Switch Mode
Participe do nosso grupo no Telegram https://t.me/+hWBjSu3JuOE2NDQx

Lightning Is the Only Way – Capítulo 671

Cliente

Gravis entrou na cidade. Ele poderia ter se teleportado se quisesse, mas preferiu caminhar. Queria observar as ruas de perto e sentir a atmosfera movimentada.

Assim que alguém se tornava um Imortal, automaticamente compreendia a Lei do Espaço de nível três, que permitia se teleportar para qualquer ponto dentro do alcance do Sentido Espiritual. A distância era irrelevante para o consumo de Energia.

Em sua luta contra o Céu, Gravis havia aprendido tudo sobre batalhas envolvendo teletransporte. Surpreendentemente, o teletransporte não podia substituir a velocidade de um lutador. Isso porque todos os outros Imortais também conheciam a Lei do Espaço.

Por causa disso, eles podiam perturbar o espaço caso alguém tentasse se teleportar. A viagem em si era instantânea, mas a entrada e saída do teletransporte levavam uma fração mínima de tempo, permitindo que os outros reagissem adequadamente.

No entanto, impedir um teletransporte não era o pior que um inimigo poderia fazer. O mais preocupante era que o inimigo podia sentir onde o lutador iria aparecer. Assim, ele podia atacar aquele ponto com toda sua força, sabendo que o lutador surgiria exatamente ali.

O teletransporte precisava ser usado nas circunstâncias certas. Caso contrário, poderia causar mais mal ao usuário do que ao inimigo. Por isso, a velocidade ainda era crucial no combate.

Se Gravis quisesse, poderia chegar à borda da cidade em menos de um segundo. Se voasse, levaria alguns segundos. Isso mostrava a superioridade da velocidade do teletransporte.

Gravis caminhou por alguns minutos, observando as ruas movimentadas. Agora que era um Imortal, conseguia sentir o poder de praticamente todos que via. As pessoas andando nas ruas eram, em sua maioria, indivíduos abaixo do Reino Imortal com algum tipo de protetor ou mendigos. Os mendigos geralmente estavam nos primeiros níveis do Reino Imortal, o que permitia a Gravis sentir seu poder.

“Antes, era quase impossível para mim enxergar o poder de qualquer um na cidade”, pensou Gravis. “Mas agora consigo sentir todo o poder deles. Esses seres distantes e aparentemente invencíveis agora são até mais fracos do que eu.”

Gravis parou e suspirou. “Eu imaginava que me sentiria melhor ao fazer essa comparação. Mas, para mim, isso apenas parece natural. Além disso, tantos deles têm Auras de Vontade incrivelmente fracas. Cerca de 70% dos mendigos têm uma Aura de Vontade abaixo de seus próprios Reinos.”

“Mas não devo esquecer a verdade”, pensou Gravis com olhos semicerrados. “Só consigo ver os seres mais fracos desta cidade. Os verdadeiramente poderosos estão dentro dos prédios, e não posso entrar em contato com eles a menos que esteja no mesmo prédio. Todas as construções, até mesmo as lojas, possuem algum tipo de Formação de Matrizes que bloqueia meu Sentido Espiritual.”

Gravis riu um pouco. “Acho que, com meu Avatar da Liberdade, eu poderia enxergar através dessas Formações de Matrizes, mas não quero ser um intruso desagradável.”

Após caminhar por alguns segundos, Gravis chegou ao primeiro endereço no mapa que sua mãe havia lhe dado. Ele viu um edifício bem ostentoso na borda de uma rua vasta e movimentada. Provavelmente era uma das lojas de comerciantes mais refinados.

Gravis se aproximou da porta e sentiu a aura de seu anel vibrar levemente. Quando estava no Reino da Unidade, nunca havia sentido essa vibração. Provavelmente era assim que o anel comunicava à Formação de Matrizes que ele era um membro da cidade e não um mendigo.

Assim que Gravis entrou, percebeu que o edifício era muito maior por dentro do que por fora. Por fora, tinha cerca de 20 metros de largura, mas, por dentro, tinha mais de um quilômetro. Essa diferença era impressionante.

Além disso, Gravis viu muitos Imortais poderosos e até alguns Reis Imortais conversando com outras pessoas. Pelo que parecia, provavelmente estavam negociando.

Gravis se aproximou de um dos balcões e aguardou.

Alguns segundos se passaram, e Gravis olhou ao redor. Os atendentes do estabelecimento usavam algum tipo de crachá em suas roupas, o que facilitava identificá-los.

Dois minutos se passaram, e Gravis percebeu que ninguém veio atendê-lo. Sua expressão tornou-se neutra. Ele não se importaria se a loja estivesse cheia de clientes, mas os atendentes claramente estavam apenas conversando entre si. Não pareciam estar sobrecarregados.

Gravis esperou mais três minutos, e ninguém apareceu.

Finalmente, alguém se teleportou até o balcão.

— O que você quer? — perguntou com irritação.

Gravis piscou duas vezes. — Certo — respondeu com tédio.

Então, virou-se e saiu.

O atendente ficou confuso por um momento. Aquele sujeito aleatório simplesmente disse ‘certo’ e foi embora? O que foi isso?

O atendente trabalhava ali havia muito tempo e conhecia muitas pessoas. Não tinha sido tão amigável com Gravis porque sentiu que ele havia acabado de alcançar o Reino Imortal. Além disso, não fazia ideia de quem ele era.

Pela primeira vez, o atendente olhou com mais atenção para o Gravis que saía e percebeu o Anel de Obsidiana em seu dedo. Não havia notado antes porque havia ignorado completamente Gravis. Seus olhos se arregalaram ao perceber isso. Ele tinha cometido um grande erro!

Whoop!

O atendente se teleportou à frente de Gravis e se curvou educadamente. — Desculpe por minha falta de-.

Whoop!

Gravis se teleportou para trás do atendente e continuou saindo. Desta vez, o atendente não o impediu. Apenas xingou a si mesmo por aquele erro, suspirou e voltou ao trabalho. Ele jurou que precisaria ser mais cuidadoso no futuro.

Aquele era um filho do Opositor e, mais importante ainda, um filho da Imperatriz do Comércio. Aquilo poderia ter sido uma grande oportunidade de negócio! No entanto, ele simplesmente tinha estragado tudo!

Gravis voltou para as ruas e procurou pelo próximo edifício. Fazer negócios com aquela empresa obviamente não valia a pena. O fato de o pessoal da loja ser preguiçoso e nem mesmo inspecionar seus clientes era uma boa demonstração de sua ética de trabalho.

Não era que ele estivesse irritado por não terem notado seu status, mas sim pelo fato de não atenderem seus clientes. Se ele oferecesse uma negociação, havia grandes chances de tentarem enganá-lo, pensando que poderiam se aproveitar.

Deveria ter feito um escândalo?

Não, por quê?

Ele simplesmente partiria. Gravis não precisava provar algum tipo de superioridade agindo como se estivesse insultado. Poder era poder, e dinheiro era dinheiro. Se aquilo fosse um caso isolado, eles continuariam tendo bons negócios, mas naturalmente perderiam clientes se fosse a norma. Ele era apenas mais um cliente perdido.

Gravis entrou no próximo prédio, que era tão ostensivo quanto o anterior, e assim que passou pela porta, avistou uma grande quantidade de pessoas. Havia muito mais gente ali do que no último estabelecimento.

No entanto, todas essas pessoas estavam nos níveis mais baixos do Reino Imortal.

“Interessante”, pensou Gravis, coçando o queixo. “A última loja provavelmente atende clientes ricos e poderosos, ganhando muito dinheiro por cliente, enquanto esta parece focar em atender o maior número possível de pessoas. Nenhuma das duas abordagens é melhor ou pior, apenas atendem a públicos diferentes.”

“Acho que o último lugar não era adequado para o meu status atual. Claro, devo ter uma boa quantia de dinheiro comigo, mas minha riqueza provavelmente não se compara à de um Rei Imortal. Este lugar parece mais adequado às minhas circunstâncias.”

Gravis notou algo peculiar e foi até um balcão separado, que ficava afastado do restante do ambiente.

“Tirar uma senha, hein?” pensou Gravis ao observar uma espécie de dispensador de papeis. Ele pegou uma senha e se afastou, juntando-se a uma multidão de outros Imortais que aguardavam.

De tempos em tempos, Gravis via Imortais ao seu redor desaparecerem. Provavelmente, eles eram chamados para uma sala separada para discutir negócios.

Depois de alguns minutos, alguém entrou em contato com Gravis.

Gravis sentiu seus sentidos sendo puxados para uma sala separada dentro da loja. Inicialmente, o Sentido Espiritual de Gravis não conseguia perceber nenhuma sala além do salão principal. No entanto, essa sala, localizada no meio de uma área aparentemente vazia dentro do seu Sentido Espiritual, de repente apareceu.

Whoop!

Gravis piscou e, num instante, estava dentro da sala, sentado.

— Bem-vindo à Firma de Comércio Mediana. Como posso ajudá-lo? — disse a pessoa sentada do outro lado da mesa com uma voz monótona.

A sala era bastante simples, contendo apenas uma mesa e duas cadeiras, nada mais.

— Firma de Comércio Mediana? Sério? — perguntou Gravis, arqueando uma sobrancelha. Ele não tinha se dado ao trabalho de olhar o nome da loja.

— Nós, da Firma de Comércio Mediana, somos o parceiro ideal para o Imortal Mediano. Orgulhamo-nos de nossa habilidade de ajudar qualquer pessoa com seus negócios, mesmo que sejam mais modestos. É por isso que somos a Firma de Comércio Mediana — disse o atendente, como se tivesse repetido aquela frase inúmeras vezes.

“Não é à toa que havia tantos Imortais no início do Reino. Esta loja provavelmente até permite que mendigos entrem para fazer negócios”, pensou Gravis.

— Tenho minérios de um Mundo intermediário para vender — disse Gravis.

O atendente franziu o cenho e olhou diretamente nos olhos de Gravis. — Com licença, mas você se refere a minérios no nível dos cultivadores de um Mundo intermediário ou minérios reais de um Mundo intermediário?

— Ambos estão corretos — respondeu Gravis.

O atendente olhou para Gravis com mais interesse. — Então, o que você tem a oferecer?

Faça uma Doação e contribua para que o site permaneça ativo! Conheça nossa Assinatura VIP e seus benefícios!!

Comentários

0 0 votos
Avalie!
Se Inscrever
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais Antigo Mais votado
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários

Opções

Não funciona com o modo escuro
Resetar