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Lightning Is the Only Way – Capítulo 782

Conexão

Gravis disse a Stella que voltaria em breve e quebrou o Emblema.

BANG!

Quando Gravis quebrou o Emblema, o ambiente ao seu redor aparentemente explodiu enquanto o espaço era jogado em um caos absoluto. O deslocamento do teletransporte deixou para trás uma pequena cratera fumegante.

Gravis não percebeu essas mudanças, já que ele sempre já havia desaparecido ao quebrar o Emblema, mas Stella percebeu.

E seus olhos quase saltaram das órbitas.

Stella sabia muito sobre teletransporte e já havia usado Emblemas como aquele várias vezes. No entanto, nenhum dos Emblemas que ela já havia visto demonstrava um poder tão insano. Criar tamanha destruição com um mero teletransporte era algo praticamente inédito.

Sua falecida professora poderia criar algo assim?

Talvez?

No entanto, certamente seria absurdamente caro, até mesmo para ela. Ainda assim, Gravis havia quebrado o Emblema apenas para conversar com alguém? Com quem ele estava falando? Quem eram essas pessoas?

Gravis era realmente apenas um Ascendente? Como ele poderia entrar em contato com alguém com tanto poder a ponto de distribuir Emblemas de teletransporte tão impressionantes em apenas alguns dias?

Gravis já era o humano mais bizarro e anormal que Stella havia conhecido, mas ele continuava a se tornar cada vez mais misterioso. Depois de conversar com ele por um tempo, Stella pensou que o conhecia melhor.

E então ele faz isso!

Enquanto isso, Gravis apareceu na clareira de Arc. Desta vez, ele surgiu diretamente perto de Arc, em vez de aparecer na mesma posição de antes.

Gravis imediatamente percebeu Arc. Arc estava sentado em um toco de árvore, desenhando algumas linhas confusas no chão com um sorriso.

Arc virou-se para Gravis com um sorriso, enquanto Gravis o observava com os olhos semicerrados.

— Incrível coincidência, mas… — disse Arc com uma leve risada. — Isso não tem nada a ver comigo.

As sobrancelhas de Gravis franziram ainda mais. — Como pode não ter nada a ver com você? — ele perguntou. — Você é responsável por atribuir tribulações, não é?

— Sim, sou — disse Arc. — Mas não estou tão envolvido quanto você pensa.

Gravis cruzou os braços. — Então está me dizendo que não me atribuiu como a tribulação de Stella? — ele perguntou, cético.

Arc ergueu o dedo indicador direito. — Isso é outra coisa — disse ele. — Sim, atribuí você como a tribulação dela, mas isso não significa que manipulei você ou ela para lutarem.

— Não é isso que os Céus fazem? — perguntou Gravis, sem humor. — Colocam seres nos lugares certos na hora certa para que um conflito surja naturalmente.

— Correto — disse Arc com um sorriso e um aceno. — Mas não foi o que fiz.

— Se você não fez isso, como posso ser a tribulação de Stella? — Gravis perguntou. Tudo isso parecia suspeito para ele.

— Acho que você entendeu algo errado, Gravis — disse Arc enquanto desenhava outra linha no chão. — Você acredita que primeiro atribuimos uma tribulação e depois manipulamos as circunstâncias, mas isso não é preciso.

— Cerca de 50% das tribulações funcionam assim, sim, mas os outros 50% são diferentes — explicou Arc. — E, por acaso, você faz parte dos outros 50%.

— E o que são esses outros 50%? — Gravis perguntou, erguendo uma sobrancelha.

— É quando um oponente adequado aparece próximo de quem está prestes a enfrentar a tribulação — disse Arc. — Se nos restringíssemos a um cronograma rígido, alguém poderia estar em uma luta perigosa e receber sua tribulação ao mesmo tempo. Isso não seria justo, obviamente.

— Então, damos aos Cultivadores e bestas uma janela de cerca de 200 anos antes do prazo. Se alguém que atende aos critérios da tribulação entra em conflito com quem deve enfrentá-la, podemos simplesmente contar isso como a tribulação. Não precisamos manipular tudo, Gravis.

Gravis pensou sobre isso por um momento. As palavras de Arc faziam sentido. Se os Céus seguissem um conjunto rígido de regras nesse caso, teriam que trabalhar muito mais e se envolver mais.

O Céu mais elevado não era fã de que os Céus se envolvessem no mundo normal. As outras regras já provavam isso. Os Céus não deveriam aparecer diante de seres, contatá-los, ajudá-los ou destruí-los sem uma razão muito boa. As regras do Céu mais elevado eram muito indiretas.

Enviar oponentes para diferentes lugares o tempo todo exigiria que os Céus mudassem o fluxo do mundo. Claro, se fosse necessário, eles fariam, mas, se não fosse, todos teriam menos trabalho.

— Então está dizendo que, por acaso, escolhi o oponente mais poderoso possível, que, por acaso, tinha uma tribulação iminente? — Gravis perguntou.

Arc riu um pouco. — Parece inacreditável quando você coloca assim, não é? — Arc perguntou.

Gravis assentiu.

— Que tal reformular isso para você?

Gravis apenas ergueu uma sobrancelha.

— Você basicamente não sabia nada sobre seus alvos potenciais quando escolheu o ponto de recurso que queria atacar — disse Arc com um sorriso. — E, ao escolher algo sem quase nenhuma informação, você fez uma escolha deliberada e informada?

Então, Arc sorriu. — Ou escolheu aleatoriamente e apostou na sorte?

A expressão de Gravis se transformou em uma careta. Ele não gostou nem um pouco do que ouviu.

— Pense nisso — disse Arc, levantando uma mão. — De um lado, temos um Imortal de Circulação Menor Avançada com a pior sorte imaginável. Porém, essa pessoa está procurando por um oponente uma Circulação inteira acima.

Arc levantou a outra mão. — Do outro lado, temos alguém com Sorte Cármica acima da média, que também está uma Circulação inteira acima da primeira pessoa, e, pior ainda, tem uma tribulação a caminho.

— A má sorte do primeiro indivíduo os atrai para um inimigo muito poderoso.

— A boa sorte do segundo indivíduo atrai oponentes mais fracos para eles.

— Dois ímãs que se atraem.

— Não parece um casamento feito no céu? — Arc perguntou com um sorriso.

Gravis gemeu ao ouvir o trocadilho de Arc, e Arc riu alto ao ver a reação de Gravis.

Sorte era algo muito ilusório. Gravis sabia de sua má sorte, mas evitá-la era muito difícil. Ele achava que tinha informações suficientes para tomar uma decisão informada, mas não percebeu que suas informações estavam falhas.

Suas informações vinham de Liran, e eram conhecimento público. Normalmente, algo assim era confiável, mas não era perfeito. Uma imprecisão em milhares de pontos de recurso não era ruim. Isso significava que milhares de outros pontos de recurso ainda tinham informações precisas sobre seu poder.

Quais eram as chances de acertar aquela única imprecisão entre milhares de boas escolhas?

Quase nulas.

Qualquer um que acertasse essa única imprecisão culparia apenas uma coisa.

Má sorte.

— Merda! — Gravis gritou, chutando uma grande quantidade de terra para o lado, frustrado. — Eu continuo tentando contornar minha falta de Sorte Cármica, mas acabo sempre caindo na mesma armadilha!

Arc apenas riu baixo. — Não se martirize por isso — disse ele. — Nem mesmo nós, os Céus, sabemos como a sorte realmente funciona. Sabemos qual é o efeito de nossa concessão de Sorte Cármica, mas não sabemos por que ou como a sorte existe. É uma Lei? Não, não é.

Arc levantou o dedo indicador direito com um sorriso de canto. — Então, se não é uma Lei, mas ainda conseguimos ver seus efeitos, isso deixa apenas duas possibilidades. Ou a sorte não existe e é algo que criamos em nossas próprias mentes, ou é algo que existe e que nem mesmo meu criador sabe como funciona.

Arc deu outra risadinha. — E se nem mesmo meu criador sabe como funciona, como você pode tentar entendê-la com o poder que tem agora?

— E, se ela não existe, como você pode tentar entender algo que não existe?

Gravis ainda estava frustrado, mas suspirou. — Eu sei — admitiu Gravis — mas é tão frustrante e irritante!

— Isso é um luxo, sabe, Gravis — disse Arc.

— O quê? — perguntou Gravis, sem entender o que Arc queria dizer.

— Se qualquer outra pessoa estivesse na sua situação, ela não acharia isso irritante ou frustrante, mas aterrorizante — explicou Arc. — Elas temeriam constantemente por suas vidas e se isolariam do mundo, pensando que tudo poderia matá-las se saíssem de casa. A falta de Sorte Cármica seria absolutamente horripilante para qualquer outra pessoa.

Arc riu baixo. — E, no entanto, aqui está você, apenas ligeiramente irritado com isso.

Gravis resmungou. — Tá bom, tá bom! Você venceu, Arc — disse Gravis com um gemido.

Arc apenas sorriu. — Além disso, má sorte às vezes pode se transformar em uma sorte tremendamente boa.

Gravis assentiu. — Eu sei.

— Como neste caso — disse Arc com um sorriso de canto.

Gravis lançou um olhar questionador para Arc.

— Honestamente, sua sorte poderia ser chamada de transcendente agora — disse Arc.

— O que você quer dizer? — Gravis perguntou, franzindo as sobrancelhas, esquecendo sua frustração.

— Você e Stella estão conectados — disse Arc com um sorriso. — Na verdade, vocês já estavam conectados antes mesmo de você chegar a este mundo.

— Na verdade, vocês estão conectados há quase 4.000 anos, no seu tempo, é claro.

Os olhos de Gravis se arregalaram.

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