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Lightning Is the Only Way – Capítulo 998

Liberdade Emocional

Mortis assentiu.

Ambos desejavam conquistar independência emocional há muito tempo.

E agora, finalmente haviam conseguido.

No entanto, no fundo, Mortis sentia-se nervoso por algum motivo.

Ele não sabia por quê, mas uma parte dele não queria cortar essa conexão com Gravis.

Enquanto isso, Gravis não estava nem um pouco nervoso.

Pelo contrário, estava animado.

Finalmente, poderia sentir o que quisesse sem ter que se preocupar com o impacto de seus sentimentos em Mortis.

Gravis voou até Mortis e colocou a mão em seu peito.

— Isso pode doer um pouco, mas você já deve saber disso — disse Gravis com um sorriso.

Mortis assentiu, ainda incerto.

Ele fechou os olhos e não resistiu.

Então, a mão de Gravis explodiu com Raio Divino.

BANG!

Mortis foi despedaçado, restando apenas uma esfera cinzenta que revelava todas as diferentes facetas da realidade.

Em essência, Mortis havia acabado de morrer, deixando para trás o Avatar de Gravis.

À medida que Mortis era destruído, seus conceitos pessoais de Realidade Percebida e Emoções começaram a desaparecer, retornando à Energia.

Gravis ergueu a mão e apertou os dedos.

CRK!

Todas as Leis que formavam Mortis foram capturadas. Era impossível que escapassem agora.

Antes, Gravis só teria conseguido capturar a ideologia de Mortis, mas não sua personalidade.

No entanto, com a Lei Maior das Emoções, Gravis podia também capturar as Emoções de Mortis.

Emoções e ideologia criavam uma personalidade.

Assim, essencialmente, Gravis tinha controle sobre toda a personalidade de Mortis naquele momento.

Gravis rebaixou a Lei das Emoções, pois era poderosa demais para ser incorporada ao seu Avatar de Realidade Percebida.

Depois, Gravis fundiu a Lei das Emoções de nível quatro ao seu Avatar.

Alguns segundos depois, muitos conceitos apareceram dentro do Avatar de Gravis.

Liberdade, Supressão, Controle, Segurança, Perigo.

No entanto, esses conceitos não existiam mais de forma isolada.

Agora, uma mistura complexa de emoções estava fundida em cada conceito, movendo-os da Realidade Percebida para a realidade física.

A Supressão poderia ser usada pelo orgulhoso para subjugar o humilde.

O humilde poderia ser subjugado pelo orgulhoso.

O amor de um pai poderia suprimir seu filho para o bem dele, dando-lhe um efeito empático.

Um governante implacável poderia suprimir seus soldados para seguirem cada ordem, mesmo que isso os matasse. Isso dava à Supressão um efeito apático.

Alguém poderia ser suprimido por vingança, refletindo raiva.

Outro poderia buscar conforto na servidão, renunciando a todas as formas de controle em troca de segurança. Isso refletia calma.

Todos os conceitos de Realidade Percebida estavam conectados às Emoções de alguma forma, criando um número infinito de personalidades e possibilidades.

Após alguns segundos, um mundo colorido apareceu no Avatar de Gravis, representando todas as Emoções e Realidades Percebidas.

BZZZZ!

Então, Gravis canalizou todo o seu Raio Divino em seu Avatar enquanto fundia os fragmentos da personalidade de Mortis.

Assim como da primeira vez que Mortis nasceu, ele lentamente tomou forma novamente.

Alguns segundos depois, Mortis estava diante de Gravis com uma expressão complexa.

— Tudo bem? — perguntou Gravis.

Mortis assentiu. — Ainda me lembro de tudo, e ainda sou eu mesmo — respondeu enquanto olhava para sua mão direita.

— Agora você não tem apenas liberdade percebida, mas também liberdade emocional — disse Gravis com um sorriso. — Agora, estamos literalmente conectados apenas pelo nosso Espírito. As únicas coisas que compartilhamos são nossas Leis e nossas vidas, nada mais.

— E então, como se sente? — perguntou Gravis com um sorriso.

Mortis continuou olhando para sua mão direita.

— Não é diferente de antes — respondeu Mortis.

Gravis gemeu. — Você não pode se animar, nem uma vez? — perguntou com certa irritação.

— Só estou sendo honesto — respondeu Mortis calmamente.

— Tá bom, tá bom! — disse Gravis, exasperado. — Bem, se você não está animado, eu estou! Estou feliz por finalmente ter liberdade emocional. Agora, posso sentir o que quiser sem precisar pensar no que você sentirá como resultado.

Mortis permaneceu em silêncio por alguns segundos.

— Foi tão ruim assim? — perguntou Mortis baixinho.

Gravis percebeu que Mortis estava agindo de forma estranha. — Que pergunta é essa? Tem certeza de que ainda é você mesmo? Você deveria estar tão animado quanto eu. Você não deseja liberdade?

Mortis não tinha certeza do que deveria sentir naquele momento.

Sim, ele desejava liberdade.

Mas por que essa liberdade recém-descoberta parecia… perigosa?

Mortis sentia que sua nova liberdade não era boa.

Ainda assim, isso não fazia sentido em sua mente.

Ele queria ser livre, não queria?

Gravis queria ser livre.

O Raio queria ser livre.

Mortis era ambos.

Mortis refletiu sobre as palavras de Gravis.

“Gravis disse que não precisa mais pensar no que deve sentir caso isso me afete”, pensou Mortis enquanto franzia as sobrancelhas.

“Mas por que não consigo empatizar com esse sentimento?”

Silêncio.

“Eu já me preocupei com os sentimentos de Gravis quando senti algo?”

Mortis não pensou por um tempo.

Gravis olhou para Mortis com preocupação, já que ele ainda não tinha respondido à pergunta.

“Não, nunca me preocupei”, pensou Mortis, enquanto uma espécie de escuridão opressiva surgia em seu corpo.

“Eu nunca sequer pensei em como Gravis se sente quando sinto algo.”

“Por quê?”

A mão direita de Mortis começou a tremer levemente.

“Eu sei a resposta, mas não ouso aceitá-la.”

Mortis fechou a mão em punho.

“Por quê?”

“Porque eu não sinto.”

A escuridão no peito de Mortis parecia se espalhar.

Mas não era escuridão.

Na verdade, era vazio.

Mortis sentiu como se um buraco negro tivesse surgido em seu peito e dentro do buraco negro…

Não havia nada.

“Estou vazio por dentro.”

“Tenho medo da minha nova liberdade porque isso significa que nunca mais sentirei amor ou felicidade.”

“Sempre acreditei que os sentimentos de calor, felicidade e amor de Gravis eram uma fraqueza.”

“No entanto, agora, quando os perdi, reconheço que não os desprezava.”

“Eu os queria.”

“Eu precisava deles.”

“Eles eram agradáveis.”

“Mas agora, essas explosões de felicidade e amor nunca mais voltarão.”

“Gravis era quem sentia esses sentimentos, não eu.”

“Sem ele, tudo parece cinza.”

“Compreensão de Leis dia após dia. Isso me dá uma sensação de realização, progresso e satisfação.”

“Refinamento. Isso me dá uma sensação de excitação, realização e orgulho.”

“O que mais eu faço?”

“Eu não faço mais nada.”

“Eu apenas estudo Leis e luto.”

“Isso é tudo o que faço.”

“Isso é tudo o que sou.”

“Eu só sinto realização, excitação, orgulho, progresso e satisfação.”

“Não sinto felicidade, tristeza, amor, amizade, calor ou companheirismo.”

“Meu objetivo não é liberdade.”

“É poder.”

“E o poder leva ao vazio.”

— Mortis? — perguntou Gravis com preocupação. Geralmente, Gravis teria analisado as emoções de Mortis, mas ele não tinha mais essa habilidade.

Além disso, Mortis era feito de Raio Divino, tornando impossível para Gravis acessar suas emoções, mesmo com a Lei Maior das Emoções.

Na verdade, se Gravis não tivesse capturado a personalidade de Mortis, não teria sido capaz de recriá-la.

Ele só podia criar o que compreendia.

Mortis lançou um olhar ao Cultivador que eles haviam observado por um momento.

“Qual é o sentido da liberdade, quando tudo é apenas cinza?”

“Qual é o sentido da vida quando tudo é apenas cinza?”

— Ei, Mortis! — gritou Gravis.

Mortis foi arrancado de seus pensamentos e olhou para Gravis, perplexo.

— O quê? — perguntou Mortis com incerteza.

Gravis estreitou os olhos.

Seria mesmo Mortis?

— Algo está errado com você — disse Gravis severamente. — Será que cometi um erro? O que está acontecendo?

A voz de Gravis era séria, mas havia nela um tom inconfundível de preocupação.

Quando Mortis ouviu a preocupação na voz de Gravis, sentiu-se culpado.

Ele sabia como a vida de Gravis era brilhante, e Gravis lhe havia dado uma vida cheia de calor.

Mortis não queria destruir isso.

— Não, está tudo bem — disse Mortis, franzindo as sobrancelhas. — Eu só estava perdido em pensamentos. Essa nova situação é… difícil de compreender.

Gravis olhou para Mortis com uma sobrancelha erguida, obviamente cético. — Não sei. Você agiu de forma muito estranha agora.

— Sou uma pessoa que mente? — perguntou Mortis com firmeza.

Gravis suspirou.

— Não.

— Então não me acuse de mentir para você — respondeu Mortis.

— Certo — disse Gravis com outro suspiro.

Ainda assim, ele não tinha certeza se Mortis estava dizendo a verdade.

Algo dentro dele dizia que havia algo errado com Mortis.

No entanto, Mortis definitivamente não era alguém que mentia.

“Deve ser só minha imaginação. Não acho que Mortis mentiria. Isso é completamente diferente dele”, pensou Gravis.

— Preciso compreender mais Leis — disse Mortis.

— Claro, claro — respondeu Gravis com um aceno e um sorriso incerto. — Eu já imaginava. Divirta-se!

Mortis lançou um olhar inexplicável para Gravis.

Então, teleportou-se.

Gravis não sabia por quê, mas, quando Mortis partiu, ele se sentiu nervoso.

Enquanto isso, enquanto Mortis voava em direção ao território das bestas, ele tinha seus próprios pensamentos.

“Tudo é cinza.”

“Tudo está vazio.”

O buraco em seu peito parecia crescer ainda mais.

“Eu não sei o que fazer.”

“Eu não sei.”

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