeu seu significado, Gravis — respondeu o Céu. — Quando o tempo não tem significado, eras podem passar em um segundo, e um segundo pode passar em uma era. Você já experimentou essa sensação antes. Lembra-se?

A mente de Gravis começou a correr. Ele já havia sentido isso antes?

Então, a resposta veio.

— Quando eu estava esperando por um novo corpo! — disse Gravis. — Quando vim para este mundo, também senti essa imobilidade.

— Sim — disse o Céu, ainda observando o Grande Lago. — Naquela época, você esperou por seu novo corpo por duzentos anos.

Gravis quase não podia acreditar no que ouvia. — Duzentos anos? — perguntou.

— Sim — respondeu o Céu. — Essa foi também a razão pela qual você conseguiu aprender as Leis da Vida tão rapidamente. Sem saber, você ficou observando aquele estranho organismo dentro de seu anel por duzentos anos. Você acha que tem mil anos, mas na verdade tem mil e trezentos. Sem perceber, o nada roubou trezentos anos de sua vida.

Gravis não sabia como se sentir naquele momento. Ele acabara de descobrir que era trinta por cento mais velho do que acreditava. Isso era bom? Isso era ruim? Ele deveria ser grato? Deveria estar com raiva? Gravis não tinha certeza.

— A Lei da Morte Menor é algo que apenas poucos seres podem experimentar — disse o Céu. — Esta é uma Lei que nem mesmo eu conhecia até agora. Ela pode aumentar o poder de muitas de suas Leis. Suas Leis de Composição e sua Lei dos Elementos podem usar essa Lei.

Gravis olhou de volta para o Grande Lago. — Parece poderosa.

— É — respondeu o Céu.

Silêncio.

— Por que você me permitiu compreendê-la? — perguntou Gravis.

— Porque você precisa se tornar mais poderoso — respondeu o Céu.

— O que meu poder tem a ver com você? — perguntou Gravis.

Silêncio.

O Céu não respondeu por um momento.

— Você sabia que nós, Céus, também temos emoções, assim como os humanos? — perguntou o Céu, mudando de assunto repentinamente.

Desta vez, Gravis permaneceu em silêncio.

— Também sentimos amor, ódio, felicidade, admiração, raiva, tristeza, luto, pressão, frustração, euforia, alívio e todas as outras emoções. Fomos moldados à imagem de nosso Ancestral.

— Assim como os humanos.

Gravis ficou em silêncio, refletindo sobre as palavras do Céu. Os humanos foram moldados à imagem do Céu mais elevado, e os Céus também. Isso significava que os Céus podiam sentir as mesmas coisas que os humanos. Isso os tornava diferentes dos humanos?

— Eu amo este mundo, Gravis — disse o Céu, sua voz neutra ressoando pelo mundo. — Eu vi seu nascimento. Vi seu crescimento. Vi o nascimento de todos os seres vivos, mas nunca vi a morte de todos os seres.

— Este mundo é como meu filho — disse o Céu. — Ver ele se deteriorar lentamente até o nada me causou mais dor do que qualquer outra coisa que já senti. Se você não estivesse aqui, este mundo ainda estaria vivo. Meu filho ainda estaria vivo.

— Por que está me dizendo isso? — perguntou Gravis com uma voz fria. — Você sabe muito bem que eu não me importo com você.

Pela primeira vez, o Céu se virou para Gravis e olhou para ele.

— Estou mostrando minha determinação — disse o Céu. — Meu ancestral é o Cosmos. Meu ancestral é tudo. Este mundo é dele. Eu sou dele. Você é dele. O tempo é dele. O espaço é dele. O destino é dele. A vida é dele. A morte é dele.

“Dele?” pensou Gravis. Então, não era apenas seu pai que atribuía um gênero ao Céu mais elevado.

— Como meu ancestral é tudo, minhas ações também são dele. Portanto, meu ódio interminável por sua existência não é algo que posso aliviar. Eu sou meu ancestral, e meu ancestral quer dar a você uma chance de me vencer — disse o Céu, sem emoção.

— Está dizendo que eu não seria capaz de vencê-lo sem esta Lei da Morte Menor? — perguntou Gravis com ceticismo.

O Céu olhou nos olhos de Gravis. — Não.

— Estou dizendo que você ainda não é capaz de me vencer.

Gravis estreitou os olhos, mas sentiu nervosismo em seu interior.

Isso não podia ser verdade!

Gravis já era tão poderoso quanto possível neste mundo. O Céu podia ser tão poderoso quanto ele, mas a ponto de Gravis não conseguir resistir?

— Você só conhece uma pequena parte das Leis, Gravis — disse o Céu. — Sua base de Leis mais fracas é boa, mas você ainda não experimentou verdadeiramente as Leis poderosas.

— Você ainda é fraco, Gravis.

A raiva começou a crescer dentro de Gravis. Ele sabia que ainda havia muitas Leis que não compreendia, mas ser chamado de fraco parecia um insulto. Ele era capaz de lutar quatro níveis acima de si mesmo!

— Você não aceita minha avaliação — comentou o Céu.

Gravis estreitou os olhos. — Claro que eu…

BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOM!

Gravis parou de falar, enquanto todo o seu ser foi abalado.

O espaço foi destruído.

O tempo foi destruído.

O corpo de Gravis quase foi destruído.

SSSSHHH!

Do casco que restou de seu corpo, Gravis conseguiu se regenerar, mas seus olhos estavam arregalados de choque e terror.

O tempo e o espaço haviam retornado.

O Céu ainda estava à sua frente, mas seu dedo apontava para a área atrás de Gravis.

Gravis virou-se lentamente para olhar o que estava atrás de si.

Nada.

Todo o mundo atrás de Gravis havia desaparecido.

Vinte por cento do mundo inteiro haviam desaparecido, e Gravis não estava mais no centro do mundo.

Agora, Gravis estava na borda do mundo, enquanto o antigo centro se tornava a nova extremidade.

— O-o quê? — balbuciou Gravis.

— Se eu não tivesse liberado meu ataque na borda do mundo, você estaria morto agora.

— Este é o poder de uma Lei de nível cinco, Gravis.

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